Fanfics Brasil - Capítulo 14 Para sempre ❤

Fanfic: Para sempre ❤


Capítulo: Capítulo 14

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Pamela: Vim fazer uma visitinha para o meu patrão – ela sorria descaradamente -


 Ablon: Não quero você aqui garota, saia – disse sério - 


 Pamela: Não quer ? Pois não parecia o que seu olhar dizia a alguns segundos quando olhava meu corpo.


  Ablon: Eu não olhei coisa nenhuma, sai daqui logo ? - apontei para a porta -


  Pamela: Me obrigue – ela disse se aproximando - 


 Suspirei e passei a mão no cabelo, levantei e a peguei pelo braço puxando-a com força até a porta.


  Ablon: Fora, fora daqui, nunca mais entre aqui sem que eu autorize, entendeu ?


  Pamela: Que isso patraozinho, se me pegar assim eu gamo – ela parou e passou a mão pela minha barriga -


  Ablon: Tenho nojo de mulheres como você – a empurrei para longe - 


 Pamela: Quero ver você dizer isso quando estiver dentro de mim – ela mordeu os lábios -


  Ouvi passos que estavam se aproximando e morri de medo que fosse Vick, virei rapidamente na direção do corredor e para o meu alivio era Cláudia, que ficou paralisada assim que viu sua afilhada. 


 Ablon: Tira ela daqui Cláudia, coloque-a em seu lugar, não quero problemas com Vick. 


 Pamela: Agora eu sou um problema ? Minutos atrás você me queria – olhei para ela com uma olhar de desprezo e bufei - 


 Ablon: Ela está pronta ? - perguntei de Vick para Cláudia - 


 Cláudia: Quase, eu vim justamente para pedir que a esperasse na sala. 


  Ablon: Ok – puxei a porta do escritório fechando-a – obrigado.


  Sai dali deixando Cláudia com sua afilhada e fui em direção a sala, parando no barzinho que tinha ali e pegando um copo de uísque.


 Depois do terceiro copo virei em direção a escada e Vick apareceu no topo dela, estava linda, maravilhosamente linda, sorri.


  Ela abaixou a cabeça timidamente e prendeu uma mecha do seu cabelo atrás da orelha, depois pegou na barra do seu vestido e ergueu o olhar novamente em minha direção descendo lentamente as escadas. 


 Me aproximei e subi alguns degraus para pegar em sua mão. 


 Ablon: Acho que estou apaixonado. - sussurrei olhando em seus olhos, ela sorriu abertamente -


  Vick: Só agora que se deu conta disso ? Você me ama e me deseja há muito tempo que eu sei – ela mordeu o lábio inferior tentando segurar a risada e permanecer séria -


 Ablon: Lembro como se fosse ontem que eu cansei de pedir para não ficar mordendo esse lábio que eu morro de vontade de morder também – disse enquanto passei o dedo por sua boca e puxei seu lábio para que ela soltasse -


  Vick: E eu lembro que você costumava ser um patrão safado que agarrava sua funcionaria.


  Ablon: Isso foi uma indireta ?


 Vick: Talvez – ela sorriu e desceu o olhar para a minha mão – desde quando você bebe ? - franziu a testa -


  Ablon: Não bebo. 


 Vick: Então ? - indicou o copo com a mão - 


 Ablon: Foi só hoje. 


  Vick: Porque ? 


 Ablon: Estava nervoso. 


  Vick: Com o que ? 


  Ablon: Não acha que faz perguntas demais ? 


 Vick: Porque Ablon ? O que aconteceu ?


  Ablon: Nada, estava nervoso com o nosso jantar. 


 Vick: Mentiroso – ela bufou e desviou o olhar -


  Ablon: Não vamos estragar essa noite, por favor – segurei em seu queixo -


  Vick: Então me fala. 


 Ablon: Amanhã, amanhã eu falo, agora vamos – desci um degrau mas ela não se moveu – Vick, por favor – ela fechou os olhos enquanto inspirou e soltou sua respiração e abriu os olhos novamente - 


 Vick: Vamos.


 Vick: Você não vai me dizer para onde vamos ? – ela virou o rosto para mim -


  Ablon: É segredo. - alisei sua perna -


  Vick: E George sabe ? - ela o olhou e ele retribuiu o olhar pelo retrovisor olhando para mim que assenti para ele, assim ele deu um leve sorriso olhando para Vick e assentindo também – Que injustiça – ela fez bico - 


 Ablon: Pensei que não fosse curiosa. 


