Fanfics Brasil - 10 Um amor desastrado - GN

Fanfic: Um amor desastrado - GN | Tema: GN


Capítulo: 10

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—Nunca fui tão humilhado em toda minha vida! — Alexandre declarou ao sair da delegacia em companhia de Giovanna. Ela usava um short vermelho e blusa branca, uma combinação perfeita para a manhã ensolarada e clara, mas ele ainda mantinha o calção de banho e a camiseta do dia anterior. O colchão duro onde havia se deitado e a constatação de que estivera prestes a fazer amor com Giovanna Antonelli o impediram de dormir.
— Ninguém jamais saberá — ela o consolou.
— Não? É como, "A praia é deserta, ninguém vai nos ver"?
— Já pedi desculpas centenas de vezes. Você não escutou?
— Cento e trinta e seis vezes. Ouvi você quando o policial me levou para a viatura ontem à noite, e depois, quando ficou gritando enquanto eles me traziam para cá, e esta manhã, quando o juiz me submeteu àquele humilhante sermão. — Alexandre parou, olhou para a rua e levou as duas mãos à cabeça. — Giovanna, você enlouqueceu?
— Por quê? — ela perguntou, levantando os óculos de sol para abrir a porta da limusine.
— Deixou o bordel ambulante estacionado na zona de segurança em frente à delegacia por duas horas?
— Liguei o pisca-alerta.
— Ah, Graças a Deus! Não sabia que havia ligado o pisca-alerta. Afinal, todos sabem que as luzes piscando anulam o efeito de qualquer regra de trânsito. Parou sobre a calçada obstruindo a passagem de pedestres? Ligue o pisca-alerta. Atropelou alguém porque estava em lata velocidade? Ligue o pisca-alerta.
— O carro ainda está aqui, não?
— E quem mais poderia querer essa... essa coisa? — Alexandre gritou à beira da histeria.
— Entre no carro, sim?
— De jeito nenhum — e estendeu a mão na direção das chaves. — Não vai dirigir.
— Eu vim dirigindo ate aqui sem nenhum problema!
— Tem certeza? — Ele cruzou os braços e olhou para o pára-choque dianteiro. — Aquele amassado do tamanho de uma maçã apareceu do nada?
Ela mordeu o lábio e entregou as chaves em silêncio.
— Obrigado. — Havia acabado de acomodar-se diante do volante quando uma viatura de polícia parou atrás deles com a sirene ligada. O jovem policial desceu com o bloco de multas na mão.
— Senhor, tem idéia do valor da multa por estacionar em zona de segurança na área de um edifício governamental?
Alguns minutos mais tarde, Giovanna leu a cópia em papel amarelo e assobiou:
— Cento e quarenta e cinco dólares?
— Faça-me um favor — Alexandre disse em voz baixa, agarrando o volante com força. — Fique sentada e não diga absolutamente nada.
— Escute, sei que está aborrecido...
— Aborrecido? Só porque agora sou considerado um transgressor da ordem, da moral e dos bons costumes? Por que me aborreceria?
— Não é tão ruim quanto faz parecer.
— Até ontem, nunca havia recebido nem mesmo uma multa por excesso de velocidade.
— Já percebeu que pode mudar a ordem das letras em seu nome e formar "anal"?
— Não vou pedir desculpas por preferir viver de acordo com as regras!
— Sua secretária telefonou ontem à noite.
— Oh, não! Falou com Linda?
— Acalme-se. Disse a ela que era funcionária do hotel e estava anotando todos os recados. Ela conseguiu novas acomodações.
— Finalmente uma boa notícia!
— Eu disse que você havia mudado de idéia.
— Você... o quê? — Alexandre virou a cabeça tão depressa que mudou de faixa, provocando a ira dos motoristas mais próximos.
— Ela precisa de uma resposta imediata, e eu não sabia quanto tempo você passaria preso. — Giovanna ergueu as mãos num gesto impotente. As unhas haviam passado do suave tom de pêssego para um vermelho intenso desde que a vira pela última vez.
