Fanfics Brasil - Capítulo 3 Para sempre ❤

Fanfic: Para sempre ❤


Capítulo: Capítulo 3

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Cheguei na minha antiga casa depois de alguns minutos e bom, eu teria tocado a campainha se não me sentisse ainda moradora daquele lugar. 


 Vick: E eu aqui pensando que me receberiam com uma grande festa – gritei quando não vi ninguém - 


 Escutei um grito agudo e logo depois a vi descendo as escadas correndo. 


 Lari: Meu Deus, meu Deus, meu Deus, é você mesma, que saudade – e pulou no meu colo -


  Vick: Eiiiii, vai com calma – disse quando ela me sufocava - 


 Rafa apareceu logo atrás com a minha afilhadinha linda em seus braços, eu estava com tanta saudade.


  Ela me soltou, depois me abraçou de novo, soltou e abraçou de novo. 


 Rafa: Chega Larissa, deixe um pouco para mim. - ele tentava tirar o braço dela do meu pescoço -


  Lari: Sai, ela é minha, só minha, eu tenho muitas saudades para matar. 


 Vick: Dá licença que eu não quero nenhum dos dois ? - a empurrei – Eu vim aqui foi pra ver essa coisinha linda aí – apontei para o Rafa – Me deixe vê-la amiga. 


 Lari: Fui trocada pela minha filha – me soltou – Não quero mais viver – colocou a mão na testa -


 Vick: Me poupe de seus dramas, me dá ela – fiz bico -


 Rafa que tinha se afastado um pouco se aproximou, eu dei um abraço nele, muito mais curto do que os abraços da Lari e voltei a atenção para ela, tão pequena e tão linda, ela estava bem maior do que da ultima vez, isso eu não tinha duvidas, mas ainda assim era pequena.


 



 


 


 Peguei-a no colo, sentei no sofá e fiquei ali, olhando para ela, não sei por quanto tempo. 


 Lari: Porque Ablon não veio ? - ela disse quebrando o silencio -


  Vick: Por que eu não quis esperá-lo – disse sem olhá-la - 


 Rafa: Está tudo bem ? 


 O que eu diria a eles ? Que estava ? Inventaria uma desculpa qualquer sem contar que estava grávida e que Ablon estava reagindo estranho desde a ida a clinica ? 


 Eu não gostava de meter ninguém nos meus problemas, eles já tinham os deles, não precisavam de mais, só que ao mesmo tempo se eu me separasse de Ablon, ali seria o primeiro lugar onde eu poderia ficar até que arrumasse um canto para mim, então, não seria justo esconder a real situação deles, porque uma hora ou outra, bom, ela viria à tona. 


 Vick: Estou pensando em terminar. 


 Lari: Terminar ? Como assim terminar ? Vocês são o casal mais perfeito que eu já vi, vocês passaram por tanta coisa juntos, porque terminar ? Você não o ama mais ?


 Suspirei, ainda sem levantar a cabeça, estava brincando com as mãozinhas da Yasmin. 


 Vick: É claro que eu amo, amo mais que a minha própria vida – fiz careta – Mas, as coisas não estão muito boas e eu sinceramente não sei se ele ainda sente o mesmo por mim, então talvez seja o melhor, as vezes a melhor solução é ir embora. 


 Lari: Mas...


 XXX: Ela não vai embora. - alguém a interrompeu, e eu conhecia muito bem aquele timbre e também aquele perfume que invadira a sala – Eu nunca deixaria isso acontecer. 


 Eu levantei o olhar e ele estava ali, parado a alguns centímetros de mim, com uma cara não muito boa, desviei o olhar. 


 Ablon: Não disse que iria te trazer ?


  Vick: E eu falei que não precisava. 


 Ablon: Quando você vai deixar de ser teimosa ? - eu ainda estava com o rosto virado, olhando para um ponto qualquer - Olha pra mim. - ele tentou não aumentar o tom de voz já que não estávamos sozinhos -


  Vick: Talvez quando você aprender que não manda em mim. - o encarei novamente - 


 Rafa: Será que dá para vocês explicarem o que está acontecendo ?


 Vick: Não é nada não Rafa, apenas desentendimento diário – sorri sem mostrar os dentes – Toma, pega sua afilhada – levantei e fui na direção de Ablon - 


 Ablon: Não, eu não sei.... - ele dizia com os olhos arregalados, quando eu não deixei que ele terminasse a frase e praticamente joguei Yasmin em seus braços - 


 Ele a pegou no susto, totalmente desajeitado, e seus olhar pedia ajuda, eu cruzei os braços levantei a sobrancelha e quase pude ouvir um “por favor” e eu neguei. 