 Vick: E não sou, mas eu vou ser mãe, tenho que saber onde me levam, já que agora não sou responsável só por mim – ela me olhou piscando -


 Ablon: Ótima tentativa – disse rindo – mas eu vou ser o pai e jamais colocaria a vida de vocês em risco. 


  Vick: Nunca se sabe. 


 Ablon: Pode confiar em mim. 


 Vick: Ok – ela encostou a cabeça no meu ombro e ficou brincando com a minha mão enquanto eu alisava sua coxa - 


 30 minutos depois paramos e Vick ergueu imediatamente a cabeça, curiosa, George desceu abrindo a porta para mim, agradeci e pedi que deixasse que eu abrisse a porta para Vick, dei as instruções para ele que poderia voltar para casa e vir nos buscar apenas quando eu ligasse. 


 Fui em direção a porta de Vick e abri a mesma pegando em sua mão logo em seguida e ajudando-a a sair do carro. 


 Vick: Estamos em um aeroporto ? - ela olhou para os lados sem entender -


  Ablon: Sim. 


 Vick: Porque ? 


 Ablon: Menos perguntas e mais ação, venha, temos uma reserva feita e não podemos nos atrasar – segurei em sua cintura e fui guiando em direção a um jatinho - 


 Vick: Está de brincadeira né ? - ela disse parada olhando o piloto e o jato - 


 Ablon: Não estou não. 


 Vick: Mas.. mas... mas é um jatinho Ablon. 


  Ablon: Eu sei, eu o aluguei. 


 Vick: Você o que ? - ela arregalou os olhos – Não precisava ter feito isso, nós podemos jantar aqui mesmo. 


 Ablon: Mas não vamos, agora entre – ela negou tentando protestar – qual o problema ? 


 Vick: Só acho que você não deveria gastar tanto dinheiro. 


 Ablon: E vou ficar guardando desnecessariamente ? Eu só quis fazer diferente, já que não é sempre que saímos juntos. Não tivemos muitas oportunidades. 


 Vick: Eu sei, ou eu acho que sei – ela franziu a testa- sempre fico confusa quando tento lembrar dos nossos momentos, mas enfim, é que... é que... - ela parecia estar tentando me suplicar alguma coisa - 


 Ablon: Você está com medo – entendi de imediato – amor – alisei seu rosto – não precisa ter medo, eu estou aqui, e como eu disse, jamais colocaria a vida de vocês, as nossas vidas em risco, confia em mim, por favor. 


 Vick: Promete não soltar a minha mão ? 


 Ablon: Prometo não soltar você toda – sorri malicioso - 


 Vick: Idiota – ela deu um tapa no meu ombro -


  Ablon: Só uma descontração para te ajudar – fiz bico - 


 Vick: Então vamos – ela apertou as minhas bochechas fazendo com que eu fizesse “boca de peixe” e me deu um selinho - 


 Ajudei Vick a subir e subi logo em seguida, ela agarrou meu braço e eu o tirei passando em volta da sua cintura a trazendo para perto de mim o quanto o cinto permitia, autorizando a decolagem assim que ela pareceu relaxar.


 25 minutos depois (não faço ideia do tanto de tempo que leva, tentei fazer a pesquisa mas achei apenas o tempo de carros, helicópteros e aviões) estávamos aterrizando, e diferente do que eu pensava Vick conseguiu apreciar um pouco a paisagem apesar de passar a maior parte do tempo enjoada.


  Vick: Chegamos ? - ela espiou pela janela - 


  Ablon: Sim, está melhor ? 


  Vick: Estou sim, foi apenas um mal estar amor, vamos ? 


  Ablon: Tudo isso é ansiosidade ? 


  Vick: Misturada com fome. 


  Ablon: Que judiação– disse rindo da sua cara de pidona -


  Desci e ajudei-a a descer, agradeci aos pilotos e disse que estavam dispensados por enquanto, o carro que eu também havia alugado se aproximou e eu abri a porta para que Vick entrasse. 


  Vick: Posso saber onde estamos agora ? - ela ajeitava a minha roupa -


  Ablon: Veja você mesma – indiquei a janela, Vick olhou e leu uma placa me olhando sorrindo - 


  Vick: São Paulo – ela mordeu o lábio inferior – Você não existe, não pode existir – ela se aproximou e selou nossos lábios iniciando um beijo - 


 Meu braço estava em sua cintura enquanto o outro estava delicadamente no seu cabelo, diferente de Vick que apertava os cabelos da minha nuca e com a outra mão apertava meu braço, chupei sua língua e ela suspirou sussurrando um “eu amo você” e voltando a me beijar. 