— Telefonarei para ela mais tarde a fim de verificar se o quarto ainda está disponível — Alexandre decidiu. — No momento, até o sofá-cama do Hotel Inferno parece um sonho. — Então se deu conta de que Giovanna podia estar imaginando que dividiriam a mesma cama, depois do que quase havia acontecido na noite anterior. Mas, agora que tivera algumas horas para refletir, sabia que tudo teria sido um terrível engano. Por mais que quisesse dormir com Giovanna, só um canalha faria sexo com a melhor amiga da ex-noiva. Além do mais, Giovanna estava começando a despertar outro tipo de sentimentos, e não queria pôr em risco uma velha amizade para depois ser relegado ao poço sem fundo de seus ex-amantes. — Vou pedir para consertarem aquele sofá — disse.
— Já cuidei disso. Esta manhã dei uma boa gorjeta ao chefe da manutenção e ele deixou o móvel como novo.
— Ótimo!
Depois de um silêncio prolongado, os dois falaram ao mesmo tempo.
— Quanto a ontem à noite... — ela começou.
— Quero pedir desculpas... — e parou, virando-se para encará-la. Os dois riram. — Foram as estrelas e a lua...
— E o mar, a cerveja...
— Ainda estava me sentindo rejeitado por causa do casamento.
— E eu me sentia solitária.
— Que grande engano teríamos cometido. — Alexandre tentou uma risada casual.
— Enorme — ela concordou.
— Gigantesco.
— Colossal.
— Você é a melhor amiga de Lucy.
— E você é o ex-noivo da minha melhor amiga.
Aliviado, Alexandre respirou fundo.
— Bem, vejo que estamos de acordo. — Fitou-a e percebeu que, apesar de tudo que acabara de dizer e decidir, não era imune ao poder de atração de Giovanna.
— É claro que sim! — ela respondeu com um sorriso radiante.


Fizera um punhado de coisas estúpidas em sua vida relativamente curta, Giovanna decidiu no dia seguinte, deitada na cadeira da praia. Mas todos juntos não poderiam ser comparados ao absoluto desatino que teria cometido se aquele policial não houvesse aparecido duas noites atrás.
Felizmente Alexandre pensava como ela. Haviam contornado o assunto sem discutir a atração sexual existente entre eles, mas decidiram que qualquer relacionamento além da amizade seria um lamentável erro. A porção lógica de seu cérebro não tinha nenhum problema em aceitar a argumentação, mas a parte emocional insistia em lembrar os sentimentos que a invadiram naquela noite, quando Alexandre a beijara. Depois de todo o discurso, acabara por fechar os olhos! E como se não bastasse responder a ele num nível físico, também tivera de reconhecer sentimentos mais profundos. Acidentalmente, Alexandre conseguira abrir uma trilha por onde nenhum homem jamais havia passado, e essa certeza a entristecia porque sabia que um relacionamento entre eles era impossível.
Alexandre ainda amava sua melhor amiga. Além do mais, não voltaria a Savannah de braços dados com ele, porque Lucy acreditaria que a haviam traído durante todos aqueles anos. E ainda havia mais um fator importante a ser considerado. Alexandre pertencia a uma das famílias mais importantes de Savannah, enquanto ela fazia parte da família menos respeitada da cidade. Ele não se interessaria por qualquer coisa além de sexo com ela. Normalmente não se importaria como esse tipo de constatação, mas estava começando a sentir um estranho e incômodo afeto por ele, o que despertava lembranças de quando o conhecera no ginásio. Sinos badalavam em sua mente entoando uma canção de alerta. Estava pisando em terreno perigoso. Tinha de proceder com cautela, ou acabaria sofrendo.
— Nossos caminhos continuam se cruzando. — A voz melosa de Enrico soou acima dela.
Giovanna abriu os olhos e viu que o latino apreciava seu novo biquíni vermelho com franca admiração. Ele usava um chapéu de palha e uma sunga minúscula que parecia ser a preferência dos europeus mais modernos. Giovanna apertou os lábios para não rir, lembrando do que Alexandre dissera ao ver o exótico maio numa loja masculina do shopping. Ele chamara a peça de "espremedor de ovos".
— Deve ser o destino — Enrico continuou com seu charme ensaiado.
