Fanfics Brasil - ` Deusα de Pedrα (αdαptαdα)

Fanfic: ` Deusα de Pedrα (αdαptαdα)


Capítulo: 8? Capítulo

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Dulce tomou um banho de chuveiro e se sentiu melhor; depois vestiu o biquini com saia
combinando que havia comprado em Paris. Abriu a porta do terraço e viu
que ali estava preparada uma mesa com o café da manhã. Sentou-se e
começou a se servir. Uma das empregadas veio da cozinha.
— Kaliméra, kyría — a moça falou com timidez e perguntou o que Dulce gostaria de comer.
Dulce respondeu-lhe em grego fluente que não estava com fome; queria apenas uma xícara de chá e já havia se servido.
— Não quer comer nada?
Dulce levou tamanho susto ao ouvir a voz de Ucker, que se levantou rápida, derramando o chá. Ele se sentou em
frente a ela. Sentindo-se pouco à vontade, Dulce abriu a bolsa e
colocou os óculos escuros, escondendo-se por trás deles.
— Perguntei por que não está comendo.
— Não estou com fome. — Ela procurava manter seu tom de voz natural, mas a amargura que sentia transparecia em suas palavras.
Uclker olhou-a atentamente por um minuto, mas depois se dirigiu à empregada pedindo que lhe servisse o desjejum.
—Mandei que trouxessem meu iate de Limani para cá; o que acha
dele?


— É lindíssimo — Dulce respondeu com sinceridade.
— Dei-lhe o nome de Afrodite, por causa da deusa do templo.
— Um nome excelente. — Quantas orgias deve ter havido dentro
desse barco, pensou Dulce.
— Recentemente troquei o motor por um mais potente e quero experimentá-lo hoje. Gostaria de vir comigo?

Não, obrigada — respondeu um pouco depressa demais. Ucker estendeu o
braço e tirou os óculos escuros que cobriam os olhos dela.
— Não gosto de mulheres mal-humoradas.
— E eu não gosto de homens que quebram suas promessas. — Dulce se levantou e procurou ir
embora, mas Ucker a segurou e a fez chegar perto da cadeira onde estava.
— Por que tanto barulho a respeito de uma coisa tão pequena? Posso lhe assegurar que não vai ficar desapontada.


Nos lábios dele havia tanto sarcasmo que ela sentiu o ódio crescendo
em seu peito. Mas por não encontrar palavras que pudessem feri-lo,
preferiu não responder. Ucker deu uma risada e deixou-a ir.
Rapidamente, Dulce foi para a outra ponta do terraço, onde se estirou
numa cadeira longa para tomar sol; deitou-se de bruços, assim não precisava mais olhar para ele. Ainda não tinha nenhum plano de fuga delineado, mas, no momento, bastava fazê-lo acreditar que estava disposta a passar algumas horas tomando sol.
Dulce ouviu o barulho dos passos de ucker na cerâmica do terraço e sentiu que alguma coisa se interpunha
entre ela e o sol quente daquela manhã radiosa. Era ele que fazia
sombra sobre seu corpo.
— Não quer mudar de ideia e ir comigo?
Dulce nem se deu ao trabalho de responder; apenas balançou a cabeça negando.
— Muito bem. Já avisei a empregada para que venha lhe fazer companhia; odiaria que você se sentisse sozinha em nossa lua-de-mel. — Novamente aquele tom sarcástico na voz.
Pelo
canto dos olhos, Dulce percebeu que Ucker foi até a beira do mar,
entrou no bote e saiu remando em direção ao iate. Logo depois os
motores eram postos em movimento, e o barco se afastou, lindo e branco
como um cisne. Dulce se virou e sentou na cadeira.


Uma empregada de meia-idade estava sentada junto à mesa, que já tinha sido posta em ordem. A seu lado havia um cesto de costura, de onde a velha senhora tirara um bordado; ela parecia preparada para
passar o dia com aquele trabalho. Dulce deu um suspiro, aliviada por se
ver livre da presença de Marc.
Como Dulce deveria agir agora? A empregada estava sentada num lugar estratégico, de onde podia ver boa parte da casa; portanto, sua fuga pelo quarto não ia
funcionar. Claro que, se saísse correndo, venceria a mulher na corrida,
mas ela poderia dar o alarme e não era isso o que Dulce queria.
Precisava de algumas horas de vantagem antes que sua fuga fosse descoberta. Se tivesse um carro!
Dulce lembrou-se do carro que usaram para chegar do aeroporto até a
casa. Seria maravilhoso se pudesse pegá-lo. Aí, sim, teria alguma
chance de fugir!
Dulce fingiu dar uns bocejos, espreguiçou-se e depois disse à empregada:
— Vou descansar um pouco. Por favor, não deixe que me perturbem até que o sr. Uckermann retorne.
A mulher sorriu e concordou com a cabeça. Dulce foi para seu quarto, tendo o cuidado de fechar as cortinas que davam para o terraço. Imediatamente trocou de roupa, colocando jeans e uma camisa xadrez; pôs o passaporte e uma muda de roupa debaixo numa bolsa grande. Não tinha muito dinheiro, mas daria um jeito de chegar numa cidade maior, onde poderia descontar um cheque. Tirou a
aliança e deixou-a sobre a cómoda; não iria mais precisar dela,
portanto não havia razão para continuar usando.


