Fanfic: Seduzida por vingança Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

Depois disso, o assunto de casamento foi abandonado e Alfonso começou a falar sobre preferências em frutos do mar. Quando parou o carro no pequeno estacionamento nos fundos do cais, ambos concordavam que lagosta era seu prato favorito, com ostras e camarões logo depois.

Mas o coração dela estava disparado o tempo todo. Quando Alfonso abriu a porta para ela e lhe tomou a mão, o mesmo coração pulou. Quando ele sorriu para ela, Anahí sorriu h volta, sem saber por quê. Quando ele a levantou nas pernas que tremiam, estava mais do que pronta para ser beijada.

Ele se demorou no beijo, apenas a soltando quando ela já estava tonta. Anahí ficou agradecida pela mão dele segurando-a enquanto caminhavam para o restaurante. Suas pernas estavam tão bambas como seu cérebro.

Quando Alfonso hesitou na caminhada, ela olhou para ele e viu que estava com uma ruga na testa.

— Alguma coisa errada? — perguntou ela. O suspiro dele pareceu frustrado. —Tenho a terrível suspeita de que Hugh esteja no Neptunel esta noite. O carro dele está estacionado logo ali.

O olhar de Anahí seguiu o dele e parou numa brilhante Ferrari vermelha. Tão típico de Hugh Parkinson, pensou ela com severidade.

— Mas há muitos restaurantes a pequena distância deste estacionamento. Ele pode estar em qualquer um deles.

— Ele gosta muito de frutos do mar.

— Também há muitos restaurantes especializados em frutos do mar — mostrou ela.

— Verdade. Seria falta de sorte se ele tiver escolhido o nosso.

Ela parou e olhou para ele. — Por que falta de sorte?

—Você está usando o mesmo vestido que usou a noite passada. É possível que Hugh esteja com uma das damas de honra do casamento. Ele estava tentando conquistá-la antes de sairmos. Saberão que passamos a noite juntos e todo o dia de hoje.

Embora Anahí ficasse comovida por Russell lhe proteger a reputação, não estava disposta a mudar seus planos por causa de um tipo como Hugh Parkinson, que provavelmente dormia com uma mulher diferente a cada semana. O número de parceiras de cama dele seria enorme, comparado ao de Alfonso.

— Não seja tolo — disse ela. — Por que Hugh se importaria se passamos a noite juntos? Por que qualquer pessoa se importaria?

Ele ainda parecia preocupado por algum motivo.

— Vamos — disse ela, puxando-lhe a mão. — Não vou sair sobre estes saltos altos. Não tem a menor importância se Hugh está no Neptune`s.

Alfonso apenas sabia que Hugh estaria lá e estava, sentado na melhor mesa, bonito e libertino, tomando uma taça de vinho vermelho que certamente seria terrivelmente caro. A única surpresa foi que ele estava sozinho.

Hugh não os viu até estarem sentados numa das outras melhores mesas do restaurante, não distante da deles.

— Oi, Hugh — disse Alfonso antes que Hugh demonstrasse seu espanto. — Imagine só, encontrá-lo aqui. Não preciso apresentá-lo a Anahí, preciso? Acho que vocês já se conhecem.

Como sempre, Hugh rapidamente recuperou a calma e seu charme.

— É verdade, já nos conhecemos — concordou ele, com um de seus sorrisos destinados a encantar mulheres. — Mas faz algum tempo que nos encontramos. A vida deve estar tratando você muito bem, Anahí, está particularmente adorável esta noite.

— Obrigada — disse Anahí enquanto se sentava, um leve rubor lhe tomando o rosto.

— Precisa me contar o que tem feito desde a última vez que nos vimos. Mas não desta distância, venha se juntar a mim para o jantar. E você também, Poncho, é claro — acrescentou muito calmo.

Os dentes de Alfonso se cerraram com força. Já vira Hugh lidar com mulheres antes e elas invariavelmente se deixavam conquistar por seus encantos. O pensamento de que podia lhe tomar Anahí despertou-lhe uma pontada de ciúme sombrio e poderoso.

— Apenas com a condição de que não flerte com minha namorada — avisou Alfonso, os olhos lançando adagas de advertência ao amigo.

As sobrancelhas de Hugh se ergueram. —Namorada? Puxa, você trabalha depressa. Tive a impressão de que nem conhecia Anahí até ontem à noite.

