Fanfics Brasil - Capítulo 12 Para sempre ❤

Fanfic: Para sempre ❤


Capítulo: Capítulo 12

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Ablon: Eu não consigo nem pensar em outra mulher, imagina tocar, não importa o quão necessitado eu esteja, se não for você eu não vou querer. 


 Vick: Ah você vai sim. 


 Ablon: Não, não vou – ele me encarou – diferente de você que já até tem uma opção não é ? - ele deu risada – e depois eu que sou homem que sou o errado. 


 Vick: Eu me separaria de você antes, então não seria uma traição. 


 Ablon: VOCÊ NÃO ENTENDE ? EU NÃO QUERO QUE SE SEPARE DE MIM – ele disse alterado – VOCÊ É MINHA, INDEPENDENTE DE ESTARMOS NAMORANDO, NOIVOS OU CASADOS, QUEM TE FEZ MULHER FUI EU, E ISSO VICTÓRIA, ISSO TE FAZ MINHA PARA SEMPRE. 


 Vick: PARA DE FALAR ASSIM, ESTÁ PARECENDO UM MANÍACO – eu disse alto também -


 Ablon: SE ALGUM DIA ALGUM OUTRO HOMEM TOCAR EM VOCÊ, ESCUTE BEM O QUE EU ESTOU FALANO VICTÓRIA, EU MATO ELE, ENTENDEU ? NINGUÉM TOCA NA MINHA MULHER, NINGUÉM - ele levantou pegou o abajur e tacou na parede fazendo com que o mesmo virasse pedacinhos -


 Vick: PARA COM ISSO, VOCÊ ESTÁ ME ASSUSTANDO – ele me olhou, seus olhos transmitiam uma fúria inexplicável, eu nunca o tinha visto daquele jeito, eu realmente estava com medo, pela primeira vez na vida eu sentia medo de um homem, sua respiração estava acelerada e ele apertava os dentes como se fosse quebrá-los, e então ele se virou em direção ao banheiro e entrou, batendo a porta com muita força - 


Olhei para o abajur todo despedaçado no chão e olhei na direção do banheiro, respirei fundo e levantei, senti que minhas pernas estavam meia bambas mas eu tinha que manter a calma, alguém ali tinha que manter a calma, com um pouco de dificuldade cheguei perto da porta e bati.


  Vick: Ablon, abre, por favor – pedi calma -


 Ablon: Me deixa sozinho Vick – sua voz parecia um pouco mais calma mas ainda sim não estava normal -


  Vick: Me deixa entrar, por favor, eu quero falar com você – ele ficou em silencio – por favor Ablon, eu estou nervosa, não quero voltar para o hospital, nós estávamos bem – suspirei – por favor – pedi meio chorosa, depois de alguns minutos ele destrancou a porta - 


 Abri a mesma devagar e ele estava encostado na pia, com as mãos do lado do seu corpo apertando a mesma com força, enquanto ele estava de cabeça baixa e com a sua calça aberta mostrando a sua cueca box vermelha. 


 Vick: Para, por favor – disse ao me aproximar dele e passar as mãos nos seus braços tentando desfazer aqueles músculos saltados – esse não é você, o que está acontecendo ? - ele levantou a cabeça me encarando mas não falou nada – Ablon – o chamei - 


 Ablon: Sai daqui – ele desviou o olhar -


 Vick: Não, eu não vou sair, você precisa se acalmar. 


 Ablon: Eu não sei o que está acontecendo, então saia daqui, por favor, não quero machucar você. 


 Vick: Olha pra mim – ele não me obedeceu – Ablon, olha para mim agora – disse autoritária e então ele me olhou a contra gosto – você não vai me machucar, eu sei que não, isso foi só uma crise de ciumes, está tudo bem, acontece, só não deixe que isso domine você, você me assustou, não faça mais isso, por favor, nunca mais – pedi calma enquanto olhava em seus olhos e alisava o seu rosto -


 


Ablon narrando


 Eu não sabia porque tinha reagido daquela forma, era um sentimento desconhecido que eu acabei não controlando, eu pensava que já estava consciente de todos os sentimentos humanos, mas percebi que não. 


 Só de pensar em perder a Vick, só de pensar em outro homem tocando nela, eu senti vontade de matá-lo. Isso era tão errado, esse sentimento não poderia estar presente em um anjo guerreiro que lutou tanto pelas vidas humanas. Eu vi o medo no rosto dela e me arrependi no mesmo instante, que tipo de monstro eu havia me transformado ? 


