Fanfics Brasil - Capítulo 13 Para sempre ❤

Fanfic: Para sempre ❤


Capítulo: Capítulo 13

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Esperamos Yasmin acordar e saímos, primeiro passamos na Igreja e deu tudo certo, o batizado seria daqui duas semanas, saindo de lá fomos direto para o shopping fazer as compras, entramos em uma loja e deixei com que Lari escolhesse o vestido que ela quisesse para a Yasmin, claro que foi muito difícil, já que todos eram lindos, depois de duas horas mais ou menos escolhemos por fim incluindo o sapato, mudamos de loja e fomos comprar as roupas para os nossos homens, escolhi a de Ablon e Lari a do Rafa, não demoramos tanto assim, por fim fomos comprar as nossas, o que é claro, demorou horas, Lari escolheu a dela primeiro e depois fui em uma loja só de gestantes e escolhi a minha. 


 Terminamos tudo era 15:00, Ablon tinha me ligado mas eu avisei que iria almoçar com a Lari, por isso ele optou por almoçar na empresa mesmo, eu estava morrendo de fome então entregamos as ultimas sacolas para George levar para o carro e fomos para a área de alimentação, eu já o tinha liberado para ir almoçar mais cedo sendo assim ele decidiu nos esperar no carro. 


 Vick: Estou quase comendo as minhas tripas – disse me sentando depois que fizemos os pedidos -


  Lari: Eu também estou morrendo de fome, Meu Deus. 


 Vick: Pelo menos conseguimos comprar tudo né ? Não vejo a hora de ver ela com aquela roupinha – olhei para Yasmin que dormia no carrinho - 


 Lari: Nem eu. 


 Vick: E a festa ? Vai deixar que eu faça em casa ou não ?


  Lari: Não quero te dar trabalho amiga.


 Vick: Desde quando dar uma festa para comemorar o batizado da minha afilhada é ter trabalho Larissa ? Para né, a festa vai ser na minha casa e pronto. 


 Lari: Sim senhora – bateu continência - 


 Vick: Mais é besta – dei risada -


  A comida chegou e nós atacamos, comi muito, o que me fez lembrar que eu precisava maneirar ou ia virar uma bola ambulante, depois que saímos do shopping passamos em mais algumas lojas na qual escolhi toda a decoração para as salas da empresa e fiz o pedido da reforma que eu queria pronta em uma semana no máximo, resolvi tudo que tinha que resolver e deixei Lari em casa, havíamos passado a tarde inteira juntos e eu havia me divertido muito, estava menos estressada e mais feliz, o que eu esperava que ajudasse quando eu chegasse na empresa e desse de cara com a Tamara ou quando chegasse em casa e encontrasse a Pamela, suspirei enquanto estava com a cabeça encostada no vidro do carro olhando para fora. 


 George: Chegamos Senhorita – ele disse olhando pelo retrovisor - 


 Vick: Ah, estava com a cabeça tão longe que nem percebi – ele assentiu e desceu para abrir a porta para mim - 


 Vick: Obrigada George – disse depois de soltar a mão que ele havia estendido para que eu saísse do carro – Pode voltar para casa agora, peça para Cláudia guardar essas coisas para mim fazendo favor.


  George: Quer que eu volte para buscá-la ? 


 Vick: Não será necessário, vou com Ablon, tire o resto da tarde para descansar, passou um dia movimentado ao meu lado. 


 George: Que isso Senhorita, é meu trabalho, mas agradeço. Acompanho-lhe até a entrada. - ele indicou o prédio com a mão -


  Vick: Então vamos.


 Estava quase chegando no ultimo andar quando um homem entra no elevador todo sério, acho que ele estava tão concentrado nos papéis que nem reparou em mim, eu também não teria parado para prestar atenção nele se ele não me parecesse tão familiar, olhei bem pelo reflexo do espelho que tinha ali e quase levei um susto. 


 Vick: Léo ? - meus olhos estavam arregalados - 


 Ele ergueu os olhos dos papéis e me encarou. 


 Léo: Vick – ele também se surpreendeu e sorriu -


  Me virei para ele o olhando de cima embaixo.


 Vick: Meu Deus é você mesmo ? - eu não estava acreditando no quanto ele havia mudado em tão pouco tempo, estava tão.. tão.. tão lindo, tão homem, não parecia aquele garoto que eu havia conhecido e que Ablon me perdoe mas ele estava muito gostoso, balancei a cabeça tentando expulsar aqueles pensamentos -


  Léo: Claro que sou eu – ele continuava sorrindo - 


 Vick: Está tão diferente que eu nem consigo acreditar. 


