Fanfic: O inferno de Christopher (vondy) | Tema: Vondy

— Mas é demais! Os sapatos só... Eu apenas não posso...
— Dulce, por favor. Estou tão feliz que nós somos amigas novamente. Além de te amar, você é capaz de ficar perto de Christopher, nada de bom aconteceu comigo desde que minha mãe ficou doente. Por favor, não tire isso de mim também.
  Anahí realmente sabe como colocar um leigo em uma viagem de culpa.
Dulce inalou lentamente.
— Eu não sei...
— Não é o meu dinheiro. É dinheiro da família. Desde que minha mãe morreu... — Anahí parou, esperando que sua amiga tirasse sua própria conclusão (errônea).
E isso foi exatamente o que Dulce fez.
— Sua mãe gostaria que você gastasse seu dinheiro com você mesma.
— Ela queria que todos que ela gostava fossem felizes e isto inclui você. E ela não teve muita chance de mimá-la depois... Depois do que aconteceu. Tenho certeza que ela sabe que estamos nos falando de novo e está sorrindo para nós. Faça-a feliz por mim, Dulce.

    Agora, Dulce sentiu as lágrimas picando na parte de trás de seus olhos. E Anahí sentiu-se culpada por ser tão manipuladora. Christopher sentiu nem lágrimas, nem culpa e desejou que as duas meninas resolvessem as coisas já, para que ele pudesse usar o seu próprio maldito telefone para fazer uma chamada.

— Eu poderia pagar por parte deles? Será que eu poderia pagar pelos sapatos, ao longo do tempo?
Christopher devia ter ouvido Dulce, porque ela podia ouvir as suas maldições e protestos ruidosos em segundo plano.
Ele estava murmurando alguma coisa sobre um rato e uma igreja. O que quer que isso significasse.

— Christopher! Deixe-me lidar com isso. — Anahí disse.
Dulce podia ouvir pedaços de um argumento que estava se formando entre os dois irmãos.
— Se é isso que você quer, tudo bem. (Christopher, pare com isso!) Mas é nossa última noite juntos e eu quero que você venha com a gente. Então os use, junte-se a nós e vamos falar sobre o dinheiro mais tarde. Muito mais tarde. Tipo quando eu estiver de volta, na Filadélfia. E vivendo na segurança social.
Dulce suspirou profundamente e ofereceu uma prece silenciosa de agradecimento a Grace, que sempre tinha sido boa para ela.
— Obrigada, Anahí! Te devo uma. Mais uma vez.
Anahí gritou.
— Christopher! Dulce também vai!
Dulce segurou o telefone longe de sua orelha para não ouvir sua amiga gritando.
— Esteja pronta por volta das nove, nós vamos buscá-la em seu apartamento. Christopher diz que sabe como chegar aí.
— Isso é muito tarde, você tem certeza?
— Por favor! Christopher escolheu o clube, e ele diz que nem sequer abre até as nove. Nós vamos chegar cedo, pois é. Basta passar algum tempo se arrumando e veremos você hoje à noite. Você vai estar sensual!

        E então Dulce terminou o seu telefonema e começou a admirar o seu belo vestido novo. Anahí compartilhava o espírito generoso e caridoso de sua mãe. Era uma pena que alguns desses espíritos não tinham passado para Christopher...
       Ela se perguntou se alguma vez seria capaz de dançar nos sexy e perigosos sapatos. Ela contemplou a perspectiva emocionante e um pouco assustadora de dançar com certo Professor. Mas Anahí disse que ele não dança. A Figura!
      Em um momento de inspiração, Dulce caminhou até a penteadeira e, cuidadosamente, abriu a gaveta de calcinhas. Sem olhar para a fotografia que estava escondida na parte de trás, ela rapidamente retirou um pequeno e sexy pedaço de tecido que poderia ser chamado caridosamente de calcinha e isso apenas se ninguém pensasse que
estava usando qualquer coisa por baixo da roupa contada como lingerie. Dulce segurou a calcinha na palma da sua mão (por que era minúscula) e meditou sobre ela como se fosse uma imagem do Buda. E, em uma decisão precipitada, ela decidiu que iria usá-la, esperando que fosse como um talismã ou um amuleto que lhe daria a coragem e a confiança para fazer o que ela precisava fazer. O que ela queria fazer. E que era para lembrar Dante de quanto ele tinha perdido quando ele a abandonou.

Não haveria mais Lacrimosa para Beatrice, não mais.