Fanfics Brasil - ` Deusα de Pedrα (αdαptαdα)

Fanfic: ` Deusα de Pedrα (αdαptαdα)


Capítulo: 1? Capítulo

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CAPITULO I



_Gostaria de mais café, por favor.

Pois não, madame. Preto ou com leite? —Dulce Maria Espinoza respondeu
com um sorriso simpático, embora estivessem voando a noite inteira
vindos
de Hong Kong.
A mulher que lhe fez o pedido não parecia tão bem-disposta; apesar da maquilagem pesada, havia sinais de cansaço em torno de seus olhos. Ela pegou a xícara de café. sem nem ao menos agradecer.
Dulce foi para o fundo do avião, onde estava sua companheira
Maitê Perroni, elas moravam juntas num apartamento em Londres e eram boas amigas.
-Eu
terminei com a primeira classe — Dulce comentou com um suspiro cansado.
— Que noite! Acho que não consegui ficar mais do que dez minutos
sentada, durante a viagem toda. Quem disse que a vida
de uma aeromoça é cheia de emoção estava redondamente
-Quem disse isso deve ter sido um velho careca e metido a conquistador! —Maitê parecia estar contra o mundo.
-Teve algum problema, Maitê?
-Os mesmos de sempre. Em todo vôo tem um engraçadinho que se acha irresistivel! Desta
vez foi aquele velho idiota que está sentado na poltrona F-3; ele não
parou
de beber a
noite toda e agora está começando a se mostrar atrevido. Ele se acha o
dono do mundo e pensa que eu vou cair na conversa dele! Um idiota!
— Acalme-se! — Dulce notou que sua companheira estava a ponto de estourar. — Logo mais estaremos em casa e poderemos descansar e dormir o dia todo. Deixe que eu acabo de arrumar essas bandejas; sente-se um pouco.


mediatamente Maitê sentou-se e tirou os sapatos,
— Estou morrendo de dor nos pés. — Começou a massagear os dedos doloridos.
— Não devia ter ficado naquele barzinho até tão tarde,ontem.Teria dormido um pouco mais e estaria se sentindo melhor
— Acho que sim — concordou Maitê. — Mas estava tão divertido que não resisti. Comemorávamos o aniversário de um e todos estavam muito alegres.
— E o resultado é que hoje está de ressaca, não é? Bem feito!
— Só estou com uma ligeira dor de cabeça –Maitê se defendeu.
— E você só não foi porque saiu com Derick, não é? Sortuda! Ele ó o piloto mais bonito da nossa companhia!
Uma campainha soou no compartimento e Maitê olhou pela cortina para ver quem estava chamando.
-Que droga! É aquele velho chato, de novo! — Ela estava realmente aborrecida,
— Deixe que eu vou. - Dulce caminhou pelo corredor até chegar ao lugar ocupado pelo tal velho idiota. — Posso ajudá-lo,senhor?
O homem olhou-a através das lentes grossas dos óculos.
— Gostaria de falar com a outra comissária. — Sua voz estava pastosa, como a de quem já bebeu muito.


— Desculpe, senhor, mas ela está ocupada.
— Então você mesma serve. — Com os olhos, o homem percorreu o corpo todo de Dulce, tirando-lhe a roupa mentalmente e apre¬ciando o que via. Dulce
tinha os olhos muito frios, mas mesmo assim conservava um sorriso
forçado nos lábios. — Quero um uísque com gelo.
— Pois não, senhor, vou trazê-lo. — Ela voltou à copa, preparou a bebida, colocou-a numa bandeja e levou-a para o passageiro.
Ele pagou pelo que pedira mas, de propósito, derrubou no chão uma nota de vinte libras. Dulce teve que se abaixar para pegá-la e, antes que pudesse se endireitar, ele passou um braço ao redor de sua cintura.

Há muitas outras notas iguais a essa, beleza, que tal me distrair hoje
à noite? — Ele olhou-a com satisfação, um sorriso malicioso, um hálito
horrível de bebida.
Dulce livrou-se agilmente das mãos dele, dando-lhe um sorriso alegre e brilhante.
— Está gostando da viagem, senhor?
Ele ficou abobado com aquela reação, mas achou melhor responder.
— Sim, bastante.
— Então não quer ir até a cabine de comando e contar ao capitão o quanto está gostando? O senhor logo o
descobrirá, pois é alto e bem forte, e acontece que é meu marido!
Também teria o prazer de conhecer o co-piloto, que por coincidência é o noivo da outra
comissária. Ele é bastante parecido com o capitão, só que mais alto. —
Dulce afastou-se para o lado e fez um gesto convidando-o a seguir na
sua frente. — Por aqui, senhor, por favor. Mudou de ideia, senhor? — O homem estava pálido como cera e evitava olhar para ela. — Que pena! Tenho certeza de que eles gostariam muito de lhe dizer algumas palavras.
Com um sorriso no rosto, Dulce pegou a bandeja e caminhou de volta para a copa, enquanto os outros passageiros mais próximos lhe dirigiam olhares e sorrisos de aprovação.


Maitê, que tinha visto tudo através da cortina, não pôde deixar de elogiá-la pela atitude.
— Onde aprendeu a agir assim tão bem? — Maitê tinha agora um sorriso bonito no rosto cansado.
— Foi uma das primeiras lições que recebi da minha comissária chefe.
— Excelente! Agora também sei como agir em tais ocasiões. — Maitê abraçou a amiga, ainda rindo.

