Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Dias se passaram. Ninguém matou ninguem. Christopher e Katherine contiveram o problema antes que se tornasse preocupante. Madison realmente estava usando a aliança dele quando ele voltou a mansão.

Alfonso: Só uma aliança? Digo, sem cerimônia nem nada? – Perguntou, sentado com os dois, vendo Madison brincar com um anel de prata que colocara no anelar de Christopher. A aliança dela, também de prata por sua vez, tinha um diamante no topo, um solitário razoável. Nada chamativo, mas lindo de ver.

Christopher: Não precisamos de convenções. Ela é minha mulher agora. – Disse, acariciando o cabelo de Madison, que adormecera com a cabeça em seu colo – É como se tivéssemos nos casado no civil e religioso, mas não precisamos das cerimônias pra isso. Foi assim com Ian e Katherine também.

Alfonso: Pois Anahí vai engolir o véu e a grinalda. – Disse, debochado e Christopher riu em tom baixo, pra não acordar a amada. Os cabelo dela eram uma cortina negra no colo dele, o rosto sem emoções, totalmente relaxado. Assim permaneceria.

Ian e Katherine permaneceram em Paris pelas semanas que se seguiram. Anahí estava indócil com Alfonso, sempre o alfinetando de tudo. A pata de sexta-feira foi desenfaixada. Alfonso continuava a treinar arduamente. Já sabia luta corporal, aprendera a manejar facas e canivetes e progredira com armas de fogo... Mas, como Ian descrevera, sua pontaria era uma desgraça.

Alfonso: EU NÃO SEI PORQUE NÃO ACERTO! – Disse, nervoso, tendo errado o tiro de novo. O que eles haviam perdido em pentes de bala no treinamento de Alfonso não estava na historia.

Madison: É seu subconsciente. – Disse, quieta. Anahí sorriu, olhando o chão.

Alfonso: Como é? – Perguntou, indignado.

Anahí: Você aprendeu a teoria. – Disse, encostada na parede, de braços cruzados – Mas seu subconsciente não quer absorver isso, por isso sua mira não melhora. – Alfonso jamais admitira isso em voz alta, mas ela podia ter razão.

Alfonso: E o que eu faço? – Perguntou, antes de erguer a arma de novo. Ele mirou, mirou, mirou... E errou o tiro de novo.

Anahí: Não há um tutorial. 

Madison: Precisamos encontrar o seu foco. – Alfonso a encarou – Seu ‘marco zero’. Aquilo que vai quebrar essa trava na sua cabeça, se é que você realmente quer fazer isso.

Alfonso: Como encontro isso? – Perguntou, cansado. Anahí saiu da sala em silencio. Não compartilhava daquilo.

Madison: Eu não tenho respostas pra tudo. Desculpe. – Alfonso suspirou, desolado. 

Anahí foi pra mais um banho quente. Tomara vários desde que Alfonso começara com isso, pra relaxar. Ela tinha que deter aquilo, aquilo precisava parar. Ela chegara ali por causa do que Rodrigo lhe fizera, mas Alfonso era inocente. Ela não queria, não podia ser o Rodrigo da vida dele. A inocência tinha de permanecer onde estava, junto com aquela arrogância insuportável, aquela convicção idiota de que podia mudar o mundo. Ela saiu do banho e vestiu um roupão, indo pra sacada, se amparando na grade. O dia estava nublado. Quando parasse de ventar iria chover. Enquanto ela pensava, ali, quieta, Alfonso passou na grama, brincando com o cachorro. Sexta-feira agora estava saudável, os pelos com uma cor viva, cheio de energia. Fazia Alfonso se lembrar de Max. Anahí viu Alfonso lançar uma bola vermelha longe e o cachorro se lançar atrás, até alcançá-la, e trazer pro dono, todo satisfeito, recebendo carinho em retorno. Anahí sorria sem nem notar.

