Fanfics Brasil - Capítulo 6 Para sempre ❤

Fanfic: Para sempre ❤


Capítulo: Capítulo 6

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  Vick narrando


 Acordei e Ablon ainda estava abraçado comigo, me espreguicei e virei lentamente, dando de topa com seus olhos. 


  Vick: Já está acordado ? 


  Ablon: Acordei cedo, vou para a empresa. 


  Vick: Hum. Obrigada pela musica, eu tive um sono muito tranquilo, e eu não sei se isso é algum efeito do amor ou não mas, você canta bem. 


  Ablon: Efeito do amor ? Isso quer dizer que você me ama ? 


  Vick: Eu ? Amar você ? Nem em sonhos meu querido.


  Ablon: Você me ama que eu sei tá bom – ele me puxou para perto dele – e quer saber um segredo ? - ele sussurrou no meu ouvido – eu também te amo. - me arrepiei com seu hálito quente, como ele conseguia fazer isso ? Ele falou e se afastou, me encarando com aqueles lindos olhos azuis -


   Vick: Tá bem, talvez eu te ame, mas é só um pouquinho. 


  Ablon: Só um pouquinho ? Talvez se eu fizer isso aumente um pouco mais – e me deu um selinho rápido - 


 Vick: Quase nada. 


  Ablon: Não ? - deu outro selinho -


  Vick: Talvez agora um pouquinho.


 Ablon: Bem pouquinho ? - assenti – Vamos tentar de novo então, e de novo e de novo e de novo – ele dizia pausadamente enquanto me dava vários selinhos – E agora ?


   Vick: Tá quase – ele deu o sorriso de lado que eu amava mas era aquele misturado com malicia e colocou as mãos na minha nuca me puxando rapidamente sem que eu tivesse a chance de protestar -


  Iniciamos um beijo calmo, apenas estávamos sentindo um ao outro, apenas uma troca de carinho, minha língua passeava por toda sua boca, enquanto a sua fazia o mesmo e suas mãos apertavam a minha cintura, só que como que tudo que começa calmo acaba esquentando... 


 Quando dei por mim estava em cima dele, com as pernas paralelas ao seu corpo, puxava um pouco forte o cabelo em sua nuca e soltava leves suspiros enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo apertando alguns lugares. 


  Ele havia levantado meu baby doll e apertava meu bumbum quando eu resolvi descer e distribuir beijos pelo seu pescoço, o que era pra ser uma coisa boa acabou sendo uma péssima escolha, senti o seu perfume e o afastei imediatamente, ele me olhou confuso, praticamente pulei da cama e corri para o banheiro, vomitei tudo o que havia comido e alguém segurou meu cabelo já que eu não havia tido tempo de fazer isso. 


  Vick: Sai daqui, você não precisa ver isso – tentei empurrá-lo - 


  Ablon: Para, eu vou ficar. 


 Fiquei mais alguns minutos ali abaixada esperando que aquela náusea horrível passasse e depois de alguns minutos isso finalmente aconteceu, Ablon me ajudou a levantar. 


  Fui até a pia e escovei meus dentes, fazendo bochecho com o um anti-séptico bucal logo em seguida para tirar aquele gosto ruim e melhorar ainda mais no hálito. 


  Levantei a cabeça rápido demais e cambaleei.


 Ablon: Vai com calma Vick. - ele havia me agarrado antes que eu sequer pensasse em cair - 


  Vick: Já disse o quanto eu odeio esse enjoos e essa tontura ? - olhei em seus olhos – Droga, olha só, sujei meu cabelo, que nojo – eu havia acabado de ver um mecha do meu cabelo suja – Preciso de um banho urgentemente. Você me ajuda ? - ele me olhou e apertou a boca -


   Ablon: Amor, acho melhor não... 


  Vick: Vai mesmo me deixar tomar banho sozinha ? - fiz bico -


 Ablon: Não faz esse bico – ele suspirou -


 Vick: Eu não vou tentar nada, estou enjoada e com tontura, o que eu poderia tentar ?


   Ablon: O problema não é você.


 Vick: Nós não passamos dos beijos porque você não quer. 