Meninas, preparar para a aterrissagem — o capitão avisou. Num instante
Dulce e Maitê guardaram tudo. Depois Dulce pegou o microfone e fez um
último aviso para os passageiros.
— Senhoras e senhores, esperamos que tenham apreciado seu voo com a Companhia Aérea Globe. Chegaremos ao aeroporto de Heath-row dentro de quinze minutos. O tempo em Londres está bom e estamos dentro do horário previsto. Por favor, apertem seus cintos de segurança e apaguem seus cigarros. Obrigada. — Ela tinha uma voz clara,
suave, com um ligeiro toque sensual, que a tornava muito atraente.
As duas tiraram seus aventais de serviço e se prepararam para, descida. Dulce tornou a prender algumas mechas de seus cabelos, que tinham escapado do coque baixo na nuca; ela sempre se
penteava assim quando estava trabalhando. Seus olhos estavam um pouco
embaraçados, pela falta de sono, mas, ao pensar no jantar com Derick que estava programado para aquela noite, eles se animaram e ficaram brilhantes de novo.


Ia sair com Derick James. Ele era um ótimo piloto, com grandes possibilidades de vir a ser comandante em breve. Nos últimos dois meses haviam saído juntos várias vezes, e estavam na fase de descobrimento de suas personalidades. Mas Dulce sentia que seu coração batia mais forte
cada vez que o via e que se sentia no paraíso a cada beijo que trocavam.
Depois de pôr o chapéu e as luvas, Dulce estava pronta. Sentou-se na cadeira e apertou o cinto; Maitê já estava no banco a seu lado.
O
avião começou a descer e logo os pneus tocaram o solo, seguindo pela
pista, até parar totalmente. Dulce abriu a porta, deixando entrar o ar
fresco da manhã; ela respirou fundo, aproveitando para arejar os
pulmões cansados do ar parado da cabine.
Os passageiros começaram a
descer e a todos Dulce dizia adeus com muita gentileza. Após verificar
se ninguém havia esquecido nada no interior do avião, também a
tripulação desceu. Em terra, Dulce e Maitê cumpriram as outras
formalidades que completavam o voo, até que foram finalmente liberadas.
Já estavam saindo, quando um funcionário chamou Dulce de volta.
— Fiz alguma coisa errada? — ela perguntou aborrecida; estava cansada e queria ir logo para casa,
— Não, não é isso. Tenho um recado para lhe dar; está aqui. — O homem lhe passou um bilhete que era apenas uma frase.
"Por
favor telefone ao sr. Alfonso Espinoza, em Paris, urgente", dizia a
mensagem. Dulce se sentiu desanimada; o que Alfonso teria feito agora?
Pensou em ir primeiro para casa, mas a palavra "Urgente" fez com que
ela resolvesse ligar dali mesmo.


Foi até uma cabine telefónica e pediu a ligação para o apartamento
que Alfonso tinha em Paris. A campainha tocou durante muito tempo,
antes que alguém atendesse, e para sua surpresa não foi o irmão quem
respondeu, mas uma mulher, a zeladora do prédio.
— lei mademolselle Espinoza, Ia soeur de monsieur Espinoza — Dulce começou, mas foi interrompida pela voz excitada da zeladora.
— Votre frère ríest pás lá, modemoiselle. II a èté arrete! — Ela continuou a falar, mas -Dulce já nem ouvia mais.

O que foi que disse? Que meu irmão foi preso? — Dulce estava tão
perplexa, que nem percebeu que não estava falando em francês. Após
repetir a frase, a zeladora lhe contou que a polícia tinha levado
Alfonso na noite anterior; deu-lhe também o endereço da delegacia onde
ele se encontrava detido.
Recolocando o fone no gancho, Dulce
encostou a cabeça na parede para pensar um pouco e tentar se acalmar. A
primeira coisa a fazer era ir para Paris e descobrir por que Alfonso
tinha sido preso; depois, saberia que outras providências tomar.
Sabia
que havia um voo direto para Paris naquele mesmo dia. Correu para o
balcão da companhia e perguntou se eles ainda tinham lugares
disponíveis; por sorte conseguiu um, mas o avião partiria em trinta
minutos.
Mais uma vez Dulce saiu correndo e encontrou Maitê, que a
procurava, pronta para irem para casa. Vendo a agitação da amiga,
assustou-se.
— O que houve, Dulce?
— Tenho que ir a Paris. Alfonso está com problemas graves!
Maitê não perdeu tempo fazendo mais perguntas; tratou de acompanhar Dulce ao Comando de Operações, de onde ela saiu quinze minutos depois com tudo resolvido. Logo depois
estava indo em direção a um Boeing 747, com destino a Paris. Foi a
última pessoa a entrar no aparelho; sentou-se, apertou o cinto e dali a
pouco as turbinas começaram a funcionar e o avião levantou voo.



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Autor(a): lovedyc

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Agora Dulce tinha tempo para pensar. Lembrou-se do irmão, que estava com vinte anos de idade. Embora apenas três anos mais velha do que ele, sentia-se como se fosse sua mãe. Alfonso estava sempre metido em confusões e problemas, e parecia que nunca ia criar juízo e se tornar adulto. Já não era a primeira vez que ela precisav ...



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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:12

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:11

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:11

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:08

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