Fanfic: Paixão sem compromisso (Adaptada) AyA [Finalizada] | Tema: Rebelde/ Aya/ Romance + Hot

Sammie voltou carregando diversas bandejas com salgadinhos e doces.

— Vejam só! — exclamou. — Temos suprimento para até amanhã cedo.

— Que bom... — Anahí resmungou, encostada à porta da cozinha, indecisa entre cozinhar seus pratos leves e consu­mir comida pouco saudável.

— O aspecto é normal? — Hank interpelou Sammie. — Não teremos de comer as coisas sem gosto que Annie faz?

Ela girou a cabeça e dirigiu um olhar fulminante a Hank.

— Parece muito bom — Sammie declarou.

— Alfonso me mandou comprar do bom e do melhor — in­formou Peg.

— E ele conhece culinária? — Franklin indagou.

— É um mago na cozinha — disse Hank com convicção. — Prepara um café da manhã sensacional.

Franklin retomou o olhar espantado e localizou Anahí junto à porta interna.

— Por que não me contou?

—  E deveria? Quer que Alfonso também lhe faça o café da manhã?

O coração de Anahí disparou quando ela o viu entrando na sala. Alto como era, fez o lugar parecer menor. Estava à vontade, trajando jeans gastos, mocassins e camiseta preta sobre o tórax forte.

—  Tanto gosta — assegurou Anahí a seu pai — que eu mesma conheci várias das suas ex-namoradas.

Ainda bem que ela tomara sua defesa como homem viril. Alfonso por certo não estava disposto a convencer o grupo, es­pecialmente Franklin, de sua preferência sexual. Talvez não fosse prova suficiente para o ex-policial, mas com certeza ele havia visto a foto do beijo dele em sua filha no jornal Keys Confidential.

Acenando para os outros, Alfonso não tardou em juntar-se a Anahí  na porta da cozinha, pois nunca seria capaz de resistir àquela figura capaz de despertar paixões inconfessáveis. Ha­via trocado a roupa de trabalho por um short justo e uma camiseta cinzenta com o emblema de sua antiga força poli­cial. Os cabelos escuros densos emolduravam um olhar de anjo e os lábios carnudos e pintados com um batom suave. Estava descalça e dobrava os dedos dos pés sensualmente.

Alfonso sentiu prazer em constatar sua imediata excitação.

— Olá — cumprimentou-a.

—  Tudo bem? — retribuiu ela, molhando os lábios com ingênua provocação.

— Muito prazer — interveio Franklin, que marchou até Alfonso e bloqueou em parte sua visão de Anahí. — Sou o pai de Anahí.

— Como vai o senhor? — Alfonso ofereceu a mão e declinou seu nome. — Prazer em conhecê-lo, finalmente.

Relutante, Franklin fitou a mão estendida de Alfonso e, em seguida, o rosto contrito da filha, que estreitou os olhos en­quanto torcia para o pai não cometer nenhuma gafe e cum­prir o prometido. Mas, o pai terminou por não desapontá-la, apertando a mão de Alfonso.

— Da mesma forma — disse Franklin. — Reconheço que você não fica mal quando devidamente vestido. Deveria se apresentar sempre assim, sobretudo aos fotógrafos...

— Sim, senhor — ele concordou, intensificando o aperto de mãos, demonstrando firmeza e convicção.

— Agora, quanto a beijar minha filha...

— Papai! — ela gritou.

— Quanto a isso — Franklin prosseguiu — acredito que faça parte da cobertura dos tablóides. Também suponho que eu deva lhe agradecer o contrato com a minha empresa.

— Não há necessidade — devolveu Alfonso, ainda engajado na disputa silenciosa de medir forças por intermédio do aper­to de mão.

Anahí aproximou-se e, assim, o contato manual se desfez.

— Por que não me ajuda na cozinha? — ela propôs a Alfonso.

— É tarde — comentou Hank. — O que já está cozido não dá para refazer. Pretendo me concentrar nos salgadinhos que Peg trouxe.

Alfonso riu, provocando igual reação em Franklin. Anahí en­rugou a testa e repetiu o convite.

— Assim poderão ficar um pouco sozinhos — sentenciou Franklin com sabedoria.

— Ei, Franklin — aparteou Vic, recém-chegado. — Quer que eu fique de olho neles, na cozinha?

Já com um pé no outro cômodo, Alfonso e Anahí pararam e olharam para trás.

— Desculpe-me, Anahí  — Vic completou. — Você sabe como são os policiais, mesmo aposentados. Um protege o outro.

— Melhor você se calar, Vic — decretou Franklin. — Eles não vão tão longe assim. Aliás, Alfonso, ouvi dizer que você cozinha muito bem.

A conversa ali girava em círculos, concluiu Anahí, aborre­cida. Quanto antes todos comessem e passassem ao jogo de pôquer, melhor. Resgatar Alfonso da curiosidade alheia, levan­do-o até a cozinha, também seria bom.

— Fui operário da construção civil — ele explicou. — Co­mo gostava de comer bem, tive de aprender.

— Quando soube disso, seu chefe o demitiu? — Franklin insinuou.

— Ele não foi demitido de nada — Anahí declarou em tom firme. — Saiu por conta própria, para montar uma empresa de desenvolvimento imobiliário, mas ainda mantém um bra­ço na construção. Você precisa ver o que está fazendo na casa dele.

— Sim, lemos no tablóide que a mansão é uma beleza.

— Alfonso... — Anahí tocou-lhe o ombro a fim de deslocá-lo para a cozinha e se livrar de tanta bisbilhotice.

—Sei que foi restaurada — continuou Franklin. — A suíte nupcial deve ser o sonho dourado de qualquer noiva... Ruborizada, Anahí não hesitou em puxar Alfonso pelo braço, mas o pai seguia retendo o visitante.

— Não foi a sua firma que construiu esta casa, foi?

— Certamente não.

— Pois precisa de uma boa reforma— disse Franklin em tom queixoso. — O material usado é de segunda.

—  O que pretende reformar? — Alfonso deu trela ao an­fitrião.

— O telhado, a cozinha. Ampliar meu quarto, que é muito pequeno para um casal.  —  Ele piscou para Peg.

Josh suprimiu um sorriso ao perceber o flerte entre os dois. Era o que havia esperado quando convidara Peg para vir, mas Franklin precisava melhorar muito, como pessoa, para se tornar um bom companheiro.