 Ablon: Vamos tomar banho vai – ele disse tentando mudar de assunto e indo ligar o chuveiro, bufei e entrei, sem esperar por ele e sem tirar o baby doll, ele ficou me olhando – Não vai tirar ? 


  Vick: Não, vou poupar você, entra, tome seu banho e pode ir se arrumar para ir para a empresa.


   Ablon: Vick... - ele franziu a testa, o interrompi - 


 Vick: Está tudo bem Ablon, vai entrar ou prefere ir tomar banho em outro lugar ? - arqueei a sobrancelha -


  Ele deve ter percebido que se continuasse insistindo só iria piorar as coisas, ele tirou a única coisa que usava que era a cueca e entrou no box. 


  Tentei não olhar para ele ou melhor, olhar somente seus olhos, já que eu só iria me torturar se decidisse olhar além, encostei na parede e o fiquei observando. 


  Ablon: Vem aqui comigo – ele disse enquanto se ensaboava -


   Vick: Não quero, estou bem aqui. 


  Ablon: Para de graça vai – ele se aproximou – vamos tirar esse baby doll e tomar banho direito. 


  Apenas fiquei encarando seus olhos enquanto suas mãos se deslizavam pelo meus ombros levando o baby doll junto, logo ele já estava nos meus pés e eu estava somente de calcinha na frente dele. Ele me encarou mais um pouquinho e depois foi descendo seu olhar lentamente por todo o meu corpo, ele desceu as mãos dos meus ombros e parou na minha cintura. 


  Vick: Porque você não quer tocar mais em mim ?


 Ablon: Estou tocando – ele alisou minha cintura carinhosamente me fazendo arrepiar - 


  Vick: Você sabe que não é disso que estou falando – disse prendendo a respiração -


 Ablon: É disso então ? - ele me beijou, um beijo com desejo, pelo menos era isso que eu estava sentindo - 


  Vick: Também não – disse tentando recuperar o folego -


   Ablon: Acredite, é difícil para mim também. 


  Vick: Não parece – o encarei -


  Ablon: Não ? - ele me apertou mais em seu corpo e eu pude sentir sua ereção - 


  Vick: Não – soou mais como um suspiro do que palavras -


 Ablon: E o que você quer que eu faça ? - ele estava esfregando a sua barba que estava um pouco rala em meu ombro -


   Vick: Quero que faça amor comigo – joguei a cabeça para trás e arranhei suas costas -


   Ablon: Eu não posso – ele suspirou - 


  Vick: Porque não ?


 Ablon: Porque... - ele subiu distribuindo beijos pelo meu ombro, pescoço, bochecha depois me deu um selinho e me encarou – Não consigo fazer amor com você sabendo que estou escondendo algo de você. 


  Vick: Mas... - ele me interrompeu - 


  Ablon: Eu sei que você entende e que já aceitou, mas não é fácil pra mim, você merecia saber, já que está comigo, e é horrível estar... ham... escondendo algo de você. 


  Vick: Então porque não me conta ? 


  Ablon: Porque eu ainda não posso, eu preciso de um tempo, e acho que você também. 


  Vick: Eu ?


  Ablon: É, você está grávida e eu não quero que nada prejudique isso. 


  Vick: É tão grave assim ? - eu tentei não parecer preocupada - 


 Ablon: Não se preocupe – ele alisou meu rosto – Não é nada que você deva se preocupar – o olhei desconfiada, se não era nada com que me preocupar, porque ele não podia contar então ? -


 Vick: E isso vai levar quanto tempo ? Porque eu estou com saudades de você – passei minha unha lentamente por sua barriga enquanto fazia bico -


   Ablon: Não muito – ele segurou meu pulso -


   Vick: Até os bebes nascerem ?


   Ablon: Provavelmente. 


  Vick: Provavelmente ? Ablon, eu só estou de 2 meses e você está dizendo que não tocará em mim durante 7 meses ? E ainda diz provavelmente ? O que não é uma resposta definitiva e tudo indica que seja para mais tempo e não para menos. Eu não vou aguentar isso não, já vou avisando. 


