Fanfics Brasil - Capítulo 7 Para sempre ❤

Fanfic: Para sempre ❤


Capítulo: Capítulo 7

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Ablon: Sim, foi o que mais me agradou. 


 Vick: Mas, com esse currículo enorme e de muita experiencia, ele deve cobrar um salário alto.


  Ablon: Dinheiro não é problema, ainda mais se ele for bom como parece ser, vale a pena, deixarei minha família em boas mãos. 


  Vick: Desculpa aí Sr. Milionário. 


 Ablon: Não começa hein, você sabe que não dou tanta importância assim ao dinheiro, posso muito bem viver na pobreza. É só que quando você se dedica muito a uma coisa, você acaba recebendo em troca, e já que apesar de eu viver fazendo doações não tinha onde enfiar o dinheiro, porque não usar ele ? Ainda mais agora, quero dar tudo do bom e do melhor pra você e para os meus filhos, claro que não é o mais importante, mas acaba sendo essencial. 


 Vick: Eu entendo você amor, sabe que estou brincando, é ótimo que se preocupe conosco. Não deixando-os mimados e fúteis é o que importa. 


 Ablon: Se depender de nós dois, nunca serão.


  Vick: Não mesmo. Mas, e a outra empregada ? Vamos contratar mais uma não é ?


 Ablon: Você quem decidi, quer ver alguns perfis, essa empresa é ótima. 


 Vick: Quero sim – me aproximei dele – Já mandou um e-mail solicitando o Senhor George ? 


 Ablon: Sim e amanhã bem cedo vou ligar para eles. 


 Vick: Ótimo, quanto antes melhor, até porque, alguém pode solicitá-lo a qualquer momento. Olha essa – apontei para a tela, ele clicou e começamos a ler os perfis, eram todos ótimos, mas algum sempre tinha algo a mais e melhor que o outro, procurei procurar por alguém com boas referencias e que já tivesse trabalhado com criança, até porque, mesmo que não fosse para cuidar delas, teria que conviver com elas, demorou um pouco mais acabei achando um que me agradou muito – Gostei dela, o que acha ? - perguntei começando a ler o perfil dela em voz alta - Maysa Patrocínio, casada, com filhos, 49 anos, 24 de experiencia, boas referencias e pela foto ela parece um simpatia. 


 Ablon: É ela então ?


  Vick: Sim – disse tampando a boca logo em seguida porque estava bocejando - 


 Ablon: Por hoje chega né amor ? Já está tarde e você está cansada, vamos dormir, vou enviar um e-mail e amanhã ligo contratando os dois.


 Vick: Está bem – disse me virando e ajeitando o travesseiro – Mas desliga logo isso aí e vem dormir comigo. 


 Ablon: Só mais 5 minutinhos. 


 Cinco minutinhos exatos se passaram e ele desligou o not, levantou, colocou na mesinha, apagou a luz, acendeu a do abajur e deitou, cobrindo a nós dois e me abraçando. 


 Vick: Boa noite amor – me virei e dei um selinho nele - 


 Ablon: Boa noite – ele retribui, dando um beijo também na minha barriga – boa noite meus filhos. 


 Não demorou muito e já estávamos dormindo.


 


Ablon narrando 


 Acordei no outro dia, com o barulho do despertador.


  Virei para o lado desligando o mesmo, virei novamente e me aconcheguei na Vick, colocando a cabeça no seu pescoço. Fechei os olhos e estava ali, respirando o perfume dela, quando sinto ela passar a mão em meu braço. 


 Vick: Não vai para a empresa ? 


 Ablon: Não quero ir não – a apertei mais – mas eu tenho que ir. 


 Vick: Quer que eu vá com você ?


  Ablon: Pra que ? Não, fica quietinha aqui, ainda está muito cedo para você acordar, vou tomar um banho – me soltei dela deitando de barriga para cima e passei a mão no rosto - 


 Vick: Não quero ficar aqui – ela se virou me olhando - 


 Ablon: Você quase não dormiu Vick, precisa descansar direito – ela havia tido outro pesadelo, o mesmo para ser mais exato, e isso estava começando a me preocupar - 


 Vick: Você também não, ficou até tarde cantando pra mim. 


 Ablon: Não me importo, não estou cansado – e não estava, até porque eu não precisava dormir, já ela, tinha que dormir por ela e pelos bebes -


 Vick: Eu também não, me deixa ir. Por favorzinho – fez bico – não quero ficar aqui, não quero ficar sozinha, já estou enjoada de não fazer nada e faz um tempão que não vou lá – ela passou a mão no meu cabelo - e também, eu estou com medo, deixa amor.


