Fanfics Brasil - 10 Seduzida por vingança Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Seduzida por vingança Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 10

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Alfonso estava em pé ao lado da cama, olhando o corpo nu de Anahí. Ainda estava morta para o mundo... o que não era de admirar depois de tudo o que ele a sujeitara. Não era incomum que Alfonso fizesse amor com uma mulher diversas vezes seguidas. Sua vida quase celibatária o deixava cheio de necessidade e avidez.


Mas ela não reclamara. Inferno, não. Ficara mais do que feliz de recebê-lo de todas as maneiras. No momento, Alfonso não se perguntou se ela estava fingindo. Estava encantado demais por ela para duvidar de qualquer coisa.


A luz fria do dia, porém, desejava que estivesse fingindo. Queria que ela fosse sua escrava amorosa por mais algum tempo, queria uma justificativa para ter mais sexo vingativo com ela.


Por que, vamos enfrentar a verdade, Alfonso, só uma noite não é o bastante para amenizar o que quer que o tenha impulsionado todos estes anos. Você quer mais: mais vingança, mais sexo, mais da muito bela Anahí Portilla.


Poderia ter se juntado a ela na cama se não estivesse com tanta fome. Sem comida na casa, não havia escolha a não ser sair para comer. A falta de eletricidade, que continuava, impedia que fosse até a padaria local. Teriam que ir mais longe e sabia exatamente onde a levaria. Para um lugar onde havia eletricidade, muita comida e uma cama extremamente confortável.


Seu apartamento em McMahon`s Point.


Sem hesitar, ele se debruçou e sacudiu-lhe o ombro.


— Ainda não há eletricidade — foram as primeiras palavras de Alfonso quando ela abriu os olhos.


Anahí gemeu, então fechou os olhos de novo.


Mas não foi a falta de eletricidade que a fez gemer e sim o caleidoscópio de lembranças que de repente lhe encheram a mente.


Ouvira falar de arrependimentos na manhã seguinte, mas nunca sofrerá deles antes.


Como pude ter feito as coisas que fiz na noite passada? Perguntou-se Anahí com agonia. Como pude deixar que ele fizesse as coisas que fez?


— A água ainda está quente no chuveiro — continuou ele. — Um milagre, considerando o tempo que passamos lá na noite passada.


Anahí desejou que ele não tivesse mencionado aquilo. O que havia naquele homem que a tornava uma vítima tão disposta de todas as suas exigências malvadas?


Não estava apaixonada por ele, nem tinha certeza se gostava dele. Mas, oh, como ele a excitava!


— Vamos lá, dorminhoca, levante-se — ordenou ele. — Já passa das nove. Telefonei para as autoridades e a eletricidade não deve voltar para esta parte da cidade antes de duas horas, no mínimo.


Esforçando-se, Anahí abriu os olhos, adotou o que esperava que fosse uma expressão de mulher do mundo, e se virou para enfrentar sua nêmesis.


Ele não estava nu, graças a Deus. Estava completamente vestido, com calça cinza e uma camisa pólo azul real, os cabelos úmidos sugerindo um banho recente de chuveiro.


O rosto estava recém-barbeado, sem mais os pelos que usara, com efeito, tão erótico nas primeiras horas da manhã.


Ele ergueu os olhos de onde estava guardando a carteira e o celular nos bolsos.


— Não sei sobre você, mas estou faminto. Não consigo esperar até a energia voltar. Depois que você se vestir, vamos para o meu apartamento em McMahon`s Point e farei o café da manhã para nós.


Anahí ficou totalmente assombrada pelo convite. O sorriso dele era de zombaria.


— Devia ver a expressão no seu rosto. Sim, sei cozinhar, e não, a noite passada não foi um encontro de uma noite só. Pensou que era?


— Isto cruzou minha mente — disse ela.


— Você quer que seja? Ela queria?


O bom-senso aconselhava que seria melhor acabar tudo e fugir. Ele era tudo que ela se prometera evitar. A resposta certa era óbvia. Sim, sim, vamos deixar isto assim, está bem?


Em vez disso, ela se ouviu dizer "não". Deus, que idiota ela era no que se referia a ele!


Não...


Não era uma palavra que qualquer homem geralmente gostava de ouvir de uma mulher. Mas, desta vez, foi a resposta certa.


Alfonso rodeou a cama e pegou as roupas dela do chão.


— Tente não se demorar no banheiro — disse ele, entregando-as.


Ela pegou as roupas, mas não se mexeu para sair da cama, apenas apertou-as ao peito.