  Ablon: Vick... - dessa vez eu o interrompi - 


  Vick: Eu ainda estou aguentando Ablon, mas não vai ser por muito tempo não, e eu não vou querer nem saber se você não consegue tocar em mim quando eu não aguentar mais, ou você faz ou eu procuro outro que esteja disposto a fazer – dei de ombros e ele se afastou me encarando sem acreditar – Estou falando muito sério e você sabe disso. Agora vamos tomar banho porque estou com fome.


  Ablon: Eu nunca vou deixar nenhum outro homem tocar em você.


  Vick: Vamos ver, a escolha será sua. 


  Ele apenas assentiu e não falou mais nada, eu tirei minha calcinha e tomamos um banho normal, sem caricias e sem mãos bobas.


   Ele saiu primeiro e eu fiquei mais um pouco lá, tentando me acalmar.


  Saí depois de uns 40 minutos, Ablon não estava no quarto, então caminhei lentamente até o closet, coloquei uma lingerie preta, passei creme, sequei meu cabelo prendendo ele em um coque meio solto mesmo, optei por vestir um shortinho de malha branco com roxo e uma regatinha verde, fiz uma make leve, passei perfume e coloquei uma rasteirinha. 


  Desci indo até a sala de jantar, a mesa estava colocada mas, Ablon não estava ali, olhei o seu lugar vazio e vi prato, copo e talheres usados. 


  XXX: Ele tomou café e saiu, pediu para avisar que não sabe a hora que volta da empresa. - olhei para a direção da voz e Cláudia estava perto da porta, assenti e sentei – Vocês brigaram de novo, não é ? - ela se aproximou -


   Vick: Não foi exatamente uma briga, mas se ele prefere agir assim – dei de ombros -


   Cláudia: Não aguento ver vocês brigados, e eu sei que dói muito em você, mesmo que você tente não demonstrar – ela acariciou meu cabelo - 


  Vick: Dói sim, mas se eu tento entender ele, ele também deveria me entender, não é justo o que ele está fazendo comigo. Você já tomou café ?


  Cláudia: E você quer falar o que está acontecendo ? Sabe que pode contar comigo não sabe ? Não, estava esperando você. 


 Vick: Claro que sei. Sente-se então, acho que eu posso pedir sua opinião não é ? Estou cansada de tentar resolver tudo sozinha. 


  Cláudia: Claro que pode. - ela sentou-se na minha frente e pegou minha mão - 


  Vick: Resumidamente, ele disse que tem algo que não pode me contar, pelo menos não por enquanto, e consequentemente ele mal consegue tocar em mim, ele está se esforçando sabe Bá, ele me beija, me abraça e consegue ser muito carinhoso quando quer, mas não é só isso que eu quero, eu quero ele, estou com saudades, saudades de senti-lo tocar em mim com mais vontade, saudade das pegadas dele, saudade de sentir o quanto ele me deseja, enfim, estou com saudade de fazer amor, você me entende ?


  Cláudia: Claro que entendo, nós mulheres por mais que não sejamos movidas a sexo também precisamos nos sentirmos amadas, desejadas, não só com palavras e carinhos. 


  Vick: É, isso. E eu o amo tanto e isso está me matando – suspirei -


 Cláudia: Por outro lado, eu também o entendo, tenho certeza que não é fácil mentir ou esconder algo da pessoa que você ama, e ele poderia muito bem fingir e não contar para você o que está acontecendo, mas acha justo ser amada em meio a mentiras e segredos ?


 Vick: Não, e é por isso que estou tentando entender ele, sei que é difícil pra ele também, mas poxa, eu vou enlouquecer de tanta vontade.


   Cláudia: Tente ocupar a cabeça com outras coisas.


 Vick: Quero ver você falar isso dormindo na mesma cama que ele, vendo ele desfilar sem camisa ou só de cueca, ou pior, tomando banho juntos. - dei uma mordidinha no lábio inferior e ela deu uma risadinha -


 Cláudia: Sabe o que eu acho ? Que logo ele também não vai aguentar e/ou ele vai te contar tudo e se for motivo de briga vocês fazem as pazes depois, ou ele conta depois que já tenha matado todo esse desejo. 


