Fanfic: ~ Web: ▬ La Descarada

" O afeto pessoal é um luxo que você só pode ter depois que todos os
seus inimigos são eliminados. Até então, todos os que você ama são
reféns solapando sua coragem e corrompendo sua capacidade de
julgamento.”
Orson Scott Card
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Quando cheguei em casa, lá
estava Maite, Anahí e Alice sentadas no sofá conversando, eu achava
impressionante o modo natural que Anahí falava com minha mulher... se
eu abrisse a boca, talvez ela percebesse que eu estava escondendo algo.

- Oi amor, any vai jantar com a gente hoje!
-
Tu-tudo bem... vou lá pra cima! - eu disse a ela, acho que eu estava
meio perturbado, quando eu estava subindo, ouvi o telefone tocar e may
atender:
- Alo?! ... aah sim, o Alfonso está sim, vou chamá-lo espere um momentinho....
- Amor, seu irmão está no telefone!!
- Irmão?! O Derrick? Nossa ... fala para ele que estou ocupado e mais tarde eu ligo, pegue o telefone dele.

Eu
subi, não estava a fim de falar com meu meio irmão. Ele era filho
bastardo do meu pai com uma de suas secretárias, eu e minha mãe
descobrimos isso quando eu tinha 15 anos, desde então, meus pais estão
separados... Acho que a ultima vez que o vi foi no meu casamento há
quase 12 anos atrás... nós não tínhamos muito contato, coisa que eu não
queria. Passou algum tempo depois, e May subiu pro quarto:

- É... Ela já foi... e Alice está assistindo TV... precisamos conversar!
- Ah não vem com essa... não temos nada pra conversar!
-
A não?! Escuta, eu não sou trouxa... você passou a noite fora, e volto
depois que acabou o expediente da empresa, você dormiu aonde? Não tem
mais família não?
- Não Maite, nosso casamento não tem mais futuro...

- Como assim, “não tem mais futuro”, por que está dizendo isso? – ela disse com lágrimas nos olhos.
- Hump... me deixa May, vou sair!
- ’ Sair... sair pra onde?
- Para esfriar a cabeça... Tchau, não volto pra casa hoje!
- Nãaaaaaaaao!! Alfonso ... volta já aqui...
E
assim foi, saí de lá e deixei chorando e detonando a outra levade
enfeites que foi comprada após nossa ultima briga. Talvez eu não tenha
feito certo... mas eu a traí, traí minha família ao sair com Any, traí
minha família ao pensar nela, ao sonhar com ela ... a tocar nela, eu
estou errando tanto... Tudo estava passando pela minha cabeça, eu
andava com o carro sem rumo pelas ruas e avenidas da Cidade do México,
quando passei em frente à Igreja que me casei com a May, toda minha
vida passou na minha cabeça como um filme ... o 1° beijo com a May, os
planos e sonhos, como ela cuidou de mim quando fiquei doente, como ela
me ajudou a superar o descobrimento do meu meio irmão ... os
preparativos do casamento... ela caminhando sobre o longo tapete
vermelho da igreja totalmente inocente e doce, a troca de alianças ...
a nossa felicidade, a felicidade de todos ... A lua de mel em
Paris, ela virgem, totalmente entregue a mim... o nascimento da
Alice... éramos felizes... eu, nesse tempo a amava... Talvez esse
casamento foi um erro... eu me casei com a minha melhor amiga, minha
confidente... desde quando nos conhecemos com 12 anos... eu percebi que
ainda a amava, porém, não como homem e mulher, e sim pela nossa velha e
forte amizade... talvez esse casamento tenha sido um erro, porque me
casei com minha melhor amiga... Decidi não magoá-la mais... Dar outra
chance a nós dois, vou esquecer Anahí!