Fanfic: A aposta (Continuação) | Tema: Fátima Bernardes William Bonner
Uma semana e meia se passou. Sentado em sua cama, William passava canais da TV aleatoriamente. Estava finalizando as considerações finais de seu artigo. Faltava apenas revisar e estaria finalmente pronto. Esses últimos dias haviam sido os mais longos de que ele se lembrava de viver em toda a sua vida. Afundou-se em trabalho, praticamente não fez outra coisa. Descia para comer no horário de sempre, mas já sabia que não se encontraria com ela. Nem alimentou essa esperança dentro de si. Algumas vezes, caminhou no jardim. Lá de baixo, olhou para a janela dela. A luz estava acesa. Observou por vários minutos, mas ele não a viu. Sentia uma vontade esmagadora de Fátima, não só dos beijos e do cheiro dela, como também de sua companhia e até de seu mau humor. Era como se ela fosse parte dele. Conviveram por anos se encontrando diariamente, mesmo que antes não trocassem uma única palavra, a presença dela era constante no dia a dia dele. Por muitas vezes, chegou a digitar uma enorme mensagem no chat para enviar para ela. Apagou e digitou novamente várias vezes, mas não enviou. Nervoso, fechou a tela do computador. Precisava cumprir com o acordo que ele mesmo propôs. Devia isso a ela. Aquela uma semana e meia teve uma duração diferente no coração dele. Mas escrever a história deles, incorporando-a em seu artigo, mesmo que não usasse os respectivos nomes deles, o aproximava dela de alguma forma. A trazia para perto. E o fazia acreditar que todo aquele esforço era em prol de um passo a mais que daria em benefício dos dois. Não sabia o que viveria com Fátima, talvez durasse um mês ou uma vida inteira. Mas algo o dizia que era para insistir em experimentar tudo o que aquela história tinha para oferecer-lhe. E ele tinha certeza que não tinha acabado. Não ainda.
Fátima não estava menos ansiosa. Já havia terminado seu trabalho, estava revisando-o e imediatamente entraria em contato com William para avisá-lo disso. Estava em um misto de ansiedade e medo de falar com ele novamente. Não sabia o que se passava pela mente dele naquele momento. Reprimia absurdamente um medo violento de que ele não estivesse sentindo falta dela. A tentação de atravessar aquela porta e bater no quarto dele era avassaladora. Mas não o fez, apenas desejou. Chorava ás vezes no banho, quando se sentia sozinha, era abatida por uma necessidade absoluta de conversar com alguém. Mas a tristeza passava rápido, se conformava com a ideia de que era provisório, além de ser uma escolha que visava totalmente o seu trabalho. Isso, de alguma forma, acalmava o coração dela.
Eram cerca de onze e meia da noite. Fátima acabava de sair do banho. Não estava suportando olhar para o computador. Enrolada na toalha,abriu a mala e fuçou em busca de uma roupa confortável. Remexeu sua própria bagunça, procurando uma calcinha. Viu o vestido vermelho de renda que usou na noite do primeiro beijo dela e de William e sentiu seu coração disparar. Esticou-o em sua frente, segurando-o pelos dois ombros. Olhou para ele por alguns segundos, lembrando-se de quantas lembranças ele representava. Fechou os olhos e quase pôde sentir sua barriga encostada na fivela do cinto de William, roçando nele enquanto se beijavam. Aquela chuva gelada pingava em seu corpo, mas ela não sentia frio. As mãos de William não deixavam que ela sentisse. Fátima se arrepiou com a recordação do cheiro dele. Abriu os olhos e jogou o vestido atrás da mala. Pegou uma calcinha e um macacão bege, curto e largo. Soltou os cabelos secos de um coque frouxo, se perfumou e decidiu ir até a janela. Ver a noite através de seu quarto era sempre um momento muito inspirador em seu dia.
Exatamente ao mesmo tempo, William andava de um lado para o outro em seu aposento. Tinha medo de surtar sem contato humano. Nada o agradava na TV, não suportava mais trabalhar e não tinha sono. Decidiu fumar um cigarro. Era o que mais havia feito também nessas últimas semanas. Evitava fumar na janela, sabia que chamaria a atenção de Fátima. Mas naquele dia, simplesmente se viu fechando os olhos e tragando a fumaça, olhando para a piscina de dentro de seu quarto.