 Vick: Prefiro que ele conte depois, sabe como é né, para não correr o risco – dei uma piscadela e ela riu novamente -


   Cláudia: Então, tenha paciência. 


  Vick: Vou ter, só espero que não demore, ou eu faço ele querer, de um jeito ou de outro. 


  Cláudia: Ao poder feminino – ergueu o copo de suco, eu sorri e ergui também - 


  Vick: Nada como uma sedução daquelas de tirar o folego – ergui o copo e brindei com ela -


   Depois caímos na gargalhada, e terminamos o nosso café em meio a conversas aleatórias.


  Era a noite, já havia tomado banho depois de passar a tarde toda lendo, estava sentada na bancada da cozinha, enquanto Cláudia preparava o jantar, eu insisti para ajudá-la mas ela não deixou, então fiz a sobremesa que já estava na geladeira, era pudim. 


  Vick: E sua afilhada, já falou com ela ? - puxei assunto enquanto balançava os pés - 


  Cláudia: Ainda não, vocês vão querer mesmo contratá-la ? 


  Vick: Claro que sim, vamos precisar. 


  Cláudia: Ligo para ela hoje ainda então. 


 Vick: Faça isso. Estamos com fome Cláudia – fiz bico e passei a mão na barriga - 


  Cláudia: Já está quase pronto. 


 XXX: Matando meus filhos de fome aí é Dona Cláudia ? - sua voz ecoou pela cozinha o que me fez dar um pulo - 


  Olhei em sua direção e ele estava de braços cruzados encostado na soleira da porta. 


  Seu cabelo estava molhado e bagunçado, ele usava uma calça de moletom preta e uma regata branca. E seu perfume havia acabado de dominar o ambiente.E eu nem sequer sabia que ele tinha chegado, olhei no relógio da parede e o mesmo indicava 21:00 hrs. Franzi a testa ao pensar se era possível que ele estivesse na empresa até essa hora. 


  Cláudia: Sua mulher que é fominha demais, nem estou demorando muito e ela comeu quase agora. 


  Vick: Não sou mulher dele – me intrometi - 


  Cláudia: Ah, não ? - ela olhou para ele e depois para mim - 


  Vick: Não – olhei para ela e depois para ele que me olhava com a sobrancelha arqueada – Não sou agora porque não somos casados e nem serei depois, porque isso soa muito possessivo, as vezes é bom, talvez algumas vezes eu até goste que ele me chame assim, só que essas vezes, são quando estamos sozinhos, e como isso ultimamente não está acontecendo... Mas para todos os casos, eu não gosto muito não. - eu disse tudo olhando para ele e depois, voltei a olhar para Cláudia – Não quero ninguém achando que é meu dono.


  Ablon: Como se eu precisasse de um papel para dizer que você é minha – ele bufou - 


  Me arrepiei com a forma que ele disse, mesmo sem querer, eu não precisava esconder de mim mesma que eu adorava quando ele falava daquele jeito, por mais que fosse possessivo, muitas vezes me excitava, me fazia lembrar com todas a letras que sim, era ele quem havia me feito mulher.


   Mas, ninguém precisava saber disso. 


 Ablon: Como estão meus filhos ? - ele se aproximou e passou a mão na minha barriga, o que me fez arrepiar ainda mais –


 Vick: Estão bem – minha voz saiu um pouco fraca, o que o fez erguer o olhar e me encarar, fiquei presa em seus olhos por alguns segundos até que ele desviou -


 Ablon: Me avise quando o jantar estiver pronto por favor Cláudia ? Vou para o escritório.


  Cláudia: Sim senhor – ela assentiu e ele se virou indo para o escritório - 


 Vick: Oi amor, como você está, beijinho – disse fazendo careta pra onde ele havia acabado de sair - 


  Cláudia: Ele está chateado.


  Vick: E eu estou subindo pelas paredes. Qual é pior ?


 Ela deu risada e negou com a cabeça. 15 minutos depois Cláudia tirava a lasanha do forno. E eu já havia colocado a mesa então, só faltava a lasanha mesmo. 


  Cláudia: Você chama ou eu chamo ?