  Ablon: E quando que eu não faço o que você quer né ? - bufei - Mas, se você ficar cansada, promete que vai me falar ? Não quero que fiquese esforçando sem precisão – franzi a testa -


 Vick: Tem uma coisa que você não fez ainda – ela mordeu o lábio – Eu prometo. 


 Ablon: Vou ir tomar meu banho antes que você comece a falar demais e me convença disso aí também – levantei indo em direção ao banheiro - 


 Vick: Eu tenho essa chance é ? - virei pra ela e ela estava apoiada no cotovelo me olhando, neguei com a cabeça sorrindo e entrei no banheiro - 


 Ablon: AGORA NÃO – gritei de lá dentro e pude ouvir ela dando risada - 


 Tomei um banho de 20 minutos, sai com a toalha enrolada na cintura e com a outra secava meu cabelo, passei por Vick que ainda estava deitada e ela me olhou mordendo os lábios. 


Pisquei pra ela e passei reto, pude ouvir ela gritando um: “ÔH AQUI NA MINHA CAMA HEIN” o que me fez entrar no closet dando risada.


  Vasculhei as minhas opções e eu realmente estava cansado de usar tanto terno, terno e mais terno. 


 Coloquei uma cueca box branca e fui até o quarto procurar por Vick, mas ao contrário do que pensava ela já estava no banho, pois pude ouvir o barulho do chuveiro ligado. 


 Voltei então para o closet e sentei em uma poltrona que tinha ali, esperando por ela.


 


Vick narrando 


 Entrei no banheiro, tomei um banho de 40 minutos e sai enrolada na toalha, entrei no closet e me deparo com uma beldade sentada na poltrona, só de cueca branca, olhando de testa franzida para o closet. 


 É pra judiar né não ? 


 Vick: Tá fazendo o que ai ? - disse jogando o cabelo pro lado e secando com a toalha -


 Ablon: Não sei o que vestir – ele entortou a boca -


  Vick: Como não sabe ? 


 Ablon: Estou cansado de usar tantos ternos, na verdade estou cansado do mesmo look. 


  Vick: Você é um homem de negócios. 


 Ablon: Eu sei, mas mesmo assim. Me ajuda ? Escolhe alguma coisa aí.


  Vick: Tenho filho desse tamanho e não estou sabendo é ? 


 Ablon: Não vai escolher ? 


 Vick: Vou, mas vai ter que usar do jeito que eu quero. 


  Ablon: Tá bem. 


  Vick: Sem reclamações e nada de comentários “está muito jovial ou descontraído”. 


 Ablon: Pode deixar. 


 Me virei e pendurei a toalha que estava usando para secar o cabelo. 


 Fui até a parte dele do closet e fiquei olhando com as mãos na cintura.


 Passei pela parte das camisas e peguei uma preta, peguei um conjunto de paletó e calça que era um preto mais puxado para o cinza, pelo menos era essa a definição que eu via pra aquela cor. 


 Me aproximei dele.


  Vick: Veste – estendi tudo – mas não fecha, deixa que eu arrumo. 


 Ele me olhou e assentiu, vestindo primeiro a calça, depois a camisa e o paletó. 


 Esperei com que ele terminasse e comecei a abotoar a camisa, deixando os últimos três botões de cima aberto, já no paletó eu apenas abotoei o botão do meio.


 Vick: Espera – fui até o closet novamente e peguei os sapatos, pretos também, pegando as meias na gaveta logo em seguida – calça esse – apontei para ele que ajeitava os botões dos pulsos, ele sentou e calçou os sapatos. Agora fica de pé para que eu possa ver – ele me obedeceu – Pronto – ajeitei a gola da camisa – está completamente lindo, gostoso e todo perfeito – dei um selinho nele – O que achou ? 


 Ablon: Eu gostei, vou fazer sucesso na empresa com as funcionárias – ele deu um sorrisinho de lado safado - 


 Vick: Vai, vai tanto que te deixo sem a possibilidade de me satisfazer com isso aqui – apertei seu membro – futuramente. - ele prendeu a respiração pois tenho certeza que não esperava que eu fosse fazer isso, então eu empurrei ele que caiu na poltrona e ficou me olhando – agora vai terminar de se arrumar e me deixe começar aqui se não só vamos sair daqui depois do almoço.