— Ou uma praia muito pequena — ela devolveu, sem fazer nenhum movimento que o encorajasse a ficar. Estava ocupada com os próprios pensamentos, e sabia que não dispunha de muita paciência.
— Quer jantar comigo esta noite? — ele convidou. — Conheço um restaurante onde a lagosta é fresca e os drinques são fortes.
— Já tenho planos para o jantar — mentiu. — Mesmo assim, obrigada pelo convite.
— Também tem planos para a sobremesa?
— Estou de dieta — e abriu o livro que levara na bolsa de lona.
— Aquele homem que nos interrompeu ontem à tarde no quiosque... é seu namorado?
— Não — Giovanna respondeu irritada. — É meu marido.
— É mesmo? E a deixou sozinha outra vez?
— Eu o esgotei. — Ela sorriu com sarcasmo antes de voltar ao livro.
Enrico deve ter compreendido a indireta, porque se despediu e partiu.
O livro havia sido comprado por Alexandre. Conhecia a história, porque já havia lido a coleção anos antes, mas valia a pena repetir a façanha. Serviria para tirar da mente a imagem de Alexandre deitado no meio da cama de água, onde dormia desde que retornara da delegacia na tarde anterior. Jantara sozinha e encolhera-se no sofá-cama, onde passara horas acordada pensando no homem a poucos metros de distância.
Suspirando, mergulhou no mundo de fantasia e ficção científica, envolvendo-se em guerras estelares e romances caóticos cercados pelas confusões do próximo milênio.
No início da tarde, sentiu fome e foi até o quiosque, onde pediu um cachorro-quente completo. Sentada numa mesa de frente para a praia, pensou em tudo que havia vivido nos últimos dais.
A multidão do final de semana fora substituída por alguns casais apaixonados que se espalhavam pela faixa de areia branca. Era o Dia dos Namorados, e muitos casais comemoravam com viagens românticas e passeios junto à natureza. O garçom havia anunciado um concurso de castelos de areia para aquela tarde, e o casal vencedor seria premiado com um jantar num restaurante local especializado em frutos do mar.
A mente vagou até o quarto do hotel, onde Alexandre descansava. Como que invocado pela força de seus pensamentos, ele apareceu por entre as árvores do caminho estreito que ligava a praia ao prédio do hotel. Desanimada, constatou que o coração batia mais depressa diante dos movimentos atléticos e graciosos com que ele vencia as dunas de areia. Havia uma toalha sobre seu ombro direito e ele carregava uma bolsa de ginástica, provavelmente cheia de livros. A cabeça virava de um lado para o outro enquanto ele examinava a área. Estaria procurando por ela? Então ele acenou para alguém e Giovanna esqueceu de mastigar o sanduíche. Robin, a Dama da Informática, aproximava-se de Alexandre com seu chapéu elegante.
Ela usava um maio discreto num aborrecido tom de marrom, mas tinha de admitir que suas pernas fossem realmente perfeitas. A distância, a semelhança com Lucy era assustadora. Ela segurou o chapéu com uma das mãos e levantou a cabeça para sorrir para Alexandre. Giovanna mordeu o cachorro-quente com força.
Alexandre parecia ter se recuperado do mau humor, porque sorria radiante enquanto acompanhava a nova amiga pela praia. Para onde iriam? Para o guarda-sol? Almoçar? Ou para o quarto dela? A idéia provocou uma onda de revolta tão intensa que Giovanna teve de parar de comer e respirar fundo. Raciocinando, decidiu que um romance entre Alexandre e Robin aliviaria a tensão sexual existente entre eles, e assim poderiam superar o que restava da semana de férias e voltarem a Salvannah com a amizade intacta.
O casal computação parou e Robin apontou para o próprio ombro. Alexandre investigou a região e removeu o suposto incômodo. Oh, não! O velho truque do "tem um bicho no meu ombro, por favor, me salve, machão"! Giovanna suspirou. Amadora!
Mas Alexandre devia ter acreditado, porque se aproximou de Robin quando voltaram a caminhar. Giovanna não podia mais vê-los de onde estava, e por isso levantou-se. Mais alguns metros e teve de subir num dos bancos do quiosque. Mais alguns passos, e nem o balcão resolveu seu problema.