  Estávamos sintonizados, Vick já estava sentada no meu colo enquanto eu apertava sua coxa e trocávamos inúmeras caricias deixando o beijo cada vez mais intenso quando o motorista pigarreou dizendo que havíamos chegado. 


  Vick soltou uma risadinha e voltou a sentar no banco, ajeitou seu vestido e limpou as marcas de batom que ela havia deixado em mim retocando a sua boca logo depois. 


 O motorista desceu abrindo a porta para mim e eu novamente fui abrir para ela, que ainda sorria. 


  Ablon: O que foi ? 


  Vick: Nada, é só que apesar que vamos ser pais ainda conseguimos parecer dois adolescentes, estávamos nos pegando no banco de trás de uma limousine. 


  Ablon: E o perigoso é que se ele não parasse logo não sei como isso terminaria – mordi o lábio olhando-a - 


  Vick: Para, que abusado, não sou dessas – ela me bateu de novo - 


 Ablon: Ah, eu dava um jeito de te fazer ser e abusada é você que fica me batendo enquanto eu estou aqui tentando te agradar, sua ingrata – ela inclinou a cabeça e cruzou os braços semicerrando os olhos para mim, comecei a rir - Ok, estou brincando – abracei-a – ou não - ri novamente - a propósito – eu também amo você – sussurrei em seu ouvido - e a senti se arrepiar - 


 Me afastei dela sorrindo e passei o braço pela sua cintura, dei um beijo no topo da sua cabeça e comecei a caminhar ao seu lado em direção a entrada do restaurante.


 


Vick narrando 


 Vick: Parece que já ouvi falar desse lugar – parei olhando a fachada do restaurante que tinha grandes letras que diziam “D.O.M” - 


 Entramos e logo na entrada a recepcionista perguntou nossos nomes olhando na lista e afirmando pedindo para que a seguíssemos.


  O ambiente era luxuoso, e eu podia notar por onde passava que todos estavam vestidos com roupas extremamente caras e pareciam muito, muito elegantes, por instantes perguntei a mim mesma se o vestido que eu usava estava a altura daquele lugar.


 Chegamos a nossa mesa e Ablon puxou a cadeira para que eu sentasse, sentando na cadeira a minha frente logo em seguida, a mulher que nos recepcionou chamou um garçom e o mesmo se aproximou com os cardápios, Ablon e eu o agradecemos, depositei o cardápio na mesa e fiquei avaliando o lugar. 


 Ablon: O que foi, não gostou ? - ele abaixou o cardápio e me olhou preocupado - 


 Vick: Como eu poderia não gostar ? Esse lugar é lindo, só estou tentando lembrar de onde conheço esse nome.


  Ablon: Talvez de alguma revista, esse restaurante esta entre os 50 melhores do mundo segundo uma revista inglesa Restaurant, como o único representante da América Latina. 


 Vick: Está falando sério ? - o olhei surpresa - 


 Ablon: Sim. Atualmente considerado o 6° melhor restaurante do mundo pelo S. Pellegrino World´s 50 Best Restaurants. No Brasil, o D.O.M possui cotação máxima no Guia 4 rodas e já ganhou prêmios como Melhor Cozinha Contemporânea da Capital Paulista, pelas revistas Gula e Veja São Paulo, e Melhor Restaurante do Ano, pela revista Prazeres da Mesa.


  Vick: Esse restaurante não atende um número restrito de clientes por dia ?


 Ablon: Sim. 


 Vick: Então como você conseguiu que estivéssemos aqui hoje tão em cima da hora ?


 Ablon: Contatos amor, contatos, na verdade devo o crédito a Tamara, que conseguiu ajeitar tudo para mim rapidamente, eu queria te trazer em um dos melhores e voilá.


 Vick: Tamara organizou isso ? 


 Ablon: Sim, em apenas algumas horas. 


 Vick: Hum, devo admitir que ela é eficiente. 


 Ablon: Não duvide disso. Mas, o que vamos pedir ? Escolha – peguei o cardápio e antes de abrir ele me impediu dizendo – não se importe com os preços, entendido ?


 Vick: Está bem – eu abri o cardápio me arrependendo logo em seguida de ter concordado – 495 reais ? Sério isso ? - perguntei baixinho enquanto ele sorria - 


 Ablon: Apenas aproveite amor. - o garçom se aproximou - 


 Garçom: Com licença senhores, já posso atendê-los ?