  Não dei chance que ele falasse e nem fizesse nada e fui em direção ao closet novamente, agora para decidir o que eu iria vestir. Peguei um vestido branco com bolinhas pretas, um casaquinho preto e um sapatinho de salto também preto. Me virei para deixar tudo separado e notei que Ablon ainda estava sentando ali, me olhando. 


 Peguei uma lingerie branca de renda, coloquei a calcinha sem tirar a toalha mas, quando fui colocar o sutiã, eu tirei e coloquei sem me importar que ele estava ali, afinal se ele pode me provocar, eu também posso.


  Fui até a penteadeira, peguei meu hidratante e passei, apoiando uma perna de cada vez no puff quando fui passar nelas, deixando o meu bumbum bem empinado na direção dele. Passei tudo calmamente, alisando bem o meu corpo. Quando levantei e o olhei ele desviou o olhar e coçou a cabeça. Sorri vitoriosa e fui me vestir. 


 Coloquei o vestido, casaquinho e o sapato, fui até a penteadeira novamente, sequei meu cabelo, deixando-o solto mesmo, fiz uma make de acordo com a roupa que havia escolhido, passei perfume e desodorante, coloquei um brinquinho pequeno de pérolas, relógio e pulseira. Fui até o closet de novo, peguei uma bolsa pequena preta e fiquei pronta.


 Desci sem esperar por Ablon e fui tomar café, até porque, estava morrendo de fome, e como eu já esperava, Cláudia estava lá, terminando de arrumar a mesa. Depois de uns cinco minutos Ablon desceu, com o cabelo arrumado, seus acessórios e todo perfumado, sentou-se a mesa conosco e tomamos café em meio a conversas aleatórias.


 Vick: Que saudade que eu estava desse lugar – disse ao sair do carro e admirar o prédio onde era a empresa - 


 Ablon: Também senti sua falta aqui, mas acho que ainda é desnecessário que tenha vindo – ele se aproximou e passou o braço pela minha cintura – Vamos ?


  Vick: Não começa, já disse que estava cansada de ficar por lá, e eu posso te ajudar, ou eu não sou capacitada para isso ? - disse enquanto andávamos -


  Ablon: Você sabe que sim, só que, não tem muito o que fazer e eu prefiro que você fique em casa, descansando. 


 Vick: Hum – me virei para alguém que nos cumprimentava e sorri – Bom dia – respondi e entramos no elevador - 


 Ablon: Não fica emburrada comigo, só estou querendo cuidar de você. - ele disse quando o silencio reinou no ambiente - 


 Vick: Tá Ablon, tá. - a porta do elevador se abriu e entramos em sua sala, não tinha muita coisa de diferente a não ser alguns detalhes, estava entretida olhando alguns quadros novos na parede quando ouço uma voz chamando por ele, virei para ver quem era -


  XXX: Senhor Ablon, chegou alguns papeis para que o Senhor assinasse e eu... - ela vinha caminhando com a cara grudada nos papéis e assim que me viu, parou de falar imediatamente me olhando – Desculpa, não sabia que tinha visita – reparei de onde ela havia saído, era... era da minha antiga sala, quem era ela ? -


  Vick: Visita ? - ergui a sobrancelha para Ablon que estava atrás de sua mesa e coçava a nuca -


  Ablon: Vick ela é... - o interrompi - 


 Vick: Quem é você mesmo ? - a olhei de cima em baixo - 


 XXX: E porque eu tenho que te responder ? Que eu saiba só devo explicações para o meu... - a interrompi também - 


 Vick: Perguntei quem é você, responda – disse autoritária - 


 Ablon: Vick … - o interrompi novamente - 


 Vick: Você fica quieto, estou falando com ela – olhei para ele e voltei a olhar para a garota que olhava para Ablon sem acreditar – Anda, está esperando o que ? 


 XXX: Olha aqui, eu não sei quem é a Senhorita – ela me olhou debochada – mas, eu só devo satisfações para ele – apontou para Ablon – que é meu chefe, porém, como sou educada – sorriu cinicamente – me chamo Tamara, sou a secretária dele, e antes que você seja grossa comigo novamente, eu não me importo de ser demitida, por isso, não vou abaixar a cabeça para você – ela empinou o nariz – que aliás, eu nem sei quem é, quem você pensa que é mesmo ? - não aguentei e soltei uma gargalhada -


  Vick: Que atrevimento para um secretária não ? - olhei para Ablon – Eu, queridinha, sou SENHORA pra você – aumentei um pouco o tom de voz – Olha só, como é seu nome mesmo – estalei os dedos - 


 Tamara: Tamara - ela revirou os olhos - 


 Vick: Ah é, isso aí, que nomezinho ridículo hein ? 