— O que está errado? — perguntou ele.


— Eu... gostaria de um pouco de privacidade. Ele teve que rir.


— Preciso lembrar a você que andou nua pela casa quase a noite toda?


— Sim, e veja o que aconteceu — respondeu ela, os olhos verdes brilhando. — Eu realmente gostaria de sair daqui esta manhã sem ser possuída de novo.


— Devo lhe lembrar também que você gostou de ser possuída?


O rubor de Anahí assustou-o, assim como a expressão de pesar que lhe encheu os olhos.


— Escute, eu... eu geralmente não sou assim — disse ela. — Não que você vá acreditar em mim depois da forma como agi. Provavelmente pensa que sou uma devassa completa. — Os ombros dela caíram e os olhos se afastaram dos dele.


Alfonso apenas ficou lá por alguns segundos, totalmente sem palavras. Se aquilo era fingimento, era material para ganhar um Oscar. O que estava vendo tinha que ser sincero.


E o que significava?


Seria maldito se soubesse.


No fim, ele se sentou ao lado a cama e tentou encontrar a coisa certa a dizer.


— Então, como você é geralmente? — perguntou cautelosamente.


Quando a cabeça dela se ergueu, os olhos brilhavam de lágrimas.


— Uma chata!


Ele jogou a cabeça para trás.


— Ora, não espera que eu acredite nisto!


— Então sugiro que converse com meu ex-noivo — disse ela com amargura, enquanto limpava as lágrimas do rosto com mãos furiosas. — Ele me disse em muitas palavras que sou a mulher mais chata na cama que eleja conheceu.


Alfonso franziu a testa.


— Foi por isto que ele rompeu o noivado?


— Deus, não! Eu rompi o noivado depois que o encontrei no escritório fazendo sexo com sua assistente pessoal sobre a escrivaninha. Ele se casaria comigo, chata ou não. Ou teria se casado, quando a Portilla Mortgages pagava um luxo como se não houvesse um amanhã. David não se casaria comigo agora, mesmo se eu fosse a mulher mais quente do mundo.


— Compreendo. Você percebe que ele provavelmente só disse essas coisas para se vingar, para ferir você.


— Sim, eu percebo, mas ele tinha razão. Eu era uma chata na cama. Eu era — acrescentou —, até conhecer você.


Alfonso apenas ficou sentado lá por um longo momento, digerindo aquela confissão assombrosa. Por mais que sua primeira reação fosse de descrença, gradualmente aceitou que isso explicaria o encantamento que vira na expressão dela na primeira vez que fizeram amor.


Quando ela dissera depois que havia sido assombroso, talvez estivesse sendo sincera.


— Nunca fiz a metade das coisas que fiz com você a noite passada — insistiu ela, sua expressão demonstrando aquele encantamento de novo. — Na verdade, nunca fiz a maioria daquelas coisas.


Alfonso olhou-a fixamente nos olhos, depois para sua boca, que imaginara fazendo com muitos outros homens o que fizera com ele.


Como poderia ele acreditar nela? Fora boa demais, hábil demais, desinibida demais.


Isso tinha que ser uma jogada, uma jogada inteligente para tomá-lo para ela, do jeito que o tinha tomado na noite passada. Bem literalmente.


Quando ele estendeu a mão para colocar a ponta de dois dedos sobre os lábios dela, Anahí afastou a cabeça, as narinas se abrindo.


— E sobre isto? — perguntou, observando-a de perto para detectar qualquer sinal de mentira. — Fez isto antes?


Os olhos dela nem piscaram enquanto se mantinham presos aos dele.


— Não, nunca.


— Nem mesmo com seu ex-noivo?


— Ele queria que eu fizesse. Mas eu... eu não podia. Só o pensamento me repugnava. Foi por isto que me senti tão chocada quando acordei esta manhã. Oh, sei que não acredita em mim — continuou, os olhos cheios de dor. — Eu também não acreditaria, se estivesse no seu lugar.


Alfonso não sabia como receber essa afirmação. Outra jogada inteligente ou a verdade?


Maldição, mas era difícil deixar de lado suas idéias preconcebidas sobre ela. Extremamente difícil confiar em qualquer pessoa relacionada a Alistair Portilla, especialmente sua filha.


Uma lógica menos emocional finalmente o atingiu, mostrando-lhe que a Anahí Portilla que ele acreditava que ela era não estaria tentando justificar seu comportamento sexual da noite anterior. Não pensaria que tivesse feito nada errado!


