Fanfic: Seduzida por vingança Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
— Não se esqueça do que lhe disse doçura — disse ela a Anahí enquanto lhe entregava a bolsa e os óculos. — Ficarei feliz de comprar você sabe o quê, e por um bom preço.
— Está bem — respondeu Anahí, a voz fraca, deixando Alfonso ainda no escuro.
— O que é "você sabe o quê"? — perguntou ele assim que ficou sozinho com Anahí no carro.
Ela lhe lançou um olhar preocupado antes de dar de ombros de uma forma derrotada. — Ela estava falando sobre minhas jóias.
Alfonso franziu o cenho. — Está vendendo algumas de suas jóias para Kara?
— Não algumas, todas.
— Todas. Mas por quê?
— Para levantar dinheiro.
— Para o orfanato?
— Sim.
Alfonso não sabia o que sentir com a notícia. Admiração por ela ou culpa por ter pensado que era egoísta e materialista? A culpa venceu.
— Você não tem dinheiro nenhum, tem?
— Não muito. Consegui um pouco vendendo algumas de minhas roupas. O bastante para o bilhete de volta para a Tailândia e um pouco mais para viver enquanto estiver lá. Mas precisava do dinheiro das minhas jóias para fazer o que queria no orfanato.
Alfonso não achava que a culpa podia ser maior, mas se enganou. A mulher mimada que ele imaginara vivendo no luxo com o dinheiro do pai dela ficara reduzida a vender suas roupas!
— Por que não me contou nada disso?
O sorriso dela foi triste. — Orgulho, acho.
Orgulho. Sim, compreendia o orgulho. Lembrou-se de como se recusara a deixar que sua mãe lhe mandasse dinheiro. Isto não fora apenas orgulho. Isto fora caráter... e coragem.
— Não queria que você soubesse que sou pobre — continuou ela — não queria que pensasse que quero seu dinheiro.
— Jamais pensei isto por um só momento - mentiu ele. — Mas isto não explica por que estava tão abalada. Kara não disse que vai comprar suas jóias?
— Sim, mas não pela quantia que esperava.
— Jóias de segunda mão valem apenas uma fração do que custaram, Anahí.
— Sim — disse ela, desanimada —, especialmente se são falsas.
— Falsas!
Alfonso apenas olhou para ela.
— O pai de Kara pediu a um amigo joalheiro para vir aqui esta manhã, disse que o homem me faria uma oferta justa. Infelizmente, ele se recusou a fazer qualquer oferta, disse que lidava apenas com pedras genuínas.
— E aquele pendente de esmeralda e brincos que você usou no casamento? Poderia ter jurado que as pedras eram verdadeiras.
— O homem disse que as esmeraldas eram muito bem falsificadas, mas falsas do mesmo jeito. No entanto, foram um presente, feito especialmente para meu aniversário de 21 anos.
— Isto é terrível, Anahí. — Mas típico de Alistair Portilla, pensou ele com amargura. O homem era um completo canalha. — Agora compreendo por que você ficou tão abalada.
— Não chorei tanto pelo dinheiro, embora esteja muito desapontada. Foi a sensação de traição, de ser considerada uma idiota. Mesmo depois de tudo o que ele fez, bem no fundo sempre acreditei que Alistair me amava.
— Você chama seu pai pelo nome?
Anahí pareceu surpresa. — Alistair Portilla não é meu pai.
— Não é seu pai — repetiu Alfonso, tentando não demonstrar que acabara de receber um choque.
— Adotei o nome dele quando minha mãe se casou, ele é meu padrasto.
Padrasto dela!
— Costumava pensar que ele era maravilhoso — continuou ela, as lágrimas lhe surgindo nos olhos de novo. — Cada vez que me dava uma jóia, dizia o quanto me amava, mas seu amor era tão falso como seus presentes. Tão falso como ele!
Alfonso precisava dizer alguma coisa, qualquer coisa! Mas sua mente era um turbilhão. Anahí não era filha de Alistair Portilla! Não era carne e sangue de seu inimigo...