 Léo: Isso é um elogio ?


  Vick: Com certeza é – dei risada – estou boba até agora.


  Léo: E você com essa barriguinha hein ? - ele desceu o olhar para a minha barriga - 


 Vick: Pois é – alisei a mesma – Gêmeos.


  Léo: Sério ? Patrão fez direito hein, quer dizer... ainda está com ele não está ? - ele pareceu envergonhado - 


 Vick: Estou sim, fez né ? Na verdade não fez mais que a obrigação. 


 Léo: Você acha que é fácil fazer filho, não é não, tem toda uma estratégia. 


 Vick: A estratégia do “rebola mais um pouco que eu vou gozar” ? - ele começou a gargalhar - Não vem com esse papo pro meu lado não hein, como se vocês não gostassem do que fazem.


  Léo: Tá, tá bom, você venceu, nós adoramos, principalmente sem camisinha. 


 Vick: Porque estamos falando disso mesmo ? 


 Léo: Sei lá – deu de ombros -


  Vick: É impressão minha ou o elevador parou ? - olhei ao redor assustada, estava tão entretida conversando com ele que não me dei conta que já deveria ter chegado no ultimo andar - 


 Léo: Parou sim – ele disse calmo -


  Vick: E você fala isso calmo desse jeito ? - comecei a me apavorar - 


 Léo: Deve ser algum pequeno defeito, já ele volta, as vezes acontece, é raro mas acontece.


  Vick: O problema é que eu – comecei a arfar – não, não, agora não – estava tentando me controlar -


 Léo: O que foi Vick ? - ele se aproximou preocupado - 


 Vick: Fica longe, por favor, eu preciso de espaço, preciso muito de espaço.


  Léo: Droga, você tem claustrofobia. 


 Vick: Eu vou ficar bem, eu vou – me apoiei na parede porque estava suando frio e minhas pernas tremiam -


 Léo: Você não deveria evitar usar o elevador ? - ele apertava um botão freneticamente - 


 Vick: Tem coisas que temos que nos acostumar já que são extremamente necessários, eu não passo mal a não ser que fique muito tempo e que tenha muita gente – sentei no chão e fechei os olhos – Continua falando comigo, isso vai me ajudar a distrair. 


 Léo: Quem está quase tendo um treco aqui sou eu, estou preso no elevador com a mulher do meu patrão que está passando mal e ainda por cima está grávida de gêmeos – ouvi o barulho dele apertando o botão - 


 Vick: Não está ajudando – tentei respirar -


 Léo: Ok, fica calma, vem levanta – ele se aproximou e pegou na minha mão se distanciando depois, mais precisamente para o outro lado do elevador que agora parecia perto demais, encostei na parede e fiquei ali de olhos fechados - Ham... ajuda se eu disser que você é a primeira mulher que vejo grávida que conseguiu ficar mais bonita para não dizer gostosa ? Caramba – abri o olhos e o encarei, pensei que ele estava brincando mas não, ele realmente me avaliava -


 Vick: Está olhando e cantando a mulher do seu patrão que está gravida de gêmeos ? - ergui a sobrancelha -


  Léo: Não conta para ele não tá ? - ele fingiu cochichar - 


 Vick: Ok, não vou – consegui dar risada, estava começando a melhorar – mas obrigada, eu acho. - o elevador deu um tranco e voltou a se mover - 


 Léo: Toparia jantar comigo ? Pelos velhos tempos ? - ele me olhava sério -


  Vick: Ham... não sei se é uma boa ideia – o elevador abriu e eu respirei aliviada - 


 Léo: Nós somos amigos, nada mais que isso, qual o problema de um jantar entre amigos ?


  Vick: Problema nenhum. 


 Léo: Então ?


  Vick: Tudo bem – sorri- Anota o numero lá de casa – passei o numero para ele - 


 Léo: Te ligo a noite então ? Está melhor ?


  Vick: Pode ser -sorri – Estou sim, você conseguiu.


  Entrei na sala de Ablon e o mesmo estava lendo uns papéis com Tamara praticamente debruçada em cima dele com os seios bem perto do seus rosto fingindo indicar algum lugar no papel com o dedo. 