Fátima ouviu-o pigarreando, ao lado esquerdo dela. Sentiu seu coração parar alguns segundos. Olhou para o lado, jogando de leve o corpo pra frente, mas viu apenas os braços dele para fora. Em uma das mãos, ele segurava o cigarro. Ela voltou rapidamente para trás, para que ele não a visse nem que tentasse. Uma lágrima insistente escorreu no olho dela. Aquela proximidade dele a fez sentir uma saudade dolorosa. Quase podia alcançá-lo, se esticasse o braço. Mas não o fez. Enxugou essa e as várias lágrimas posteriores que caíram de seus olhos. Achava uma bobagem chorar por um motivo banal como aquele, mas já fazia um bom tempo que se surpreendia com seus próprios sentimentos. Ele despertava nela uma total fragilidade emocional. Apoiou no peitoril da janela com os cotovelos. Deixou os braços eretos e as mãos abertas e deitou sua testa na palma das duas mãos. Respirava fundo, chorando baixinho. Torceu para que ele não escutasse, mas foi em vão. William a ouviu fungando o nariz. Seu coração disparou e ele tentou visualizar a janela dela. Viu apenas as pontas dos dedos dela e o topo de sua cabeça. Notou que ela estava chorando discretamente. Não teve reação alguma. Apenas se encostou no vidro da janela e continuo fumando, anestesiado. Queria saltar até ela e abraçá-la para sempre. A sensação de ouvi-la chorando era terrível e cruel. Não podia se conformar com aquilo, não achava justo sofrerem calados e sozinhos por algo que estava ali, tão ao alcance dos dois. Era apenas o começo de uma história sincera, não havia crime, não havia coação, não havia maldade alguma, porque precisavam abdicar disso daquela forma? Por mais que, no íntimo, ele soubesse a resposta, estava completamente cego de vontade de ir até ela. Bateu a janela com força e apagou o cigarro dentro de um cinzeiro que possuía em cima da escrivaninha. Foi até o banheiro, lavou o rosto e ficou lá, olhando para o espelho enquanto pensava um milhão de coisas.
Fátima se assustou com o estardalhaço da janela que William bateu repentinamente. Enxugou as lágrimas, respirou fundo e entrou para o quarto. Deitou-se na cama, apagou as luzes e olhou para o teto por alguns minutos. Fechou os olhos, esperançosa que fosse conseguir dormir, mas isso não aconteceu. Pensou em William. Sentiu seu corpo pulsar de vontade de estar com ele. Lembrou-se de cada sorriso dele e de como ele era charmoso e sedutor. Imaginou como seria passar a noite ao lado dele, senti-lo tocando cada milímetro de seu corpo. Tentou atribuir esse tesão repentino à total falta do que fazer e à carência em que se encontrava, mas na verdade precisava dele mais do que tudo naquele momento. Fechou os olhos. Era como se seu corpo pegasse fogo de dentro pra fora. Ela deslizou as mãos pelos seios até a barriga, lentamente. Apertou com força a pele, ao lado do umbigo. Respirou fundo e remexeu na cama. O calor que sentia era tão insuportável que ela arrancou a calça e jogou-a ao lado da cama. Ficou vestida apenas com uma camiseta branca, escrito Jornalismo na altura do peito. Era dos tempos da faculdade, apesar de estar velha e batida, Fátima adorava-a por ser confortável e larga. As mangas batiam em seus cotovelos e a barra alcançava até as coxas dela. Ela usava uma calcinha listrada de verde e cinza e estava sem sutiã. Tapou cabeça com o travesseiro, querendo com todas as forças interromper aquele devaneio de pensar em William. No escuro daquele quarto, a luz da lua entrava pela fresta da cortina que estava aberta e iluminava o corpo seminu de Fátima, que remexia na cama inquieta. Ela pensou em si mesma. Em como sempre agiu racionalmente. Em como abriu mão de viver uma infinidade de momentos e aventuras apenas por achar que era arriscado, ou por medo de que não desse certo e ela saísse machucada. Era uma atitude um tanto quanto covarde para quem se dizia tão corajosa e ousada. Se sentiu mal, se sentiu fraca e medrosa. Se arrependeu levemente, sentiu vontade de voltar no tempo e tomar todos os porres, pegar todas as caronas e beijar todas as bocas que dispensou por pura necessidade de ser sempre um exemplo a ser seguido. Naquele momento, apenas queria seguir sua vontade sem pensar nas conseqüências, pela primeira vez. Não só seu coração como também seu corpo, imploravam por William. Algumas pessoas procuram incansavelmente por um final feliz. Fátima queria apenas a parte do feliz, o final pouco importava a ela. Não naquela noite.