 Se ela ao menos soubesse, poderia me entender melhor e ver que eu não era um maniaco, só era alguém que não estava acostumado e desconhecia tal sentimento.


 Ablon: Me perdoa – a puxei para os meus braços e coloquei o queixo na sua cabeça – eu, eu não sei porque agi assim, me perdoa, prometo que isso não vai mais se repetir, não queria assustá-la, não sinta medo de mim, por favor.


 Vick: Nós não precisamos disso – ela ergueu a cabeça me olhando – eu amo você, só falei aquilo por falar, para mostrar que se você me trair eu também tenho uma opção e que não vou ficar sofrendo por você, mas a verdade é que eu não tenho, se eu escolhi você, quero que seja só você. Acredite em mim. 


 Ablon: Eu acredito, acredito porque eu também sinto o mesmo - eu disse com a voz mais calma que eu podia -


  Vick: É bom te ter de volta – ela sorriu e passou o dedo na minha boca -


  Ablon: Me perdoe, eu sinto muito. Muito mesmo. 


 Vick: Tudo bem, já passou. Mas, voltando ao assunto Pamela – ela fez careta – já estou arrependida. 


 Ablon: Você pode mandá-la embora a hora que quiser, sabe disso. 


 Vick: Eu sei. 


 Ablon: Então ? 


 Vick: Mas tem a Cláudia, não quero magoá-la. 


 Ablon: Tenho certeza que ela vai entender – disse alisando seu cabelo -


  Vick: Eu não tenho tanta certeza, mas vou falar com ela depois – fez bico -


  Ablon: Fale, e se precisar, me chame – mordi seu bico -


  Vick: Aí, vai tomar banho vai – ela disse me empurrando - 


 Ablon: Não quer vir comigo ? 


 Vick: Não, vou ler um pouquinho. 


 Ablon: Fui trocado por um livro ?


  Vick: Foi sim, agora vai – ela deu um tapa no meu bumbum e saiu indo para o quarto - 


 Ablon: Não estou valendo nada mesmo – a segui e fui tentar bater em sua bunda mas ela desviou -


 Vick: Não pode bater em mulher grávida – ela se virou para mim fazendo bico de novo - 


 Ablon: Verdade, tinha esquecido, mas eu ainda posso fazer isso – dei um selinho nela e apertei sua bunda saindo correndo e rindo logo em seguida - 


 Vick: SEU VIADO – ela gritou assim que fechei a porta do banheiro - 


 Ablon: SORTE SUA QUE O VIADO AQUI NÃO PODE TE JOGAR NA CAMA E TE MOSTRAR O QUANTO TE AMA – gritei de volta - 


 Vick: NÃO JOGA PORQUE NÃO QUER – ela gritou novamente - 


 Ablon: QUANTO MAIS DESEJO ACUMULADO, MELHOR SERÁ QUANDO MATARMOS A A VONTADE – gritei de novo enquanto tirava os sapatos - 


 Vick: UI DELICIA, ESPERO QUE SEJA DESEJO SUFICIENTE PORQUE EU ESTOU NUM FOGO QUE VOCÊ NÃO FAZ IDEIA – ela respondeu me fazendo rir enquanto eu ligava o chuveiro -


 Sai do banho depois de uns 20 minutos, passei por Vick e a mesma estava concentrada no livro, fui até o closet, vesti uma cueca box preta, dei uma secada no cabelo já o deixando “arrumado”, passei desodorante e perfume e fui me jogar ao lado de Vick na cama. Ela ergueu os olhos rapidamente e voltou a ler. 


 Vick: Não tem roupa não ? - disse ainda lendo -


  Ablon: Até tenho, mas estou com calor.


  Vick: E vai descer para jantar assim ? 


 Ablon: Sabe que não seria uma má ideia ? - provoquei para ver se ela me olhava e funcionou, ela me encarou por alguns segundos de sobrancelha arqueada mas depois voltou a olhar para o livro - 


 Vick: Não, não é, na verdade é ótima, vou seguir seu exemplo e da próxima vez que for a empresa vou de lingerie, aliás o Léo ainda trabalha lá ? 


 Ablon: Trabalha – meu tom de brincadeira foi embora rapidamente - 


 Vick: Ótimo, ele vai adorar me ver. 


 Ablon: Ok, vou me vestir – como ela sempre vencia ? -


  Levantei e fui até o closet vestindo a primeira roupa que vi na minha frente e voltei deitando ao seu lado novamente, Vick tinha um sorrisinho em seus lábios.