  Ablon: Creio que minha mulher ainda não decidiu então vou esperá-la, por enquanto poderia por favor trazer um Almaviva 1999.


  Vick: O que é isso ? - perguntei sem me importar com a presença do garçom - 


 Ablon: Vinho amor. 


 Vick: Mas eu não posso beber, vai judiar de mim assim mesmo ? 


 Ablon: Se não quiser, eu não peço então. 


 Vick: Não, tudo bem. 


 Ablon: Tem certeza ? 


 Vick: Sim. Eu vou querer um suco de laranja apenas.


  Ablon: Traga a garrafa e a jarra de suco por favor. 


 Garçom: Sim senhor, com licença – e ele se retirou -


  Ablon: Tem certeza que não vai se incomodar se eu beber e você não ? Se quiser te acompanho no suco. 


 Vick: Não, tudo bem, mas quando eu puder beber você vai comprar uma garrafa dessas para mim – fiz biquinho -


 Ablon: Com certeza – ele alisou minha mão, o garçom voltou e serviu Ablon e depois a mim nos deixando a sós novamente 


 Vick: Você disse 1999 ? - disse enquanto olhava ele cheirar o vinho - 


  Ablon: Sim, Almaviva 1999. Porque ? - experimentou um pouco - 


  Vick: Porque esse nome soa caro. - experimentei meu suco - 


  Ablon: É um dos melhores, não tem como não ser caro. 


  Vick: Quanto é ? 


  Ablon: Isso não importa.


  Vick: Mas me fale quanto é. 


 Ablon: R$1.500, 00. 


  Vick: O que ? - engasguei, comecei a tossir então fui obrigada a pegar um guardanapo e tampar a minha boca disfarçando meu espanto -


  Ablon: Fica calma, calma, respira. 


 Vick: Você é louco – me recompus -


 Ablon: Só quero aproveitar a noite com a minha mulher, independente do custo. 


  Vick: Quantas vezes tenho que falar que não sou sua mulher ?


  Ablon: Para mim você é – ele deu de ombros enquanto bebia novamente – mas – ele colocou a taça na mesa e levou um guardanapo até a boca – se você estiver sofrendo de amnésia, eu posso lembrá-la – ele alisou minha mão - 


  Vick: Arram, claro – revirei os olhos, puxei a minha mão e voltei a olhar para o cardápio mas mesmo assim pude ver um sorriso se estampar em seu rosto – Você tem alguma sugestão ?


  Ablon: Na verdade não, prefiro deixar a seu critério. 


  Vick: Vou escolher para nós dois ? - ele assentiu – então acho que vou optar por esse menu degustação de 4 pratos. Pode ser ?


  Ablon: Você que decidi amor.


  Vick: Mas e se não matar a sua fome. 


  Ablon: Vai matar a sua ?


  Vick: Acredito que sim, porque a outra opção são 8 pratos, apesar que esses pratos vem pouca coisa.


  Ablon: Com certeza.


  Vick: Ain amor, me ajuda. 


 Ablon: Pede o de 8, não tem problema se você não aguentar, o importante é que fique satisfeita. Mas, se preferir o de 4, para mim não tem problema nenhum, se matar a sua fome, mata a minha. 


  Vick: Me chamando de gorda na cara dura.


  Ablon: Não foi isso que eu quis dizer. 


 Vick: Sei, tudo bem, vamos pedir o de 8, apesar que esse preço (495) esteja bem salgado, vou entrar no clima e aproveitar a noite contigo. 


 Ablon: É só o que eu te peço – ele levantou o dedo chamando o garçom – Dois menus degustação de 8 pratos, por gentileza. 


  Garçom: Ótima escolha senhores – ele sorriu – com licença.


 Vick: Toda. São várias trocas de pratos taças e talheres, isso deve dar tanto trabalho, por isso o número restrito de clientes – disse observando ao redor - 


 Ablon: Deve sim, mas eles devem receber muito bem por isso.


  Vick: Coloca bem nisso né – olhei para ele que me olhava – O que foi ?


  Ablon: Nada, não posso admirar a minha mulher não ? 


 Vick: Minha mulher ?


  Ablon: Vai insistir nisso ? 


 Vick: Vou. 


 Ablon: Você é minha mulher. 


 Vick: Não, sou sua noiva – ergui a mão mostrando a aliança – está vendo ? 