 Respirei fundo enquanto Léo olhava para os dois e para mim. 


 Vick: Obrigada mais uma vez por ter me ajudado no elevador, não sei o que faria senão estivesse lá – ignorei os dois mas pude perceber que Ablon ergueu os olhos na nossa direção assim que ouviu minha voz enquanto Tamara se endireitou -


  Léo: Não foi nada, sabe que se precisar é só chamar, ainda somos amigos, não é ?


  Vick: Claro que sim – sorri - 


 Ablon: Porque demorou tanto ? – ele levantou e veio em minha direção me puxando para perto dele enquanto sua outra mão estava no bolso de sua calça e ele encarava o Léo, óbvio que estava tentando “marcar território”, revirei os olhos - 


 Vick: O elevador parou, ainda bem que Léo estava lá comigo, senão não sei o que seria de mim.


  Ablon: Parou ? Parou como ? 


 Vick: Parando ué – dei de ombros -


  Ablon: Hum. 


 Léo: Eu não fiz nada demais, só tentei acalmá-la, mas enfim, vim trazer os desenhos que o Senhor pediu – ele estendeu os papéis e Ablon tirou a mão do bolso pegando mas não largou a minha cintura - 


 Ablon: Obrigado. 


 Léo: É o meu trabalho – assentiu – Bom, vou indo, com licença, foi muito bom te ver Vick – olhou para mim e sorriu -


  Vick: Foi ótimo ver você – retribuiu o sorriso – nos vemos depois então e obrigada mais uma vez. 


 Léo: Não foi nada – ele deu um tchauzinho e saiu -


Para quem não lembra do Léo... "Antes e depois".



 Vick: E você pelo jeito estava bem ocupada para sentir a minha falta não é ? - me soltei de seus braços e fui sentar no sofá - 


 Ablon: Só estava trabalhando. 


 Vick: Trabalhando com essa coisa em cima de você ? - olhei para Tamara que ainda estava ali parada – Aliás, o que você está esperando para sair ? - olhei no relógio – já deu sua hora. 


 Tamara: Ainda não terminamos de revisar algumas coisas. 


 Vick: Vocês revisam outro dia, agora sai quero ficar sozinha com o meu noivo. 


 Tamara: Senhor ? 


 Ablon: Tudo bem Tamara, pode ir – ele assentiu sem tirar os olhos de mim -


 Tamara: Até amanhã então, com licença – ela foi até a sua sala, pegou sua bolsa e finalmente saiu -


  Vick: Aff, é engraçado como minutos conseguem estragar horas perfeitas do meu dia. 


 Ablon: O que você quis dizer com “nos vemos depois” ? - ele encostou na mesa -


  Vick: O que você entendeu. 


 Ablon: Me respondi direito Vick – ele estava sério - 


 Vick: Não vem ficando sério para o meu lado não e não venha cobrar nada de mim, eu passei a tarde toda com a minha amiga enquanto você estava aqui com essa vagabunda se insinuando o tempo todo para você, se você não liga porque não dá um basta ? Quando eu entrei aqui só faltava ela colocar os seios na sua boca porque né, ela estava totalmente debruçada em cima de você com um decote extremamente exagerado, eu não ia aceitar o convite do Leonardo antes de perguntar para você se você se importaria mas que saber ? Eu quero que sua opinião se foda, eu vou jantar com ele hoje e pronto – eu já havia me alterado -


  Ablon: Você ? Jantar com esse cara ? - ele apontou para a porta – Nem fodendo, você não vai. 


 Vick: Óbvio que eu vou – levantei e me aproximei ficando de frente para ele – você não manda em mim.


  Ablon: Não me provoca Vick – ele me olhava com raiva - 


 Vick: Não estou provocando, eu ainda estou te avisando, poderia muito bem ir sem nem te falar onde estava indo, olha só que consideração eu tive por você – sorri cinicamente, peguei minha bolsa e ia indo em direção a porta quando ele segurou meu braço – Me solta – olhei em seus olhos -


  Ablon: Você não vai – ele apertava os dentes - 


 Vick: E você pretende me impedir como ? - ergui a sobrancelha - 


 Ablon: Você não vai – ele apertou mais meu braço - 


 Vick: TÁ MALUCO ? – ergui o tom – ME SOLTA QUE VOCÊ ESTÁ ME MACHUCANDO - tentei me soltar -


  Ablon: Então escuta o que eu estou falando, você não vai, já aturei muita coisa, mas isso não. 