 Vick: Minha vez – ela disse depois de fechar o livro – estou louca para tomar um banho delicioso no meu banheiro e principalmente tirar esse cheiro de hospital.


  Ablon: Quer ajuda ? - disse malicioso - 


 Vick: Não gatinho – ela me deu um selinho e levantou indo guardar o livro – já volto, não desça sem mim. 


 Ablon: Não vou, vou te esperar quietinho aqui.


  Vick: Acho bom – e ela foi em direção ao banheiro me deixando sozinho - 


 Levantei, peguei o not e fui checar meus e-mails, tinha vários e-mails da Tamara dizendo que precisava de mim na empresa, um do Bruno, eu nunca mencionei mas é ele quem cuida dos negócios quando estou ausente, só que ele fica no Rio e geralmente os papéis daqui que eu não cuido também vão parar em suas mãos, ele estava enlouquecendo já que eu tirei o cara que cuidava daqui para que eu assumisse tudo, mas bem, eu não assumi direito.


  Respondi a ele dizendo que de agora em diante eu iria cuidar mais e não deixá-lo com tanto trabalho, respondi Tamara e anotei o dia que tinha uma reunião marcada, seria daqui uma semana, revisei alguns documentos que ela mandou e fiz alguns relatórios, estava quase acabando quando Vick saiu enrolada na toalha, ergui o olhar e ela me mandou um beijo, sorri e voltei a escrever. 20 minutos depois ela apareceu, se aproximou de mim fechando a tela do meu not.


  Vick: Vamos ? - sua boca estava próxima da minha já que ela havia inclinado seu corpo - 


 Ablon: Só se me der um beijo antes – fiz bico -


 Vick: Pronto – ela disse depois de me dar um selinho - 


 Ablon: Quero um beijo Vick.


  Vick: Isso foi um beijo. 


 Ablon: Não foi não, vem, vou te mostrar o que é um beijo – deixei o not na cama e a puxei para o meu colo - 


 Vick: Para, eu estou com fome, nós estamos, não vou deixar de alimentar meus filhos para te beijar, vem logo – ela levantou me puxando -


  Ablon: Amor, só um – pedi manhoso enquanto a abraçava por trás depois de sairmos do quarto -


  Vick: Depois.


 Ablon: Depois você dá outro. 


 Vick: Mas aí serão dois.


  Ablon: Então pode ser quatro. 


 Vick: Se ficar reclamando não será nenhum – estávamos descendo as escadas -


  Ablon: Pra que tanta maldade comigo ? 


 Vick: Eu. Estou. Com. Fome. Entenda que isso é prioridade.


  Ablon: Deixo você me comer – sussurrei no seu ouvido e a senti se arrepiar - 


 Vick: Não quero não, já cansei de sentir fome disso aí, obrigada. 


 Ablon: Será que cansou mesmo ? - descia a mão até a sua virilha mas ela segurou -


  Vick: Não começa. 


 Ablon: Me dá um beijo que eu paro. 


 Vick: Não vou te dar nem meio beijo – chegamos na cozinha -


  Ablon: É rapidinho. 


 Vick: Não. 


 Ablon: Oh Cláudia, pede para a Vick me dar um beijo ? Ela está judiando de mim – chamei por Cláudia que estava sentada conversando com os outros empregados, todos nos olharam, eu ainda estava abraçando Vick por trás -


  Cláudia: O Senhor está merecendo ? 


 Ablon: Claro que estou. 


 Vick: Não, não está. 


 Pamela: Se ela não quer eu dou – ela disse “baixo” mas eu tinha a audição apurada então pude ouvir perfeitamente, minha preocupação era se Vick tinha escutado - 


 Vick: O que você disse ? - sua respiração havia se alterado, ok ela ouviu -


  Pamela: Nada Senhora, só estava pensando alto.


  Vick: Acho bom que eu tenha escutado errado, acho muito bom. Cláudia, pode servir o jantar. 


 Cláudia: Sim Vick. 


 Vick se virou e saiu me puxando em direção a sala de jantar. 


 Ablon: Calma – disse assim que chegamos e a virei para mim - 


 Vick: Ela é muito abusada.


  Ablon: Pense nos nossos filhos. 


 Vick: Estou tentando , fique longe dela, entendeu ? Só tenha contato em ultimo caso.


  Ablon: Não confia em mim ? 


 Vick: Não confio nela. 


 Cláudia entrou com Maysa fazendo com que encerrássemos o assunto, Vick e eu nos sentamos, ela se acalmou assim que viu a comida, sorri ao vê-la como uma criança olhando para a mesa querendo tudo.


