Fanfic: Paixão sem compromisso (Adaptada) AyA [Finalizada] | Tema: Rebelde/ Aya/ Romance + Hot

— Será que consigo acertar?

—Você deve golpear à bola para que ela caia onde a minha caiu, do outro lado do lago. — Alfono riu.

— Claro, tem de evitar que vá parar na água ou entre as árvores.

— Quero experimentar.

Ele colocou-se atrás de Anahí, encostando seu corpo no dela. Foi inevitável sentir uma excitação especial naquele contato. Alfonso guiou-lhe as mãos até que segurassem o taco da ma­neira correta e treinou o movimento de bater na bola, que não deixava de lembrar um passo de dança.

— Não vá confundir as bolas e me acertar na hora de bater.

— Entendi. — Anahí liberou uma risada alta e rouca. Alfonso recuou preventivamente, ante as oscilações erráticas do taco da aluna. Quando ela conseguiu golpear a bolinha, esta parou a poucos metros, sobre o gramado.

— Desisto — anunciou.

— Estamos só brincando. Os golfistas profissionais tam­bém erram. Tente de novo.

Anahí agora se mostrava menos ansiosa. Os olhos brilha­vam, as bochechas estavam coradas e o vento brincava com seus cabelos, despenteando-os.

— Vamos lá. — Anahí posicionou mais uma bolinha, ergueu o taco e girou-o no ar.

—Anahí !—gritou Alfonso, protegendo a cabeça com os braços. O taco quase o atingira.

— Desculpe-me — ela disse, olhando por sobre o ombro, parecendo decidida a completar a jogada.

— Tudo bem.

Dessa vez, Anahí acertou um bom golpe e a bola voou longe.

— Viu só? — comentou, contente. — Jogar golfe é fácil.

— Fácil? — Ele se aborreceu. — Vejamos se você consegue acertar duas entre três bolinhas.

— Colocou mais uma bola no tee de apoio.

— Sou adulta e determinada, Alfonso.

—  Sei disso. Mas não invente regras de conduta aonde quer que você vá.

Anahí compreendeu que Alfonso estava frustrado por ainda não tê-la levado para a cama. Voltando a se estressar, errou infan­tilmente a jogada, e ele a censurou por manter o taco alto demais. Cingiu-a por trás a fim de demonstrar a posição correta. Ela sentiu a rigidez da excitação que o dominava, ao mesmo tempo em que sua pele formigava, sem mencionar o resto do corpo.

Homens! Sempre preocupados em exibir virilidade. Não que ela se importasse. Aliás, era uma situação envolvente, sobretudo quando Alfonso a enlaçou pela cintura, plantando seguidos beijos em sua pescoço.

— Estou aqui para protegê-lo, Alfonso. Não devemos ir longe demais. — Anahí quis preveni-lo, mas sua respiração entrecortada a traiu. O coração se acelerava a cada vez que Alfonso esfregava a virilha contra seus quadris, mostrando-lhe o ta­manho do desejo.

Alfonso pousou o queixo no ombro de Anahí e tomou-lhe as mãos, que ainda seguravam o taco, sob o pretexto de mostrar a melhor posição para jogar.

— Você tem de balançar o corpo, quer dizer, o traseiro, na hora de bater.

—  Este jogo está ficando muito chato — ela comentou, porém acertar o golpe era uma questão de honra.

Conseguiu, e ansiou que ele a abraçasse por trás mais uma vez. Contudo, limitou-se a posicionar uma nova bolinha, confiante em que a lançaria para além da copa das árvores, até a outra margem do lago.

De súbito, notaram que a chuva se iniciava por meio de largas circunferências formadas na superfície do lago. Alfonso a instou a permanecer onde estava, pois se tratava apenas de pingos esparsos. No entanto, não demorou muito para que a água caísse com mais força, impedindo-os de ficar ali. Alfonso abaixou-se e ergueu Anahí até seu ombro, pedindo-lhe calma.

— Ei! — ela esboçou um protesto.

— Vamos nos proteger embaixo da imensa copa daquele carvalho.

No momento em que ele a colocou no chão, debaixo da árvore, não mais conseguiu soltá-la.

Anahí embriagou-se com o perfume único de terra molhada misturada à fragrância máscula de Alfonso. Estavam ali en­charcados pela chuva e pela seiva dos corpos desejosos, que se misturavam perfeitamente ao cenário natural.

Com abraços, carícias e beijos delirantes, iniciaram uma luta de paixão e amor onde não haveria vencedores.

Alfonso beijava com fervor. Lábios e línguas se mesclaram num bailado único de intensa paixão.

Completava-se aos poucos a magia do ato de amor e es­perança, mas...

— Anahí? — Alguém gritou o apelido dela, e a voz parecia soar muito perto.

— Não é possível! — Anahí resmungou.

Então, Alfonso avistou um homem idoso, de cabelos brancos e óculos de aros metálicos, empunhando um guarda-chuva para proteger-se dos pingos fortes, e mesmo assim refugiado sob outra árvore próxima.

— Anahí! — o homem repetiu, depois acenou quando a viu.

— Deixe-me adivinhar. É o pai de Hank ou de Sammie — disse Alfonso.

Anahí colou os dedos sobre a boca, indicando para que ele ficasse quieto.

— Não. Esse é Vic Lopez. Outro amigo e funcionário de meu pai.