Fanfics Brasil - ` Deusα de Pedrα (αdαptαdα)

Fanfic: ` Deusα de Pedrα (αdαptαdα)


Capítulo: 6? Capítulo

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A sala estava quentinha, muito aconchegante, e Dulce estava tão
cansada que, sem perceber, começou a cochilar, a cabeça apoiada no
encosto alto da poltrona. Pouco depois acordou com uma pressão em seu
braço; a sra. Frémond estava a seu lado, um sorriso gentil no rosto
ainda bonito.
— Desculpe, senhora. . . Acho que acabei cochilando!

Com toda razão! Ficou tantas horas sem dormir. Vamos jantar agora e
sugiro que logo depois vá para o seu quarto, para ter uma boa noite de sono. Tenho certeza de que se sentirá bem e descansada amanhã.
Todos se dirigiram para a sala de jantar. Conversaram durante a
refeição, sobre Paris, as últimas novidades...
— Ucker me pediu que a acompanhasse às casas de moda de Paris, para que você possa comprar seu enxoval — a sra. Frémond disse,
dirigindo-se a Dulce. — Poderemos ver o que vai precisar de imediato; depois, com calma, você escolherá o resto.
Dulce sentiu-se aliviada por a conversa ter ficado por conta da sra. Frémond. Sua mente estava num redemoinho de ideias tão grande que ela nem saberia o que conversar.
Assirn que terminaram a refeição, uma empregada veio avisá-la de que a estavam chamando ao telefone. Quando pegou o fone, Dulce sentiu uma enorme felicidade ao ouvir a voz de Poncho:
— Dulce? Tudo bem com você?
— Tudo bem. E com você, Poncho? Já está livre?

Já, estou no meu apartamento. Não sei como você conseguiu,mas nem sei
como lhe agradecer, irmãzinha. Já estava começando a achar que nunca
mais ia conseguir sair daquela prisão horrível!


Glenda conseguiu dar um sorriso de alívio; só ouvir a voz alegre do irmão já era uma compensação pelo sacrifício que ia fazer.
— A pessoa que foi buscá-lo disse alguma coisa, Poncho?
— Um dos secretários de Kiriakos veio me buscar e me disse que fui transferido para Sídnei, na
Austrália, e que o patrão concorda em me dar um lugar lá.
— Ficou contente?
— Muito! Devo pegar o avião depois de amanhã. . . Acha que vou poder vê-la? O secretário me disse que você
estaria muito ocupada; nem sei como é que ele pode saber disso! Mas vou
vê-la, não é? Quero me despedir de você e, claro, combinar como vou fazer para lhe devolver o dinheiro!
Ucker tinha mantido a promessa que fizera! Poncho não sabia como a dívida ia ser paga.
— Claro que vou vê-lo! Acho melhor encontrá-lo no aeroporto. A que horas sai o seu avião?
— O avião sai quinta-feira de manhã, às onze e meia, do aeroporto De Gaulle.
— Então me encontro com você lá. Às dez horas, está bem?
— Está ótimo! Vejo você na quinta.


Dulce desligou o telefone. Não importava o que acontecesse nos
próximos cinco anos, não importava quanto ela se sentisse infeliz e
solitária. Bastaria lembrar a voz alegre e feliz do irmão para que se
sentisse recompensada.
Foi até a sala dizer boa-noite e a sra.
Frémond levou-a até o quarto que lhe tinha sido preparado. Não era
muito grande, mas era muito bem decorado, com lindas peças antigas.
— Quando Ucker me telefonou dizendo que ia trazê-la e que você estava sem bagagem, tomei a liberdade de comprar algumas coisas para seu uso; espero que sejam de seu gosto — a sra. Frémond explicou.
Dulce
agradeceu e, assim que a sra. Frémond fechou a porta, ela começou a
olhar o que havia nas caixas. Numa delas encontrou um conjunto de camisola e penhoar combinando, feitos da mais fina seda; parecia um
conjunto daqueles que só se vê em filmes. Encantada, começou a abrir as
outras caixas. Encontrou roupas de baixo da mesma seda finíssima, meias e um lindo vestido de lã com o casaco do mesmo tecido. Roupas maravilhosas e sofisticadas, que ela nunca teria a possibilidade de comprar!


Sentando-se na cama, Dulce continuou a examinar as roupas. Ainda não se convencera de que aquelas coisas tão lindas e finas fossem para ela. As caixas eram todas de uma das mais elegantes lojas de Paris; talvez o conteúdo delas representasse seis meses de seu salário. Passando a mão pela seda suave da camisola, ficou triste
em pensar que ninguém iria vê-la usando coisas tão maravilhosas. Mas
não devia ficar pensando essas coisas, pois isso apenas aumentaria sua
sensação de solidão.
No quarto havia uma porta que dava para um banheiro em tons de bege e marrom. Dulce tirou o uniforme e tomou um banho confortante;
colocou depois a magnífica camisola e, soltando os cabelos, escovou-os
até que ficassem brilhantes e macios. Olhando-se no espelho, achou-se
tão diferente que mal podia acreditar que aquela imagem fosse ela
mesma; apenas os olhos pareciam iguais, mostrando um certo medo e
ansiedade que refletiam bem a maneira como ela se sentia.


No dia seguinte, por volta de cinco horas da tarde, Dulce jurava que nunca mais em sua vida queria
experimentar outro vestido. Tinha saído com a sra. Frémond de manhã e usara o vestido e casaco novos. Foram à loja de um grande costureiro, e todos pareciam conhecer a sra. Frémond muito
bem. Quando, então, souberam que as roupas escolhidas seriam pagas por
Christopher Uckermann, se esmeraram ainda mais no tratamento que davam
a fregueses tão importantes.
Dulce experimentou vestidos para noite,
vestidos longos, esporte, calças compridas, malhas, e tantas outras
coisas que já nem lembrava mais o quê. A cada preço que via marcado na
etiqueta, ficava espantada; num ano ela não gastaria em roupas o preço de um só daqueles vestidos.
— Só falta escolhermos roupas para você usar na ilha, minha querida — a sra. Frémond disse.
Dulce não sabia que ilha era essa, mas achou melhor não perguntar. Em seguida foram para uma loja de calçados e ela, que era louca por sapatos, pôde escolher as coisas mais lindas que encontrou.
Acabaram indo a Givenchy para comprar o vestido do casamento. Dulce escolheu um vestido creme, de saia bem rodada, que era completado com um casaquinho curto e bem justo. Ainda foram a uma outra loja para comprar roupas de baixo.
— Sra. Frémond, acho que já compramos muito mais do que posso precisar!
De jeito nenhum, Dulce. Já pensou que como esposa de Christopher Uckermann tem uma posição muito elevada e precisa estar à altura dela?


Ao ouvir essas palavras, Dulce ficou sem resposta e deixou-se levar
para completar as compras. Ao voltarem para o apartamento, porém, ela
sentiu-se aliviada, pois tinha os pés em fogo e definitivamente não
conseguia mais acompanhar a euforia da sra. Frémond.
Dulce descansou um pouco e depois tratou de se arrumar para o jantar; colocou um dos vestidos novos, azul-turquesa, decotado e de mangas curtas.

Como está charmosa com esse vestido, chéríe! Esse tom turquesa me fez
lembrar o mar da Grécia — a sra. Frémond comentou e por alguns minutos
ficou falando de suas recordações na Grécia. Nesse momento, Ucker entrou na sala, muito
bem vestido, parecendo ainda mais alto e forte. Primeiro ele
cumprimentou a tia, beijando-lhe o rosto, depois virou-se para Dulce.
Ela tinha se levantado, mas não sabia como agir; estava trémula e insegura. Ucker, porém, dominou a situação.
— Boa noite, Dulce— ele disse e levou a mão dela aos lábios, mal tocando-lhe os dedos frios. — Teve um dia agradável?
Ela
não precisou responder, pois no mesmo instante a sra. Frémond começou a
fazer um relatório completo das atividades do dia. Ucker se virou para
ouvir o que a tia dizia, mas na realidade não prestava muita atenção;
Dulce, olhando-o com o rabo dos olhos, percebeu que ele tinha os olhos
cravados nela. Interrompendo a tia, Ucker propôs:
— Desculpe, tante Matilde, mas vamos jantar? Há tantas coisas que ainda tenho que fazer, se quiser ter uns dias de folga no casamento!


Durante o jantar Ucker contou que já tinha marcado a cerimónia; seria realizada no gabinete do prefeito de uma cidadezinha próxima de Paris.
— Pedi a ele que fosse discreto e espero que não avise a imprensa; não gostaria de ser importunado com fotógrafos ou repórteres. A cerimónia será na próxima sexta-feira, de manhã.
Sexta-feira! Mas isso era depois de amanhã! Dulce quase engasgou ao pensar nisso. Era muito pouco tempo! Ela não podia simplesmente abandonar um tipo de vida e começar um novo, assim, de um dia para outro! Olhou para Ucker, sentado à sua frente; ele tinha o
olhar frio, como se pudesse ter lido seus pensamentos. Corajosamente,
começou a pensar em Kevin, que também estaria começando uma nova vida,
e isso deixou-a um pouco mais animada.
Ao terminarem a refeição, a sra. Frémond se retirou, para deixá-los conversar à vontade. Dulce ficou de pé, em frente à lareira, enquanto ele se servia de uma dose de conhaque.
— O que disse para sua tia? — Dulce começou a conversar. — Contou a ela que vamos fazer um casamento por conveniência?
Ucker se aproximou da lareira e acabou sentando numa das poltronas, as pernas longas esticadas à frente.

Apenas disse que tinha decidido casar com você e que queria que ela a
recebesse. Não achei necessário dar detalhes sobre minha vida pessoal a
uma pessoa de fora.
De fora? — Dulce estava surpresa. — Não acho que sua tia possa ser considerada de fora!
— Não? Isso é porque você não é grega.
Dulce não respondeu. Nunca tinha pensado nele como sendo grego; ele parecia tão francês!
— Tante Matilde já lhe disse que vamos para Akasia?
— Akasia? — Dulce sentia que cada vez ficava mais surpresa.
— É uma pequena ilha particular, perto da ilha de Mikonos. Meu pai deixou-a para mim e eu a uso quando estou de férias. Como a tradição manda que devemos ter uma lua-de-mel, achei que seria uma boa ideia irmos para lá.
— Sim, claro! — Dulce tinha vontade de gritar. Seria mesmo necessário ter uma lua-de-mel?


Ucker olhou o relógio e comunicou:
— Tenho que ir agora. Estarei muito ocupado amanhã, por isso só a verei de novo no casamento. Se precisar de alguma coisa, ou se tiver algum problema, basta telefonar a um dos meus
secretários no escritório, e eles procurarão resolvê-lo.
— Está bem, obrigada.
Ele pegou novamente a mão dela, hesitou por um momento, depois apertou-a num gesto de despedida e rapidamente saiu da sala.
A
lanchonete do aeroporto estava lotada e Dulce e Poncho tiveram que
esperar alguns instantes até que conseguissem uma mesa livre.

Finalmente! — ele exclamou ao se sentarem. Poncho parecia bem, apesar
dos maus momentos passados na prisão. Além disso, estava entusiasmado
com a ideia de ir para a Austrália. — Está muito bem com essa roupa, mas não deveria estar de uniforme?
—— Consegui uns dias de folga aqui em Paris.
— Folga? A Globe Airways não costumava ser assim boazinha — de comentou, sorrindo.
Dulce
já ia inventar uma desculpa quando, pensando bem, achou que Ucker tinha
razão. Ela não ia poder ficar protegendo o irmão pura sempre. Ele já
era bastante grande para conhecer a verdade, embora não fosse contá-la
toda.


— Infelizmente, Poncho, a quantia que você "emprestou" da firma estava muito além da minha capacidade de pagá-la. Moças que trabalham e se sustentam não conseguem juntar dez
mil libras, por mais que se dediquem ao trabalho. Assim, tive que
aceitar um emprego que o sr. Uckermann me ofereceu para poder pagar a
sua dívida.
— Vai ter que desistir de seu emprego na Globe? Vai ter que parar de voar?
— Exatamente.
— Mas, Dulce, não pode fazer isso! Você adora ser aeromoça!

Acha que seria melhor tê-lo deixado ficar na cadeia? — Dulce falou em
voz dura. Era bom que o irmão soubesse o preço que ela estava pagando
pelo que ele fizera; talvez isso lhe desse mais juízo!
Poncho ficou muito pálido e seus lábios começaram a tremer.

Irmãzinha, não posso deixar que faça isso por mim. Não posso permitir
que prejudique sua carreira` por minha causa. A culpa é minha e eu é
que devo pagar por isso. — Levantou-se, decidido. — Vou falar com ele e
dizer que. . .
Dulce puxou-o de volta, forçando-o a sentar-se.