  Nos servimos e comemos em silencio, os empregados já tinham jantado inclusive Cláudia, Vick não gostou muito mas resolveu não dizer nada.


 


Vick narrando 


 Acordei quando senti que Ablon se mexia na cama e tirava seus braços que me envolviam. 


 Vick: Já está na hora ? - disse sonolenta - 


 Ablon: Na hora do que ? Eu vou trabalhar, você vai voltar a dormir – ele beijou minha cabeça e se levantou - 


 Vick: Não vou não, eu vou com você – me virei na sua direção -


  Ablon: Vai ? Pra que ? - ele me olhou -


  Vick: Porque eu quero ir, e se eu quero ir, eu vou. 


 Ablon: Vick... - ele coçou a cabeça - 


 Vick: Não se preocupe, sei que Tamara ainda está lá.


  Ablon: É que eu ainda não tive tempo de resolver isso.


  Vick: Tudo bem. 


 Ablon: Tudo bem ? - ele me olhou confuso - 


 Vick: Sim, tudo bem.


  Ablon: Tem certeza ? 


 Vick: Tenho sim, agora vai tomar banho porque eu também tenho que me arrumar. 


 Ablon: Ok, não demoro – ele se inclinou e me deu um selinho -


 Assim que ele sumiu indo em direção ao banheiro me espreguicei na cama, dei bom dia para os meus pequenos e levantei indo para o closet separar a minha roupa. 


 Depois que separei tudo, peguei um roupão coloquei por cima da camisola e desci para a cozinha, Cláudia já estava acordada preparando o café. 


 Vick: Bom dia – me aproximei dela e dei um beijo em seu rosto - 


 Cláudia: Caiu da cama foi ?


  Vick: Vou para a empresa com ele. 


 Cláudia: Vick, dá ultima vez que você foi, você foi parar em um hospital, tem certeza disso ? - ela me olhou preocupada -


  Vick: Tenho sim Bá. Bom dia Maysa – me aproximei e a cumprimentei com um beijo no rosto também assim que ela entrou na cozinha -


  Maysa: Bom dia Senhorita. 


 Cláudia: Bom, só espero que não faça nenhuma besteira.


 Vick: Pode deixar Bá, eu sou bem ajuizada. Vou subir e ver se ele já saiu do banho. 


 Cláudia: Vão vir almoçar em casa ?


 Vick: Não sei, mas eu te ligo avisando. 


  Cláudia: Tudo bem. 


  Vick: Tomem o café da manhã, vamos demorar para descer, com licença.


  Sai da cozinha e quando estava no pé da escada George apareceu.


  George: Bom dia Senhorita. 


 Vick: Bom dia George. Dormiu bem ?


  George: Sim Senhorita. 


 Vick: Que ótimo, Cláudia e Maysa já estão na cozinha, vá tomar café.


 George: Os senhores irão sair ? Devo preparar o carro ?


 Vick: Provavelmente vamos no carro de Ablon, mas se eu precisar de você depois, eu ligo e peço para Cláudia te avisar, ok ? 


 George: Sim Senhorita. 


 Vick: Pois bem, vou me arrumar agora. Com licença. 


 George: Toda.


 Subi as escadas e entrei no quarto, fui até o closet e Ablon estava sentado colocando os sapatos.


 Ablon: Onde estava ? - ele ergueu os olhos e perguntou assim que entrei -


  Vick: Na cozinha. 


 Ablon: Foi tomar café sem mim ? 


 Vick: Claro que não, só fui conversar com Cláudia, vamos sair com o motorista ?


  Ablon: Não, vamos no meu carro. 


 Vick: Todos os carros são seus – revirei os olhos - 


 Ablon: Você entendeu, mas porque a pergunta ?


  Vick: Nada só para confirmar, já que eu sabia que você ia querer ir dirigindo e disse para o George que não precisava se preocupar.


 Ablon: Quem melhor que você para saber o que eu penso ou faço ? Me conhece tão bem – ele levantou e se aproximou me segurando pela cintura - 


 Vick: Tenho que conhecer né ? - ergui as mãos e arrumei sua gravata – Vou tomar banho, me espera ?


  Ablon: Claro. Só não demore. 


 Vick: Eu nunca demoro. 


 Ablon: Não né ? 


 Vick: Não, é o tempo que passa rápido demais. 


 Ablon: Aaah tá. Agora eu entendi - disse sorrindo -


  Vick: Que bom que concorda comigo.