Devia ter se sentido aliviado, mas se sentiu estraçalhado.
Desesperado para fazer alguma coisa, deu partida no carro e acelerou, espalhando cascalho. Não falou até estarem parados no primeiro sinal vermelho. Então o choque já diminuirá um pouco, mas não sua esmagadora sensação de culpa.
— Quantos anos você tinha quando sua mãe se casou com Alistair Portilla?
— Oito.
— E seu verdadeiro pai?
— Nunca o vi. Era o chefe de minha mãe. Casado, é claro.
— Você nunca o procurou?
— Não. Ele vive em Londres, com a esposa e três filhos.
— Sua mãe é inglesa?
— Sim. Ela teve uma vida muito difícil antes de conhecer Alistair. Os pais dela eram muito antiquados e não quiseram nada com ela quando eu nasci.
— Como ela conheceu Alistair? Veio aqui de férias?
— Oh, não. Não, nunca tivemos dinheiro para férias naquela época. Mamãe estava trabalhando como anfitriã para um organizador de eventos em Londres e Alistair estava lá numa viagem de negócios. Os dois dizem que foi amor à primeira vista. Alistair trouxe mamãe e eu para Sidney e logo depois se casaram. Pena que ele se revelou um bastardo ainda pior do que meu pai verdadeiro.
— Você está melhor sem ele na sua vida — disse Alfonso. E melhor também sem um homem como eu em sua vida.
— Sei disso, na verdade, eu sei — disse ela. — Mas, e mina mãe? Ainda está com ele. Aposto que todas as jóias dela também são falsas. Aposto que Alistair também nunca a amou. Ela era apenas uma bela loura para lhe aquecer a cama e administrar sua casa para ele.
— Homem nenhum se casa com uma mulher com uma filha se não a amar, Anahí — disse Alfonso, as palavras de consolo prendendo em sua garganta. Mas precisava dizer alguma coisa para minorar o sofrimento dela, seus medos.
Além disso, provavelmente era verdade. Havia muitas parceiras de cama louras e belas com quem Portilla podia se casar, solteiras e sem nenhuma bagagem física ou emocional. No entanto, escolhera a mãe de Anahí.
O sinal abriu e Alfonso automaticamente tomou a direção do centro da cidade. Não tinha certeza de para onde estava indo. Apenas dirigia.
—As jóias falsas provavelmente se deviam mais a dinheiro do que à falta de sentimentos, Anahí. Soube no banco, quando comprei a casa, que seu padrasto sempre viveu muito acima de seus meios. Precisava de cada centavo que ganhava, por meios justos ou desonestos. Isto não significa que não amava sua mãe ou você — explicou Alfonso.
— Ele era infiel a ela — disse ela, a voz trêmula. — Do mesmo jeito que David foi infiel a mim. É claro, David também não me amava — terminou amargurada, os ombros caídos, os olhos se afastando dos dele.
Alfonso podia vê-la mergulhando num lugar que ele conhecia bem, um lugar cheio de total desespero, do qual só conseguia sair quando tomado pelo mais completo cinismo. Antes que pudesse pensar melhor sobre o que estava fazendo, virou o carro para o lado da rua, freando com força e então se voltando para tomar-lhe o rosto assustado nas mãos.
— Eu amo você — disse ele intensamente.
Os olhos dela ainda brilhantes de lágrimas se abriram.
— Ama? Não está dizendo isso apenas para me fazer sentir melhor?
— Eu morreria para fazê-la se sentir melhor — disse ele. — Mas não lhe mentiria sobre uma coisa tão importante como isso. Amo você, Anahí, e quero que se case comigo.
— Casar com você! Mas nós nos conhecemos há apenas alguns dias.
As mãos dele lhe deixaram o rosto, mas os olhos ficaram fixos nos dela.
— Em um mês nos conheceremos bem melhor.
— Um mês — repetiu ela, parecendo um pouco fora de si. — Por que um mês?
— É este o tempo que leva para conseguir uma licença de casamento. Assinaremos os papéis hoje, então iremos para a Tailândia, onde a ajudarei com o que quer que queira fazer lá. Um mês será suficiente para fazer as mudanças que quer para aquelas crianças?