— Vá em frente, Alexandre — disse por entre os dentes, pendurada na balaustrada que cercava o quiosque para poder ver alguma coisa além das dunas. — Não poderia me importar menos.
A piscina no hotel onde Robin estava hospedada era azul e limpa, e estava ocupada apenas por alguns adultos que bebericavam drinques exóticos num canto da área ensolarada. Alexandre permanecia sentado ao lado dela, aborrecido com a conversa vazia. Aceitar o convite para acompanhá-la à piscina parecera uma boa idéia uma hora antes, mas agora se sentia inquieto. Por alguma razão ridícula, não conseguia deixar de pensar em Giovanna, no que ela estaria fazendo para divertir-se, e com quem passava a tarde.
— Algum problema? — Robin perguntou com voz melosa.
— Nenhum. — Era uma mulher atraente, e colocara a cadeira tão próxima da dele que havia prendido um dedo entre as duas ao executar a manobra. Se tivesse dúvidas quanto ao interesse físico de Robin por ele, elas teriam deixado de existir quando sentiu o pé delicado acariciando seu tornozelo. Assustado, endireitou-se na cadeira.
Ela ofereceu um sorriso sedutor.
— Quer dar um mergulho? A piscina é aquecida.
— Boa idéia. — Levantou-se apressado, agarrando a oportunidade de escapar.
Robin o seguiu, mas Alexandre começou a nadar com braçadas vigorosas até o outro lado da piscina, usando o exercício físico como válvula de escape para a tensão e uma desculpa para permanecer longe dela. No entanto, Robin era persistente. Assim que chegou ao lado oposto da piscina, Alexandre a viu emergir a seu lado. Fingindo ignorá-la, apoiou-se na borda, fechou os olhos e virou o rosto para o sol.
— Belo dia — ela comentou, roçando o corpo no dele por baixo da água.
— Hum — Devia ir procurar Giovanna e pedir desculpas por ter sido tão grosseiro no dia anterior.
— Sempre me hospedo neste hotel quando estou na cidade.
— Que bom.
— Meu quarto tem uma vista fabulosa — Robin anunciou bem perto de eu ouvido.
Vários segundos se passaram antes que Alexandre compreendesse o significado do comentário. Ela pressionou os seios contra seus braços e ele abriu os olhos.
Robin sorria.
— Quer subir e dar uma olhada na paisagem?
Ao fitá-la, Alexandre percebeu que a mulher era parecida com Lucy, e em vários sentidos. Embora a ex-noiva nunca houvesse sido tão ousada, experimentava o mesmo interesse ameno ao olhar para o corpo proporcional oculto pelo maio marrom e sem graça. Durante todos os anos que passara com Lucy, nunca perdera a esperança de tornar o relacionamento mais quente e atrevido, mas agora era forçado a admitir que a química nunca existira. Amara Lucy desde o primeiro momento, mas nunca fora apaixonado por ela. Nunca sentira falta de sua companhia a ponto de experimentar uma dor física quando privado dela. E, principalmente, nunca se sentira tentado a ficar nu com ela numa praia deserta e escura.
— Alexandre? — Robin chamou.
Quando se virou, foi surpreendido por um beijo. Tentou sentir ao menos uma razoável medida de desejo, especialmente à luz da nova revelação. Não podia estar se apaixonando por Giovanna...
A boca de Robin tornou-se mais insistente e, sem jeito, ele a puxou para mais perto, deslizando as mãos pelas curvas suaves e esperando que o corpo reagisse.
Ela interrompeu o beijo e fitou-o com a respiração ofegante.
— Que tal irmos dar uma olhada na paisagem? Alexandre pensou depressa.
— Lamento — disse —, mas prometi a Giovanna que a levaria para fazer compras.
— Prefere ir fazer compras com sua irmã? — perguntou indignada.
— Não, mas promessas foram feitas para serem cumpridas. Até mais tarde, Robin.
— Pode contar com isso — ela disse em tom de ameaça ao vê-lo sair da piscina.
Alexandre partiu aliviado, diminuindo o ritmo da caminhada ao aproximar-se da praia. Mantinha os olhos fixos no horizonte em busca de um jet-ski pilotado por alguém num macacão rosa-choque, tentando lidar com a bomba-relógio de sentimentos acionada pela presença da melhor amiga de sua ex-noiva.