  Ablon: E adianta discordar ? 


 Vick: Não. Óbvio que não – dei um selinho nele e sai indo em direção ao banheiro -


 Entrei no mesmo, tomei um banho de 30 minutos, sai enrolada na toalha, Ablon estava jogado na cama assistindo televisão, passei reto indo até o closet, me sequei, vesti a lingerie, passei hidratante, tirei a toalha que estava no cabelo, penteei o mesmo, meu cabelo já estava enorme se fosse antes eu já teria cortado, mas eu estava começando a gostar de cabelo grande, então não pretendia fazer isso. 


 Vesti a roupa que havia separado, sequei meu cabelo com o secador o deixando solto mesmo, passei a maquiagem com uma sombra preta porém deixa-a bem fraquinha, rímel, blush e gloss.


  Coloquei um brinco médio, um sapatinho com um saltinho, passei perfume e desodorante, coloquei o relógio, anel, peguei uma bolsa colocando tudo que eu iria precisar dentro e estava pronta.


 Voltei para o quarto e Ablon tirou os olhos da TV e parou em mim. 


 Vick: Vamos ?


 Ablon: Opa – pegou o controle e desligou a TV - 


 Ele levantou e ao se aproximar passou um braço na minha cintura e cheirou meu pescoço.


  Ablon: Delicia – e deu uma mordidinha -


  Vick: Para mor – dei um tapinha nele depois de me arrepiar - 


 Ablon: Me dá um beijo ?


  Vick: Você cismou com isso hein.


  Ablon: Estou com saudade.


  Vick: Depois eu dou, prometo, agora vamos. 


 Ele suspirou e eu dei risada o puxando escada abaixo.


  Tomamos café e logo depois estávamos saindo de casa indo em direção a empresa.


 Já que eu tinha deixado as coisas bem claras em casa, estava na hora de fazer isso na empresa também, sorri pensando na cara que aquela mulher ficaria.


 Ablon estacionou e nós descemos, ele passou o braço ao redor da minha cintura e caminhamos lentamente em direção ao prédio.


  Passamos pelos funcionários cumprimentando todos e fomos em direção ao elevador. 


 Saímos no ultimo andar e Tamara já estava a espera dele, seu sorriso de orelha a orelha se desmanchou assim que ela me viu entrar na sala.


  Ablon: Bom dia Tamara. 


 Tamara: Bom dia Senhor. - ela tinha alguns papéis nas mãos - 


 Vick: Olha, eu sou invisível. 


 Tamara: Bom dia, Senhora. - ela deu um sorrisinho - 


 Vick: Hummmm, bem melhor.


  Tamara: Fico feliz que a Senhora esteja bem. 


  Vick: Me poupe de sua falsidade, gosto das coisas bem claras, querida. 


 Ablon: Bem, o que você tem aí ? - ele encostou na mesa de frente para nós duas e cruzou os braços, indicando os papéis que estavam nas mãos de Tamara com a cabeça - 


 Tamara: São alguns papéis que o Senhor Bruno mandou.


  Ablon: Algum problema ?


 Tamara: Creio que não Senhor, ele não foi muito especifico, disse apenas que era importante.


  Ablon: Ok, vejo isso depois – pegou os papéis e colocou na mesa – Vick ?


  Vick: Hum ? 


 Ablon: Quer dizer alguma coisa ? Sei que não veio aqui a toa. 


 Vick: Não, não vim.


  Ablon: Então ?


  Vick: Vim para resolver de uma vez o lance dessa funcionária – indiquei Tamara com a mão - 


 Ablon: E eu acredito que você queira que eu a demita ? 


 Tamara: Senhor, você seria capaz ? - ela perguntou fazendo uma voizinha e cara de coitada -


 Ablon: Desculpe Tamara, mas ela é minha mulher, se ela quiser que eu te demita, eu irei, independente do seu ótimo trabalho e currículo, sinto muito. 


 Tamara: Mas... - a interrompi -


  Vick: Não se preocupe Tamara, ele não vai te demitir.


  Ablon e Tamara: Não ? - perguntaram juntos e surpresos -


  Vick: Não. 


 Ablon: Então ?


  Vick: Não vamos demiti-la, mas vamos mudar algumas coisas por aqui.


  Tamara: Por exemplo ?


 Vick: Por exemplo... - caminhei em direção a porta que dava a minha antiga sala – essa não será mais a sua sala.


  Tamara: Só isso ? - perguntou debochada -


  Vick: Não, a partir de hoje, ela voltará a ser minha, mas, nós vamos aumentá-la.