Fazendo o menor ruído possível, foi para o banheiro e abriu a janela
que dava para o lado da casa. Com muita dificuldade conseguiu passar
pela abertura estreita e se viu no jardim, do lado de fora da casa. Prestou atenção para ver se percebia algum barulho
diferente. Nada! Estava com sorte. Até agora ninguém notara o que ela
estava fazendo. Andando sem fazer barulho, Dulce se dirigiu à garagem,
onde encontrou o carro com as chaves no contato.
Já estava quase ao
lado dele quando ouviu um assobio. Era um garoto que saíra da cozinha
com uns instrumentos nas mãos e que se pusera a trabalhar no canteiro de flores, ao lado da garagem. Dulce se sentiu desanimada, pois não podia
chegar no carro sem que ele a visse. O jeito era esperar que ele fosse
logo embora; escondeu-se atrás de um arbusto para esperar.
Meia
hora se passou e o garoto continuava ali. Dulce já estava tão tensa que
achou melhor não ficar mais onde estava; tinha que desistir do carro e
ir a pé até a vila. Virando-se, saiu correndo por entre as árvores mas
não poderia aguentar aquele ritmo por muito tempo. O dia estava quente
e o chão era muito pedregoso; a paisagem, em compensação era
maravilhosa. Havia árvores cobertas de flores e um riacho acompanhando o caminho.


Cansada e com sede, Dulce se ajoelhou junto ao riacho claro e límpido e, juntando as mãos em concha tomou grandes goles de água fresca. Não fazia ideia de que distância estava da casa, mas, olhando para o relógio, viu que já
passava do meio-dia. Ficou imaginando se já teriam dado por sua falta.
Esperava que a empregada, cumprindo suas ordens, a tivesse deixado
dormir. Bem, mas agora não era hora de se preocupar com isso.
O
caminho seguia uma acentuada elevação, e Dulce começou a sentir as
pernas doloridas, já que não estava acostumada a andar tanto. Ainda
levou algumas horas até chegar ao alto de um morro. Sentou-se numa pedra e olhou ao redor, ficando muito
desanimada com o que via. Tinha se distanciado da vila; podia ver ao
longe as
paredes brancas das casinhas, mas percebeu que para chegar
lá tinha que caminhar muito, por lugares onde seria difícil andar
depressa. Com muita determinação se pôs a caminho novamente; agora
sabia a direção a seguir e seu progresso foi mais rápido. À medida que
se aproximava do vilarejo percebia sinais de civilização: campos plantados, moinhos de vento, enormes oliveiras onde algumas pessoas trabalhavam.


Chegando ao porto, viu dois homens trabalhando na pintura de um bote, enquanto outros consertavam as redes de pesca. Era uma cena tão bonita que Dulce parou para observá-los. Nas portas das casas muitas mulheres, quase todas vestidas de preto, estavam sentadas fazendo seus bordados; todas a olhavam com
curiosidade. Dulce se dirigiu aos homens e perguntou se algum deles ia
para Mikonos ou alguma outra das ilhas maiores.
Os pescadores
responderam que já era tarde e que tinham terminado o trabalho do dia.
Dulce começava a se desesperar; não tirava os olhos da estrada, com
medo de que Ucker aparecesse. Perguntou a um dos homens se não poderia levá-la a Mikonos, se ela pagasse pela viagem.
Os
pescadores conversaram entre si e disseram sobre um homem que ia no dia
seguinte para Mikonos; talvez ele se animasse a antecipar sua viagem em
um dia para poder levá-la. Mas o homem morava no outro lado da vila e
devia estar trabalhando em seus campos, por isso levaria algum tempo
até que conseguissem falar com ele.


Todos a olhavam com curiosidade por causa de suas roupas empoeiradas. Dulce contou uma história dizendo que seu
barco estava com o motor quebrado, parado numa baía distante, e que ela
queria ir a Mikonos para buscar auxílio. Eles se mostraram prontos a
ajudá-la e sugeriram que se abrigasse do sol, entrando na taverna;
assim que o dono do barco chegasse, a avisariam. Dulce concordou, pois
estava precisando de algo gelado.
Duas
horas depois o homem chegou e agora o sol já estava bem baixo no
horizonte. Ele concordou em levá-la para Mikonos, mas seu preço era
bastante elevado; esperava que ela regateasse, como todos fazem na
Grécia.Dulce, porém, já estava tão cansada e preocupada que Ucker a
viesse buscar, que imediatamente concordou com a quantia pedida. O
pescador a olhou surpreso, mas se dirigiu para seu barco, onde a ajudou
a entrar.
Dulce sentou-se na proa do barco, sobre um monte de cordas, e com um grande suspiro de alívio viu o homem soltar as amarras que prendiam a embarcação, as
velas serem levantadas e uma brisa suave empurrar o barco e ela para
longe do alcance de Christopher Uckermann