  Vick: Ele deixou bem claro que era para você chamar, não eu. 


 Cláudia: Mas eu estou extremamente ocupada aqui com essa fôrma na mão, bem que você podia quebrar esse galho para mim não é ? - ela dei um sorrisinho meigo -


 Vick: Você não presta – dei língua e fui em direção ao escritório -


 Entrei sem bater mesmo e ele ergueu os olhos em minha direção. 


 Vick: Antes que você diga “não pedi para você e sim para Cláudia”, ela arrumou uma desculpinha dizendo que estava ocupada colocando a lasanha na mesa e pediu para que eu viesse te chamar, se você não gostar, fique aí e espere que ela venha – falei tudo calmamente -


  Ablon: Não tem problema – ele me olhava - 


 Vick: Que bom então – e me virei para sair - 


  Mas, ele agarrou meu braço antes que eu passasse pela porta.


 Ablon: Não sou eu quem deveria estar bravo ? - ele disse ao me virar fazendo com que eu esbarrasse em seu corpo -


   Vick: Não estou brava – abri um sorriso falso - 


  Ablon: Nós vamos continuar com isso ? 


 Vick: Você que nem me deu um oi lá na cozinha.


 Ablon: Você disse que procuraria outro homem e depois que não era minha mulher. 


  Vick: Mas. eu. não. sou – neguei lentamente - 


  Ablon: Você sabe que é, ou já se esqueceu ? 


  Vick: Estou quase me esquecendo, já que você não se encarrega de me lembrar. 


  Ablon: Desde quando tudo em nosso relacionamento se baseia em sexo ?


   Vick: Desde quando eu já estou pensando seriamente em comprar um brinquedinhos. - ele arregalou os olhos, creio que esperando que eu demostrasse que estava brincando, mas como eu não o fiz ele caiu na gargalhada - 


  Ablon: Você jura ? - ele disse depois de alguns minutos -


   Vick: Pareço estar brincando ? - disse muito séria -


 Ablon: Não acha que está exagerando ? Nem tem tanto tempo assim – ele passou a mão pelo meu rosto -


 Vick: Tem muito tempo, pra mim tem, sem contar que meu corpo está mudando a todo momento, nunca ouviu falar que a maioria das mulheres grávidas ficam mais fogosas ? 


 Ablon: Como se já não bastasse seu fogo natural né – ele deu uma risadinha -


 Vick: Desculpa se sou uma mulher quente. 


 Ablon: Não tenho do que reclamar não sabia ? - ele apertou minha cintura - 


  Vick: Não me aperte assim – tentei tirar seus braços – Vamos jantar. 


  Ablon: Me desculpe amor – ele parecia sincero – estou tão louco quanto você, e espero sinceramente aguentar por tempo suficiente. 


  Vick: Se não aguentar, eu não me importo. 


   Ablon: Não né ?


 Vick: Nenhum pouquinho. Mas, vamos, a minha fome está maior que a vontade de ficar aqui discutindo isso. - me virei para sair e ele me agarrou por trás - 


 Ablon: Fui trocado por um prato de comida ? - mordeu minha orelha - 


  Vick: Um não, dois, porque com certeza um não será o suficiente. - disse enquanto andava, ou tentava andar, com ele grudado em mim - E isso não quer dizer que eu ainda não esteja brava com você tá ? É só a minha fome falando mais alto.


  Ablon: Eu também não esqueci o que você falou, mas não quero ficar brigado com você, me encarrego de te lembrar depois. 


  Vick: Depois soa tão longe que eu realmente vou ir ver uns brinquedinhos - ele deu uma risada rouca no meu ouvido e finalmente chegamos na sala de jantar - Estava tudo uma delicia, como sempre Bá – disse limpando a boca com o guardanapo -


   Cláudia: Gentileza sua querida. 


  Vick: Se eu não estivesse explodindo, iria comer mais um pedaço – fiz bico olhando para a lasanha – Mas eu tenho que comer o pudim ainda – meus olhos brilharam - 


  Ablon: Você comeu três pedaços e ainda queria mais ? E ainda cabe o pudim aí ? 