  Ablon: Vick, você sabe que não precisa trabalhar... - antes que ele terminasse eu respondi -


 Vick: Fica quietinho que eu ainda não terminei. Você disse que essa empresa também era minha, não disse ? - olhei para ele que assentiu – então, se ela também é minha, eu faço o que eu quiser dentro dela, e se eu estou dizendo que vou aumentar essa sala porque vou voltar a trabalhar aqui, é porque vai ser assim. Alguma objeção ? – ele suspirou mas não disse nada – Ótimo. Continuando, quando aumentarmos a sala, vamos fazer outra porta que dará a outra sala, na qual, será onde Tamara vai trabalhar. 


 Tamara: O que isso quer dizer ?


 Vick: Quer dizer que de hoje em diante, sou eu quem dou as ordens, é para mim que você trabalha, você será a minha secretária – ela olhou para Ablon como uma ultima tentativa de pedir ajuda mas ele nada fez, apenas me encarava -


  Ablon: É isso que você quer ?


  Vick: Sim. 


 Ablon: Então que seja. 


 Tamara: Eu tenho direito de recusar – ela empinou o nariz -


  Vick: Então recuse e você não terá mais nada para fazer aqui dentro, ou você aceita ou é rua. Você que decidi. Tenho certeza que não faltará mulheres qualificadas querendo esse emprego já que somos uma empresa conhecida no mundo todo. Te dou até amanhã para pensar, agora pode se retirar – apontei para a minha ex/futura sala - 


 Ela respirou fundo fechando os olhos e saiu, nos deixando a sós, Ablon ainda me olhava e negou sorrindo.


 Vick: Está rindo do que heiin ? - me aproximei dele - 


 Ablon: Estou rindo em ver o quanto a minha mulher é mandona e ciumenta.


 Vick: Não sou sua mulher, mandona eu sou mesmo e não estou fazendo isso por ciumes – dei de ombros - 


 Ablon: Será que vou ter que te arrastar para uma Igreja agora mesmo só para oficializar o que nós dois já sabemos ? Não é por ciumes não né ? Imagina – ele continuava me olhando e sorrindo -


  Vick: Aff – bufei – tira esse sorriso idiota do rosto, não fica ai se achando a ultima bolacha do pacote não hein – ele deu uma risada um pouco alta - 


 Ablon: Será que posso ganhar aquele beijo agora ? - me puxou pela cintura para perto dele, fiquei nos meios de suas pernas -


 Vick: Você vai deixar eu mudar e decorar as salas do jeito que eu quiser ?


 Ablon: Como se você não soubesse que sim. 


 Vick: Então você pode ganhar o beijo – passei os braços em volta do seu pescoço - 


 Ablon: Quanto interesse. 


 Vick: Não é interesse, é conveniência.


 Ablon: Conveniência é ? Sei. 


 Vick: É sim, vem ser conveniente aqui com a sua boca na minha vem – ele deu risada novamente e selou nossos lábios - 


 Abri a boca dando passagem para a sua língua e iniciamos o beijo, sua mão direita subiu até meu cabelo enquanto a sua mão esquerda estava na minha cintura, ele aumentou o ritmo do beijo e eu enfiei os dedos apertando seu cabelo, estávamos sincronizados como sempre e eu comecei a ficar excitada quando ele chupou a minha língua, parei com um selinho enquanto arfava.


  Ablon: Porque parou ? – disse mordendo meu lábio e puxando - 


 Vick: Porque sim – suspirei - 


 Ablon: Estou com tanta saudade de você que você não faz ideia – desceu distribuindo beijos pela minha mandíbula - 


 Vick: Eu também estou, mas nós dois já estamos cansados de saber como isso vai terminar, então, não acenda o fogo, por favor, vá trabalhar – empurrei seu ombro e sai de seus braços ajeitando a minha roupa - 


 Olhei para ele e ele tinha erguido a cabeça olhando para o teto, fechou os olhos prendendo a respiração e depois soltando.


  Vick: Está arrependido de sua decisão de não fazer amor comigo ? 


 Ablon: Não – sua voz soou rouca, ele ainda continuava de olhos fechados -


  Vick: Que bom, porque agora eu realmente estou te ajudando, não vou te implorar mais. Vou ligar para Cláudia e pedir para que o George venha me buscar, preciso pegar o numero dele depois. - procurei o celular na minha bolsa - 


 Ablon: Está sentindo algo ? - ele finalmente abaixou a cabeça e me olhou - 


 Vick: Não.


