Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Alfonso: O que?! – Perguntou, exasperado. Anahí assentiu, suspirando. – Ele quer a M... – Ela arregalou os olhos pra ele, e lhe tapou a boca. – Entendi. – Disse, abafado. – É impossível. Ele já não tem o dinheiro o suficiente?

Anahí: Não é pelo dinheiro, é pela glória. Criaria história. Um mito maior do que já é. Mas não vejo como sair disso vivos. – Disse, pensativa.

Alfonso: Porque chamar Katherine?

Anahí: Uma vez comprometido em algo, ele não desiste. Precisamos demovê-lo logo. – Ela respirou fundo – Se ele resolver ir, estaremos todos nisso. Madison, eu, até Ian... Todos mortos. – Alfonso reparou que ela não o incluiu na lista – Se o império de Alexander Pierce cair, acredito que você possa adivinhar sozinho qual a próxima Pierce. Katherine. – Alfonso assentiu, e ela se calou, olhando a água.

Alfonso: Você não me incluiu na lista dos mortos. – Observou.

Anahí: Não, você não estaria na linha de fogo. Eu mandaria você pra longe, e providenciaria um modo de você voltar pra sua vida. – Disse, sorrindo de canto, olhando o canal – Devolveria você ao seu mundo antes de partir.

Alfonso não disse nada, ficou pensando. Voltar se tornara tão fora de questão que ele nem pensara mais nisso. O hospital, seu apartamento... Ele a olhou. Não imaginava deixá-la agora.

Alfonso: Deixemos isso. Ele vai reconsiderar. – Anahí sorriu – Vamos passear. No dia em que a conheci você fez a linha guia-turistica. – Anahí riu, se lembrando – Melhor assim. – Disse, se levantando – Vamos. – Ele ofereceu a mão a ela, que a apanhou, se levantando.

E os dois saíram dali, de mãos dadas. Que seja o que Deus quiser.

***

Athenas, Grécia.

 Era noite. Madison e Christopher haviam se instalado num apart hotel, perto do mar. Chegaram muito bem, se instalaram, e Madison foi pra um longo banho de imersão, para relaxar do vôo. Quando saiu, vestindo um roupão curto de seda preta, viu Christopher sentado no sofá, de costas pra ela, com um papel metro em cima da mesa de centro e várias folhas de papel com dados e documentos em volta. Ele traçava rotas. Ela suspirou, olhando o mar pela vidraça da sacada. Não se via muito agora de noite. Christopher se admirou quando ela se sentou em uma de suas pernas, tirando os cabelos longos do rosto, e o encarou. Ele largou o que tinha na mão e a observou, esperando. Esse comportamento não era nem de longe comum.

Christopher: O que você quer? – Perguntou, sorrindo consigo mesmo.

Madison: Por quem me tomas? – Perguntou, parecendo ultrajada.

Christopher: Por alguém que está se espreitando para pedir algo. – Disse, sincero, e ela riu. Tocou a maxilar dele novamente em seguida, e ele aspirou o perfume de sua mão ternamente.

Madison: Você gosta de mim, Christopher? – Perguntou, as mãos entrando no cabelo dele, que beijou seu antebraço. 

Christopher: É uma pergunta idiota. Sabe que sou louco por você. Sempre fui. – Disse, erguendo o rosto para olhá-la.

Madison: Me quer? – Continuou, e ele franziu o cenho.

Christopher: Essa é uma pergunta mais idiota que a primeira. – Disse, e ela sorriu, levando o dedo até o cenho dele, desfazendo o nó ali.

Madison: O quanto estaria disposto a ceder por mim? – Seguiu, e ele sorriu de canto, dando de ombros.

Christopher: Leve tudo o que tenho. – Disse, tranqüilo. O pior é que ele a queria tanto que era capaz de dar-lhe tudo o que tinha. Ela sabia disso.

Madison: Tudo? – Repetiu, e ele assentiu – Qualquer coisa? – Instigou, e ele franziu o cenho.

Christopher: O que quer, Madison? – Perguntou, os olhos sondando-a. Ela manteve o olhar dele, que encarou os olhos completamente negros como se quisesse tirar a resposta dali. E tirou. – Já disse que não. – Suspirou, e ela respirou fundo.

Madison: Quer o quadro mais do que quer a mim? – Perguntou, se fazendo de ultrajada.

Christopher: Quero os dois. – Impôs.

Madison: Ganancioso demais. – Recriminou, tocando os lábios dele – Não se pode ter tudo o que se quer. – Lembrou.

Christopher: Eu sempre tive tudo o que quis. – Assinalou.

Madison: Eu sou a prova viva de que isso não é verdade. – Rebateu, sorrindo de canto, e ele ergueu as sobrancelhas, considerando.

Christopher: Não vou desistir. Conseguimos um Da Vinci antes, porque esse a assusta tanto? – Perguntou, brincando com o laço do roupão dela.

Madison: Porque não era o Da Vinci mais famoso. Porque não era a peça principal do Louvre. – Ele revirou os olhos – Vamos morrer na tentativa, sabe disso.