 Lari: Não seja má amiga, ele está assustado, olha a cara dele. 


 Vick: Ele tem que aprender. 


 Lari: Todo homem tem esse medo de pegar um bebe, deixa eu te ajudar... - a interrompi -


 Vick: Não – levantei a mão na direção dela impedindo-a – Se ele diz não me deixar ir embora, tem que aprender. Tá sentindo como é ? – me dirigi a ele novamente – Agora imagine dois desse, em seus braços ao mesmo tempo. 


 Ele olhou para a Yasmin, olhou para o seu braço direito e depois para o esquerdo, franziu a testa e me olhou novamente. 


 Vick: Você daria conta ? - ele continuou a me olhar fixamente – Não, você não daria, sabe porque ? Porque você não está dando conta nem com a noticia, que dirá quando eles nascerem.


 Rafa: Quando eles nascerem ? Oi ? O que eu perdi ?


  Lari: Você... você está grávida – ela colocou a mão na boca – Eu sabia, sabia que isso ai – apontou para minha barriga – Não era gordura, eu tentei imaginar que você tinha comido uma melancia inteira, mas não deu muito certo. 


 A olhei virando a cabeça pro lado e negando junto com um pequeno sorriso. 


 Lari: São gêmeos ? - assenti – Awn amiga, que lindo – ela ignorou a presença dos dois homens que estavam na sala e veio me abraçar – Do jeito que você sempre quis, você é um sortuda – alisou a minha barriga - 


 Rafa: Devo dizer que estou com vontade de socar a cara do Ablon por ter engravidado minha maninha ? - ele franziu a testa - 


 Nós duas olhamos para ele. 


 Rafa: Que ? Eu nem imaginava que eles já faziam isso, pelo menos não deveriam – cruzou os braços e bufou - Vou imaginar que ele comprou uma sementinha e você engoliu - disse fechando os olhos -


 Por um momento eu não senti a raiva que estava sentindo e me senti em casa, como antes, como costumava ser antes de tudo isso.


  Lari: Eu seguro a Yasmin se você quiser – ela deu um passo na direção de Ablon que tinha o olhar perdido, em algum lugar, mas Rafa abriu os olhos rapidamente e segurou seu braço - 


 Rafa: Não imagina, deixa ele com a afilhada – puxou ela para perto a abraçando por trás e sussurrou em seu ouvido, mas eu pude ouvir mesmo assim – Tá louca ? Não quero que ela faça comigo o que fez com o Pedro. 


 Ela soltou uma risada baixa e eu fiquei ali, olhando os dois. Quando que eu e Ablon deixamos de ser aquele tipo de casal perfeito para nos tornarmos... isso ? Essa pergunta ficou ecoando na minha cabeça por muitas e muitas horas. 


 Estava saindo do banho e Ablon estava jogado na cama com o notebook nas pernas, com certeza resolvendo algo sobre a empresa. Passei direto indo até o closet, depois que saímos da casa de Lari não trocamos mais nenhuma palavra, e lá as únicas coisas que falávamos era se eles perguntassem algo, tentando agir da melhor forma possível. Lari fez eu prometer que conversaria com ela em particular assim que pudesse antes de eu entrar no carro. 


 Me sequei, prendi meu cabelo em um coque meio solto, coloquei uma lingerie preta, passei o creme e fiquei em frente ao espelho, automaticamente desci aos mãos até minha barriga e abaixei a cabeça alisando-a. 


 Eu estava confusa, com raiva, magoada, mas eu também tentava entender o lado dele, que não era fácil descobrir que seria pai de gêmeos, que não era fácil cuidar de uma família, eu também tinha medo, muito medo, mas se fosse ao contrário, eu pegaria em sua mão e diria “nós estamos nisso juntos”, e era isso que eu esperava dele, que ele estivesse ao meu lado. Fechei os olhos e senti uma lágrima escorrer. 


 Fiquei ali por algum tempo, chorando baixinho e então ergui o rosto, e meus olhos encontraram com os seus através do reflexo do espelho, ele usava uma calça de moletom e estava sem camisa, rapidamente ergui as mãos aos olhos e tentei secar as lágrimas, mas suas mãos me impediram. 