Não adianta, Poncho, não há outra saída! Acha que se houvesse eu teria
aceitado essa proposta? Se quer realmente me ajudar, vá para a
Austrália, mantenha-se longe de encrencas e tente ter suceso em seu novo emprego!
— Dulce, não posso deixar que se sacrifique por mim! — Havia desespero em sua voz.


— Poncho, lembre-se de que só temos um ao outro e que por causa disso temos que nos manter unidos. Tenho certeza de que se eu estivesse em apuros, você viria correndo para me salvar!

Vou economizar o máximo que puder — ele disse, segurando a mão da irmã
—, e mandarei o dinheiro para você. Assim, seremos dois a fazer força e
logo você estará voando de novo!
— Só lhe peço uma coisa,Alfonso: mantenha-se longe de encrencas. — Dulce tinha um sorriso no rosto enquanto acariciava a mão
do irmão. — Não estão fazendo a chamada para o seu voo, Poncho? Vamos,
vou com você até o portão de embarque.
Depois de um abraço apertado os dois se despediram e Poncho desapareceu no
corredor. Dulce se perguntou quanto tempo levaria até que visse o irmão
de novo. Provavelmente não antes de passados os cinco anos em que teria de pagar sua pena.


Deixando o aeroporto, ela foi para o apartamento da sra. Frémond. Lá era esperada por uma equipe de esteticistas que lhe cortaram os cabelos num corte bem moderno, escolhendo a maquilagem que melhor combinava com seu tom de pele, e a ensinaram como devia se maquilar para tirar os melhores efeitos de sua beleza natural.
Dulce viu que suas coisas haviam chegado de Londres, junto com uma carta de Maitê que lhe perguntava o que estava acontecendo. Ela guardou a carta no fundo da bolsa, incapaz de pensar na vida que estava deixando para trás. Mais tarde uma empregada
ajudou-a a arrumar as malas para a viagem, que seria no dia seguinte.
Com um gesto de independência, Dulce colocou na mala algumas de suas roupas que tinham chegado; pelo menos aqueles jeans e camisas a fariam lembrar quem ela realmente era.


Na manhã seguinte, Dulce e a sra. Frémond saíram da casa e foram levadas para a cidade próxima de Paris onde o casamento ia se realizar. Dulce estava linda em seu traje nupcial; Mas sentia-se nervosa e desamparada.

Depois da cerimónia vai haver uma pequena recepção num hotel próximo —
a sra. Frémond estava explicando. — Ucker convidou apenas alguns
parentes e amigos.
Dulce ficou aborrecida. Ucker deveria ter
conversado com ela e contado seus planos; era muito desagradável ficar
sabendo das coisas pela tia! Além disso, não tinha vontade nenhuma de enfrentar mais pessoas desconhecidas depois do casamento. Será que
essas pessoas sabiam que o casamento deles era apenas um arranjo?
Ucker esperava por ela numa das salas da prefeitura. Ele estava muito atraente num terno cinza-escuro de corte impecável, mas suas maneiras eram frias e distantes. Havia outras pessoas na sala; ele, porém, não se deu ao trabalho de apresentá-las.
— O prefeito está à nossa espera. Venha, Dulce — Ucker parecia apressado por ver tudo terminado.
Eles passaram para uma outra sala, bem maior, e alguém colocou um buque de rosas brancas e amarelas nas mãos de Dulce. Christopher segurou-a pelo braço e se aproximaram de uma mesa antiga de madeira entalhada, atrás da qual, estava sentado o juiz que ia realizar o casamento.
A
cerimónia foi toda em francês e Dulce teve que prestar atenção ao que o
juiz dizia. Ucker estava a seu lado, olhando para a frente, com uma
expressão de indiferença no rosto. Foi só ao dizer o "sim" que ela se deu conta de que estava assinando a sentença que a manteria unida àquele estranho alto e forte, de quem não sabia nada! E ia ter que viver com ele por cinco longos anos.
Quando
Ucker colocou-lhe a aliança no dedo, Dulce olhou-o diretamente pela
primeira vez. Seus olhos se encontraram e havia algo na profundeza
daquele olhar que ela não conseguiu definir.



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Autor(a): lovedyc

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:12

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:11

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:11

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:11

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:08

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