  Ablon: Então porque vai embora ?


  Vick: Não vou.


  Ablon: Vai para onde então ? 


 Vick: Na casa da Lari, conversar sobre o batizado e chamar ela para ir ver as coisas comigo, inclusive a reforma das salas e os móveis.


  Ablon: Tudo bem, só te peço uma coisa. 


 Vick: O que ? 


 Ablon: Que deixe para comprar as coisas dos quartos dos nossos filhos comigo.


 Vick: Tudo bem – sorri abertamente -


  Liguei para a Cláudia e minutos depois o porteiro ligou anunciando que George me esperava. 


 Vick: Então, vou indo – levantei do sofá assim que Ablon colocou o telefone no gancho rodeei a mesa e me aproximei dele abaixando na sua direção e lhe dando um selinho – Te vejo depois. Juízo hein.


  Ablon: Pode deixar, qualquer coisa me ligue, amo você. 


 Vick: Ligo, também te amo – e eu sai indo em direção a porta e depois ao elevador -


 George parou em frente a casa de Lari e eu desci, ainda era cedo 09:00 da manhã para ser exata, mas eu a acordaria se fosse preciso.


  Toquei a campainha e minutos depois ela atendeu, e diferente do que eu pensava ela não estava com cara de sono. 


 Lari: Minha vaca – me abraço sorrindo – Que milagre a Senhora por aqui. 


 Vick: Vim lhe trazer esse humilde presente – coloquei as mãos nas laterais da minha barriga - 


 Lari: Awn, não precisava, mentira precisava sim, não quer entrar para tomar uma xícara de café ?


  Vick: Não seria muito incomodo ?


  Lari: A Senhora nunca incomoda, vamos. 


 Vick: Depois da Senhora – rimos assim que entramos na sala por estarmos fazendo a famosa cena da Dona Florinda e do Professor Girafales - 


 Lari: Senta ai, vou pegar o café.


  Vick: Tá bem. 


 Lari: Aqui – ela disse entregando uma xícara e sentando ao meu lado -


  Vick: Cade a minha gatinha ? - perguntei depois de beber um pouquinho - 


 Lari: Acabou de dormir, ela está meio enjoadinha, acho que vai ficar doente. Quase não estou dormindo direito. 


 Vick: Tadinha. Tomara que não seja nada demais.


  Lari: Tomara. 


 Vick: Já levou ela no médico ? 


 Lari: Já, ele disse que provavelmente é uma gripezinha por causa do tempo, ai passou alguns remédios e se ela não melhorar tenho que voltar lá. 


 Vick: Entendi, ela vai ficar boa, qualquer coisa me avisa hein.


  Lari: Pode deixar. 


 Vick: Bom, tenho novidades.


 Lari: Então fala mulher. 


 Vick: Começo perguntando sobre o batizado ou contando as novidades ? 


 Lari: As novidades. 


 Vick: Já sei o sexo dos bebes. 


 Lari: MENTIRA ? MEU DEUS, ME CONTA, ME CONTA, ME CONTA – ela gritou batendo palmas, tirei a xícara de sua mão e coloquei na mesinha junto com a minha antes de responder - 


 Vick: UM MENINO E UMA MENINA – gritei também pegando nas suas mãos e dando pulinhos -


  Lari: AAAAAAAH MEU DEUS, QUE LINDO AMIGA, NÃO ACREDITO, VOU SER TIA DE UM CASAL, AWWWWWWWWWWWWWWWWWN.


 Vick: NÃO SÓ TIA, MADRINHA TAMBÉM – estávamos pulando e gritando feito duas loucas -


  Lari: SOU A MULHER MAIS FELIZ DESSE MUNDO. 


 Vick: SOMOS. Ok, vamos parar antes que a Yasmin acorde, tadinha – eu parei de pular e nós olhamos uma para a outra e começamos a gargalhar – Nós somos duas loucas – disse quando estava quase parando -


  Lari: Loucas mas feliz, amiga que lindo, parabéns, estou muito feliz, muito mesmo – ela alisou a minha barriga -


  Vick: Obrigada, eu também estou, muito, tanto que não cabe em mim, foi tudo o que eu sempre sonhei.


  Lari: Eu imagino, se eu fiquei feliz quando ganhei a Yasmin imagina dois ?


  Vick: Não pensa em ter outro ?


 Lari: Até penso, aliás, Rafa disse que está pensando em comprar outra casa e que está pensando em ter outro filho comigo – seus olhos brilharam -


 Vick: Sério ? Awn, meu maninho é muito perfeito, super apoio isso.