  Ablon: Vick, por favor … - o interrompi pela milésima vez, porque ele tinha que interromper a mim e não a ela ? - 


  Vick: Cala a boca, eu não quero ouvir a sua voz, entendeu ? Nós vamos conversar depois – olhei para a tal mulherzinha que tinha os olhos arregalados – Voltando a você – gesticulei com a mão indicando o corpo dela de cima embaixo – que bom que você não se importa de ser demitida, porque eu, como futura esposa dele – apontei para Ablon – seu querido chefinho, e futura... não, não, não – neguei com o dedo - não preciso dizer futura porque eu já sou dona disso aqui tudo, por isso, querida, eu estou demitindo você, nesse exato momento. 


 Tamara: Ele me contratou, só ele pode me demitir – levantou a sobrancelha me desafiando – E como você disse, é futura esposa, não é ainda, então, não tem tantos direitos assim como você pensa. 


  Vick: Fora. Da. Minha. Empresa – disse pausadamente -


  Tamara: Senhor. - ela falou manhosa, o que me irritou ainda mais -


  Ablon: Vick – ele me chamou - 


  Vick: O que é ? - disse ríspida -


 Ablon: Não está exagerando ? Vamos conversar. 


  Vick: Eu quero ela FORA DAQUI, que parte você não entendeu ? 


  Ablon: Você nem a conhece amor, quem me disse que não era bom julgar as pessoas antes de conhecer ? 


 Vick: E eu preciso julgar mais o que ? Hein ? Olha como essa atrevida me tratou, ela pensa que é o que aqui dentro ? Francamente Ablon, você costumava contratar ótimos profissionais. 


 Ablon: Ela é uma ótima profissional. 


 Vick: A é ? E que servicinhos a mais ela faz pra você chegar a essa conclusão ? AH, JÁ ENTENDI TUDO – aumentei o tom e não baixei mais – É POR CAUSA DELA NÃO É ? É POR CAUSA DELA QUE VOCÊ ESTÁ FRIO COMIGO, PELO JEITO É UM COSTUME QUE VOCÊ TEM SE ENVOLVER COM SUAS SECRETÁRIAS, AGORA ENTENDO PERFEITAMENTE PORQUE VOCÊ NÃO QUERIA QUE EU VIESSE NA EMPRESA, OK ABLON, DEIXA ELA AI, QUEM VAI EMBORA SOU EU E DÁ SUA CASA TAMBÉM. 


 Ablon: Vick, pelo amor de Deus, não exagera, você não costumava ser assim – ele suspirou e foi caminhando até a janela -


  Vick: E VOCÊ NÃO COSTUMAVA MENTIR PRA MIM E ME TRAIR.


  Ablon: Eu não trai você.


 Tamara: Ainda – ela deu um risinho, ela havia dito baixo, só para que eu ouvisse já que ela estava perto de mim e não de Ablon - 


 Vick: ENTÃO ME EXPLICA, ME EXPLICA PORQUE VOCÊ NÃO ME DISSE QUE TINHA CONTRATADO UMA NOVA SECRETÁRIA, QUE POR SINAL ESTÁ OCUPANDO A MINHA SALA, ME EXPLICA ABLON. 


 Tamara: Tem razão de ele querer se envolver com outra, olha o tamanho dessa barriga – ela disse baixinho novamente, a minha vontade era de voar nela, se não fosse pelos meus filhos... Por eles, e só por eles eu iria ignorar suas provocações - 


 Ablon: Pra não te deixar assim, olha só como você está – apontou pra mim -


 Vick: SE VOCÊ TIVESSE FALADO ANTES EU IRIA ENTENDER, EU SEMPRE TENTO TE ENTENDER, MAS... - minha voz falhou e consequentemente eu não conseguia mais gritar – você disse que não era traição Ablon, você disse e eu acreditei, só que agora, o que mais me resta pensar ? Você não toca em mim porque está mentindo, porque não consegue, e só pode ser isso, você tem outra, não acredito que você fez isso comigo.


  Ablon: Amor, eu juro que não estou te traindo – ele veio em minha direção - 


 Vick: Não toca em mim – eu tentei me afastar, não estava me sentindo muito bem, comecei a ver tudo em dobro e não estava conseguindo firmar as minhas pernas - 


 Ablon: Vick, Vick, olha pra mim, o que você está sentindo – ouvi ele dizer, senti seus braços me segurando,  mas eu não o via direito estava tudo embaçado e sua voz ecoava de uma forma estranha e então tudo ficou escuro -


 



 


Ablon narrando 


 Vick desmaiou em meus braços e eu fiquei preocupado, pois aquilo tudo era culpa minha.