O que significava que tinha que estar dizendo a verdade. Também significava que não fingira.


O orgulho masculino de Alfonso cresceu, seu ego triunfante ao pensamento de que ela fora genuinamente dominada por paixão verdadeira. Naturalmente, nada disso significava que não estava atrás de um marido rico também. Mas pelo menos o desejo dela por ele fora real, tanto quanto o dele por ela.


Isto deu um reforço adicional ao súbito plano de Alfonso de continuar o relacionamento, não só durante o fim de semana, mas por mais tempo, por muito mais tempo. Sua mente se encheu com a fantasia de fazê-la se apaixonar por ele.


E se isto acontecesse? Seria uma vingança brilhante.


— Está enganada, Anahí — disse ele, tomando-lhe o rosto nas mãos e beijando-a com suavidade e sedução. —Acredito em você.


O prazer surpreso que lhe encheu os olhos causou nele uma pontada de culpa. Mas Alfonso esqueceu-a rapidamente, nenhum dos Portilla se sentira culpado pelo suicídio de seu pai, lembrou a si mesmo. Nem por um momento.


— Não estou dizendo que não tive muitos namorados — continuou ela, apressada.


— Não esperaria nada diferente — retrucou ele — de uma mulher tão bonita como você. Mas talvez seja a hora de você ter um namorado que acha que você é sensacional na cama — acrescentou com um sorriso.


— Você... você quer ser meu namorado?


— Não gosta da idéia?


— Estava planejando voltar para o exterior em breve — disse ela.


Ele realmente ficou assombrado. Ela mencionara um plano para a mãe durante o telefonema. Pensara que o plano poderia ser ele. Parecia também que ela estava com pouco dinheiro.


Evidentemente, estava errado nas duas suposições. Papai devia estar sustentando-a ainda, pensou com amargura.


A idéia de ela fugir para o exterior, como Portilla fizera, produziu uma onda de raiva que Alfonso teve dificuldade de controlar e esconder. Mas conseguiu, de alguma forma.


— Aonde você vai? — perguntou um pouco abrupto.


— Tailândia. Era lá que eu estava quando mamãe me disse para voltar para casa e pegar minhas coisas.


— Por que diabos vai querer voltar para a Tailândia nesta época do ano? Está fazendo um calor infernal lá.


— A gente se acostuma.


— Tem amigos lá, é isso?


— Sim, bons amigos.


— Mas não um namorado.


— Não.


— Por que está fazendo tanto segredo?


Ela suspirou. — Não estou fazendo segredo de propósito. E uma história muito longa.


— Uma que você vai me contar durante o café da manhã — disse ele com firmeza.


Os olhos deles se enfrentaram, os dela brilhando com aquela teimosia que ele percebera no primeiro dia em que se encontraram.


— Você não me fará mudar de idéia, você sabe.


Embora Alfonso admirasse sua coragem, não tinha a menor intenção de perdê-la sem lutar. Podia ser um bastardo impiedoso quando queria alguma coisa. E ele a queria ali, com ele, não voando de volta para a Tailândia.


— Veremos senhora — disse ele, determinado, enquanto se levantava. — Veremos. Agora, em respeito ao seu ataque de timidez matinal, esperarei por você lá embaixo. Mas tente ser rápida. Esqueça a maquiagem e os cabelos, fique como naquele primeiro dia em que nos vimos. Agora vamos com isso — disse ele enquanto caminhava depressa para a porta. — Se não aparecer em dez minutos, entro naquele banheiro e como você no lugar do café da manhã!


O primeiro pensamento de Anahí quando entrou no Aston Martin verde escuro de Alfonso foi de que era o carro de um homem rico. Não, o carro de um playboy rico, emendou, quando ele ligou o poderoso motor e saiu em alta velocidade em direção à cidade.


Sem dúvida seu apartamento em McMahon`s Point seria o ninho de um playboy rico, com todos os acessórios necessários para uma vida de prazeres. Anahí imaginou muita mobília de couro, uma Jacuzzi e um sistema sofisticado de música e cinema.


Estava levando-a para lá não apenas para o café da manhã, mas também para mais diversão e jogos na cama.


Um tremor lhe desceu pela espinha ao último pensamento. Estaria sendo tola, indo assim com ele? Era evidente que, além de alimentá-la, tentaria mudar sua intenção de voltar para a Tailândia.


