Fanfic: Mini Web - Machuquei Um Anjo (AyA) [TERMINADA] | Tema: AyA / Ponny

Capítulo 1 - Minha Vida em 1 segundo

Narração Poncho

    Tudo que fazemos tem uma consequência que nos afetará para sempre. Tinha tudo que sempre quis : vida boa e confortável, família, amigos e um grande amor chamada Anahí. Luz da minha vida, motivo dos meus sorrissos, inspiração para tudo que eu preciso.

Estávamos nos divertindo como a muito, por conta de trabalho não conseguíamos mais fazer. A música estava boa, o ambiente maravilhoso quando a convidei para dançar. Imediatamente aceitou mesmo não sendo seu forte dançar.

Rodopiamos por todo salão como se só estivéssemos nós dois e ninguém mais. O perfume dela, seu corpo tão colado ao meu apenas fizeram com que eu me apaixonasse ainda mais. Terminamos a dança num aplauso silêncio e tomei seus lábios com um beijo. Não me lembrava a última vez que a havia beijado daquela forma, até eu mesmo me espantei.

Num dado momento me pediu silença para ir ao banheiro e eu permaneci na mesa tomando meu drink. A todo instante meu olhar acompanhava ela para onde estava indo. No trajeto que fez notei vários outros olhares em cima do que já era meu e aquilo me invadiu como uma onda enorme de fúria e ventanias.
Anahí permaneceu tranquilamente em seu caminho até o banheiro, preocupada em caçar na bolsa um de seus batons.

Aos poucos fui retornando a calma pois não queria brigas e nem discussões por coisas banais,
afinal sei o quanto ela me ama e que meu amor por ela é infinito. Cerca de uns 10 minutos depois, vejo Anahí retornar. O mesmo trajeto feito por ela minutos antes, é novamente refeito até a mesa onde eu a aguardo. Outra vez os olhares maliciosos a acompanharam, porém dessa vez me mantive no controle sem nem ao menos tirar os olhos de meu drink.

Anahí chegou ao meu lado e num sussurro com sua voz macia me falou ao pé do ouvido : "Um beijo por seus pensamentos". Só aquela doce voz me arrepiou da cabeça aos pés e sem resistir a puxei para meu colo e beijei seus lábios como se fosse a última vez. Surpresa ela chegou a ficar sem fôlego estranhando o quanto tinha muito tempo que nossos beijos não eram assim.

A noite terminou calma e retornamos para casa. Papo animado dentro do carro, risadas gostosas de minha pequena, como eu costumava chamar Anahí, promessas de um resto de noite agitado só para nós dois.

Subimos ao nosso apartamento, ainda não éramos casados mas isso em breve mudaria pois pretendia fazê-lo o mais rápido possível. Entramos, deixei a chave em cima da mesa e quando fui para beijá-la novamente me disse que precisava de um banho antes pois saiu direto do trabalho e foi se encontrar comigo. Apenas a disse que daquela vez passava mas na próxima não me escaparia. Sua risadinha soou em meus ouvidos e me deu um leve beijo antes de subir para tomar seu banho. Subi junto indo pro nosso quarto a espera dela. Deitei na cama sentindo o peso do meu corpo já cansado de um dia cheio. Comecei a lembrar de quando a conheci, nosso primeiro beijo e até as escapinhas que dávamos quando queríamos ficar a sós.

Me detive num pequeno armário em frente a nossa cama. A porta estava meio aberta, talvez minha pequena tenha quardado algo e esquecido de trancar. Me agachei no chão e ao segurar na porta do armário para fechá-la, caiu um envelope de dentro dele. Nunca havia visto aquilo antes, sabia que da mãe dela não deveria ser e muito menos do pai pois a tempos os dois não a escreviam mais. Fiquei curioso e tirei de dentro uma folha dobrada em três partes, que ao desdobrar tinha praticamente um texto inteiro escrito. Não tinha remetente na carta e aquele fato me deixou preocupado, será que era algum namoradinho antigo de escola ou apenas uma
troca de cartas entre amigas.

Espiei no banheiro e Anahí ainda estava com o chuveiro ligado. Me sentei novamente na cama e começei a ler aquele texto que dizia :

" Sei o quanto errei com você e não peço que me perdoe logo. Minha mente está uma confusão devido a minha  doença. Te peço por favor ler esta carta até o fim pois só assim você estenderá a razão pela qual tive que te deixar.

Descobri muito cedo que sua chegada mudaria totalmente a minha vida mas que eu estaria sempre com você não importasse aonde, mas iria te guardar e proteger."

Aquilo me soou estranho. Como que uma pessoa que nem diz quem é, fala para minha quase noiva que espere que ela o perdoe ou a perdoe por estar doente ? O que será que Anahí me esconde ? Decidi então pular uma parte da carta e ir ao um outro parágrafo muito mais estranho que os primeiros.

[...] "Te peço que me perdoe. Não fiz isso com a intenção de prejudicá-la e nem que ficasse com raiva do mundo. Apenas a falta de coragem de dizer antes me impossibilitou de lhe contar a verdade. Me perdoe novamente. Saiba que mora em meu coração. Te Amo. Seu eterno p. H." .

"Seu eterno p.H" ? Mais que raios de P.H é esse ?? Não acredito que Anahí manteve um amante todo esse tempo de mim. Mas ela vai me ouvir. Oh se vai.

Levantei apressado quase derrubando tudo e Anahí saiu do banheiro. Notou minha expressão tensa e perguntou o que havia me deixado assim. A minutos atrás estava tudo bem e agora meu coração parecia que iria sair do peito. A olhei sentindo meus olhos arderem de tanta fúria, decepção e mais muitas outras coisas que não conseguia descrever. Meu mundo havia caído para sempre. Nada me pertencia mais. Apenas a solidão.

Fui mais do que direto entregando a tal carta de confissão do tão querido amante dela. Anahí não entendeu nada e começou a se desesperar junto. Falei que não iria nunca mais atrapalhar o romance dos dois.
Iria embora para sempre. Vi o desespero naquele olhos cor do céu como nunca havia visto nem quando ela acordava chorando tendo pesadelos. Ela apenas me segurava e implorava "Deixa eu explicar. Se acalme." Que calma e explicação poderiam existir naquele momento ? Meu choro caía enquanto minhas forças acabavam.

A deixei no quarto gritando pedindo que eu voltasse mas não ouvi nada de suas palavras. Estava muito cego.
Esse foi meu 1º erro.

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