  Lari: Eu também, ter uma casa só nossa e ainda mais um filho, um filho realmente dele é tudo o que eu quero, só que não agora né, a Yasmin ainda é muito novinha. 


 Vick: Isso é verdade. É melhor planejar tudo direitinho.


  Lari: Só não sei se teremos a casa agora também. 


 Vick: Porque não ? 


 Lari: Quando voltamos do hospital ele estava muito calado sabe ? Tentei perguntar o porque mas acabamos nos distraindo com outra coisa – fez cara de safada - 


 Vick: Sua tarada. 


 Lari: Fazer o que, ele é muito gostoso. 


 Vick: Me poupe dos detalhes, continua. 


 Lari: Então, ai no outro dia eu tentei voltar no assunto e ele meio que fugiu dizendo apenas que tinha brigado com o seu pai, mas eu sinto que não é só isso. E tenho medo que seja por minha causa.


  Vick: Não fica nessa neura amiga, se for, logo você vai saber, Rafa não é de ficar escondendo as coisas, mas eu falo com ele se você quiser. 


 Lari: Faria isso ? 


 Vick: Claro, desde quando nego de fazer alguma coisa por você ? 


 Lari: Nunca, te amo amiga, obrigada por tudo – me abraçou - 


 Vick: Eu também amo você minha vaquinha, não precisa agradecer – retribui o abraço – mas agora, tenho mais coisas para te contar e também tenho um favor para pedir. 


 Lari: Estou ouvindo e estou a disposição – ela se endireitou novamente no sofá - 


 Vick: Falei com a tal secretária hoje, na frente de Ablon, ela saiu bufando – dei risada -


  Lari: Já ? Não perde tempo mesmo hein, e eu perdi isso, poxa – fez bico – O que ela falou ?


  Vick: Ela disse que tinha o direito de recusar e tenho certeza que esperava que Ablon a defendesse, mas ele disse que ficaria do lado da mulher dele – mordi o lábio – então eu disse que ela tinha até amanhã para pensar, mas eu tenho certeza que ela não vai recusar. Só para mostrar que eu não atinjo ela, tenho certeza. 


 Lari: Acho bom que ele tenha ficado do seu lado mesmo, senão ele ia se entender comigo – semicerrou os olhos – coitada, se ela ficar, não sabe com quem está mexendo.


  Vick: Não mesmo – dei risada - 


 Lari: Quero conhecer essa vadia. 


 Vick: Qualquer dia te apresento, aliás o favor que iria te pedir era em relação a isso. 


 Lari: Quer que eu arranque os seios dela ?


  Vick: Não – disse gargalhando - 


 Lari: Tem certeza ? Porque eu arranco heiin. 


 Vick: Tenho sim, pelo menos por enquanto não precisa, se bem que não é uma má ideia. 


 Lari: Poxa, que pena, o que é então ?


  Vick: Primeiro ia te falar sobre o que decidiu sobre o batizado e se não decidiu, podemos decidir agora, ai já sairíamos para ver as roupas e as coisas, então eu iria aproveitar que estaríamos na rua e ia te pedir para ver as coisas das duas salas novas comigo.


  Lari: Opa, super topado, passar a tarde toda gastando é comigo mesmo. 


 Vick: Já decidiu alguma coisa ?


 Lari: Na verdade não, estava esperando vocês. 


 Vick: Eu decido pelo Ablon. 


 Lari: Eu também pelo Rafa.


  Vick: Então está tudo certo, vamos decidir – disse rindo – Tem alguma preferencia de data ?


  Lari: Não amiga, o que estiver bom para vocês está bom para mim.


  Vick: Nada disso, a prioridade aqui é você, quer para quando ? Uma semana ? Um mês ?


  Lari: Uma semana não está muito em cima ? 


 Vick: Duas semanas então. 


 Lari: Tem certeza ? 


 Vick: Tenho, podemos muito bem organizar tudo para duas semanas, só falta saber se tem dia disponível na Igreja. 


 Lari: Então tá – ela sorriu abertamente -


 



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Autor(a): Fraanh

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Esperamos Yasmin acordar e saímos, primeiro passamos na Igreja e deu tudo certo, o batizado seria daqui duas semanas, saindo de lá fomos direto para o shopping fazer as compras, entramos em uma loja e deixei com que Lari escolhesse o vestido que ela quisesse para a Yasmin, claro que foi muito difícil, já que todos eram lindos, depois de duas horas ...


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