A embarcação era velha e não muito rápida, mas o vento era bom e dentro de pouco tempo a ilha tinha ficado para trás. O céu tinha se tingido de rosa e o sol, no poente, mandava seus últimos raios para a terra. Dulce
sentiu-se imensamente cansada; ajeitou-se melhor em seu canto e pela
primeira vez em muitos dias dormiu um sono reparador.
Foi acordada pelo barulho de um motor possante e por um grito distante. Sentou-se, esperando ver o porto de Mikonos, mas ainda estavam em mar aberto, embora ela pudesse ver uma
ilha grande a pouca distância dali. Dulce virou-se para falar com o
pescador, mas ele estava de costas, os braços erguidos num sinal de cumprimento. Ela ergueu os olhos e ficou apavorada; com bastante
velocidade um enorme iate branco se aproximava e ela pôde ler
claramente a palavra "Afrodite" escrita na proa. O pescador já ia
descer a vela para esperar a embarcação chegar mais perto. Num pulo,
Dulce foi para junto dele.
— Por favor, não pare! Ele não deve me
encontrar! — ela pediu. O homem olhou-a espantado. — Parakalo, kyrie.
Por favor, deixe que eu me esconda para que ele não possa me achar! —
Percebendo que o iate já os tinha alcançado, Dulce se escondeu atrás de uns engradados, rezando para que o pescador não a denunciasse.
Mas Dulce tinha a obrigação de conhecer melhor os gregos! Devia saber que nenhum deles tomaria o partido de uma mulher contra um homem. Em poucos minutos Ucker estava a bordo do barco do pescador, e a tirou de entre os engradados, seu rosto cheio de ódio e fúria. Ela ainda tentou se livrar, mas Ucker a carregou e a
passou para o iate. Em poucos minutos sua aventura havia terminado!


Ucker a empurrou escada abaixo, em direção à cabine; estava tão revoltado, que Dulce teve medo de apanhar! Ele jogou-a dentro da cabine, deu meia-volta, fechou a porta à
chave e foi para a direção da lancha, manobrando-a para voltar para
Akasia.
O iate ancorou em frente à casa e logo Dulce se viu
arrastada para a praia; ela chegou a abrir a boca para pedir a Ucker
que a deixasse ir, mas o olhar furioso, ó ódio que ele estava sentindo
e a expressão zangada congelaram as palavras em sua garganta e ela não
conseguiu emitir nem um som.
Ucker continuou a arrastá-la em direção
ao terraço e a fez ir diretamente para o quarto. Assim que entraram,
ele trancou a porta; Dulce tratou de escapar pela outra, mas foi impedida. Ucker segurou-a pêlos cabelos e a forçou a erguer a cabeça e enfrentar seu olhar.
— Para onde estava indo? Para o jornal mais próximo, vender-lhes sua história? —Ucker parecia selvagem.
— Não! Só estava querendo fugir de você! — ela tentou se livrar,mas ele a segurava com força. `
— Sabe o que os gregos fazem com suas mulheres quando elas os desobedecem?
Dulce sentiu-se amedrontada com a ameaça, mas não podia demonstrar; em vez disso, olhou-o com desafio nos olhos.
— Pode me ameaçar o quanto quiser, inas não vou fazer o que quer!
Ucker pegou a aliança que estava sobre a cómoda e a colocou de volta no dedo de Dulce; só havia autoridade nesse gesto.
— Somos casados, lembra-se? Você me pertence!
— Não sou propriedade sua nem de homem nenhum — ela respondeu desesperada, tentando soltar-se.
— Tenho o direito de fazer o que quiser com você!


Ele puxou-a para mais perto e seus lábios encontraram os de Dulce com fúria, mostrando que ela lhe pertencia. Apertava o corpo
contra o dela, numa tal selvageria e brutalidade, que Dulce começou a
tremer e num murmúrio ainda implorou:
— Ucker, por favor, não faça assim!
— Por que não? Porque você não vai me dar o que provavelmente já deu a uma dúzia de homens?
Dulce arregalou os olhos, aterrorizada, procurando se livrar dos braços que a prendiam.

Como pode afirmar isso sem saber a verdade? Eu nunca estive com um
homem!Ucker olhou-a, atónito; mas logo um sorriso irónico apareceu em
sua boca.
— Nada de truques comigo Dulce, não vai adiantar nada. Todos sabem qual a reputação das aeromoças; elas não passam de mulheres acostumadas a dormir com todos os homens com quem trabalham!
Dulce já ia responder, mas, ao ver a determinação que havia naquele olhar profundo e decidido, viu que não adiantava lutar.
— Ucker, não me force, por favor!
Os olhos de Ucker ainda estavam cheios de desconfiança; com voz rouca, ele concluiu:
— Tem que ser assim, não há outro jeito.
Como se ela fosse uma criança, Ucker a carregou nos braços e a levou para a cama.


 



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Autor(a): lovedyc

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Comentários do Capítulo:

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:12

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:11

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:11

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:11

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:10

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:09

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  • anjodoce Postado em 16/05/2010 - 02:50:08

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