Fanfics Brasil - 12 Despedida de Solteira(Adaptada) Mayte & Chistian

Fanfic: Despedida de Solteira(Adaptada) Mayte & Chistian | Tema: Chaverroni


Capítulo: 12

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Seu beijo era exatamente o mesmo de que eu me lembrava. Tinha uma tranquilidade dominante, mas ao mesmo tempo era forte, poderoso. Enlaçava-me de todas as formas, acendia em mim possibilidades improváveis. Sua língua na minha contracenava malabarismos que só me deixavam ainda mais excitada.


Segurei seus cabelos, trazendo-o para mim, sentindo a maciez de cada fio. É incrível como um simples momento pode se tornar intenso. Tomada por uma vontade quase absurda de tê-lo imediatamente, subi em cima dele, sentando-me de frente no seu colo. Minha saia subiu, ajudada por suas mãos, que me agarraram o quadril.


O beijo se intensificou muito. De uma calmaria leve como a brisa de verão, transformou-se em chamuscas de uma enorme labareda. Comecei a ficar sem ar, por isso afastei meus lábios e curvei a cabeça, beijando-lhe o queixo, descendo pelo pescoço. Inspirei o seu cheiro com vontade, enquanto ele mordiscava a minha orelha e fazia meu corpo inteiro tremer.


Christian soltou um longo suspiro, apertando-me ainda mais contra si. Já podia sentir sua ereção abaixo de mim, ultrapassando a sua calça e roçando na minha calcinha. Gemi baixinho no seu ouvido, sentindo cada pedacinho do meu corpo se preparar para ele. Beijamo-nos mais uma vez, intensamente. O desejo parecia surgir de uma fonte inesgotável.


Sentir os lábios de Christian nos meus, mais uma vez, foi um momento tão emocionante que cheguei a ficar com os olhos marejados. Desci o meu rosto na direção de seu ombro e enxuguei algumas lágrimas na sua camisa, disfarçadamente. Acho que ele não percebeu, por isso tratei logo de me recompor. Suspirei fundo e voltei a beijar-lhe a boca. Delícia.


Minhas vontades só faziam aumentar a cada segundo e, sinceramente, já tinha desistido de tentar raciocinar.


Com uma pressa dominadora, abaixei as minhas mãos e alcancei a barra da camisa vermelha de Christian. Ele se contorceu e levantou os braços, ajudando-me a tirá-la. Joguei-a longe e me inclinei para lhe beijar a boca de novo. Alisei o seu peitoral, apertando-o entre os dedos. Queria sentir a sua pele quente. Era urgente. Uma necessidade.


Christian se desviou da minha boca e me beijou o pescoço, dando outra mordiscada na minha orelha. Gemi baixinho. Suas mãos puxaram minha blusa devagar, até o tecido fino deixar o meu corpo. Ele logo procurou os meus seios, afastando o sutien para cima. Beijou-os com vontade, enquanto eu pensava que teria um ataque cardíaco. Cheguei a temer pela minha própria vida, porém, pensando melhor, morreria feliz nos braços dele.


Habilidoso, Christian desfez o fecho do sutien na primeira tentativa – e com uma só mão -, deixando-me exposta muito rapidamente. Desta vez, sugou meus seios com paciência, beijando-os com carinho. Senti-me nas nuvens, deixando meu corpo se concentrar nas carícias que aquele homem encantador me fazia com tanta delicadeza. Prendi meus dedos no seu cabelo, soltando gemidos baixos de prazer.


Depois de tempo incalculável, Christian ergueu a cabeça e encontrou novamente o caminho para os meus lábios, fazendo-me provar de seu doce mel. Nossos corpos se colaram durante o processo.


Estávamos quentes, excitados... Podia sentir um líquido fervente escorrendo pela minha calcinha, abrindo espaço para recebê-lo. Como eu o queria!


Um fio de raciocínio surgiu do nada, chamando-me por um nome: vadia. Foi apenas um sussurro, mas que me fez parar de beijá-lo.


- Christian... Não posso fazer isso... – Fui extremamente vacilante, visto que, enquanto falava, tocava-lhe os braços e ombros com muita ternura.


- Pode fazer o que quiser – ele respondeu, rouco. Seus dois diamantes brilhavam de tanto desejo.


- É errado...


- Talvez... Mas é o meu maior desejo – murmurou, descendo o flash da minha saia, atrás de mim. Puxou-a com jeito, retirando-a por cima dos meus braços. – E o seu?


Minha resposta veio em forma de um longo beijo. “Foda-se”, foi o que pensei naquele instante.


O pensamento me fez sorrir, e vi que Christian também sorriu um pouco, mas sem desgrudar seus lábios dos meus. Era estranho não sentir sua barba alisando o meu corpo, mas isso não fez tanta diferença assim. Minha sede por ele era a mesma. Exatamente igual a de sempre.


