Fanfic: O inferno de Christopher (vondy) | Tema: Vondy

                          Capítulo 7

Dulce parou sua bicicleta ao lado da grande casa branca dos Clarks e caminhou para a varanda da frente. Ela nunca batia quando os visitava então ela saltou as escadas acima e puxou a porta de tela. O que ela encontrou no interior a chocou.

A mesa de vidro da sala de estar estava quebrada e tinha sangue respingado no tapete. Cadeiras e almofadas estavam espalhadas, e Anahí e Alfonso estavam sentados amontoados no sofá, no centro da sala. Anahí estava soluçando. Dulce permaneceu ali, ofegando em horror.

— O que aconteceu?

— Christopher... — Alfonso disse.

— Christopher? Ele está ferido?

— Ele está bem! — Anahí riu quase histericamente. — Ele está em casa há menos de vinte e quatro horas, e já começou um jogo de empurrões com o meu pai, fez minha mãe chorar duas vezes, e enviou Scott para o hospital.

Alfonso continuou esfregando as costas de sua namorada, a fim de consolá-la, com uma expressão triste no rosto.

Dulce engasgou.

— Por quê?

— Quem sabe? Ninguém nunca sabe o que está acontecendo com ele. Ele começou uma discussão com o papai, a mamãe se meteu entre eles e Christopher a empurrou. Scott disse que o mataria se ele tocasse nela novamente. Assim, Christopher deu-lhe um soco e quebrou o nariz dele.

Dulce olhou para baixo, para os pedaços de vidro que estavam agora incorporadas com o sangue no tapete. Assim como as dúzias de cookies, que agora estavam desintegrados, foram espalhados em torno do vidro, juntamente com os restos do que parecia ser um par de xícaras de café.

— E este? — Ela apontou para a bagunça macabra.

— Christopher empurrou Scott sobre a mesa de café. Scott e papai estão no hospital, mamãe está trancada em seu quarto, e eu vou passar a noite com Alfonso.

Anahí começou a arrastar o namorado para a porta da frente.

Dulce ficou congelada no lugar, incapaz de se mover.

— Talvez eu tente falar com sua mãe.

— Eu não posso ficar nesta casa nem mais um minuto. Minha família acaba de ser destruída. — Com isso, Anahí fugiu com Alfonso.

Dulce pretendia subir as escadas para encontrar Grace, mas ela ouviu um barulho vindo da direção da cozinha, então ela silenciosamente foi para o fundo da casa. Através da porta dos fundos aberta, ela pôde

ver alguém sentado na varanda, levando uma garrafa de cerveja aos lábios. Um choque de cabelo castanho brilhava à luz do por do sol. Dulce reconheceu-o a partir das fotografias de Anahí.

Antes que ela tivesse tempo para pensar sobre isso, seus pés saíram pela porta de trás, e ela se viu sentada a alguma distância dele em uma espreguiçadeira, com os joelhos dobrados sob o queixo. Ela abraçou as pernas e olhou para ele.

Ele a ignorou.

Dulce traçou sua aparência com os olhos, esperando gravar a visão em sua memória. Ele era muito mais bonito pessoalmente. Ela olhou para seus olhos castanhos e vermelhos, que ficaram chocantes sob as sobrancelhas marrons. Ela seguiu o ângulo de suas maçãs do rosto salientes, o nariz reto e nobre, sua mandíbula quadrada, observando sua barba de dois ou três dias de crescida, que sombreava a sua pele e o beijo de uma covinha. Seus olhos pousaram sobre os lábios carnudos dele, observando a curva e plenitude do lábio inferior antes que ela fosse capaz de arrastar relutantemente seu olhar pasmado pelos seus hematomas.

Christopher tinha hematomas e sangue em sua mão direita e algo roxo na bochecha esquerda. Scott, primeiramente, havia deixado a sua marca, mas, surpreendentemente, Christopher ainda estava consciente.

— Você está atrasada para o show das seis horas. Ele terminou trinta minutos atrás. — Sua voz era suave e quase tão agradável quanto suas características. Dulce pensou momentaneamente sobre como seria

ouvir aquela voz pronunciar o nome dela. Ela estremeceu. — Há um cobertor bem aqui. — Ele apontou para um grande cobertor de lã, xadrez, que estava amontoado perto de seu quadril. Sem olhar para ela, ele o

afagou.

Dulce observou-o com cautela. Confirmado que sua raiva havia esfriado, caminhou até ele e sentou em um banquinho próximo, ainda mantendo uma saudável distância entre eles. Ela se perguntou o quão rápido ele podia correr. E quão rápido ela poderia correr se ele a perseguisse.