 Ablon: Estou, e isso me faz lembrar que eu deveria te dar outra aliança - 


 Vick: Porque ? - olhei para a aliança em meu dedo, o que havia de errado com ela ? Era linda - 


 Ablon: Porque já faz um certo tempo que te dei essa e digamos que não foi do jeito certo. 


 Vick: Não foi ? Na verdade eu não lembro muito bem – coloquei a mão na minha cabeça que começava a ameaçar um forte pontada -


  Ablon: Não, não foi – ele fechou os olhos e suspirou – não se preocupe, você irá lembrar um dia. 


 Vick: Você sabe porque eu não lembro ? - ele desviou o olhar -


  Ablon: Sei. 


 Vick: Então me fale. 


  Ablon: Eu não posso. 


 Vick: Faz parte do segredo, não é ? - o olhei aflita - 


 Ablon: Sim.


 Vick: Isso é injusto, você sabe disso não sabe ? É injusto não ter todas as memórias, as minhas memórias, as nossas memórias na minha cabeça – puxei a minha mão que ele segurava - 


 Ablon: Não faz assim.


  Vick: Você diz isso porque não é a sua cabeça que está toda bagunçada, fala isso porque não é a sua vida que contém falhas. 


 Ablon: Eu sinto muito. Mas eu não posso contar agora, prometo que vou contar assim que nosso filhos nascerem.


 Vick: Promete ? Independente do que aconteça, você jura Ablon ?


 Ablon: Juro – ele puxou a minha mão novamente e disse olhando em meus olhos – juro pela minha vida.


  Vick: E eu acho bom que você cumpra. 


 Ablon: Eu irei, mas agora – ele passou o dedo pela minha aliança – eu não quero mais que você use isso – e a tirou lentamente -


  Vick: Mas... - ele me interrompeu - 


 Ablon: Essa aliança faz parte do passado, o passado que você acredite ou não, eu gostaria de ter esquecido como você, ou apenas parte dele – e pegou alguma coisa dentro do seu bolso colocando em cima da mesa, só depois que ele largou que eu pude ver que era uma caixinha – aqui dentro, está o simbolo que irá representar o nosso presente, até que eu possa trocá-lo por um que irá representar por definitivo a nossa união. O engraçado é que – ele sorri torto – eu não mereço você, nunca mereci, mas o destino te trouxe até mim, de uma maneira errônea mas trouxe, e fez com que eu me tornasse uma outra pessoa, um homem, definitivamente um homem, e eu só tenho a agradecer por isso, apesar de todas as brigas, de todas as vezes que eu me calei por você mandar em mim, de todas as coisas que eu abri mão, não me importo, nada se compara a alegria que eu sinto de tê-la comigo, de poder compartilhar cada momento, de poder te amar e ser amado, de ter uma família, uma vida. Nós podemos ter começado do jeito errado, podemos estar vivendo do jeito errado, mas estamos aprendendo e crescendo juntos, e eu tenho certeza que o nosso futuro é certo. – ele abriu a caixinha mas eu estava tão vidrada em seu olhar que não consegui desviar - E eu sei disso porque apesar de todos os erros que ainda venhamos a cometer - senti que ele colocava a aliança - ele será certo porque estaremos juntos e se depender de mim, será para sempre, o nosso para sempre. – e beijou a minha mão enquanto eu sentia meus olhos marejados - 


 Abaixei o olhar e olhei o anel/aliança, que era extremamente lindo, sorri e deixei algumas lágrimas caírem, alcancei a caixinha e peguei a dele, tirei a outra do seu dedo e coloquei a nova.


  Vick: Para sempre – disse ao terminar de colocar e olhei em seus olhos – eu te amo. 


 Ablon: Mais que a minha própria vida. - ele apertou minha mão enquanto ergueu a outra mão para limpar as minhas lágrimas - eternamente. 


 A comida chegou e então nós comemos em meio a conversas aleatórias, sem esquecer é claro, de sempre elogiar os pratos que chegavam já que todos eram exageradamente deliciosos, e por incrível que pareça eu consegui comer tudo, estava me sentindo uma orca ambulante.


 Recusei a sobremesa já que não tinha espaço para mais nada, Ablon terminou de beber o vinho enquanto eu terminava o meu suco. 


 Ele chamou o garçom e pagou a conta dando uma bela gorjeta para o mesmo, achei digno, até porque ele tinha sido muito atencioso e eficiente.


