Fanfic: Seduzida por vingança Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

— O que diabos você pensa que está fazendo? — perguntou Hugh, indignado.

Alfonso demorou alguns segundos para responder. — Com relação a quê?

— Você sabe. Inferno, Alfonso, o que você está fazendo com a moça não é certo. Certamente pode compreender.

— Compreendo que finalmente estou tendo alguma espécie de satisfação depois de todos esses anos.

Hugh balançou a cabeça. — Escute, não ligo a mínima para o que você faz com Alistair Portilla. Não me importo se está apodrecendo em algum buraco do terceiro mundo. Mas Anahí é inocente nisso tudo, não foi responsável pela morte do seu pai.

O rosto de Alfonso ficou sombrio.

— Isto é o que você pensa. Quero que saiba que ela trabalhou na Portilla Mortgages, no setor de marketing, até alguns meses atrás. Devia saber o que acontecia lá, portanto não me venha com essa história boba de "inocente". Oh, e duvido que Alistair Portilla esteja em algum "buraco do terceiro mundo" — ironizou. — Está pagando as viagens de Anahí pelo exterior desde que ela rompeu o noivado com Porter. É preciso muito dinheiro para passear pelo mundo durante muitos meses.

— Está bem, está bem, compreendo seu ponto. Mas, maldição Poncho, acho que agora chega. Você já teve o prazer de seduzir a filha de seu inimigo na cama do seu inimigo, sem dúvida.

— Como adivinhou?

— Porque você é estrategista. Mas não é cruel, Poncho. Jamais foi cruel. Sedução é uma coisa, fazer a moça se apaixonar por você é outra.

— Acha que ela está apaixonada por mim?

— Só um cego não perceberia! — Por que outro motivo ela não lhe daria a menor atenção? — Ela não consegue tirar os olhos de você.

— Isto é bom — disse Alfonso, acenando com satisfação. — Isto é muito bom. Mulheres apaixonadas geralmente são muito mais receptivas a um pedido de casamento.

Hugh olhou-o fixamente. — O quê? Vai pedi-la em casamento? Está louco?

— Não — disse Poncho, a expressão dos olhos endurecendo — Estou apenas fazendo o que esperei 16 anos para fazer. Hugh não podia acreditar no que estava ouvindo.

— Então vai partir-lhe o coração, contando-lhe a verdade? Na sua noite de núpcias?

— Não. Nunca.

— Nunca!

— Quero que ela seja minha esposa, Hugh, pelo resto da minha vida.

— Então onde está a vingança?

— O que quer dizer?

— Não é vingança, se ela nunca descobrir a verdade.

— Depende da maneira como encara tudo. Estar com ela já me deu enorme satisfação.

— Sim, mas que espécie de satisfação? Tem certeza de que esta sua idéia foi instigada pela vingança, Poncho? Talvez você esteja apaixonado por ela.

— Não seja ridículo! — negou Alfonso com veemência. Veemência demais, pensou Hugh. Anahí era uma mulher excepcionalmente bonita, com uma personalidade e modos que qualquer homem acharia encantadores.

— Então, quando vai fazer o pedido? — perguntou Hugh, os olhos no setor onde ficava o banheiro feminino. Ainda não havia sinal de Anahí.

— Quando estivermos juntos na Tailândia.

— O que é isso? Vocês vão juntos para a Tailândia! Quando?

— Assim que tudo estiver arranjado.

— Por quanto tempo?

— O tempo que for necessário.

— E sua empresa?

— sobreviverá sem mim. Nesta época do ano, imóveis praticamente se vendem sozinhos. Falando de propriedade, parece que Anahí não gosta da casa em Belleview Hill, assim decidi vendê-la para James. Lembra-se que ele quis comprá-la na véspera do casamento?

— Sim, mas você disse não.

— Isso foi naquela noite e isto é agora. Vou lhe mandar uma mensagem de texto amanhã para concordar com a venda.

— Você está realmente falando sério sobre isto tudo, não está?

— Sim, e se você contar qualquer coisa a Anahí, será o fim da nossa amizade.

Hugh olhou dentro dos olhos de Alfonso e soube que ele falava sério.

— Não direi uma palavra — disse ele, com um suspiro resignado. — Palavra de escoteiro.

— Só há um problema nisto — rosnou Alfonso.

— E qual é?

— Você não é escoteiro!