— Não ouviu falar de romance à primeira vista?

— Infelizmente, sim, meu pai os adora. Mas jamais pensei que você fosse tão impulsivo. Sem querer ofendê-la, bela Anahí, se alguém pode derrubar meu velho amigo, é você.

Alfonso se sentiu grato por Nicole não compreender a maldosa ironia da declaração. Ainda pensava em agarrar-lhe a mão e arrastá-la para longe de um jantar que seria muito desagradável, mas sabia que pareceria estranho. Não teve escolha, a não ser enfrentá-lo com a calma possível. Mas, por dentro, estava furioso com Hugh, que supostamente era seu amigo, maldição!

Alfonso decidiu mudar o rumo da conversa, afastando-a de seu relacionamento com Anahí o mais depressa possível.

— Não faz seu gênero jantar sozinho — disse ele a Hugh depois que os três já estavam acomodados na mesa dele. — 0 que aconteceu com... Qual é o nome dela, de ontem à noite?

Hugh franziu o nariz. — Você tinha razão, era pegajosa demais. Então, o que vocês dois querem beber? Do meu vinho, ou devo pedir champanhe para celebrar seu namoro?

— Champanhe seria ótimo — respondeu Anahí educadamente, enquanto Alfonso continuava com os dentes cerrados. Cuidaria deste demônio que adorava criar problemas mais tarde. Anahí certamente iria ao toalete em algum momento. E quando ela fosse...

O champanhe foi servido com o tipo de serviço rápido que filho e herdeiro de um bilionário sempre recebia.

— Anahí e Poncho — brindou Hugh com um sorriso matreiro enquanto batia a taça na de Anahí.

Alfonso olhou para o amigo com frieza. — Não precisa exagerar, não estamos comprometidos, apenas nos encontrando.

— Mas ter encontros é um grande passo para você, Poncho. Ele é terrivelmente viciado em trabalho, você sabia Anahí ?

— Sim, ele me contou — respondeu ela com um rápido sorriso para Alfonso. — Mas não foi trabalhar hoje.

— Percebi — replicou Hugh com um olhar conhecedor para o vestido de Anahí. — Falando de compromissos — continuou ele —, a última vez que nos encontramos foi na festa do seu noivado com David Porter, o que evidentemente não funcionou.

— Não — concordou Anahí, o sorriso desaparecendo.

Alfonso teve vontade de matar Hugh. — Ele é um bastardo — disse Alfonso, furioso.

— Homens podem ser bastardos — concordou Hugh, e olhou Alfonso diretamente nos olhos.

— E preciso ser um para reconhecer os outros — retrucou Alfonso.

Hugh abandonou as observações irônicas depois disso e passou a usar seu encanto natural durante o jantar, não para flertar com Anahí, mas para fazê-la falar sobre si mesma. Mas Anahí se desviou com inteligência de suas perguntas pessoa mantendo a conversa em assuntos genéricos.

Alfonso ficou recostado na cadeira a maior parte do tempo, grato por Anahí não ser uma dessas mulheres que achavam que suas vidas e atividades eram os assuntos mais agradável e se abriam para qualquer pessoa. Era discreta e não revelou nenhum detalhe sobre o caso deles. Nem mencionou sua próxima viagem para a Tailândia ou que Alfonso pretendia ir com ela.

Alfonso admirava pessoas que mantinham discrição sobre seus assuntos pessoais.

De vez em quando, ela lhe enviava um olhar que era destinado apenas a ele; um olhar caloroso e íntimo que lhe dava grande satisfação.

Quando ela pediu licença para ir ao banheiro, Alfonso não sentia mais nenhuma vontade de brigar com Hugh. Anahí estava se saindo muito bem sozinha. Alfonso sentiu alguma coisa parecida com orgulho enquanto a observava se afastar da mesa, sua bela cabeça erguida sobre o longo, elegante pescoço. Diversos homens viraram a cabeça para olhar para ela, as expressões de aberta admiração.

Alfonso pensou então que o casamento com Anahí lhe traria muitos benefícios. Não apenas poderia lhe proporcionar a oportunidade de continuar sua vingança, mas também teria uma bela parceira na cama, além de uma anfitriã habilidosa e a mais bela e singular esposa que um homem poderia querer para exibir.