  Vick: ME. SOLTA – disse pausadamente e puxei meu braço –


  Sai da sala com a respiração acelerada, quem ele pensava que era para me tratar daquele jeito ?


 Liguei para o George já que eu tinha anotado seu numero e pedi para que ele viesse me buscar, entrei no elevador que graças a Deus não parou dessa vez e assim que desci no térreo o mesmo voltou a subir, o que eu sabia que indicava que Ablon iria descer, pedi mentalmente que George chegasse logo antes que isso acontecesse, mas ele estava demorando, então eu sai dali andando para o lado contrário de onde era a nossa casa, continuei andando durante uns 15 minutos enquanto estava anoitecendo e o tempo estava fechando, ótimo iria chover. 


 Meu celular começou a tocar, olhei e era Ablon, ignorei a chamada, parei sentando em um banquinho porque estava cansada enquanto meu celular continuava tocando, olhei no mesmo e já tinham 15 chamadas perdidas, fiquei olhando o celular até que a 16 ligação caísse, então George me ligou, atendi imediatamente.


 


Inicio da ligação


  George: Senhorita – sua voz soou preocupada - 


 Vick: Oi George. 


 George: Onde a Senhorita está ? Cheguei em frente a empresa e não te encontrei, o Senhor Compton disse que você já tinha descido e deveria estar ali, então ele te ligou e a Senhorita não atendeu, decidimos nos separar e te procurar, só agora consegui falar com a Senhorita já que com certeza o Senhor estava ligando descontroladamente. 


 Vick: Eu... - Senhor Compton ? Ah é, era esse o sobrenome dele - AH – gritei - 


 George: Senhorita, Senhorita ? Responda por favor ? O que aconteceu ?


  Vick: Não foi nada, foi só um trovão, eu me assustei, morro de medo de trovões, venha me buscar logo por favor George, está começando a chover – e os pingos se transformaram em uma chuva forte – DROGA – sai correndo em direção a tenda de uma lojinha - 


 George: Diga onde a Senhorita está que vou imediatamente.


  Vick: Eu não sei exatamente – olhava para os lados enquanto batia os dentes de frio – Eu comecei a andar para o lado contrário da direção de casa e vim parar em um bairro estranho.


  George: Lado contrário ? Ok. Não desligue o telefone, vou avisar o Senhor Compton. 


 Vick: NÃO, não quero que Ablon saiba onde estou, venha me buscar, não o avise George, é uma ordem. 


 George: Mas Senhorita, ele está preocupado. 


 Vick: Não estou nem ai, me obedeça George. 


  George: Sim Senhorita. 


  Vick: Está chegando ? Estou toda ensopada e morrendo de frio. 


 George: A Senhorita só caminhou reto ? 


 Vick: Sim. 


 George: Passou por uma fábrica de doces ?


  Vick: Sim, passei sim, você deve estar perto, Graças a Deus.


  George: Acho que já sei onde está, chego ai em minutos.


  Vick: Estou esperando.


   Fim da ligação


 Cinco minutos depois vi a luz do farol de um carro se aproximando, eu não enxergava nada já que a chuva estava forte e torci mentalmente para que fosse George e não um estranho, já que do jeito que eu estava, no lugar que eu estava, alguém poderia se aproximar e me levar que ninguém saberia, tentei afastar aquele pensamento negativo enquanto abraçava meus braços, o carro parou e abaixou o vidro, o homem de dentro enfiou a cabeça para fora e assim que me reconheceu desceu rapidamente do carro e veio abrir a porta de trás para mim. 


 George: Que alivio tê-la encontrado – ele me olhou pelo retrovisor -


 Vick: Obrigada George – sorri tentando controlar os meus dentes que insistiam em bater - 


 George: Não foi nada, vamos para casa, a Senhorita precisa de um banho quente, senão ficará doente. 


  Vick: Vamos sim. 


 20 minutos depois George estacionou na garagem de casa e Cláudia estava a minha espera, veio correndo me abraçar.


  Cláudia: Quer me matar do coração menina ? Olha para você está toda ensopada, o que aconteceu ? 


 Vick: Nada demais, preciso entrar Cláudia, quero tomar um banho quente. 


 Cláudia: E Ablon ? - ela olhou para George -


  George: Deve estar procurando por ela ainda. 