— Eu... acho que sim.
— Está bem. Quando o mês terminar, eu lhe pedirei de novo que se case comigo.
Ela apenas o olhou, mas as lágrimas haviam secado. — E eu não sei o que dizer.
— Não precisa dizer nada.
Estava fazendo aquilo de novo, compreendeu Anahí. Decidindo a vida dela, levando-a de arrastão, desta vez não para a cama dele, mas para sua vida.
Anahí sabia que não poderia se dar ao luxo de cometer outro erro em sua vida pessoal. Hoje descobrira como realmente ficara magoada pelo que havia acontecido entre ela e David e eu padrasto. Nos últimos meses, estivera fugindo da mágoa, fingindo para si mesma que não se importava, que era madura o bastante para se manter sozinha.
Mas, quando descobrira que suas jóias eram falsas, sua vulnerabilidade interna a havia chocado. Quisera se arrastar para algum lugar e apenas chorar. Em vez disso, tivera que sair e contar a Alfonso a terrível verdade.
Por mais que fosse grata pela compreensão dele... e por sua declaração de amor... não se sentia capaz de tomar nenhuma decisão séria sobre seu futuro. Não agora. Não hoje.
— Lamento Alfonso, mas tenho que lhe dizer uma coisa.
— Sim?
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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— Não acho que seja uma boa idéia você ir para Bangcoc comigo. Não, por favor, não comece a discutir, apenas tente compreender. Preciso desesperadamente de algum tempo sozinha para pensar. — Sobre o quê? — Sobre tudo, mas principalmente sobre meus sentimentos por você. — Que são? — N&atild ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 38
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franmarmentini Postado em 29/08/2014 - 15:10:03
foi muito linda essa história :)
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franmarmentini Postado em 28/08/2014 - 17:37:19
6
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vondy4everponny Postado em 24/08/2014 - 20:27:15
AAAAAAAAAH, perfeita. Amei! Do inicio ao fim, eu amei de verdade essa fic. Cê sabe né Jess, eu te importunava pra c**** pedindo mais capítulos! Parabéns por mais esta adaptação amiga, de verdade, foi linda. Beijos, love u <3
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franmarmentini Postado em 24/08/2014 - 13:11:21
:)
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edlacamila Postado em 24/08/2014 - 02:30:24
Ameeei *-*
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iza2500 Postado em 24/08/2014 - 01:32:07
Bonito final, até a próxima.
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bellaherrera Postado em 24/08/2014 - 00:42:51
Ahhhhhhhhh Jesss que final perfeito *-----------------* amei, amei!!!!!!1 Graças a vingança Alfonso se apaixonou, mt fofo ele deixar a vigança de lado por causa da Annie <3 mais uma web perfeita sua chega ao fim :/ espero que venha outras webs ponny's divas!!!!!muitissimo obrigada por compartilhar essa historia comigo!!!milhões de beijoss
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bellaherrera Postado em 23/08/2014 - 23:49:34
Ohhhhhhhhhhhhh diossssssssssss miooooooooooo que babadooooooo!!!mas ainda bem que a mae da Annie abriu os olhos da filha mas eu so espero que Alfonso diga que realmente a ama!!!posta maiss
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edlacamila Postado em 23/08/2014 - 12:41:17
Ahhhhhhhhhh q fofoooooooooooo *-* mas qnd a anny descobrir :/ aaaaaain mds aceita anny :3 postaaaaaaa <3
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bellaherrera Postado em 23/08/2014 - 11:32:59
Onwtttttttttttttt que lindooooo o Alfonso pedindo a Annie em casamento *----------------* pireiiiii!!!!! Que pena que ja sao os ultimos capitulos :/ Jess eu nao estou conseguindo comentar na sua outra web nao sei o motivo, então se eu nao comentar hj ou amanha nao estranhe e coloque a culpa no fanfics brasil kkkk. mas eu adorooooo aquela web!!! milhões de beijos, mana!!!