Teria a força de vontade para continuar a dizer não aos desejos dele? Já ficara abalada no quarto, quando lhe dissera acreditar que ela nunca agira com outro homem como fora com ele na cama. Quando ele se ofereceu para ser seu namorado, ela quase disse "sim, por favor," imediatamente.


Mesmo agora, já se sentia enfraquecer.


Supunha que podia adiar sua viagem de volta ao orfanato até o Ano-Novo. Quando vendesse suas jóias, enviaria a Julie algum dinheiro para comprar presentes de Natal para as crianças Não precisava ir para lá imediatamente.


Mas Anahí sabia que, se fizesse isso, provavelmente nunca mais iria. Seria engolida de volta ao mundo hedonístico ao qual dera as costas, mas que era muito sedutor, especialmente se significasse mais noites com Alfonso.


Anahí engoliu um gemido, fechando os olhos com força enquanto lutava contra a tentação e a onda intensa de desejo que lhe percorreu o corpo só de pensar na noite passada.


A súbita freada do carro, que escorregou para o lado, a fez abrir os olhos de repente e ver uma árvore caída na rua diante deles. Nicole agarrou os lados do assento, mas Alfonso conseguiu evitar bater no tronco, parando quando a barra do amortecedor atingiu as folhas dos galhos.


— Esta foi perto — disse ele, um pedido de desculpas nos olhos voltados para ela. — Lamento se a assustei. Estava correndo muito para as condições das ruas.


Trêmula, ela soltou a respiração com força.


— Está tudo bem, um centímetro é tão bom quanto um quilômetro.


— Vou mais devagar daqui para frente — ele garantiu enquanto recuava o carro. — E ficarei nas ruas principais, em vez de tentar encontrar atalhos. Se fosse menor, sairia e tentaria tirar a maldita coisa da frente, mas esta é grande demais. Ah, lá está a defesa civil — disse ele, apontando para alguns homens com coletes amarelos fluorescentes descendo a rua. — Eles a cortarão e se livrarão dela.


— Espero que sim, é muito perigoso.


Alguns minutos depois, estavam de novo a caminho, depois que os funcionários civis os ajudaram a passar pela calçada, dando a volta na árvore.


Depois que a atenção de Anahí se desviou do homem ao lado dela para suas cercanias, viu por toda parte as evidências da tempestade da noite anterior, com muitos galhos e folhas nas ruas e água empoçada na base das colinas, onde os bueiros ficaram entupidos. Alguns dos sinais de trânsito estavam apagados.


Finalmente chegaram nas imediações do centro da cidade, onde havia energia e o tráfego era mais leve. Apesar de ainda ser cedo numa manhã de domingo, havia muitos carros nas ruas.


Estavam entrando na ponte do porto quando o celular dela tocou.


— Deve ser Kara — disse ela, abrindo a bolsa.


— Pode ser sua mãe de novo.


— Oh, espero que não. Alô?


— Anny, sou eu. Ainda falta energia onde você está?


— Sim.


— Pensei que seria o caso, já que estamos apenas a algumas ruas de distância. Escute, papai acendeu a churrasqueira a gás para tomarmos o café da manhã. Você e seu gladiador estão convidados.


— Na verdade, Kara, Alfonso está me levando para o apartamento dele em McMahon`s Point para o café da manhã. Já estamos na ponte, mas obrigada pelo convite.


— Agora, por que não estou surpresa? Devia ter entendido quando você não telefonou esta manhã. — Não havia sarcasmo na observação, apenas prazer malicioso.


— Sinto muito. Como foi o resto da recepção na noite passada?


— Ótimo. Megan usou uma roupa linda para sair. Ela e James passaram a noite num hotel na cidade, e esta manhã vão para algum lugar romântico, não sei onde, era segredo. Mas chega disso. Como foi a noite? Parece que muito boa.


De jeito nenhum Anahí faria um relatório para Kara sobre o seu desempenho ou o de Alfonso.


— A tempestade foi horrível, não foi? — perguntou ela, mudando de assunto.


Kara suspirou. — Está bem, mensagem recebida. Ele está sentado bem ao seu lado. Que tal usar o nosso código de quando éramos adolescentes? Vamos ver... se ele foi bom na cama, apenas diga uh-huh. Se foi super-bom, não diga nada.


Depois de alguns segundos de silêncio, Kara gemeu.


— Ooh, estou com tanta inveja. Na verdade, não, não estou nem um pouco. Meu Leyton é muito, muito bom. Mas você não tem tido muita sorte neste departamento, tem? Quero dizer, nunca a vi empolgada por nenhum cara, nem mesmo David. Então, conte-me mais...