 Cláudia: Como assim ? Não avisou ele que a encontrou ?


  Vick: Não, eu pedi para que não avisasse. 


 Cláudia: Porque não ? Vick... - ela me advertiu - 


 Vick: Não estou com cabeça para sermões – passei pela porta da sala e fui em direção ao quarto de banhos – vou tomar banho aqui hoje, não quero ser incomodada ok ? - disse ao chegar na porta - 


 Cláudia: Tudo bem – ela entrou colocando a banheira para encher enquanto eu me livrava das roupas molhadas – Você sabe que eu tenho que avisar ele, não sabe ? 


 Vick: Sei sim – entrei com cuidado sem nem esperar que enchesse - 


 Cláudia: Então ?


  Vick: Faça o que você tem que fazer, senão ele ficará uma fera contigo – encostei na borda e fechei os olhos sentindo a água quente -


  Cláudia: Ok, vou indo, se precisar me chame. 


 Vick: Lembre-se, não quero que ninguém me incomode. 


 Cláudia: Pode deixar. 


 Já estava ali a uns 10 minutos, a banheira estava completamente cheia e eu estava totalmente relaxada e quente, até que ouvi alguém entrando no quarto já que essa pessoa bateu a porta. 


 Vick: Não pedi para que não me incomodassem Cláudia ? Eu estou bem – disse sem abrir os olhos -


  XXX: Geralmente ela não manda em mim – ouvi sua voz e apertei os olhos com força antes de abrir e olhar em sua direção -


  Vick: Me deixa em paz pelo menos por alguns minutos ?


  Ablon: Porque não deixou que George me avisasse que tinha te encontrado ? 


 Vick: Porque eu não quis. 


 Ablon: Eu rodei essa cidade feito um louco procurando por você – ele também estava todo molhado o que indicava que além de me procurar com o carro tinha me procurado a pé -


  Vick: Problema é seu, em momento nenhum pedi que me procurasse. 


 Ablon: Para de ser mimada Victória.


 Vick: EU ? EU NÃO SOU MIMADA – alterei o tom, odiava que alguém insinuasse que eu era mimada pois eu não era - 


 Ablon: Não precisa gritar, eu não quero brigar. 


 Vick: Se não quer brigar então sai daqui.


  Ablon: Não até que tenhamos nos entendido – ele começou a se aproximar - 


 Vick: Não chega perto de mim. 


 Ablon: Sinto muito mas dessa vez eu não vou atender ao seu pedido – ele se aproximou e sentou na beirada da banheira, o encarei com raiva e virei o rosto para a parede -


 


Ablon narrando


  Ablon: Olha para mim Vick. 


 Vick: Não quero.


  Ablon: Depois não é mimada né ? 


 Vick: O fato de não querer olhar para você não me faz uma pessoa mimada. 


 Ablon: Eu faço tudo por você, tudo. Te dou o que você quer, tento todos os dias ser um homem melhor para você, deixo você fazer o que quiser, não discordo de nada do que você fala porque morro de medo que você passe mal e perca os nossos filhos, você me mandou calar a boca hoje na frente da Tamara e eu engoli a vontade que eu tive de dizer que eu não era um pau mandado, tudo para te ver bem, só que eu estou começando a achar que não é o suficiente – eu suspirei e ela me olhou -


  Vick: Só porque eu aceitei o convite do Léo para jantar não quer dizer que tudo que você faça por mim não é o suficiente. E você mereceu, porque você contratou aquela fulaninha sem me falar nada.


  Ablon: Sim, eu mereci. Mas, não é só por isso, é só que eu sou mais que isso e eu estou mudando demais por você e eu acho que não gosto do que estou me tornando, tenho medo que depois que nossos filhos nasçam, eu exploda e termine de te perder. 


 Vick: Você não está me perdendo. 


 Ablon: Tem certeza ? Porque eu sei que você sente falta que eu te toque, que eu faça amor contigo, que seja como antes. 


 Vick: Nem tudo gira em torno disso. 