 Pedi para que Tamara arrumasse um álcool e um algodão, ela demorou um pouco, mais que o necessário pra falar a verdade, agradeci assim que ela estendeu tudo pra mim, eu havia colocado Vick no sofá, então tinha as mãos livres para pegar tudo. Peguei o álcool e o algodão, abri o frasco e virei encharcando o algodão logo em seguida. 


 Passei no seu nariz mas ela não acordava, começou a me bater o desespero, deslizei a mão livre até seu pulso e senti que o mesmo estava fraco demais.


  Ablon: De novo não Vick, por favor, não tenho como reverter dessa vez – disse baixinho - 


 A peguei no colo e pedi para que Tamara pegasse sua bolsa e me seguisse. Me resolveria com ela depois, o mais importante agora era minha mulher e meus filhos, entrei no elevador e me arrependi, já que os minutos pareciam horas, assim que ele abriu indicando o térreo, eu sai correndo sem nem olhar para quem estava ali ou não. Parei em frente ao carro e droga, as chaves. Estavam no meu bolso, como eu as pegaria ? 


 Tamara: Quer que eu pegue as chaves, Senhor ? - ela disse parada atrás de mim - 


  Ablon: Melhor não, chama o porteiro.


 Tamara: Não temos tempo, para com isso é só uma chave – ela enfiou a mão no meu bolso e procurou a chave, deslizando a mão pela minha perna calmamente, suspirei ao pensar que talvez Vick tenha razão – Aqui – ela sorriu - 


 Ablon: Abra o carro por favor, deixe a bolsa dela aí e pode ir. 


 Tamara: Mas... - a interrompi -


  Ablon: FAÇA O QUE EU MANDO TAMARA – disse grosso -


 Ela destravou o carro e jogou a bolsa de Vick no banco de trás, ignorei seu ato e coloquei Vick no banco da frente, prendendo o cinto logo em seguida, fechei a porta, corri para o meu lado, entrei e dei partida, fui o mais rápido possível, mas parece que tudo conspirava contra, já que a cada acelerada eu tinha que parar no sinaleiro. 


 Assim que parei novamente procurei pelo meu celular, deslizei o dedo pela tela e procurei o numero do tal médico. Assim que achei disquei o mesmo. 


 


Inicio da ligação 


 Doutor: Sim ? 


 Ablon: Doutor Bernardo, Senhor Ablon falando, marido da sua paciente Victória Emanuelle.


  Doutor: Sim, sei quem é, aconteceu alguma coisa ? 


 Ablon: Ela desmaiou e eu não sei o que fazer – o sinal ia abrir então, coloquei ele no viva voz e no suporte do carro - 


 Doutor: Já tentou reanimá-la com álcool ?


  Ablon: Sim, e ela não reagiu, sem contar que sua pulsação está fraca demais. - olhei para Vick e depois voltei a tenção ao transito, que finalmente voltava a se movimentar - 


 Doutor: Traga-a imediatamente para o hospital, vou deixá-los avisados. 


 Ablon: Já estou levando-a estou quase chegando. Obrigado – apertei os lábios - 


 Doutor: Não precisa agradecer. Estarei esperando, não se preocupe, vamos cuidar dela. Agora, eu preciso ir. - e desligou - 


 Fim da ligação


 


Ablon: Assim espero. - sussurrei - 


 Andei por mais alguns quilômetros e finalmente cheguei ao hospital, sai do carro, peguei Vick nos braços e assim que adentrei o hospital, vários enfermeiros e enfermeiras apareceram, tiraram ela dos meus braços, colocaram ela em uma maca e a levaram, sem que eu pudesse ir junto.


 Fiquei ali por alguns minutos olhando para o corredor por onde eles a haviam levado sem saber o que fazer, até que alguém me chamou.


  XXX: Com licença, desculpe, você é o acompanhante da Senhora que está gravida que acabou de entrar com o Doutor Bernardo ? 


 Ablon: Sim. 


 XXX: Eu sei que o Senhor não está com cabeça agora mas, eu preciso que me acompanhe até a recepção, tenho que ver os documentos da paciente e o Senhor tem que decidir em que quarto vai ficar e as formas de pagamento. 