 Vick: Me solta, por favor – pedi calma olhando para o reflexo dele logo atrás de mim - 


 Ablon: Porque está chorando ?


 Vick: Porque deu vontade, me solta – ele não me escutou e me virou para ele -


  Ablon: Não suporto te ver chorar. – passou o dedo embaixo dos meus olhos – Muito menos se for por mim. 


 Vick: E quem disse que estou chorando por você ? - encarei seus olhos - 


 Ablon: Eu sei que está, não quero ficar com esse clima entre a gente, me desculpe se eu não reagi da melhor forma possivel, mas é que eu estou preocupado, com você, com nossos filhos e com como será a nossa vida, eu deveria ter te falado, eu sei, você entenderia, mas não, eu resolvi calar e agir da pior forma, eu sou mesmo um idiota e vivo errando – negou com a cabeça – Eu só não quero que você pense que eu não estou feliz, que eu não quero nossos filhos e que eu não amo você – passou o dedo no meu lábio inferior – Porque eu te amo mais que tudo. 


 Vick: Você não está tentando me seduzir, está ? 


 Ablon: Porque, você é seduzível ?


 Vick: Não mesmo – mordi o lábio inferior - 


 Ablon: Se morder esse lábio de novo, eu vou arrancar ele – parei de morder na hora – Você me perdoa ?


 Vick: Você arrancaria meus lábios ? - fiz bico - 


 Ablon: Talvez – mordeu meu bico -


 Vick: Como você é canibal – dei um tapa em seu ombro – Se me prometer que vai me contar, qualquer medo que você tiver, qualquer um, que não vai me esconder nada, eu perdoo. 


 Ele tirou os olhos dos meus por alguns instantes e eu senti que ele analisava a proposta com cautela demais. 


 Vick: Ablon … - virei seu rosto - 


 Ablon: Eu prometo. 


 Vick: Agora, nós podíamos fazer as pazes por completo não é ? - arranhei sua barriga -


 


Ablon narrando 


 Como eu esconderia o meu maior medo dela ?


 Ela me odiaria quando descobrisse que eu não cumpri a promessa, que eu escondi algo dela, Vick poderia suportar tudo, menos uma mentira, e essa não seria uma mentira pequena, só que, pelo menos por enquanto, eu acreditava, não, eu tinha certeza que seria melhor assim. 


 Vick: No que você está pensando tanto que não está prestando atenção em mim ? - ele segurava meu rosto e virava para olhá-la pela segunda vez -


 Ablon: Desculpe amor, eu... eu vou tomar um banho. 


 Vick: Mas... mas eu estava... - enquanto ela falava me soltei dela e fui para o banheiro- ARGH – ouvi ela resmungar alguma coisa, mas não dei muita importância já que eu precisava de um tempo longe dela -


  Me livrei da calça e da cueca, liguei o chuveiro e entrei, encostei a cabeça na parede deixando com que a água escorresse pelo meu corpo, as vezes sinto que debaixo do chuveiro e da água quente, é o melhor lugar que tenho para pensar e decidir algumas coisas. 


 Fiquei ali durante alguns minutos, ou talvez horas, não sei. Só sei que quando eu sai enrolado na toalha, Vick estava perto da porta com os braços na cintura, me olhando com os olhos semicerrados. 


 Ablon: O que eu fiz agora ? - fiz uma careta enquanto secava o cabelo com outra toalha - 


 Vick: Você não prestou atenção no que eu estava falando, me deixou falando sozinha e eu queria terminar o que tínhamos começado hoje de manhã. 


 Ablon: O que começamos hoje de manhã ? Bom, acho melhor não amor.... é que eu estou..... cansado. 


 Vick: O que você fez de errado ? 


 Ablon: Porque ? 


 Vick: Não está olhando em meus olhos, olha pra mim.


 Ablon: É que bom, eu acho realmente que deveríamos ir dormir, vamos ? Vou vestir uma roupa e já venho. 


 Praticamente corri até o closet e vesti uma cueca e uma calça, voltei para o quarto e ela ainda estava lá, parada. 


 Ablon: Vamos ? 


 Vick: Não quero dormir, não estou com sono e ainda não comi o fondue. 


 Ablon: Amanhã você come, vamos dormir.


  Dei um beijo rápido em seus lábios, abaixei e beijei sua barriga. 


 Ablon: Boa noite meus amores. 


 



 


 


 Ergui a cabeça e ela me olhava sorrindo.


