Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Anahí acordou na manhã seguinte sendo beijada. Calorosamente. Alfonso soube que ela tinha acordado quando seu beijo passou a ser correspondido, e suspirou de satisfação. Ela segurou o rosto dele entre as mãos, se aprofundando no beijo, mesmo sem entender. Passou uma mão pelas costas dele, debaixo da camisa, e sentiu a temperatura normal. A febre se fora.

Alfonso: Não quero mais que briguemos. – Murmurou nos lábios dela, abrindo os botões da camisa que ela usava. 

Anahí: Eu também não. – Disse, mordiscando os lábios dele – Pare de reclamar de tudo. – Pediu, erguendo os ombros pra ele se livrar da camisa.

Alfonso: Tente ser menos impossível. – Rebateu, e ela riu, passando pra cima dele. Ele trouxe o rosto dela pra si de novo, beijando-a novamente. 

Anahí: Se servir de ajuda... Voltaremos a Paris amanhã. – Murmurou, e sentiu o choque nele. Abriu os olhos azuis e os dois se encararam por um instante – Está com medo? – Perguntou, quieta. Aquele lugar era seguro pra ele, lá fora já era outra coisa.

Alfonso: Não. Eu estou com você. – Respondeu e ela sorriu com a resposta, beijando-o novamente. Ele rolou pela cama, passando pra cima dela de novo, que o acolheu dentre as pernas, puxando a camisa dele pela gola.

Vamos ver no que dá.

Horas mais tarde... Alfonso desceu (sem camisa, de bermuda), com uma de suas malas. Chamou por Anahí, e ela não respondeu. Ele foi até a garagem, deixar a mala no carro, já que partiriam no dia seguinte, e sorriu ao vê-la sentada de lado no banco do motorista, de calcinha e com a camisa dele, o cabelo preso em um rabo de cavalo.

Alfonso: Você tem mais coisas que eu, eu acho que... – Ele parou – Ei, o que está fazendo?!

Anahí tinha o acendedor de cigarros do carro na mão, e queimava a ponta de cada dedo. Alfonso se ajoelhou na frente dela, querendo tomar o acendedor, mas ela o encaixou de novo no carro e pisou no acelerador, pra aquecer mais o acendedor.

Anahí: Não se assuste. – Disse, acariciando o rosto dele com a mão boa.

Alfonso: Está se queimando! – Disse, apanhando a mão dela. As pontas dos dedos estavam roxas, escuras – Porque?! – Ele apanhou um dos pés dela. O estado dos dedos era o mesmo.

Anahí: Digitais. – Explicou, ainda acariciando o rosto dele com a mão boa – Ninguém nessa mansão tem digitais... Só você. – Ela sorriu, tocando a ponta do nariz dele com o dedo. Então tirou o pé do acelerador, apanhando o acendedor de novo. Parecia um pequeno pedaço de carvão, de tão vermelho. Ela levou ele até o dedão da mão boa, pousando o dedo ali sem dó. Mas Alfonso viu a mão dela tremular na hora do contato.

Alfonso: Anahí. – Lamentou.

Anahí: Não é agradável. – Disse, trocando de dedo – Mas é pratico. Passa logo. – Ela se demorava com o dedo em cima da brasa – Não vou poder escrever hoje, mas amanhã tudo estará bem. – Alfonso suspirou, vendo ela fazer isso de dedo em dedo, até o mindinho.

Alfonso: Luvas não seriam mais fáceis? – Perguntou, soprando os dedos dela.

Anahí: Nunca se sabe onde vou estar, nem quando, de modo que não posso estar preparada o tempo inteiro. Veja. – Ela ergueu um pé – Depois de um tempo a queimadura, por ser limpa e seca, faz a pele descamar. – Ela pegou a pontinha do dedo do pé, que parecia ressecado, e puxou. A pele saiu como um pequeno adesivo – Confunde as digitais.

Alfonso: Mas elas voltam. – Ele sabia disso.

Anahí: Voltam,House, por isso fazemos periodicamente. – Disse, retirando a pele dos outros dedos. Ficavam estranhos sem as digitais, lisos. 

Alfonso a observou por instantes. Após tirar as pelinhas dos pés ela olhou as mãos, assoprando-as em seguida. Ele acariciou o rosto dela e em seguida pegou o acendedor de cigarros. Ela acompanhou o movimento.

Anahí: Não precisa fazer isso. Nós podemos... 

Alfonso: Shhh. – Disse, olhando o objeto. Estava vermelho de tão quente.

Anahí: Vai doer. – Disse, observando-o. Alfonso a encarou, e olhou os dedos dela.

Ele ergueu a mão esquerda e levou o acendedor até dedo indicador. Gemeu no contato. Jesus! Ela acariciou o cabelo dele, o rosto penalizado. 

Anahí: Chega. – Advertiu após alguns segundos, e ele soltou o dedo, arfando – Se deixar mais tempo vai ferir, se ferir cria cicatriz. – Ele assentiu – Tem certeza de que quer fazer isso?

Alfonso: Tenho. – Disse, decidido. Ela apanhou a mão dele e o acendedor. Ele a encarou e assentiu. Ela deu um beijinho no dedo dele e em seguida colocou o acendedor em cima. Alfonso tremeu mas não gemeu.

Assim foi em todos os dedos, inclusive os dos pés. No fim ela colocou o acendedor no lugar e desligou o motor do carro. Ele se sentou entre as pernas dela, que o abraçou pelo ombro. 

Anahí: Você não acha isso, no mínimo, repugnante? – Perguntou, o rosto virado de lado para encará-lo.

Alfonso: Não foi você que me mandou parar de reclamar de tudo? – Perguntou, como se estivesse curioso, franzindo o cenho. Ela riu, mordendo-lhe a maxilar.

Anahí: Ainda não me respondeu. – Pressionou. Ele levou um instante pensando.

Alfonso: Digamos que eu estou começando a ver as coisas de um modo diferente. – Disse, simples, e ela sorriu. Ele selou os lábios com os dela – O que não muda o fato de que sua cama está cheia de roupas, e você vai nos atrasar. – Ela gemeu.

Anahí: Não quer arrumar? – Perguntou, com biquinho, e ele ergueu a sobrancelha.

Alfonso: É algum tipo de deboche? – Perguntou e ela riu. Ele a apanhou pela cintura, deitando-a na grama, e encheu a barriga dela de mordidas.

Anahí: Está ansioso demais pra voltar. – Disse, olhando o céu. Era azul como os olhos dela – A convivência é tão ruim?

Alfonso: É horrível. – Disse, franzindo o cenho – Estou com você nessa casa há meses. Não sei como ainda não enlouqueci. – Brincou, e ela riu, empurrando o rosto dele.

Anahí: Eu ia te beijar, mas como é tão ruim, vou te poupar. – Ele riu, mordendo o queixo dela.

Alfonso: Posso agüentar. – Garantiu, e ela franziu o cenho, como se confirmando. Ele assentiu e ela sorriu, beijando-o, enlaçando as mãos no pescoço dele. 

Anahí: Vai se sair bem amanhã. – Sussurrou nos lábios dele, que sorriu de canto.

Isso não podíamos saber, mas ela estaria com ele, de qualquer forma.

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Esse capitulo é o mais fofo de todos *---*

Volto amanhã amores, beijos!! Comentem !! ♥