— Kara, lamento, mas sua voz está sumindo. Acho que estou perdendo o sinal.


— Sua falsa, está nada — disse ela, rindo. — Este seu celular recebe chamada até debaixo de água. Está bem, vou parar de fazer perguntas. Escute, antes que eu me esqueça, papai entrou em contato com um joalheiro amigo dele que virá aqui em casa amanhã bem cedo, para olhar suas jóias. Ele disse que Max é um homem justo e lhe fará uma boa oferta por elas.


— Isto é ótimo, Kara. Agradeça a ele por mim, está bem?


— Certo, mas é melhor que volte para casa esta noite. Não fique de novo na casa do seu namoradinho.


— Voltarei para jantar esta noite — disse ela a Kara.


— Não, não voltará — interrompeu Alfonso. — Vai jantar comigo.


— Ouvi isto! Ele é bem enérgico, não é?


— Mais para presunçoso — disse Anahí, com um olhar de reprovação para Alfonso.


— Diria muito apaixonado — disse Kara. — Mas não deixe que ele mande demais em você. Volte para casa depois do jantar.


— Pretendo fazer isto, não se preocupe.


— Perguntei a papai sobre ele. Papai sabe tudo sobre todo mundo que tem dinheiro nesta cidade. Ele disse que a Herrera Real Estate tem uma excelente reputação pela honestidade e integridade. Alfonso Herrera, porém, é um homem misterioso, não aparece na imprensa e não freqüenta a sociedade, o que é estranho para alguém no negócio de propriedades, diz papai. É claro, eu já sabia que não gostava de festas, ou já o teria conhecido em algum lugar. Papai diz que a família dele não pode ser de Sidney, ou ele a conheceria. No entanto, deve ter dinheiro por que mamãe disse que soube pela mãe de Megan que ele foi colega de colégio de James Logan e Hugh Parkinson. Foi por isto que ele estava na festa de casamento.


Anahí virou os olhos. Aquela família era incorrigivelmente fofoqueira! Naturalmente tinham pouco a fazer com seu tempo. Nenhum deles trabalhava.


— Obrigada pela informação vital — disse ela, aborrecida.


— É vital. Ele é um bom partido, doçura, não o deixe escapar.


— Vejo você à noite, Kara. Até logo.


Ela desligou e imediatamente virou a tecla para mensagem de texto. Nada mais de telefonemas por hoje!


— Que informação vital foi esta? — perguntou Alfonso enquanto ela guardava o celular na bolsa.


Anahí decidiu ser tão honesta como ele tinha a reputação de ser.


— Kara tem feito perguntas sobre você a diversas pessoas.


— E?


— A mãe dela disse que sua família deve ter dinheiro por que você foi colega de escola de James Logan e Hugh Parkinson.


O coração de Alfonso perdeu uma batida à lembrança da cara educação que fez seu pai mergulhar em dívidas.


— Era um garoto do campo com uma bolsa escolar — disse ele sem acrescentar que a bolsa não cobria as despesas adicionais associadas à freqüência de uma escola tão cara. — Minha família jamais teve dinheiro. Que outra informação errada ela descobriu?


— O pai dela disse que você tem uma boa reputação no mundo imobiliário.


— Bem, gosto de pensar que isto é verdade.


 


— No entanto, você não faz muitas relações no sentido social.


Ele a olhou com a testa franzida. — Isto é um comentário seu ou do pai de Kara?


— Do pai de Kara. Mas ela já sabia que você não freqüentava a cena social de Sidney, por que nós já o teríamos conhecido antes se freqüentasse.


— Jamais gostei de ir a festas, jantares e aberturas de galerias. Como disse, sou um rapaz do campo.


— E lá estava eu, pensando que você fosse um playboy. Alfonso sorriu.


— Está me confundindo com Hugh.


— No entanto, você é muito amigo dele e de James Logan, que adoram freqüentar a sociedade e aparecer na imprensa. Não pode abrir uma revista sem ver a foto de um deles.


— Fomos obrigados a dividir um quarto na escola — explicou Alfonso. — Acho que foi um caso dos opostos se atraindo, por que nos tornamos bons amigos. Então, depois que deixamos a escola, fomos para o mesmo apartamento na universidade. Não deve julgar um livro pela capa, Anahí. Eles são ótimos sujeitos.


— Se você diz.


— Então é isso, não é? Nenhuma outra informação vital sobre mim?


— É tudo.


— Está deixando de me contar alguma coisa. Anahí suspirou.