 Ablon: Então pare de me tratar como se eu fosse seu brinquedo Victória, porque eu não sou, sou um homem, tenho as minhas vontades, sou dono de muita coisa, tenho uma personalidade forte, tenho prioridades, vontades e desejos como todo mundo, se você quer um homem ao seu lado só para mandar e desmandar, esse homem não sou eu. Eu sinto muito em te dizer isso mas já cheguei ao meu limite – eu levantei para sair mas ela segurou no meu braço - 


 Vick: Me desculpa, eu... eu sei que estou exagerando, eu não era assim, quer dizer, sempre fui mandona mas, está tudo multiplicado em mim, acredito que seja pela gravidez, você disse que te mandei calar a boca e eu nem sequer percebi que fiz isso, eu só achei que você merecia tudo porque você não me falou nada e eu fiquei com muito ciumes, me senti traída, me desculpa Ablon, eu não quero ser assim, não quero ser a madame que manda e desmanda, eu não sou assim, eu só... Eu não sei – seus olhos estavam marejados, eu queria ser duro com ela, queria que ela percebesse que podia me perder e desse mais valor em tudo que eu estava fazendo por ela, ela precisava dessa lição, mas vê-la com os olhos cheios de água fez com que meu coração amolecesse um pouco, mas continuei ali firme e a encarando seriamente – eu tenho medo de te perder, tenho muito medo, a minha cabeça está confusa, eu não sei porque você não toca em mim, não sei o que você tem tanto medo de me contar e isso me assombra o tempo todo mesmo que eu tente ignorar, tenho medo que a qualquer momento você resolva contar e seja algo que te afaste de mim, que te faça ir, tenho receio por sentir que tiraram metade da minha vida de mim, das minhas lembranças, existem lacunas em branco nas minhas memórias e eu não sei o porque e isso é tão horrível – ela fungou e eu engoli a seco – mas eu fiquei tão presa nisso que acabei não percebendo que eu estava mudando, que estava mudando a minha personalidade e piorando tudo, me desculpa, por favor, eu não vou sair com o Léo, não saio com ninguém se você não quiser, mesmo que isso vá contra tudo que eu sempre pensei para mim, eu só não quero perder você. Porque nessa história, quem está perdendo sou eu Ablon, sou eu que estou perdendo você pelas minhas atitudes, não o contrário, eu prometo tentar ser melhor, tentar ser a mulher com quem você sinta orgulho de ter ao seu lado, eu prometo, mas me perdoa ? 


 Ablon: Só vou te perdoar se você retribuir tudo que eu fiz por você nesses últimos dias, essa noite. 


 Vick: Como ?


  Ablon: Quero que saia para jantar comigo, comigo que sou seu noivo e não com aquele cara que sempre deu em cima de você. 


 Vick: Tudo bem – ela sorriu – Me perdoa ?


  Ablon: Sim – sorri de lado - 


 Ela levantou sem sair da banheira ficando toda ensaboada na minha frente e me puxou para perto dela envolvendo seus braços no meu pescoço, senti seu corpo quente se arrepiar ao encostar com a minha roupa molhada. 


 Vick: Eu te amo – ela sussurrou antes de selar nossos lábios - 


 Passei um braço pela sua cintura enquanto minha mão estava enrolada nos seus cabelos, chupei a língua dela e ela apertou o meu cabelo com força suspirando, senti que meu membro já estava pulsando e senti uma vontade enorme de terminar aquela briga fazendo amor com ela, mas antes que eu a pegasse no colo ela parou o beijo por falta de ar. 


 Vick: Vai tomar banho antes que pegue um resfriado – ela disse entre selinhos -


  Ablon: Estou bem. 


  Vick: Por enquanto, vai logo. 


 Ablon: Não posso tomar banho aqui com você ? - ela se afastou um pouquinho e desceu o olhar para o meu membro - 


 Vick: Não – sorriu negando - 


 Ablon: Então tá né, fazer o que, não demore tá ? 


 Vick: Tá bem, vai logo – me empurrou - 


 Sai do quarto de banhos e subi correndo para o nosso quarto, entrei no banheiro me livrando das roupas molhadas e finalmente tomei meu banho.


 Sai depois de alguns minutos e encontrei Vick no closet só de lingerie encarando suas roupas.


  Ablon: Algum problema ? - perguntei a abraçando por trás - 


 Vick: Eu não sei o que vestir, quase nada serve em mim mais – ela jogou a cabeça para trás encostando no meu ombro – Vou chorar. 


 Ablon: Você ficou um tempão no shopping com a Lari e não comprou nada ? 


 Vick: Só comprei as roupas para o batizado, inclusive a sua, depois você dá uma olhada ? - ela virou para mim – se não gostar tem que ir trocar né.