  Vick: Comi o suficiente para três pessoas, não reclame não tá, e o quarto seria em sua homenagem – abri um sorrisinho meigo – Claro que cabe, deixei um espaço pra ele.


   Ablon: Fica usando meus filhos como desculpa para comer um monte e sair rolando. 


  Vick: Está me chamando de gorda ? - abri a boca em formato de O -


   Ablon: Claro que não, amor – ele disse irônico -


   Vick: Bá, fala pra ele que eu não estou gorda – funguei, brincando - 


 Cláudia: Ela não está gorda, Senhor – ele olhou para ela e depois para mim - 


  Ablon: Isso é um complô contra mim ? Você conquistou a minha governanta, é isso ? 


  Vick: Culpa não é minha que eu sou um amor de pessoa e você um ogro. 


 Ablon: Você ? Um amor de pessoa ? Você ? Eu estou realmente na casa certa ?  – disse olhando para os lados – com a mulher certa e a governanta certa, isso é uma pegadinha não é ?


 Vick: Rá rá, que engraçado. Eu não sou gorda e nem estou tá bom ? 


  Ablon: Sei que não. 


 Vick: Estou falando sério, vou ali no vizinho ver o que ele acha. 


 Ablon: Será um vizinho a menos se ele sequer pensar em alguma coisa em relação a você. 


  Vick: Ui, que medo. Bá, pega o pudim fazendo favor ? 


  Cláudia: Claro que sim, só um momento, com licença – ela levantou e foi em direção a cozinha - 


   Ablon: Vai provocando vai.


  Vick: Então fala que não estou gorda.


  Ablon: Você não está, está linda e gostosa. - mordeu o lábio - 


 Vick: Você não anda provando pra saber – mostrei a língua para ele que começou a rir –


   Cláudia chegou com o pudim interrompendo o assunto.


  Vick: Eu que fiz, então é só meu – eu peguei a colher e em vez de cortar mencionei comer do pudim inteiro mesmo -


  Ablon: Não está falando sério, né ?


   Vick: E se estiver ?


  Ablon: Você vai passar mal. 


  Vick: Acho bom que não fale que vou sair rolando – semicerrei os olhos para ele – Mas, eu estou brincando, só vou comer um pedacinho, o pedaço que não tem veneno, ops – tampei a boca – falei.


   Ablon: Não quer que eu coma é só falar.


   Vick: Amor, eu não quero que você coma.


   Ablon: Obrigado amor, vou comer mesmo assim, parece estar uma delicia – ele pegou a vasilha de sobremesa e cortou um pedaço, grande, colocando dentro dela logo em seguida, eu o olhava incrédula, ele colocou um pedaço na boca, fechou os olhos e fez “huuuum” e depois me olhou – Está divino amor, você quer ? 


  Vick: Não acredito que você comeu o primeiro pedaço. 


 Ablon: Ah, tem isso também ? “Pra quem vai o primeiro pedaço ?” Como nos aniversários ? Mas, se você fez, provavelmente você escolheria para quem seria o primeiro pedaço, que claro, seria pra mim, não é ?


   Vick: Obvio que não, seria meu.


  Ablon: Sério ? Você iria fazer uma injustiça dessas comigo ?


  Vick: E você, está fazendo uma injustiça dessas com seus filhos que estão praticamente chorando aqui dentro querendo um pedaço ?


   Ablon: Mas olha o tanto de pudim que tem ali ainda – ele apontou para o pudim -


  Vick: Não – neguei com a cabeça – queremos esse aí – apontei para ele – era o nosso primeiro pedaço, e você roubou, roubou dos seus filhos – fiz bico - 


 Ablon: Ok, você venceu, você sempre vence não é ? Toma, desculpa mas não dá para devolver o pedaço que eu comi. 


  Vick: Não precisa devolver, me dá – estiquei a mão e ele me deu - 


 Peguei a vasilhinha e reparti o pedaço que ele havia pego, peguei uma parte e coloquei em outra vasilhinha. Ele me olhava atento. 


 Vick: Pronto, são duas partes do primeiro pedaço, esse é meu e dos pequenos, e esse – estiquei a outra vasilhinha pra ele – é seu.