  Ablon: Então ?


  Vick: Vamos dormir. 


 Ela finalmente havia concordado. Suspirei aliviado. 


 Ablon: Vai dormir assim ? 


 Vick: Vou, estou com calor – ela disse empurrando seu corpo para trás chocando com o meu - 


 Segurei a respiração. Isso não seria nada fácil. 


 


Vick narrando 


 Acordei no outro dia e Ablon já não estava na cama, me espreguicei, e levantei, fui para o banheiro, fiz minha higiene e entrei para tomar um banho, sai depois de alguns minutos, fui até o closett, coloquei minha lingerie, passei creme e coloquei uma blusinha soltinha branca junto com um shortinho preto, calcei uma rasteirinha, passei perfume e desci. 


 Vick: Bom dia Bá – disse dando um beijo em sua bochecha ao entrar na cozinha -


  Cláudia: Bom dia meu amor, está melhor ? Está com uma cara melhor. 


 Vick: Eu acho que sim, vamos ver até quando – disse me sentando- Nó conversamos ontem e nos entendemos, mas cade ele ? - mordi uma torrada - 


 Cláudia: Levantou cedo, tomou café e se trancou no escritório.


  Vick: Hum, vou falar com ele depois. E você já comeu ? 


 Cláudia: Não, estava esperando você acordar. 


 Vick: Então sente-se e coma comigo. Eu só acho que nós temos que perder essa mania de comer na cozinha e usar a sala de jantar. - fiz careta -


 Cláudia: Ablon nunca foi de usar então...


 Vick: É, mas agora nós vamos mudar isso, até porque, quando os bebes nascerem, não dá pra ficar comendo aqui. 


Cláudia: Não mesmo. Quer leite ? 


 Vick: Pode deixar que eu me sirvo Bá, sente-se e coma comigo. 


 Ela me obedeceu e nós ficamos ali, comendo e conversando, contei a ela como havia sido a nossa conversa que resultou em uma pequena trégua, ela ficou toda contente e disse que era para eu ter paciência com ele, já que ela o conhecia o suficiente para saber que no fim, tudo daria certo. 


 Vick: E meu fondue ? Acabei nem comendo – fiz carinha de triste - 


 Cláudia: Quer que eu faça outro ? 


 Vick: Não tem como reaproveitar ? 


 Cláudia: Bom, Ablon disse que você não comeria... 


 Vick: Ele mandou jogar fora ? - arregalei meus olhos - 


 Cláudia: Não, ele pediu para que eu oferecesse para a filha da empregada do vizinho. 


 Vick: Sério isso ?


 Cláudia: Sim – ela deu risada da minha cara - 


 Vick: Não ria Bá – fiz bico - 


 Cláudia: Eu faço outro para você. 


 Vick: Rapidinho ?


  Cláudia: Sim. Vá fazer algo que logo estará pronto. 


 Vick: Ok, obrigada, vou lá no escritório. 


 Cláudia: Não precisa agradecer, faço com gosto. Tá bem. 


 Sai da cozinha e fui em direção ao escritório.


 Vick: Posso entrar ? - enfiei a cabeça pelo pouquinho que tinha aberto da porta - 


 Ablon: Desde quando você precisa pedir ? - ergueu os olhos do computador para me olhar -


  Vick: Sou educada, diferente de certas pessoas – cruzei os braços - 


 Ablon: Isso foi uma indireta ? Bom dia pra você também. 


 Vick: A carapuça serviu ? Bom dia. 


 Ablon: Depende. O que eu fiz ? 


 Vick: Mandou a Cláudia dar meu fondue.


  Ablon: Ah, é isso – disse rindo -


 Vick: Não ria, isso é sério, muito sério. 


 Ablon: É gravíssimo – disse debochado -


 Vick: Se falar debochadamente assim comigo de novo você ficará sem isso aí que você tem no meio das pernas.


 Ablon: Meu Deus, que mulher brava. E você ficaria sem ele ? Eu acho que não hein - fez cara de safado -


 Vick: Muito. Não preciso dele, existem milhões por aí.


  Ablon: Não tão potenteMas, foi por uma boa causa, aquela criança tem que ficar escondida porque o patrão da mãe dela não a aceita, pensei que um pouco de chocolate a faria bem e você acabou não comendo mesmo, peça para a Cláudia fazer outro, ela fará sem reclamar. 


 Vick: Como você é convencido - revirou os olhos - Ela já está fazendo.


