Fanfic: Paixão sem compromisso (Adaptada) AyA [Finalizada] | Tema: Rebelde/ Aya/ Romance + Hot

Assim que o carro partiu, o celular de Alfonso tocou. Ele não quis atender, ainda atordoado pelos acontecimen­tos que haviam estimulado sua libido até um nível crítico.

— Chamada de celular — Ela o alertou.

— Não ouvi...

— Atenda. Pode ser importante.

— Bem, vou falar rápido. —Ele tirou a mão que acariciava a coxa de Anahí. — Alô?

— Sou eu. Alan. — O advogado perguntou em seguida se Hank e Sammie haviam dado uma trégua ao patrão.

— Deram, mas agora é você que está me rastreando.

— Desculpe-me, Alfonso, não queria incomodar. E que des­cobri algo interessante e achei que você gostaria de...

— Se for um bom terreno vago ou uma indenização judi­cial, faça uma oferta ou livre-se do problema.

— Você entendeu mal. Não pretendo me livrar do pro­blema.

— Alan, pare de ser tão misterioso. Diga logo do que se trata.

— Agora que pensei no assunto, é melhor não discuti-lo por telefone. Você precisa ver.

— Mande por fax para a minha casa.

— Vamos nos encontrar no escritório. Estou indo para lá.

— No escritório? Mas... —Alfonso calou-se porque Alan tinha desligado.

—  Por que precisamos ir ao seu escritório? — Anahí quis saber.

Parecia algo grave. Do contrário, Alan não se mostraria agitado a ponto de exigir a presença de Alfonso numa reunião e a seguir desligar.

Não! Um paparazzi não teria como tirar fotos de Anahí seminua, no provador da butique feminina, enquanto expe­rimentava as roupas novas. Como seria possível? E a ven­dedora, que não cessara de espiá-los, poderia ter usado uma câmera digital? Ou mesmo um celular de última geração, entregando o chip com fotos a alguém que as colocasse na internet? Não, isso não!

— Precisamos voltar lá, infelizmente — disse ele.

— Sem problema! — Anahí o serenou. — Aproveitarei para mostrar a Peg a camisola que você me deu.

— A quem?

— Sua secretária, ora.

Deus do céu! Alfonso previu mais dificuldades no horizonte.

— Peg está saindo com seu pai. Não garanto que Franklin vá aceitar pacificamente que eu tenha presenteado você com uma camisola transparente.

— Tem razão. O que está havendo, Alfonso? Por que tanta preocupação?

Ele balançou as pernas nervosamente.

—  Nada de especial, espero. Gostei das compras no shopping. Comprou a liga vermelha também?

— Ah, me esqueci.

— Pena. Você precisa ter uma. E uma peça excitante para um homem, além de servir para esconder uma arma.

Anahí ponderou que aquela se tornara a última de suas preocupações. Queria chegar logo ao escritório e resolver as pendências que ameaçavam estragar seu o dia, previsto para uma troca de intimidades com Alfonso. Na chegada, ele apressou as passadas, como se fugisse de algum fotógrafo bisbilhoteiro, e Anahí teve de pedir-lhe calma a fim de tranquilizá-lo.

Não conseguiu. Quando ela deparou com Peg, na recepção, Alfonso já estava em sua sala, reunido com Alan.

—  Sabe de alguma coisa? — Anahí indagou, apontando o local do encontro.

— Não — respondeu Peg. — Mas contarei a você assim que souber.

— Obrigada.

Annie entrou na sala privativa de Alfonso, mas foi convidada a sair.

— Por quê?

— Porque estou mandando! — ele vociferou.

A brusca mudança de atitude, depois de uma manhã ma­ravilhosa, perturbou Anahí profundamente. Sem dúvida, o as­sunto tratado com Alan era grave, além de confidencial. Em desafio, ela cruzou os braços e não se moveu do lugar.

— Você não deve nem quer ficar aqui — completou Alfonso.

— Há poucos minutos, eu não me rebelaria, mas agora... Além do mais, sou responsável pela sua segurança.

— Deixe assim, Alfonso — contrapôs Alan. — Anahí vai ficar, portanto mostre a ela...

— Mostrar o quê? — Ela impacientou-se.

— Droga! — Alfonso abriu o jornal tablóide que jazia em sua mesa.

Ela recuou, perplexa ante o que viu na primeira página da edição semanal: um musculoso homem nu, de frente, com tarjas presas encobrindo-lhe a virilha. Por certo, foraclicado de surpresa no vestiário do campo.

— Algum outro efeito dessa bomba? — Alfonso inquiriu Alan, mas de olhos postos na reação de Anahí.

— Maior do que aquelas fotos suas, de costas.

— Quem é? — ela perguntou, embaraçada.

— Steve Zilenski.

— Eu o conheço?

— É um astro de futebol americano — Alan explicou, ba­tendo no ombro de Alfonso. — E você, pelo jeito, tornou-se notí­cia velha, para não mencionar a honra recuperada dos Keys.

— Maldição! — Alfonso queria dizer exatamente o contrário. Feliz, abraçou Alan.

Anahí não estava entendendo nada, mas imaginou o pior para a continuidade de seu trabalho como guarda-costas. Tinha de acalmar-se, pois seria penoso demonstrar seus sen­timentos diante de Alan.

— Vocês dois querem que eu saia, agora?

— Logo mais — disse Alan. — Alfonso já não precisa de uma agente de segurança, e teremos de discutir a recisão do con­trato.

Anahí fitou Alfonso e o encontrou mais aliviado do que nunca. Uma bala no coração dela não seria tão dolorida. Realmente ele não necessitava dos seus serviços e, com certeza, evitaria vê-la dali por diante. Tudo estava acabado.