Subitamente, Christian me segurou com força, pedindo para que eu me agarrasse a ele. Fiz o que pediu, enlaçando meus braços no seu pescoço e as minhas pernas na sua cintura. Só então ele se ergueu do sofá, levando-me junto como se tivesse o peso de uma pena.


Andou comigo em seus braços, só de calcinha, até um lugar que achei ser o seu quarto. Meus sapatos caíram no meio do caminho, em algum ponto do amplo corredor. Christian me deitou numa cama extremamente confortável, colocando seu corpo sobre o meu logo em seguida. Fez um movimento com as pernas e seus sapatos caíram no chão.


Nossos lábios se juntaram novamente, porém de uma forma ainda mais intensa. Minhas mãos percorreram seu abdome, descendo ainda mais. Queria-o logo. Sem rodeios. Simplesmente o queria, tinha uma fome insaciável.


Livrei-o do cinto e desfiz o botão de sua calça, enquanto ele me beijava o pescoço, provocando arrepios na minha pele. Christian então se ergueu e tirou a própria calça, deixando à mostra uma cueca preta da Calvin Klein. Tornou a me envolver, e eu voltei a encaixar minhas pernas ao redor de sua cintura.


Minhas mãos exploraram seu cabelo, descendo devagarzinho pela nuca. Arranhei suas costas através de movimentos longos que iam de cima a baixo. Christian soltou um suspiro profundo, cheio de promessas. Era tão bom e intenso estar com ele!


Foi então que aquele poço de mistério em forma de homem parou e me encarou seriamente.


- Desculpe-me, Mayte, mas hoje eu quero te tratar como uma boneca de porcelana – murmurou. Deu-me um selinho demorado e voltou a me olhar com seus diamantes, que estavam tão escuros quanto jamais foram.


- Trate-me como quiser – respondi. – Só quero ser sua. Agora.


Christian sorriu e se inclinou para frente, deixando-me de cara com seu peitoral. Dei-lhe inúmeros beijos bem ali. Ele contraiu os músculos e conseguiu pegar alguma coisa em cima da cabeceira de sua cama. Era um preservativo.


Ofereceu-o a mim, ainda com um sorriso meio bobo nos lábios. Coisa Linda! Abri o pacotinho com os dentes, enquanto Christian se ajoelhava na cama e tirava a cueca, deixando-o todo exposto só para mim. Delícia.


Com pressa e desejo, sentei-me na cama e me curvei para frente, beijando a ponta de sua ereção. Christian soltou um gemido fraco. Aquilo serviu de incentivo – se é que eu precisava de mais algum – para que decidisse usar a minha língua. Ansiava pelo seu gosto. Era maravilhoso senti-lo nos meus lábios.


Christian entrelaçou seus dedos nos meus cabelos, apertando meu couro cabeludo até me fazer arrepiar.


Acelerei o movimento, sentindo-o completo na minha boca, porém não me demorei muito.


Queria tê-lo em mim com urgência.


Coloquei o preservativo e me ajoelhei, retirando a calcinha branca de algodão. Não era a mais sexy, mas era super confortável para trabalhar. Christian tinha que me perdoar, afinal, havia me pegado de supetão. Poderia viver mil vidas, mas em nenhuma delas conseguiria imaginar que a noite terminaria daquela forma.


Christian me puxou para si, abraçando-me com força pela cintura. Nossas peles se encostaram; estavam muito excitadas, preparadas, clamando um pelo outro. Senti sua ereção latejante na minha barriga e prendi meus braços no seu pescoço.


- Você é perfeita – Christian murmurou. Aquilo estava longe de ser verdade, mas ele não esperou respostas.


Puxou minhas pernas, com cuidado, e me deitou na cama. Tornou a apoiar seu corpo no meu. Tratei de lhe envolver a cintura com as pernas, ficando completamente exposta, pronta para ele.


Christian foi me invadindo aos poucos, bem devagarzinho. Não tinha pressa. Encarava-me fixamente durante o processo, mordendo os lábios. Sua expressão era tão deliciosa, que simplesmente fiquei paralisada. Apenas me concentrei na sensação maravilhosa daquele homem me possuindo, centímetro por centímetro.


Soltei um gemido alto quando fiquei repleta dele. Christian não desviou os olhos de mim, mas parou o movimento e nos deixou daquele modo – dentro um do outro – por longos segundos.


Entreabriu os lábios. Acho que ia falar alguma coisa, mas simplesmente desistiu e começou a se mover com lentidão.


O movimento permaneceu vagaroso por muito tempo; se fosse música, seria uma valsa cheia de floreios. Ele navegava em mim, beijando-me a boca, o pescoço, os seios... Mordia-me a carne, de leve.


Eu era dele. Toda dele. Senti que seu lugar era exatamente ali, dentro de mim. Estávamos em casa. Não podia ter nada de errado conosco.


Meu desejo foi tomando forma devagar, em pequenas doses, no mesmo ritmo em que Christian me possuía.


Espasmos intensos faziam meu corpo se contorcer; meu ventre exigia cada vez mais e, a cada choque, implorava por outro.