Ela saltou da cama e correu até a porta. Esticou a mão em direção a maçaneta, mas nem chegou a tocá-la. Hesitou por alguns instantes. Girou o corpo e ficou de costas pra porta, encostada nela. Não poderia se permitir fraquejar. Esfregou o rosto , desnorteada. Mas algo foi mais forte e ela se virou novamente, girando a maçaneta e abrindo aquela porta de uma vez por todas. Sentiu suas pernas bambearem ao ver que William estava parado, bem na porta do quarto dela. Sentiu seus olhos umedecerem ao vê-lo. Foi uma transmissão de pensamento dos dois. Ela soltou a respiração e olhou bem no fundo dos olhos dele. William engoliu seco e deu dois passos em direção a ela. Tudo isso aconteceu em milésimos de segundos. Fátima sentia seu coração saltar dentro do peito desenfreadamente. Sentiu uma lágrima escorrer nos dois olhos.
- William, eu... eu não agüento mais! – falou, choramingando.
Ele entrou pela porta e parou entre o vão. Encostou o dedo indicador nos lábios dela delicadamente.
- Psiiiiiu! Não fala nada! – ele disse, baixinho.
William chutou a porta com força atrás de si. Segurou na bainha da própria camiseta de pijama e a arrancou, deixando seu peito despido. Vislumbrou Fátima. Ela estava absurdamente deliciosa com aquele blusão meio masculino, deixando as coxas expostas. Com o olhar flamejando, ele olhou para ela. Segurou a cintura dela e a puxou pra si. Fátima sentiu um tranco encostando-se nele. Ficaram com os narizes colados, ofegantes. Fátima abaixou a cabeça, olhando para o peito dele e alisando-o, enquanto seus dedos corriam por entre os pelos dele. William aguardou silencioso e excitado enquanto ela se deliciava, mordendo na boca. Ela levantou o queixo e olhou fixamente pra ele com um olhar que o dizia tudo. William sorriu pra ela, completamente extasiado. Impulsionou seu corpo para frente, caindo em cima dela na cama. Segurou os dois braços de Fátima ao lado da cabeça dela, imobilizando-a. Beijou a boca dela ferozmente, como se matasse sua sede após caminhar por horas em um deserto. Desceu a cabeça até as coxas de Fátima, aonde acabava a camiseta que ela usava. Mordeu a parte de dentro das pernas dela. Ela revirava os olhos e se remexia, com as mãos presas por ele. William soltou as mãos dela. Ele se ajoelhou na cama, segurou os tornozelos dela e os puxou, de forma que os pés de Fátima ficassem encostados no peito dele. Beijou os pés dela e, nos intervalos dos beijos, olhava para o rosto dela. Os dois não precisavam de palavras para se comunicarem e se entenderem completamente. Dialogavam em uma linguagem corporal.