   Ablon: Não amor, pode ficar.


  Vick: Você sabe que não sou tão egoísta assim, sem contar que, temos que ensinar nosso filhos a dividir desde cedo. - eu coloquei um pedaço na boca – Vai, come. 


  Ablon: Vai entender essa mulher - ele sorriu negando com a cabeça e também colocou um pedaço na boca -


  Vick: Não entenda. E você Bá, o que está esperando para comer ? 


  Cláudia: Estava esperando vocês dois se decidirem. 


  Vick: Então pronto, agora coma. Falando em se decidirem, não ia ligar para sua afilhada ?


   Cláudia: Claro, já ia me esquecendo, posso ?


   Vick: Com certeza, ligue para ela. 


  Ela levantou-se, foi até o telefone e voltou.


 Pegou um papel em seu bolço e discou o numero, alguns segundos depois, alguém atendeu.


 


 Inicio da ligação


  Cláudia: Pamela, é sua madrinha. 


  XXX: …............. 


  Cláudia: Estou bem e você ?


   XXX: …............. 


 Cláudia: Ôh meu anjo, isso vai passar, sinto muito não estar por perto o tempo todo para te ajudar, mas, olha, meus patrões pediram para que eu ligasse para você oferecendo trabalho, o que você acha ? 


  XXX: ….............


  Cláudia: É muito sério, é a oportunidade que você estava esperando, poderá crescer aqui e me terá por perto. 


  XXX: …............


 Cláudia: Na verdade não conversamos sobre isso ainda. Mas, arrume suas coisas o quanto antes e venha para cá, se não for o que você quer, o Senhor Ablon pagará sua passagem de volta. 


  XXX: …........... 


  Cláudia: O quanto antes melhor, para você ir se adaptando. A recomendação é de no máximo um mês. 


  XXX: ….......... 


 Cláudia: Sim, eu sei, espero que consiga resolver isso logo, mantenha contato, esse é o numero da casa e do meu telefone você já tem, qualquer coisa, me avise. Beijos meu amor, fique bem, amo você. 


  Fim da ligação 


 Vick: Então ? - perguntei assim que ela voltou até a mesa - 


  Cláudia: Ela ficou muito contente, disse que não aguenta mais a vida que leva, mas também, não posso culpá-la – Cláudia disse e abaixou a cabeça com um olhar triste - 


  Vick: Aconteceu alguma coisa Bá ?


  Cláudia: Já que vocês pretendem contratá-la, no minimo eu devo contar tudo sobre ela, é o meu dever. 


  Vick: Se você se sentir a vontade, se não, não é preciso, confiamos em você.  


  Cláudia: Ela merece sabe ? Eu e a mãe dela éramos melhores amigas, ela se casou cedo, se apaixonou por um homem que era um verdadeiro príncipe, eles viveram 6 anos de pura felicidade, até que ele foi assassinado em uma tentativa de roubo. Vera, sofreu muito, mas tinha que continuar vivendo, por Pamela, a única coisa que havia sobrado de seu casamento feliz e perfeito. Ela ficou sozinha por muito tempo, só conseguiu voltar a se relacionar com algum quando Pamela tinha 14 anos. Ele parecia ser um homem bom, tratava Pamela como sua verdadeira filha, fazia vista grossa com a menina, queria que ela fosse uma moça direita, se preocupava com o futuro dela, Vera estava feliz novamente, até que descobriu que estava doente, câncer, dois anos depois ela morreu, e a guarda de Pamela ficou para Geraldo, a alguns meses ela me liga, pedindo ajuda, diz que ele mudou muito, bebe e bate nela o tempo todo e ela disse que ele fez uma coisa que tem vergonha de contar – Cláudia não aguentou e começou a chorar – Creio que... que ele tenha estuprado ela. Mas, ela não quis dar queixa, disse que não queria ir morar com outra pessoa e abandonar a casa dos pais dela. Então, ela aguentou tudo até completar 18 anos e agora, está correndo atrás dos seus direitos, tudo que ela quer é provar que ele não merece ficar com nada que deveria ser só dela. 