 Ablon levantou e veio puxar a cadeira para que eu levantasse, ele estendeu a mão e eu levantei, assim que viramos em direção a saída vi um homem, uma mulher e um menino que aparentava ter dois anos se aproximando.


 Ablon: Acho que o chefe resolveu vir fazer as honras – ele cochichou no meu ouvido enquanto pegava na minha mão -


  Olhei atenciosa para aquele suposto casal, aquela mulher era linda, elegante e fina, ela tinha confiança em seu andar e seu olhar transmitia um superioridade incrível, não tinha como não admirá-la ou sentir inveja.


 XXX: Olá – o homem disse – sou o chefe Alex Atala, é um prazer recebê-los em meu restaurante – ele estendeu a mão e Ablon a apertou -


  Ablon: O prazer é nosso. Sou Ablon Compton.


 Alex: Oh, eu sei quem é o senhor. Senhora – ele estendeu a mão para mim, levantei a minha e ele beijou a mesma enquanto me olhava nos olhos - 


  Vick: Victória Laverde – desviei o olhar da mulher que me olhava - 


 Alex: Bom, eu não podia deixar que saíssem sem que os cumprimentassem pessoalmente, já que eu autorizei a vinda dos senhores assim, de ultima hora, porque minha irmã é uma grande fã do seu trabalho Senhor Compton, e digamos que os pedidos dela sempre são uma ordem – ela sorriu abertamente, então eles não eram um casal, eram irmãos – Senhor Compton, Lorraine Atala – ele apresentou os dois - 


 Ela estendeu a mão para que ele beijasse e assim que ele o fez ela disse. 


 Lorraine: Uma grande admiradora sua. Assim que Tamara, uma prima distante, me ligou e disse que se tratava do Senhor, eu disse sim imediatamente. 


 Ablon: Fico lisonjeado, e agradeço pela oportunidade, é um prazer conhecê-la.


 Lorraine: Então o Senhor se casou – ela olhou para mim novamente - 


 Ablon: Na verdade ainda não, mas estamos noivos.


 Lorraine: Ora, ora, que moça de sorte não ? - ergueu uma sobrancelha -


  Vick: Com certeza, desculpe a pergunta mas, você o admira porque exatamente ? - ela deu uma risadinha enquanto alisava o seu colar de diamante - 


 Lorraine: Acompanho o trabalho dele durante um certo tempo, sou uma mulher da alta sociedade, é o meu dever querer mudar o mundo e ajudar as pessoas, o trabalho do Senhor Compton é fantástico, ele já incentivou muitas pessoas.


 Vick: Hum, entendi. Você tem razão, o trabalho dele é maravilhoso. - desviei o olhar dela e olhei para o garotinho ao seu lado, e então percebi que ele tinha os olhos fixos em Ablon, de uma maneira estranha, parecia estar transmitindo todo o seu sentimento em um só olhar, Ablon conversava com Alex e Lorraine mas, eu estava tão perdida nos olhos azuis e profundos daquele garotinho que eu nem sabia do que eles estavam falando, porque ele olhava somente para ele e parecia sentir, não sei, talvez ódio, será que ele via em Ablon o pai que não tinha ? Quer dizer, eu não sabia se ele tinha ou não um pai, só sei que o olhar daquele garotinho era perturbador e estava me deixando agoniada, sai do meu transe quando senti mãos tocarem na minha barriga - 


 Lorraine: Um casal de gêmeos ? Que lindo, felicidades. Olhe filho, ela terá dois bebês, quer tocá-los ? - Ela olhou para o garotinho e ele assentiu desviando os olhos de Ablon que agora olhava para ele também - 


 Ele se aproximou e tocou na minha barriga me fazendo sentir um arrepio pelo corpo todo, cambaleei, Ablon passou os braços pela minha cintura me apertando forte enquanto encarava o garoto de uma forma estranha, o que estava acontecendo ?


  XXX: Que bom que eles tem um papai não é ? - ele finalmente falou enquanto encarava Ablon como um homem grande -


  Ablon: É, temos que ir – ele parecia nervoso, o que estava começando a me deixar nervosa também -


 



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Autor(a): Fraanh

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Lorraine: Está cedo, fiquem mais um pouco – ela sorria -   Ablon: Eu sinto muito mas, Vick não está se sentindo bem, acho melhor irmos, foi um prazer conhecê-los.   Alex: O prazer foi nosso – Ablon se despediu de ambos e saiu praticamente me arrastando dali, antes de sair do restaurante olhei mais um ...


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