Fátima arrepiava todo seu corpo quando sentia a boca macia de William tocando-a. Vê-lo beijando e lambendo de leve seus pés foi a cena mais surpreendente e erótica que ela já havia visto em toda sua vida. Ele não fazia idéia o quanto ficava sexy vestido apenas com aquela bermuda fina e cinza de pijama. William soltou suas pernas. Colocou as mãos nos dois joelhos dela e abriu as pernas dela para que ele pudesse se posicionar no meio delas. Carinhosamente, ele segurou na barra da camiseta dela e a deslizou vagarosamente pra cima. Na mesma medida que subia, os olhos de William corriam pelo corpo dela. Fátima nem piscava observando tudo, muito ofegante. Ele enfiou a língua dentro do umbigo dela e lambeu a linha central de sua barriga, de baixo pra cima. Ele pausou quando a camisa já estava toda embolada, prestes a despir os seios dela. Fátima sentia o corpo de William pegar fogo, assim como o dela. Sutilmente, ele puxou o camisetão dela. Os mamilos brotaram e ela percebeu que ele engoliu seco e respirou ofegante. Ele se abaixou e passou a língua nos seios dela. Fátima trepidava e sentia seu corpo vibrar. Ela levantou os braços e retirou sozinha a camiseta pelo pescoço, jogando-a longe. Cruzou as duas pernas na cintura de William e esfregava os pés aleatoriamente nas costas dele. Enfiou o dedão dentro do cós da bermuda dele e tentava abaixá-la com os pés, sem sucesso. Ela sentia a língua dele percorrer seu peito em círculos e subir lentamente, até seu pescoço. Fátima gemeu baixinho, quase sem perceber. Ele mordeu-lhe o queixo e naquele momento, ela pôde reparar especificamente no cheiro dele. Ficou inebriada. Excitação não era exatamente a palavra que definia o que ela estava sentindo, era muito mais que isso. Ela correu as mãos pelos cabelos de William, puxando de leve a cabeça dele pra cima. Ele a beijou e foi um dos melhores beijos que ela já deu em toda sua vida. Notou quando ele desceu a bermuda e puxou a calcinha dela de uma só vez. Ele estava sem cueca e a penetrou com cuidado, mas firmemente. Fátima sentiu seu corpo flamejar, enquanto ouvia William gemer no seu ouvido. Ela gemia baixinho, sentindo-o dentro dela se remexendo em um ritmo rápido e sensual. O contato do corpo dele encostado no dela, como se estivessem presos e colados um ao outro proporcionava a ela uma sensação única. O atrito de seus pelos roçando nos seios dela e sua barba espetada arranhando deliciosamente seu pescoço e suas orelhas fez com que ela agradecesse a si mesma por aquela decisão de levantar daquela cama e se deixar viver aquele momento com ele. Não sabia absolutamente nada a respeito do futuro, o amanhã para ela era uma incógnita. Mas valorizar o presente e se levar menos a sério quando se tratava de fortes sentimentos era um importante aprendizado que ela adquiriu. Momentos como aquele ao lado do homem que despertava seus piores e melhores sentimentos, simultaneamente, faziam todo e qualquer vestígio de peso de consciência se dissipar e todas, TODAS as suas escolhas, valerem a pena.
Autor(a): bonemerlove
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 40
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karlalr Postado em 13/05/2015 - 18:04:32
Linda linda linda
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FicsBonemers Postado em 02/10/2014 - 16:52:03
http://fanfics.com.br/fanfic/38533/uma-mulher-chamada-misterio-william-e-fatima- bonemer
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FicsBonemers Postado em 02/10/2014 - 16:51:36
Amanda, adorei a Fic. parabéns. acompanhei todos os capítulos. escrevo uma fic também se puder divulgar obg. http://fanfics.com.br/fanfic/38533/uma-mulher-chamada-misterio-william-e-fatima- bonemer
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dii_paulla Postado em 01/10/2014 - 00:39:27
Eu to feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz pq o final foi simplesmente o melhor de todos os tempo, e triste pq foi o fim. Vc deve continuar escrevendo. Faz outra fic dos tempos atuais, tenho certeza q vai ser ¨®tima!
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neucj Postado em 01/10/2014 - 00:04:32
Poxa uma pena q a fic acabou,vc escreve muito bem. Parabéns!!! Vc devia escrever outra fic nos tempos atuais, seria ótimo.
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andersen Postado em 30/09/2014 - 23:36:39
continua a escrever, vc é ótima parabéns
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luiza_piedras Postado em 30/09/2014 - 22:18:18
Cara, você acabou com meu emocional esses meses que acompanhei a fic, e de verdade, uma parte de mim "morreu" hoje, com esse último cap. Você escreve muito bem, devia continuar!! Parabéns, amei a fic ♥ Bjoos
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andersen Postado em 29/09/2014 - 18:53:20
Que lindo esse capitulo, to emocionada até, só falta ser trigêmeos hahaha
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dii_paulla Postado em 26/09/2014 - 00:32:11
Tomara q ela conte logo da gravidez. De preferência no próximo cap. A cada dia q passa a fic fica melhor. Ansiosicima pelo próximo cap. :D
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ma_bassan Postado em 25/09/2014 - 17:56:24
Cada dia que passa fico mais apaixonada por essa historia!Pois parece ser mais real do que o normal,nunca tinha lido uma fic deles tão perfeita, que descreve tudo e cada detalhe !!!Perfeita perfeita, esses dois marrentinhos e perfeitos