  Ablon: Depois, agora vamos resolver o seu problema. 


 Vick: Como ? - ela fez bico - 


 Ablon: Vem – puxei-a em direção ao quarto - 


 Vick: Hum ? - ela parou impaciente com as mãos na cintura perto da cama - 


 Ablon: Será que isso aqui – fui em direção ao closet novamente e peguei uma caixa – não resolve ? Pelo menos para hoje a noite, depois você vai no shopping e compra algumas coisas. - coloquei a caixa em cima da cama e ela se aproximou abrindo a mesma e depois de tirar e colocar em cima da cama sorriu -


 Vick: Ah meu Deus - ela deu um gritinho - é lindo – ela mordia o cantinho da boca – quando comprou ? 


 Ablon: Hoje, depois que Cláudia me avisou que estava em casa. 


 Vick: Estava bravo comigo e mesmo assim comprou um vestido ? - ela me olhou arqueando a sobrancelha - 


 Ablon: A minha intenção era te convencer a sair para jantar comigo.


 Vick: E é tão convencido que já foi comprando o vestido ciente de que conseguiria ? 


 Ablon: Não, na verdade eu pensei que seria difícil você reconhecer que errou, mas se por acaso esse milagre acontecesse eu tinha que ter ele. 


 Vick: E aconteceu – ela se virou e veio em minha direção passando o braço pelo meu pescoço – obrigada – e selou nossos lábios -


  Ablon: Não foi nada – alisei seu rosto - 


 Vick: Agora vai se trocar e me espera lá em embaixo. 


  Ablon: Sim senhora – bati continência -


 Fui até o closet, separei a roupa que usaria, me sequei, vesti a cueca, passei desodorante e me vesti, dando uma "bagunçada" no cabelo logo em seguida. 


 Sentei na poltrona colocando os sapatos, passei perfume, coloquei o relógio, fui até o closet olhei na direção do quarto para ver se Vick estava vindo e então peguei mais uma coisa colocando-a no bolso, fui até o quarto e Vick estava conversando com os nossos filhos, ela ainda nem tinha começado a se vestir. 


 Vick: A mamãe ama tanto vocês – ela dizia alisando a barriga -


  Ablon: O papai também – me aproximei e passei a mão por cima da sua - 


 Vick: Aleluia né papai, que demora, agora vai – ela começou a me empurrar em direção a porta – aliás, está gostoso hein, assim eu caso.


 Ablon: Sempre fui. É o que eu espero – disse sorrindo e antes que ela me empurrasse porta a fora passei pela comoda e peguei a carteira e a chave do carro dei um selinho nela e desci -


  Cláudia: Se entenderam ? - ela estava no pé da escada - 


 Ablon: Vamos sair para jantar, a chuva parou ? - olhei pela grande janela de vidro que tinha ali -


  Cláudia: Parece que sim, que ótima ideia, vocês precisam sair e se divertir. 


 Ablon: Foi o que pensei, sobe para dar uma olhadinha se ela precisa de ajuda com o vestido ? Ela me expulsou do quarto, e ainda disse que eu havia demorado para me arrumar, quando eu sei que não demorei nem um terço perto do que ela irá demorar – franzi a testa - 


 Cláudia: Deixa-a, é melhor que ela demore se arrumando para você do que para outro – ela deu risada - 


 Ablon: Nem brinque com isso – entortei a boca – vou para o escritório, me chame antes de ela descer fazendo favor ? 


 Cláudia: Claro, vou subir. 


 Ablon: Ok. - enquanto Cláudia começou a subir as escadas eu fui em direção ao escritório checar alguns papéis - 


 Estava concentrado mexendo no computador e revisando alguns contratos quando alguém bate na porta. 


 Ablon: Entra Cláudia – ouvi a porta se abrir mas não tirei os olhos da tela – Aconteceu algum milagre e ela já ficou pronta ? - ergui os olhos e me assustei - 


 XXX: Como você pode ver, não sou a Cláudia – ela sorriu – e em questão de estar pronta, bem... eu nasci pronta – seu sorriso se alargou e ela me olhava de cima embaixo - 


 Ablon: O que você pensa que está fazendo aqui ? E vestida desse jeito ? - Pamela estava parada na frente da minha mesa com um camisola vermelha transparente que mostrava perfeitamente que ela só usava calcinha -


 


 



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Autor(a): Fraanh

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