  Ablon: Só estou falando a verdade. Não lembro que você tenha reclamado, pelo contrário, ainda escuto seus gemidos ecoaram no meu ouvido. Então – deu de ombros- 


 Vick: Idiota - semicerrei os olhos para ele - Só porque foi por uma boa causa. 


 Ablon: Arram – sorriu – Vem – afastou a cadeira e bateu na perna – senta aqui. 


 Vick: Eu não deveria, vai que você quer abusar de mim – disse me sentando e passando os braços pelo seu pescoço - 


 Ablon: Imagina, sou um homem de bem, nunca faria mal a uma moça indefesa – passou o dedo pela minha coxa - 


 Vick: Seus filhos poderiam nascer com cara de chocolate, uva e morango – voltou ao assunto fondue -


 Ablon: Isso seria ruim ? 


 Vick: Claro que seria, imagina ter que conviver com a vontade de come-los todos os dias. 


 Ele soltou uma gargalhada gostosa.


  Ablon: Que péssima mãe você seria. 


Vick: Não seria tão péssima, já que estaria lutando contra a minha vontade para mante-los vivos. E também, você não deixaria que nada de mal acontecesse com eles, deixaria ? 


 Ablon: Nunca. 


 Vick: Você jura ? Jura que vai cuidar sempre deles ? Independente do que aconteça ? Que vai amá-los acima de tudo e de todos. 


 Ablon: É claro que sim, mas porque essa pergunta ?


  Vick: Vou responder assim que saber porque desde ontem você não consegue mais olhar em meus olhos direito – aquilo foi mais para mim do que para ele, mas eu tinha certeza que ele havia escutado, já que estávamos tão próximos - 


 Ele olhou para mim e desviou o olhar novamente, abaixou a cabeça e continuou a alisar a minha perna. 


 Ablon:  Talvez um dia você possa me dizer então. - disse no mesmo tom de voz que eu - 


 Eu ia protestar, mas alguém bateu na porta.


 XXX: Posso entrar ?


  Vick: Entra Bá.


 Cláudia: Desculpe, não queria atrapalhar, mas seu fondue está pronto.


  Vick: Você nunca atrapalha. Traz pra mim fazendo favor ? 


 Cláudia: Claro, vou buscar. - ela disse e logo encostou a porta novamente -


 Vick: Não se importa se eu te atrapalhar só mais um pouquinho não é ? 


 Ablon: Não. 


 Vick: O que estava fazendo ? 


 Ablon: Analisando uma proposta de um concurso que vai ter. 


 Vick: Concurso ?


 Ablon: Sim, olha – ele abriu a página – Um concurso de empresas de turismo, mas essas empresas precisam do apoio de empresas como a nossa porque é um projeto de sustentabilidade. 


 Vick: E alguém solicitou a sua empresa ?


  Ablon: Nossa empresa Vick, agora é sua também, sim recebi vários convites. 


 Vick: Ainda não estamos casados e eu nem sei se vou querer ser dona, ela é sua. E pensa em aceitar ?


  Ablon: Pra mim já é sua, o que é meu, é seu. Não sei, seria um bom investimento, mas para isso precisariamos ajudar no projeto. 


 Vick: E qual o problema ? 


 Ablon: Um projeto de ecoturismo não é nada fácil. 


 Vick: Você faria um, o melhor, sem problema nenhum, eu sei disso.


  Ablon: Você me ajudaria se eu decidisse fazer ?


  Vick: Claro que sim. 


 Ablon: Então, vou pensar direito no assunto.


  Vick: Mas, para onde é esse projeto ? 


 Ablon: Uma praia no México. 


 Vick: MÉXICO ? - dei um pulo -


 Ablon: Sim – sorriu - 


 Vick: Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus. 


 Ablon: Calma amor. 


 Vick: Mas é México Ablon, você tem que aceitar alguma proposta. 


 Ablon: Vou pensar, Vick, vou pensar. 


 Cláudia: Desculpe interromper novamente, mas aqui está – ela entrou com as coisas nas mãos, levantei para ajudá-la fiz Ablon tirar as coisas da mesa e colocar na outra parte do lado, sentei novamente em seu colo - 


 Vick: Obrigada Bá – disse espetando um morango - 


 Cláudia: De nada, se precisar é só chamar, com licença. 