Christopher: Você que está dizendo. – Descartou, e ela sorriu, acariciando o rosto dele. Ela aproximou o rosto subitamente e o beijou.

O segundo beijo. Christopher nem reclamou, Deus seja louvado, o primeiro levara anos pra acontecer. Ela tinha as mãos nos cabelos dele, acariciando-o, e ele tinha as mãos na cintura dela, que estava sentada de lado em seu colo. Claramente quem comandava ali era ele, mas ela gostava assim. A boca dele quase devorava a dela, tamanha era a gana, e ela retribuía com gosto. Ele apertou as mãos na cintura dela, suspirando, trazendo-a mais para si... E ela mordeu o queixo dele, que ainda tinha os olhos fechados.

Madison: Quer me tocar, Christopher? – Murmurou, mordendo os lábios dele, ciente das mãos dele em sua cintura, ciente de que ele estava enlouquecendo para não pôr aquilo a perder.

Christopher: O que você acha? – Perguntou, rouco, mordendo a maxilar dela.

Madison: Eu acho que nós podemos fazer um trato. – Christopher suspirou, abrindo os olhos.

Christopher: O que quer, minha rainha? – Perguntou, debochado, e ela riu. Tinha o rosto afogueado. Ele gostou de ver aquilo.

Madison: Nesse momento, quero muitas coisas. – Disse, tirando o cabelo do fogo e respirando fundo.

Christopher: Desejos que eu atenderia com o maior gosto, ao seu menor sinal. – Se precipitou e ela riu gostosamente.

Madison: Tentador. – Disse, olhando os lábios dele – Mas ainda não. – Ele franziu o cenho, gemendo levemente.

Christopher: Seu auto-controle me deixa desesperado. – Ela riu novamente. – Que trato?

Madison: Um desafio. – Ponderou – A cada noite eu vou permitir que você me toque como bem quiser... E a cada noite você se livrará de uma peça de roupa que eu estiver vestindo. – Ele ergueu as sobrancelhas, admirado – Pode ser divertido ver até onde seu controle vai.

Christopher: Se você estiver de vestido eu ganho na primeira noite. – Lembrou.

Madison: E eu posso estar de jeans, meia calça, blusa, camisa, sobretudo, e por ai vai. – Rebateu.

Christopher: Se toda noite eu recomeçar do zero, não vou chegar a lugar algum nunca. – Avaliou, franzindo o cenho.

Madison: Nah, eu sou uma mulher justa. – Disse, com uma careta.

Christopher: Não há justiça entre ladrões, há? – Ela analisou, e depois riu.

Madison: As vezes. Esse é um dos casos. Sou justa. A cada noite, recomeçamos de onde paramos na noite anterior. – Ele a encarou, desconfiado – Se na noite de ontem você me tirou uma peça, na noite de hoje você tem direito a duas. – Explicou.

Christopher: Não sei porque, quando a oferta é muita, o santo desconfia. – Disse, franzindo o cenho.

Madison: Vamos lá, ladrões podem não ter palavra, mas os Salvatore sempre tiveram. – Assinalou.

Christopher: O que faz de você uma linda contradição. – Disse, tocando o queixo dela – Mas eu sei exigir meus direitos, caso você... Se equivoque. – Ela sorriu – O que quer em troca?

Madison: Pare de traçar as rotas. – O sorriso dele se fechou – Vai ter que escolher a quem quer mais, Christopher. Enquanto nosso joguinho durar, você não pode traçar uma linha, ou está tudo desfeito.

Christopher: Por mais roupas que você consiga vestir, só vai ganhar alguns dias, meu anjo. – Ressaltou.

Madison: A inicio é só do que eu preciso. – Disse, tranqüila – Depois... Bom, eu tenho meus métodos. – Ela piscou – E então? Topa?

Christopher: Como quiser. – Ele a segurou com um braço, se inclinando sobre a mesa e apanhando os papeis. A encarou enquanto os rasgava, um por um. Ela sorriu.

Madison: Não tente me enganar, Christopher. – Disse, quando ele jogou os papeis pro lado – Os rasgou mas tem tudo gravado na cabeça. – Ele sorriu – Se você tentar me passar para trás, eu vou fazê-lo se arrepender do modo mais amargo.

Christopher: Eu esperei por você durante anos. Confie nisso. – Ela assentiu, satisfeita, e ele avançou para ela, que recuou, rindo, divertida. – O que há? – Perguntou, frustrado.

Madison: E vamos começar justo quando eu estou no seu colo, vestindo quase nada? – Perguntou, divertida, apontando a situação dos dois e o roupão dela. Ele riu. – Você ganharia esta noite. Não me parece muito justo.

Christopher: Não mandei você vir vestida assim. – Assinalou, e ela assentiu, se levantando.

Madison: Eu vou dormir. – Ela viu a exasperação no olhar dele – Começaremos amanhã. Desfrute da expectativa. – Disse, piscando pra ele, e saiu.

Christopher observou ela ir com uma sobrancelha erguida, os olhos avaliando as curvas dela descaradamente. Quando ela sumiu no corredor ele sorriu abertamente, empurrando o papel amassado com o pé e se acomodando, pensativo.