Christopher: Fugiu do controle, não foi? – Perguntou, entrando na sacada, usando calça abrigo cinza eu uma camisa branca, simples. Anahí levou mais um instante observando Alfonso rindo, um pouco distante deles, brincando. Os latidos animados do cachorro ecoavam pelo espaço aberto.

Anahí: Você passa por muitas coisas e você vê um pouco de muita coisa e você acha que já aconteceu tudo. – Disse, olhando-o.

Christopher: Então...?

Anahí: Então vem aquele momento na vida em que você olha pra uma pessoa e diz: “Oh, ai está você. Eu esperei por você minha vida inteira.” – Disse, os olhos azuis focados esse Alfonso.

Christopher: Aconteceu comigo quando eu fui a Itália, visitar os Salvatore, há quase dez anos atrás. – Disse, se amparando na grade também. Ele se lembrou da sensação estranha que tomou conta dele quando Madison entrou na sala, conseqüentemente na vida dele, o queixo erguido, cheia de uma convicção sem motivo. – De repente ela era tudo o que sempre tinha procurado, sem saber.

Anahí: Não há explicação. Não há um motivo. De repente você só sabe que ele precisa estar bem, então o mundo vai estar em paz. – Disse, os olhos distantes, então a voz se tornou decidida – Christopher, eu quero tirar Alfonso daqui. 

Christopher: Levá-lo onde? – Perguntou, confuso.

Anahí: De volta pra vida dele. – Disse, os olhos frios, a voz dura – De volta pra Londres, a uma vida normal, com o trabalho dele no hospital e tudo mais. De volta pra vida que eu roubei dele. – Concluiu.

Christopher: Você está me pedindo pra perder não só um dos meus melhores amigos, como a mulher que eu amo como uma filha. – Anahí sorriu de canto – É um preço alto demais. Não posso me dar esse luxo.

Anahí: Você só vai perder a ele. – Disse, virando os olhos duros pra Christopher, que franziu o cenho. 

Christopher: Mas você... – Interrompido.

Anahí: Esse é o meu mundo, não o de Alfonso. – Disse, respirando fundo – Ele vai embora, eu fico, como tem que ser. Vou cuidar para que deixem ele viver em paz então serei só uma lembrança no passado dele. 

Christopher: Ele não vai aceitar.

Anahí: Ele não vai saber. – Rebateu – Assim como não soube quando eu o trouxe pra cá. 

Christopher: Você vai ser capaz? – Perguntou, observando-a.

Anahí: Eu sempre sobrevivo, não é? – Ela sorriu de canto. O sorriso não aparecia em seus olhos – Me dê autorização para salva-lo. É só o que eu peço. – Christopher hesitou, e ambos olharam Alfonso.

Christopher: Se você acha que é o melhor... – Ele deu de ombros.

Anahí: Vai ser o melhor para ele. – Disse, convicta. – Obrigada. – Agradeceu, sincera.

Christopher: Só não se machuque. – Disse, abraçando-a e beijando a testa dela. Anahí assentiu. 

Alfonso ainda brincava com o cachorro quando ela apareceu, ainda de roupão, as mãos nos bolsos, com um sorriso de canto.

Alfonso: O que, veio fazer piada de novo? Pega ela! – Atiçou e Sexta-Feira pulou em Anahí, amparando as patas dianteiras na barriga dela, que riu, acariciando-lhe a cabeça.

Anahí: Eu aceito. – Disse, encarando-o.

Alfonso: Aceita o que? – Perguntou, divertido com sexta-feira, que tentava desfazer o nó do roupão dela.

Anahí: Aceito me casar com você. – Disse, mas havia algo estranho nos olhos dela. 

Veja como eu vou deixar cada pedaço de você.
Não subestime as coisas que eu vou fazer...

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 "Então vem aquele momento na vida em que você olha pra uma pessoa e diz: “Oh, ai está você. Eu esperei por você minha vida inteira.” - Ele já é seu Narri, sempre foi! To chorosa :`) 

Comeeeeeeeeeeeeeenteeem!! Vou dormir um pouco aqui, quando eu acordar posto mais!!! Beeeijjos ♥