— Está bem. Kara também disse que você é um bom partido e eu não devo deixá-lo escapar.


— É mesmo?


— Escute, isto é o que Kara acha, não eu. Moças como Kara pensam que a resposta para sua felicidade futura é um marido extremamente rico.


— E você não concorda?


— Posso ter concordado no passado. Por favor, não se ofenda, mas cheguei à conclusão de que os homens extremamente ricos são todos bastardos arrogantes, impiedosos, egoístas, sem nenhuma consciência.


Alfonso mal conseguiu esconder sua surpresa diante daquela declaração inesperada. Mais uma vez se perguntou se ela falava sério. Ou estaria apenas sendo esperta, fingindo que não estava à caça de um marido rico?


— Esta é uma grande generalização, não acha?


— É? Bem, provavelmente você está certo. Minha péssima experiência com David me tornou terrivelmente cínica. Tenho certeza que há alguns homens muito ricos por aí que são corretos. O pai de Kara é um deles — aceitou ela.


— E também eu, é claro — disse ele, com uma expressão falsamente séria.


— Só por que você foi um rapaz do campo, Alfonso, não significa que não foi corrompido.


— O que é preciso para lhe provar que não sou um playboy? Anahí deu de ombros.


— Acho que o que acontecer hoje vai falar por si mesmo.


— Significando?


— Bem, Você não está me levando para seu luxuoso apartamento de solteiro com vista para o porto apenas para o café da manhã, está?


Seu rico apartamento de solteiro...


Alfonso teve que rir. A vida podia ser bem perversa, não havia dúvida nenhuma.


— Você pode ter uma surpresa ou duas.


— Acho que não.


— Veremos — disse ele pela segunda vez naquela manhã.


— Certamente, veremos — replicou ela com firmeza.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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— Então, O que acha? — perguntou Alfonso a Anahí quando ela finalmente voltou à cozinha. Ele lhe pedira para inspecionar seu modesto apartamento de dois quartos enquanto preparava o café da manhã, sabendo que ver era acreditar. — Não é o que esperava? — acrescentou ele com um sorriso quando viu a surp ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 38



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  • franmarmentini Postado em 29/08/2014 - 15:10:03

    foi muito linda essa história :)

  • franmarmentini Postado em 28/08/2014 - 17:37:19

    6

  • vondy4everponny Postado em 24/08/2014 - 20:27:15

    AAAAAAAAAH, perfeita. Amei! Do inicio ao fim, eu amei de verdade essa fic. Cê sabe né Jess, eu te importunava pra c**** pedindo mais capítulos! Parabéns por mais esta adaptação amiga, de verdade, foi linda. Beijos, love u <3

  • franmarmentini Postado em 24/08/2014 - 13:11:21

    :)

  • edlacamila Postado em 24/08/2014 - 02:30:24

    Ameeei *-*

  • iza2500 Postado em 24/08/2014 - 01:32:07

    Bonito final, até a próxima.

  • bellaherrera Postado em 24/08/2014 - 00:42:51

    Ahhhhhhhhh Jesss que final perfeito *-----------------* amei, amei!!!!!!1 Graças a vingança Alfonso se apaixonou, mt fofo ele deixar a vigança de lado por causa da Annie <3 mais uma web perfeita sua chega ao fim :/ espero que venha outras webs ponny's divas!!!!!muitissimo obrigada por compartilhar essa historia comigo!!!milhões de beijoss

  • bellaherrera Postado em 23/08/2014 - 23:49:34

    Ohhhhhhhhhhhhh diossssssssssss miooooooooooo que babadooooooo!!!mas ainda bem que a mae da Annie abriu os olhos da filha mas eu so espero que Alfonso diga que realmente a ama!!!posta maiss

  • edlacamila Postado em 23/08/2014 - 12:41:17

    Ahhhhhhhhhh q fofoooooooooooo *-* mas qnd a anny descobrir :/ aaaaaain mds aceita anny :3 postaaaaaaa <3

  • bellaherrera Postado em 23/08/2014 - 11:32:59

    Onwtttttttttttttt que lindooooo o Alfonso pedindo a Annie em casamento *----------------* pireiiiii!!!!! Que pena que ja sao os ultimos capitulos :/ Jess eu nao estou conseguindo comentar na sua outra web nao sei o motivo, então se eu nao comentar hj ou amanha nao estranhe e coloque a culpa no fanfics brasil kkkk. mas eu adorooooo aquela web!!! milhões de beijos, mana!!!


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