Fanfic: Paixão sem compromisso (Adaptada) AyA [Finalizada] | Tema: Rebelde/ Aya/ Romance + Hot

Dias mais tarde, quando Alfonso comunicou a Anahí que al­moçariam num clube ultra fechado, ela deduziu que sua pre­sença não era indispensável como guarda-costas ou suposta namorada. Não havia como os paparazzi ou mulheres como Perla invadirem aquele domínio sagrado.

O comportamento dele continuava sendo estranho. Os in­sultos durante o jogo de pôquer possivelmente o haviam con­vencido de que fazer amor com ela não valia o vexame, so­bretudo se planejava encerrar o contrato ou cortar relações com ela após conseguir possuí-la.

O clube fechado serviria de cenário ideal para tal confis­são. Anahí julgava estar preparada para ouvir a bomba, mas não estava.

Ao sentar-se à mesa, sem conseguir ler o cardápio, ela deixou que Alfonso escolhesse os pratos. No rosto dele, pare­ciam escritas as palavras: Você está fora da minha vida!

Alfonso sugeriu um prato indonésio, à base de camarões. Mais que depressa, Annie concordou. Alguns minutos adicio­nais daquele insuportável suspense a deixariam totalmente neurótica.

Ele, então, falou de um evento de gala ao qual teria de comparecer. O coração de Anahí bateu forte enquanto ele explicava que a festa vinha sendo planejada havia meses, mas...

— Mas você não precisa ir, se não quiser.

—Você vai acompanhado de mais alguém? Outra mulher?

— Não. — Ele meneou a cabeça. — Claro que não.

Anahí franziu a testa. Tinha sido idiota em perguntar. Ja­mais ele diria.

— E gostaria que eu fosse?

O garçom se aproximou com o bloco de pedidos, interrom­pendo a conversa.

— Dê-me um minuto — Alfonso pediu-lhe.

—Não, já escolhemos. — Ela confirmou a escolha do prato indonésio e o garçom se afastou. Em seguida, Anahí prosse­guiu: — O plano era fingirmos um envolvimento romântico, em público. No entanto, se preferir que eu não vá...

— Eu não disse isso — ele a refutou com firmeza. — Ire­mos juntos.

Era como se, subitamente, Alfonso tivesse esquecido os dias precedentes, quando havia se esquivado da proximidade com Anahí. Estaria ele retomando uma vez mais o clima de sedu­ção? Por quanto tempo?

— Você notou que Hank e Sammie já não estão nos vi­giando como antes?

— O quê?

— Por que anda tão estranho ultimamente, Alfonso?

O semblante dele mudou. Agora parecia preocupado, e sua voz soou meiga:

—  Annie... — Alfonso colheu-lhe a mão sobre a mesa e ela curvou os dedos numa gentil carícia. —  Vamos juntos à festa — ele completou. — Eu até a deixo dirigir.

— Não nesta noite — Ela atalhou. — Não quero amassar meu vestido longo.

— Vermelho?

— Exato, se você fizer questão.

— Parece até que tem uma coleção, em diferentes cores.

— Não vermelho, mas sei onde comprar, juntamente com tudo o que preciso usar debaixo do vestido.

— Como, por exemplo, uma liga de elástico, larga, para o seu revólver? Gostaria de acompanhar você nas compras. Se provar o vestido na minha frente, então...

— Se não estiver muito ocupado...

— Cancelarei alguns compromissos da minha agenda, du­rante a semana.

Alfonso já sorria como antes, sedutoramente. Anahí conside­rou positivo alimentar sua fantasia e os fetiches, pois isso só faria bem a ambos.

Pura e simplesmente, ele queria estar com ela e, na pri­meira oportunidade, dizer o quanto a amava. Não era tão fácil. Talvez, após aquela festa de gala, ela lhe confessasse que não sentia o mesmo. Por isso, importava muito usufruir a proximidade de Anahí no dia marcado para as compras.

Estavam numa butique feminina chamada Kiki, tão grande que Alfonso levou quinze minutos para perceber que, com exceção de algumas crianças, ele era o único homem ali.

Distraída com a coleção de camisolas, Anahí ouviu alguém chamar:

— Ei, Alfonso!

Ele olhou para trás e viu uma morena de cabelos curtos, bonita de corpo. Mexeu nas roupas penduradas a fim de blo­quear a visão de Anahí, que, naquele momento, na qualidade de guarda-costas, já pensava em puxar sua arma. A morena estava acompanhada por uma loira igualmente vulgar. Am­bas se aproximaram de Alfonso e passaram a língua nos pró­prios lábios, oferecendo-se sem pudor.

— Ei, querido, tire a sua camisa e me mostre aquela sua tatuagem.

— Agora não é o momento — Alfonso rebateu, aborrecido. — Não me interessa o que vocês querem de mim. Estou acompanhado. Se pretendem falar mais alguma coisa, pe­çam desculpas à minha namorada.

Anahí ficou visível entre as camisolas suspensas.

— Velho bobo! — insultou a morena, distanciando-se e levando a outra pela mão.

Alfonso ficou atordoado pelo xingamento. Velho? E bobo?