Fanfics Brasil - 14 Um amor desastrado - GN

Fanfic: Um amor desastrado - GN | Tema: GN


Capítulo: 14

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Como ele ocupara sua alma ferida com o corpo de uma mulher ardente e disponível depois de ter sido abandonado por Lucy.
Desesperada, Giovanna abriu a agenda de telefones e discou para um determinado número em Atlanta. Seria bom ouvir a voz de um velho e querido amigo, alguém com ombros largos, fortes e desinteressados.
— Alô?
— Manny? Sou eu, Giovanna.
— Ei, como vai? É melhor ter uma boa desculpa para o desaparecimento prolongado.
— Que tal uma boa desculpa para estar telefonando? — ela riu, incapaz de banir o tremor da voz.
— Aconteceu alguma coisa? Já sei, é um homem! Os que parecem mais corretos são sempre os mais perigosos.
— Preciso deixar a cidade por alguns dias.
— Vou alertar os pedestres de Atlanta sobre sua chegada.
Alexandre consultou o relógio pela vigésima vez. Onde estaria ela? Giovanna atrasara-se apenas alguns minutos, mas estava ansioso. Os dedos tamborilavam sobre o balcão do bar do hotel, traindo o nervosismo. O garçom trouxe uma dose de uísque e ele a bebeu de um só gole, esperando encontrar no álcool a coragem de que necessitava.
Amava Giovanna Antonelli. Parecia ridículo e ela provavelmente riria, mas não tinha importância. Havia provado o sabor da vida ao lado dela, e agora não conseguia mais voltar aos dias de monotonia e rigidez. Precisava dela como precisava do ar para respirar.
Um casamento formal seria exagero. Afinal, fora deixado no altar poucas semanas antes, e Giovanna deixara claro que não pensava em assumir compromissos mais sérios. Mas, se conseguisse convencê-la a ir morar com ele, pelo menos tornaria público o relacionamento, o que serviria para diminuir o assédio da concorrência. Um dia, quando estivessem preparados, então pensariam em casamento... e filhos.
Alexandre parou e bAlexandreçou a cabeça. Primeiro superaria essa noite. Depois iria vencendo cada etapa devagar, sem traumas.
Por volta das oito da noite, Giovanna encontrou uma vaga e estacionou o carro perto do edifício de apartamentos onde Manny residia. A viagem de cinco horas havia sido exaustiva, especialmente porque chorara durante boa parte do trajeto.
Manny abriu a porta e a envolveu num abraço caloroso.
— Giovanna, um dia desses vai ter de começar a envelhecer — disse.
Ela sorriu para o homem alto e louro que conhecera numa boate anos antes. Manny Oliver era homossexual convicto e dono do melhor caráter que já conhecera, e haviam mantido contato e trocado visitas ocasionais.
— Manny, se algum dia decidir abandonar o navio, quero ser a primeira a saber.
— Querida, você e Ellie seriam as únicas mulheres no meu bote salva-vidas.
— Como vai Ellie? — perguntou, recordando a antiga companheira de quarto.
— Feliz. Ela e Mark se casaram há menos de um ano e já estão esperando um bebê. E eu pergunto: que mulher é capaz de suportar aquela horrível moda gestante?
— Algumas são obrigadas a suportá-la — e baixou os olhos para o ventre num gesto revelador.
— Oh, não! — Manny deixou-se cair numa cadeira. — Você também?
Ela respondeu com um movimento afirmativo de cabeça, os olhos cheios de lágrimas.
Em silêncio, o amigo abriu os braços e confortou-a como se fosse uma criança. Só depois de hora, quando os soluços cessaram, tentou compreender melhor a situação.
— Quem é o pai, Giovanna?
— O nome dele é Alexandre Nero.
— Já conversaram sobre a situação?
— Ainda não.
— Vai contar a ele sobre o bebê?
— É claro que sim.
— Por favor, diga que esse sujeito é do tipo que vai pedi-la em casamento!
— Ele já passou por um casamento em fevereiro.
— Giovanna! Nem eu me envolvo com homens casados!
— Não! Quis dizer que ele deveria ter se casado com minha melhor amiga, mas ela desistiu de tudo no último instante.
— Oh, sim! E você o ajudou a recolher os pedaços.
— Mais ou menos. No entanto, duvido que ele esteja preparado para outra viagem ao altar. E mesmo que estivesse, eu não seria a escolhida para acompanhá-lo.
— Como ele acha que ele vai reagir à notícia?
— Ele odeia crianças.
— Bem, nesse caso, devia manter a calça fechada.
— A culpa foi minha. A pílula falhou.
— Não adianta discutir de quem é a culpa, Giovanna. Agora vai ter de começar a fazer planos para o bebê. Vai ficar com ele, ou oferecê-lo à adoção?
— Vou criar meu filho.
— E espera contar com alguma ajuda do tal Nero?
— Não sei o que posso esperar.
— Giovanna, há alguma coisa que ainda não tenha me contado?
— Eu... estou apaixonada por ele.
— Entendo. E o que ele sente por você?
— Nada.
— Mentira. Vocês dormiram juntos, não?
— Bem, digamos que exista certa atração física.
— Já é um bom começo.
— Mas ele ainda ama minha melhor amiga.
— Ele disse isso?
— Não, mas não havia me procurado uma única vez desde que voltamos de viagem, e hoje ele me telefonou para conversar sobre o que sente por ela.
— O sujeito deve ser um canalha.
— Oh, não! Ele é um homem íntegro. Na verdade, uma das razões pelas quais sempre o admirei foi a seriedade do compromisso que assumiu com minha amiga.
— Se o homem não agradecer aos céus por tê-la conquistado, alguém terá de interná-lo.
— Ele é um pouco tímido. Contido, entende? Mas quando se solta, Alexandre acaba se tornando uma pessoa encantadora.
— E deve ser um parceiro e tanto na cama, certo?
Giovanna sorriu e fez um movimento afirmativo com a cabeça.
Manny suspirou.
— Prometa que não vai usar suspensórios no próximo trimestre, está bem?
Alexandre tentava manter a calma, mas a recepcionista da imobiliária não estava disposta a cooperar.
— Acho que não entendeu. Deixei vários recados na secretária eletrônica!
— Tente o telefone celular.
— Está desligado. Giovanna devia ter me encontrado ontem à noite e não apareceu. Estou preocupado com ela.
— Senhor, tudo que posso dizer é que a Srta. Antonelli disse que se ausentaria do escritório por alguns dias. Posso fornecer o código do bip...
— Já acionei o bip, e ela não respondeu.
— Então vou transferi-lo para o correio eletrônico.
— Espere... — gritou. Mas em seguida a voz de Giovanna recitou a mensagem que já havia decorado. Alexandre bateu o telefone e passou as mãos pelos cabelos. Furioso, levantou-se e gritou quando a gaveta da escrivaninha chocou-se contra sua canela.
— Sr. Nero! — a secretária assustou-se. — Algum problema? Alexandre respirou fundo.
— Não, Linda. — Vestiu o paletó. — Cancele todos os meus compromissos da tarde.
Giovanna morava numa pequena casa num distrito tranqüilo da cidade. Alexandre estivera lá algumas vezes para apanhá-la para um ou outro evento social, mas nunca entrara. A garagem estava vazia e as cortinas fechadas ocultavam o interior. A luz da varanda brilhava fraca contra o sol matinal, como se quisesse dar a entender que a proprietária estava em casa.
Depois de dez minutos tocando a campainha, Alexandre desistiu e voltou ao carro. O momento exigia atitudes drásticas, ele seguiu para o escritório de Lucy Montgomery Sterling. Não sabia o que diria a ela, mas tinha de obter notícias de Giovanna.
Quando chegou, encontrou a ex-noiva num abraço caloroso com o marido, que manteve um braço em torno da cintura da esposa enquanto o encarava com um misto de curiosidade e surpresa.
— Alexandre! Que surpresa agradável! — ela o cumprimentou.
— Não ouvimos seus passos — John comentou com um sorriso frio.
— Posso imaginar por quê. Lucy, será que podemos conversar?
— Algum problema? — ela estranhou.
— É sobre... Giovanna.
— Vejo você em casa — John anunciou antes de retirar-se.
— Quer café? — Lucy ofereceu com cortesia.
— Não, obrigado. Estou procurando por Giovanna, e pensei que pudesse me dar alguma informação.
Ao vê-la desviar os olhos, Alexandre teve certeza de que havia procurado a pessoa certa.
— Já tentou deixar um recado na secretária eletrônica?
— Várias.
— Talvez ela ainda não tenha tido uma chance de procurá-lo.
— Onde ela está?
— Alexandre...
— Preciso vê-la, Lucy. É importante.
— Ela me pediu para não contar a ninguém.
— Lucy, há algo que precisa saber.
— Do que se trata? — ela perguntou com a testa franzida.
— Algo aconteceu quando Giovanna e eu estávamos em Fort Myers.
— Escute, não sei se isso é da minha...
— Eu me apaixonei por ela.
— O quê?
— Eu me apaixonei por Giovanna. Juro por tudo que há de mais sagrado que nunca houve nada entre nós enquanto éramos noivos. Mas durante nossa estadia em Fort Myers, descobri uma nova faceta de Giovanna. Ela é afetuosa, divertida, sensível... Ela me faz feliz, e quando estamos juntos sou capaz de entender o que sente por John.
— Alexandre, nada me faria mais feliz do que vê-los juntos.
— Preciso encontrá-la e dizer o que sinto. Mesmo que ela não me ame, não suporto mais viver sabendo que ela ignora meu amor.
— Nesse caso, que tal uma pequena viagem de... cinco horas?
— Cinco horas?
— Giovanna está em Atlanta, hospedada na casa de um amigo.
— Um amigo? Oh, não! Se Giovanna está com outro homem então não...
Lucy aproximou-se e segurou-o pelos ombros.
— John não se deixou deter por isso, lembra-se? E hoje somos felizes.


 



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Autor(a): GN

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • opslolo Postado em 01/10/2015 - 15:34:07

    awwnn qe lindo,to apaixonada nessa historia


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