Ao longo do caminho notou diversos castelos de areia, alguns simples, outros mais elaborados, e percebeu que um concurso estava em andamento. Alguns metros depois, viu uma roda formada exclusivamente por homens e constatou que alguém ainda não havia concluído sua obra. Ao aproximar-se, reconheceu Giovanna Antonelli. Ela estava de quatro, e esticava-se para retocar uma das torres do impressionante castelo que criara.
Sem dar importância à atenção dos homens que a cercavam, ela trabalhava concentrada e feliz. O biquíni vermelho era uma obra de arte, e Alexandre surpreendeu-se ao notar que Giovanna preenchia todos os espaços do diminuto traje, que cumpria a função de esconder determinadas partes de seu corpo mesmo quando ela se movia. Lembrou o que havia sentido na noite em que a beijara sobre uma duna de areia. Sabia que o pensamento levava a um beco sem saída, e por isso baniu da mente a visão perturbadora. Inconformado por fazer parte do grupo de admiradores boquiabertos, deu um passo à frente e anunciou:
— Ah, aí está você!
Giovanna levantou a cabeça e sorriu. Em seguida ajoelhou-se, oferecendo uma vista alucinante do decote ousado. Os seios estavam confinados em dois minúsculos triângulos de pano que deviam ser mais fortes do que pareciam.
— Olá — ela o cumprimentou.
Percebendo que o espetáculo chegara ao fim, o grupo de observadores começou a dissipar-se.
— Está sozinho?
— Sim. — Como pudera sentir-se tão zangado no dia anterior?
— Passou o dia todo dormindo?
— Quase o dia todo. Sinto-me muito melhor.
— Que bom. — Virou-se, voltando ao castelo de areia. Ainda estava magoada pelo tratamento injusto que recebera.
Sim, só podia ser isso.
— Quero pedir desculpas por ter sido tão grosseiro quando foi me buscar na delegacia. Devia ter agradecido.
— Tudo bem. Vamos esquecer, certo?
— Certo. Façamos uma trégua.
— Sim, uma trégua — ela sorriu, levantando-se e limpando a areia das mãos.
— Ei — Alexandre comentou, estudando o projeto —, você precisa de um fosso. — Tomando um dos baldes que ela usara como molde, foi buscar água do mar e despejou-a no pequeno canal que ela havia cavado em torno do castelo. Depois de várias viagens, finalmente preencheu todo o espaço e sorriu satisfeito por ter contribuído.
— Ficou perfeito, moça — o garçom comentou minutos mais tarde, antes de entregar um envelope. — Foi o melhor castelo. Espero que tenham um ótimo jantar de Dia dos Namorados — desejou. — Mas tenham cuidado quando saírem à noite. Ouvi dizer que há um pervertido solto em Fort Myers, um sujeito que anda nu assustando mulheres e crianças.
Alexandre franziu a testa, mas Giovanna conseguiu permanecer impassível até que o garçom se afastou.
— Pervertido? — ela repetiu assim que ficaram sozinhos, sacudida por um acesso de riso. — O P é de pervertido?
— Ha, ha, que engraçado.
— Pegue — ela estendeu o envelope. — Vá jantar com Robin e divirta-se.
— Com Robin? Passei mais tempo com ela do que deveria! Por que não vai com Enrico?
— Duvido que ele seja uma boa companhia para jantar. Alexandre compreendeu a mensagem. O homem era um bom amante, mas não oferecia segurança no caso de exibições públicas. Tentou conter o ciúme que oprimiu seu peito, mas pensar em Giovanna com outro homem era doloroso. Teria ela se deitado com o urso peludo?
— Bem, parece que vamos ter de nos contentar um com o outro — disse, encolhendo os ombros para disfarçar as emoções que o perturbavam.
— É, parece que sim — ela respondeu, tentando não se mostrar muito feliz com as perspectivas.



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Autor(a): GN

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • opslolo Postado em 01/10/2015 - 15:34:07

    awwnn qe lindo,to apaixonada nessa historia


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