Abri ainda mais as pernas, oferecendo-me totalmente àquele homem. Assanhei-lhe os cabelos e contracenei figuras surreais nas suas costas, utilizando as minhas unhas. Meus gemidos ficavam mais intensos, pois sabia que chegaria a qualquer momento. O sabor da antecipação era cruel, mas, ao mesmo tempo, marcante.


Meus braços começaram a tremer, apertando a nuca de Christian. Estava vindo... Soltei todo o ar dos pulmões, enquanto ele, notando meus espasmos, acelerou o ritmo. Deixou-o intenso, selvagem.


Senti seu corpo esquentar e começar a suar contra o meu, exalando um cheiro maravilhoso que só fez meus olhos revirarem e o meu desejo alcançar o ápice da própria loucura.


Soltei um grito alto de prazer.


- Christian! – Acompanhado pelo nome dele. Fui ao céu e... Devo estar lá até hoje.


- Isso, meu bem, assim... – Christian sussurrou, sem diminuir o ritmo. – Vem pra mim, vem.


Eu soltava gemidos intensos, repletos de uma satisfação que jamais pensei que me fosse permitida. Meu ventre se contorcia com muita velocidade.


Foi quando Christian suspirou e fechou os olhos. Mordeu os lábios com força.


- Vou... – disse, mas parou. Explodiu dentro de mim. Seus braços se apoiaram na cama, ao redor do meu rosto, e ele chocou sua boca contra a minha, grunhindo entre os meus lábios. – Mayte...


Seu abdome se contorceu, dando alguns pulos antes de relaxar.


Abracei-o com força, fazendo seu peso ficar todo em cima de mim. Christian permaneceu inerte; apoiou a cabeça entre os meus seios, enquanto eu lhe alisava os cabelos escuros. Dava para sentir seu coração se acalmando aos poucos. Fiquei concentrada nele, de olhos fechados.


Após longos minutos, Christian se levantou e me encarou. Sua expressão estava séria.


- Está com fome? – perguntou, depois de um tempão apenas me observando.


- Faminta.


Entrei no banheiro de Christian. Era enorme e todo equipado. Estava extremamente limpo e cheiroso, muito raro para um homem que mora só. Sorri de orgulho. Fiz xixi, mas senti necessidade de me molhar um pouco.


Estava suada e lambuzada lá embaixo. Acabei entrando debaixo do chuveiro e me enxugando com a sua toalha. Tinha o cheiro dele.


Saí do banheiro vestindo apenas a minha calcinha. Christian estava me aguardando, usando sua cueca preta e uma camiseta de algodão também preta. Delícia! A escuridão dos cabelos e dos trajes acendia mais ainda o brilho de seus olhos.


- Vista isso. – Entregou-me uma camisa cinza. Fiz o que pediu, fiquei sambando dentro dela. O cheiro dele subiu imediatamente. Inspirei fundo. – Dobrei suas roupas, elas estão em cima da mesa de centro, lá na sala.


- Senhor organização, não aguenta ter nada espalhado pela casa – falei, sorrindo. Dei-lhe um selinho.


Christian me tomou pela cintura.


- Vai dizer que você aguenta?


- Eu não – confessei.


Rimos de nós mesmos. Sério, nunca pensei que encontraria alguém tão encucado quanto eu.


Aquilo me trazia certo conforto, pois jamais me sentiria uma recalcada viciada em limpeza perto dele.


- Vamos ver o que tem na geladeira – ele disse, segurando a minha mão.


Voltamos para a cozinha. Havia um gato em cima de uma bancada alta de madeira, enroscado entre uma sanduicheira de inox e o liquidificador.


Christian segurou o bichano.


- Olha só quem deu o ar da graça! – Segurou o gato como se fosse um bebê. Aquele era diferente da Lulu, parecia menor. – Este é o Don Juan, Mayte, só que é mais conhecido como Don.


Um rapaz muito preguiçoso, não é, papai? De conquistador ele não tem nada! – Christian deu um cheiro na cabecinha do animal. Que lindo! Sério, eu não saberia definir quem era o verdadeiro gato.


Ri um pouco e dei oi para o Don, balançando suas patinhas. Ele soltou um miado curto, e o Christian colocou-o no chão.


- Você ama esses gatos, não é? – perguntei, enquanto Christian lavava os braços na pia e abria a porta da geladeira. Lavei minhas mãos também, pois tinha tocado no Don.


- Demais. São minhas crianças.


Sorri amplamente. Que fofo!


- Bom, temos creme de frango, é só esquentar. Está uma delícia, fiz ontem à noite. Podemos preparar arroz e uma salada para acompanhar, que tal?


- Você fez? – Fiz uma careta, observando-o de um jeito divertido.


Christian riu.


- Sim, eu fiz. Por quê? Duvida?


- Claro que sim! Duvido que esteja bom, deve estar parecendo uma gororoba! – Gargalhei.


- Desafio aceito! Vou esquentar agora mesmo!


Como assim? Christian cozinha? