Fanfic: O inferno de Christopher (vondy) | Tema: Vondy

Dulce cuspiu seu vinho, encharcando Christopher e sua camisa branca. Em estado de choque em sua expectoração repentina, ela deixou cair o copo de vinho, regando seu piso de madeira no processo. A taça de cristal quebrou no impacto ao pé de sua banqueta. Christopher começou a sacudir as gotas de vinho para fora de sua camisa cara e amaldiçoando. Em voz alta. Dulce  caiu de joelhos e rapidamente tentou apanhar os cacos de vidro espalhados com as mãos nuas.
— Pare. — Ele disse baixinho, olhando para ela sobre a borda do bar.
Julia continuou sua missão desesperada, lágrimas escapando de seus olhos.
— Pare! — Ele disse mais alto, andando ao redor do balcão. Ela transferiu alguns dos cacos de vidro para a outra mão e tentou pegar o pedaço restante, rastejando no chão pateticamente como um cachorro ferido que estava arrastando a pata quebrada.
— Pare! Pare mulher pelo amor de Deus, pare! Você vai se cortar.

Christopher se erguia ameaçadoramente, sua raiva descia sobre ela como a ira de Deus. Ele a puxou para cima pelos ombros e a forçou a despejar os cacos de suas mãos em uma bacia na bancada, antes de guiá-la pelo corredor e até o banheiro de hóspedes.
—Sente-se. — Ele ordenou.
Dulce se sentou no topo do vaso sanitário fechado e soltou um soluço fraco, mas estremecendo.
— Estenda as suas mãos. — Suas mãos estavam manchadas de vinho tinto e algumas pequenas gotas de sangue. Alguns cristais de vidro brilhavam na palma da mão entre os cortes. Christopher amaldiçoou algumas vezes e balançou a cabeça quando abriu o armário de remédios.
— Você não ouve muito bem, não é?
Dulce piscou para as lágrimas, pena que ela não poderia enxugá-las com as mãos.
— E você não faz o que te mandam.
Ele olhou para ela e parou abruptamente. Ele não sabia por que parou, e se tivessem lhe perguntado depois, ele teria dado de ombros e não daria nenhuma explicação. Mas uma vez que ele parou o que estava fazendo e viu a criatura pobre que estava encolhida em um canto chorando sentiu... algo. Que não era aborrecimento, raiva ou culpa ou excitação sexual. Sentiu compaixão por ela. E sentia muito por tê-la feito chorar.