— Céus! — exclamou Kara depois que Anahí lhe contara tudo mais tarde aquela noite. Dobrando o cotovelo e descansando a cabeça na mão, olhou para Anahí, deitada na outra cama. — Parece que ele se apaixonou por você.

— Espero que sim, porque eu me apaixonei por ele. Completamente!

Kara deixou a cabeça cair no travesseiro

— Quem imaginaria, quando eu a arrastei para o casamento de Megan, que você realmente encontraria aquele marido extremamente rico de que você precisa?

Anahí lhe lançou um olhar de reprovação.

— Kara, pelo amor de Deus, não fique dizendo coisas assim para outras pessoas. Não me apaixonei por Alfonso por que ele é rico. Na verdade, é só isto que me preocupa em relação a ele. Isto e aquele irritante amigo dele.

— Quem, Hugh Parkinson?

— Quem mais?

— Acho que ele é delicioso.

— Mais para odioso. O homem é um conquistador compulsivo.

— Eu sei. Mas, de algum modo, isto aumenta seu charme. Acho que as mulheres o consideram um desafio. E, é claro, ele deve ser muito bom na cama. A prática leva à perfeição.

Anahí teve que concordar que Hugh era charmoso e bonito demais. Mas nenhum homem se comparava a seu Alfonso. Era todo masculino, um amante simplesmente incrível.

— Como será que Megan está se sentindo na lua de mel? —perguntou Kara, mudando de assunto.

— Imagino que maravilhosamente bem — respondeu Anahí Como poderia ser de outra maneira? Estava com o homem que amava e que a amava também.

— Ela está grávida, sabia? — disse Kara inesperadamente.

Anahí franziu a testa.

— Há quanto tempo você sabe? Nunca disse nada antes do casamento.

— Ouvi mamãe conversando sobre isso com papai hoje.

Megan está com apenas dois meses. O casamento foi mesmo feito às pressas. Papai acha que é tudo um pouco suspeito. Não posso imaginar o motivo. Acha que há alguma coisa estranha num homem se casar com a namorada grávida?

— De jeito nenhum, acho ótimo.

— Eu também.

— Ele deve amá-la de verdade.

— Você duvidava?

— Homens ricos podem ser demônios impiedosos -— disse Anahí.

— Foi exatamente isto que papai disse, embora não entenda como possa ser impiedoso se casar com Megan quando ela ficou grávida. Papai é um velho cínico de vez em quando. O problema é que quase sempre está certo. Ele espantou alguns dos meus namorados depois de descobrir que eram caçadores de fortuna. Felizmente, Leyton tem muito dinheiro, assim não há problema com ele.

— Está apaixonada por Leyton?

— Não, mas ele é divertido. Posso continuar com ele por algum tempo. Não estou com pressa de casar. E, quando casar, terá que ser com alguém que tenha muito dinheiro. Assim saberei que ele gosta de mim por mim mesma, não pelo dinheiro da minha família.

— Espero que Alfonso jamais pense que estou com ele pelo dinheiro.

— Como pode pensar isso quando vai vender todas as suas jóias maravilhosas amanhã? O que, por falar nisso, eu acho loucura, quando tem um amante rico comendo na sua mão. Tem apenas que pedir, para ele lhe dar o que você quiser. Por que ser uma pobre mártir quando pode se tornar a amante de um homem rico?

— Está falando sério? De jeito nenhum vou me tornar uma mulher mantida por um homem. Escute, Kara, preciso adverti-la de uma coisa. Alfonso não sabe das minhas circunstâncias financeiras. Ou que vou vender minhas jóias amanhã. Dei a entender a ele que tenho algum dinheiro meu.

— Por que diabos fez isto?

— Pareceu uma boa idéia na ocasião. Orgulho, acho.

— Mmm, seria melhor se contasse a ele a verdade. Mentir não é bom, especialmente sobre dinheiro. E algum dia ele terá que saber.

— Suponho que tem razão. Vou contar a ele durante o almoço amanhã. Ele vem me pegar aqui, às 13h.

— Mmm, pensando melhor, talvez não deva lhe contar sobre as jóias. Ele pode não compreender. Mas deve deixá-lo saber que não tem uma renda permanente, que qualquer dinheiro que tem vai acabar.

— Isto não será um problema, já disse a ele que vou arranjar um emprego depois do Ano-Novo.

— Boa idéia.

— É a verdade!

— Você não terá que se preocupar com um emprego quando se tornar a Sra. Alfonso Herrera.