 Ablon: Ah, sim claro, vou até o carro pegar a bolsa dela e já volto – a moça assentiu e eu fui até o carro, voltei em menos de dois minutos e parei em frente o balcão da recepção – Aqui os documentos – entreguei a ela -


  XXX: Sim, ela já está cadastrada aqui como paciente do Doutor, bom, agora só preciso que o Senhor resolva a questão do quarto. 


 Ablon: O melhor quarto, com o melhor atendimento, não se preocupe com as despesas.


  XXX: Sim Senhor – ela disse enquanto digitava alguma coisa no computador – Forma de pagamento ? 


 Ablon: Cartão – tirei a minha carteira do bolso e peguei o meu cartão dourado, que era o único sem limites e entreguei a ela - 


 A moça fez mais alguns procedimentos e depois que estava tudo certo peguei a bolsa de Vick que estava em cima do balcão e voltei para o mesmo lugar onde estava antes da moça vir me chamar. 


  Duas torturantes horas já haviam se passado e eu não sabia mais o que fazer, já tinha ficado em pé e sentado por diversas vezes, agora estava sentado, com a cabeça apoiada nas mãos e os cotovelos nos joelhos, já estava quase indo perguntar para alguém pela milésima vez se eles poderiam me dar alguma noticia quando o médico finalmente me chamou.


 Doutor Bernardo: Senhor Ablon – ele se aproximava, fiquei de pé rapidamente e acabei com o espaço que ainda havia entre nós -


  Ablon: Me diz por favor que está tudo bem.


  Doutor: Olha – ele soltou o ar – eu preciso ser bem sincero. Ela está grávida de gêmeos, com uma criança por si só, a gravidez já tem que ter muitos cuidados, agora pense em duas, dois bebes, pequenos, frágeis, que necessitam do corpo da mãe para sobreviver, tudo que ela sente, é passado para eles, e por mais que a Senhora Victória seja forte, não é só a vida dela que está em jogo agora, a gravidez dela teve uma complicação – entortou os lábios – e a única conclusão que pude chegar é que ela anda tendo muito estresse, vocês estão com problemas em casa ? Na família dela, se ela estiver trabalhando ainda, alguma coisa, principalmente com o Senhor ? - eu não sabia o que dizer exatamente ao médico mas, a vida dela e dos meus filhos estavam em suas mãos não é ? Então, eu não tinha porque omitir nada -


 Ablon: Me chame de você, por favor. E sim, estamos com problemas sim, mas eu não pensei que poderia chegar a ser tão sério assim – suspirei - 


 Doutor Bernardo: Não é tão raro assim hoje em dia que uma mulher acabe tendo uma aborto apenas por viver no stress – eu o olhei assustado – não, não estou dizendo que isso vá acontecer com ela, mas pode acontecer, porque não ? Por isso estou tendo essa conversa com o você, eu sei que não é fácil ser pai, mas se é difícil para o você, imagine para ela ? O Senhor me parece ser um ótimo homem, não faça nada com que você se arrependa depois – ele colocou uma mão em meu ombro – se você ama sua mulher, tente ter a maior paciência do mundo com ela, é só uma fase, vai passar e depois, você vai ver como valeu a pena, ver e ter os seus filhos nos braços é a melhor coisa do mundo, se Deus está te dando a oportunidade de ser pai, de ter uma família, aproveite, não há nada no mundo que substitua isso. 


 Ablon: Eu não os trocaria por nada, abri mão de muita coisa por ela, e abriria de novo sem pensar duas vezes, obrigado Doutor, muito obrigado mesmo, eu... eu posso vê-la ?


 Doutor Bernardo: Ela está descansando agora, e eu não sei se seria uma boa ideia, seria ? Ela manterá a calma ao te ver ?


  Ablon: Não sei, mas eu não posso deixá-la sozinha.


 Doutor Bernardo: Venha, vou te mostrar onde fica o quarto – nós caminhamos lado a lado por alguns corredores até parar em uma porta – apenas me prometa que se ela acordar e não te quiser aqui, você sairá sem insistir. 


 Ablon: Eu prometo – ele assentiu e colocou a mão na maçaneta, girando-a e abrindo a porta para que eu passasse - 


 Doutor Bernardo: Qualquer coisa, mande me chamar, irei ver os outros pacientes.


  Ablon: Obrigada mais uma vez Doutor – estendi a mão para que ele apertasse e assim ele fez -


  Doutor Bernardo: Não precisa agradecer, boa sorte – deu um tapinha nas minhas costas e saiu -


 



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Autor(a): Fraanh

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