  Vick: Meu Deus, que horror, acalme-se Cláudia – me aproximei dela e passei a mão em seus cabelos, vamos ajudá-la, vamos dar uma vida melhor para ela aqui, iremos ajudá-la a ser alguém na vida e superar tudo o que aconteceu. 


  Cláudia: O.bri.ga.da – ela dizia entre soluços - 


 Ablon: Tome, beba – ele apareceu com um copo d`água – É água com açúcar, acalme-se. - olhei para ele a assenti -


   Vick: Acalma-se, vai ficar tudo bem. 


 Cláudia: Vou agradecê-la o resto da vida – ela segurou minhas mãos, você tem um coração enorme, obrigada. 


 Vick: Não precisa agradecer, considero você como parte da família, foi atenciosa comigo sem ao menos me conhecer, lembra-se ? Sem contar que foi você que cuidou e aguentou essa coisa aqui – apontei com a cabeça para Ablon - esse tempo todo, e agora aguenta e cuida de nós dois. Então, é o minimo que tenho que fazer por você, receberei sua afilhada nessa casa como se fosse uma irmã para mim. Espero que nos demos muito bem.


   Cláudia: Irão, tenho certeza que irão.


 Subi para o quarto, fui até o banheiro, fiz minha higiene, sai e fui para o closet, Ablon foi primeiro para o closet e depois para o banheiro, coloquei uma camisola preta voltei para o quarto e deitei ao lado dele que estava sentado na cama. 


  Vick: Acha que estamos fazendo a coisa certa ? 


  Ablon: Em relação a afilhada da Cláudia ? - ele ergueu os olhos da tela do not e me olhou - 


 Vick: Sim, eu sinto que devo ajudá-la, mas ao mesmo tempo não sei exatamente se é a coisa certa, confio na Cláudia, mas é uma desconhecida que colocaremos em nossa casa.


  Ablon: Você sabe que não precisa fazer isso se não quiser, não é ?


 Vick: Mas eu quero ajudar, posso dar uma chance, não posso simplesmente julgar alguém sem conhecer, e bom, ela deve ser uma boa pessoa.


   Ablon: Se for como a Cláudia, sim. 


  Vick: Falando em ser como a Cláudia, já pensou em quem vai contratar para ser o motorista ? 


 Ablon: Na verdade estou olhando o site de uma agencia de confiança agora, gostei do perfil desse – ele virou a tela para que eu olhasse -


   Vick: George Callel, 52 anos, solteiro, sem filhos. Está no ramo a 27 anos. Profissional com ampla experiência no Cargo de Motorista. Habilitado com Carteira Categoria D . Experiência em todos os tipos de carros leves, pesados com cargas, viagens para curta e longa distância e como Operador de Empilhadeira. Disponibilidade para viagens. Trabalhou mais de 10 anos na mesma casa. 


 Possui treinamento adequado se for preciso agir como um guarda-costas. 


 Tem boa saúde física e mental. 


 Não dirige sob efeito de drogas ou bebida alcoólica. 


 É prudente e não assume riscos no trânsito. 


 Tem experiencia com crianças 


 Redobra a atenção diante de chuva, neblina, pista irregular e outros fatores externos de risco. 


 Conduz sempre de acordo com a velocidade adequada. 


 É tranquilo e não tem pressa. 


 É educado, cortês e gentil. 


 Obedece à sinalização. 


 Tem consciência das consequências de seus atos e do que um acidente pode envolver. 


 Usa equipamentos de segurança. 


 Tem noções de primeiros socorros. 


 É educado em direção defensiva.


  • Recicla seus conhecimentos sobre direção. 


 Sabe a importância da manutenção preventiva do seu veículo. 


 - li tudo com atenção e me surpreendia a cada linha – Me parece um ótimo profissional, ele é simplesmente perfeito amor.


 


 


 



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Autor(a): Fraanh

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Ablon: Sim, foi o que mais me agradou.   Vick: Mas, com esse currículo enorme e de muita experiencia, ele deve cobrar um salário alto.   Ablon: Dinheiro não é problema, ainda mais se ele for bom como parece ser, vale a pena, deixarei minha família em boas mãos.    Vick: Descul ...


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