 Vick: Quer ? - virei para Ablon enquanto colocava o morango na boca -


  Ablon: Quero esse aí que está na sua boca – neguei com a cabeça – Se não for da sua boca eu não quero. 


 Vick: Então vai ficar sem – dei de ombros - 


 Ablon: Deixa eu provar esse chocolate aí – ele pegou uma colher e passou o dedo -


 Vick: Saí – bati em sua mão - 


 Ablon: Huuummm, é bom, mas eu sei como deixá-lo melhor. 


 Vick: Como ? - levantei a sobrancelha desconfiada - 


 Ele colocou o dedo na colher novamente e sem que eu tivesse tempo de protestar ele lambuzou a minha boca. 


 Vick: Ah não, olha o que você fez – fui pegar o guardanapo para limpar mas ele segurou minha mão - 


 Ablon: Não, eu limpo.  - E me virou rapidamente para ele grudando as nossas bocas -


 Ele me beijava calmamente como se realmente estivesse conseguindo limpar alguma coisa, sua língua explorava cada canto da minha boca e automaticamente minhas mãos já foram para sua nuca, enquanto as suas passeavam pelo meu corpo. 


 Sem desgrudar de mim, ele me ajeitou em seu colo, deixando minhas pernas paralelas a ele, e assim, apertou mais a minha cintura me fazendo soltar um suspiro. 


 Agarrei seu cabelo um pouco mais e o beijo foi ganhando intensidade. 


 Vick: Humm, a quanto tempo nós não fazemos isso ? - murmurei entre seus lábios - 


 Ablon: Muito tempo – disse enquanto descia distribuindo beijos pelo meu pescoço - 


 Ele já estava chegando em meus seios e apertou minha coxa, me fazendo soltar um pequeno gemido. 


 Levei minha mão até seu queixo e o ergui fazendo-o olhar para mim. 


 Vick: Então não pare – disse enquanto mordia e puxava seu lábio inferior -


  Ele desviou o olhar e suspirou. 


 Afrouxando as mãos que me apertavam com vontade. 


 Vick: Que ? O que foi ? - tentei segurar seu rosto e virar para mim novamente mas ele me impediu -


 Ablon: Eu tenho que trabalhar, já te dei um pouco de atenção não é ? Podemos conversar depois. - ele disse tudo sem me olhar -


 Vick: Conversar ? Nós não íamos conversar agora e você sabe muito bem disso.


  Ablon: Eu tenho que trabalhar. 


 Vick: Então porque você começou isso ? Porque foi você quem começou. Ah quer saber, que se dane.


  Levantei e bati a porta do escritório sem esperar que ele falasse mais alguma coisa idiota ou uma desculpa idiota.


 Vick: Bá, faz um favor para mim, vai lá no escritório e pegue as coisas ? Leve até a biblioteca. Estarei lá te esperando. - disse tudo rapidamente, sai da cozinha que era onde ela estava e fui em direção a biblioteca -


  Entrei na mesma, sentei no sofá e me encolhi ali, colocando as pernas em cima dele e apoiando os cotovelos nos joelhos e depois a cabeça nas mãos. 


 XXX: Posso entrar ? 


 Vick: Pode Bá – respondi sem olhá-la - 


 Cláudia: Vocês brigaram de novo ? - senti quando ela sentou-se ao meu lado e alisou meu cabelo - 


 Vick: Eu estou tentando entender ele, juro que estou, mas ele está me rejeitando, achei que tudo estaria bem, mas não está, ele nem consegue olhar nos meus olhos e eu nem sei o porque – senti meus olhos encherem de lágrimas - 


 Cláudia: Quer que eu fale com ele ? 


 Vick: Não – levantei a cabeça e limpei algumas lágrimas que insistiam em sair – Não precisa Bá, obrigada, até mesmo porque, se ele tiver que falar alguma coisa, quero que fale por si. Que ele queira falar. 


 Cláudia: Mas então não fique assim, não faz bem para você e nem para os bebes. 


 Vick: Já parei já, vou comer meu fondue e ler um livro. 


 Cláudia: Quer que eu fique aqui com você ? 


 Vick: Não, eu vou ficar bem. Pode voltar a fazer o que estava fazendo. Obrigada tá – passei a mão em seu rosto - 


 Cláudia: Que isso, não precisa agradecer, mas qualquer coisa, qualquer coisinha que seja, me chame – ela levantou e deu um beijo na minha cabeça, assenti e ela saiu logo em seguida -


 



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Autor(a): Fraanh

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