Fanfic: ¿En Dónde Estás? | Tema: Vondy

Dez anos depois.

─ Que saco, Juliana! – gritou de saco cheio – Devolve meu batom!

A porta se abriu e por ela passou Christopher, Thiago e Manuel, de dez anos. Os três acabaram de voltar de um jogo de tênis e davam altas gargalhadas.

─ Papaaaai! – Juliana, a caçula, foi correndo abraçar o pai.

─ Christopher, ela mexeu nas minhas coisas de novo. Essa menina tá terrível, não me obedece, eu tô ficando maluca. MALUCA! – gritou.

Ucker os meninos riram com o jeito histérico da mãe.

─ Princesa, o que pegou da mamãe dessa vez? – perguntou ele a olhando.

Ela mostrou o batom vermelho que tinha na mão.

─ Sou grande, papai. Quero passar.

─ Esse é muito forte pra você, depois o pai leva você pra comprar um pra sua idade, tá? – ela assentiu contente – Agora devolve esse pra mamãe.

Juliana correu até onde sua mãe estava.

─ Desculpa, mamãe. – devolveu o batom.

Dulce sorriu.

─ Tudo bem, princesa. – olhou para Christopher – Ela só obedece você. – fez bico.

Ucker sorriu e se aproximou.

─ Você tem que ter mais paciência, pequena. – deu um selinho nela.

─ Pai, vou sair. – Thiago se aproximou.

─ Onde vai?

─ Encontrar a Sophia. – sorriu.

─ Juízo, hein. – alertou Dulce.

─ Sim senhora! – disse fechando a porta da casa.

─ Senhora? Christopher, eu tô velha? – perguntou preocupada se olhando num espelho que havia na sala.

Manuel e Ucker riram.

─ Uma vovó já. – brincou o filho. Dulce o fuzilou – Brincadeira mãe. – riu. – Tá linda.

─ Mesmo? – sorriu.

─ Pergunta pro pai.

Dulce olhou para Ucker.

─ Dulce María é uma Avril Lavigne da vida, não envelhece nunca.

─ Quem dera se eu fosse linda como ela. – disse Dul sorrindo.

─ Não, você é muito mais linda que ela. – segurou o rosto dela entre as mãos e a beijou.

─ Credo! – disse Juliana fazendo careta, fazendo o irmão rir.

─ Chega vocês dois! – olhou o celular – Posso ir me encontrar com a Valentina?

─ Pode, mas volta cedo. – disse Dulce se separando do beijo.

Ele assentiu feliz e saiu.

─ Como crescem rápido. – continuou ela. – Quanto menos esperarmos é Juliana com as paixonites.

Christopher a olhou sério.

─ Só depois dos trinta.

─ Imagina se você tivesse me esperado até eu completar trinta pra tirar minha virgindade. – sussurrou no ouvido dele.

─ Amor, não provoca que não podemos. – olhou para a pequena que estava sentada no chão brincando de Barbie.

Dulce bufou.

─ Mas eu tô com vontade.

─ O que é virginidade?

Dul e Ucker se olharam de olhos arregalados.

─ É virgindade, princesa. – corrigiu Dulce corando. – E isso só quando estiver do tamanho do Thi você vai entender melhor.

─ Não, quando estiver do tamanho da sua mãe. – disse Ucker.

Dulce riu negando com a cabeça.

─ Chris, precisamos conversar sério. – o olhou e se virou para Juliana – Ju, eu e seu pai estamos no quarto, tá? – ela assentiu – Se comporta.

Saiu puxando Christopher para o quarto. Quando entraram, ele se sentou na cama e ela foi pegar um envelope dentro do guarda-roupa.

Ficou em pé na frente dele.

─ Eu tô pensando seriamente em abrir uma creche, porque do jeito que as coisas estão... – entregou o envelope para ele.

Ele o pegou, sem entender e o abriu. Leu atentamente tudo o que estava escrito e sorriu quando chegou em uma única palavra. Se levantou e a beijou. Ia começar a levantar a blusa dela, mas ela o impediu.

─ Dul... – reclamou.

─ Você mesmo disse que não podemos por causa da Juliana. – sorriu da cara de cachorro que caiu da mudança que ele fazia – E aliás, tudo o que acontece a gente comemora... Por isso estamos assim, com três filhos.

─ Quatro. – corrigiu passando a mão na barriga dela que sorriu – E amor, você está grávida, então não tem chances de engravidar com um bebê aí dentro.

Ela riu.

─ Eu sei. – mordeu o lábio inferior. – Espera até de noite quando todos dormirem que eu juro que vou te recompensar.

─ É? E como? – a abraçou pela cintura.

─ Huuuum – fingiu pensar – Lingerie preta, transparente... Uma dança particular... – falava baixo com voz sensual – Um sexo oral que vai te deixar louco. – sussurrou no ouvido direito dele, passando a língua em seguida – Sexo selvagem... em cada canto desse quarto. – sussurrou no outro ouvido, dando uma mordida.

Christopher já estava duro só de imaginar o que o aguardava.

Dulce passou a mão na ereção dele por cima da calça.

─ Já tá assim, bebê? Eu nem fiz nada. – fez cara de inocente.

─ Dulce, quando eu te pegar... – disse entredentes.

─ Não vejo a hora. – disse com a voz sensual se afastando. – Vai tomar um banho gelado, amor... pra esfriar a cabeça.

Saiu do quarto rindo e Christopher riu negando com a cabeça e indo até o banheiro.

Mesmo depois de tanto tempo, o fogo não se apagou.

Thiago, 14 anos:

Manuel, 10 anos:

Juliana, 05 anos: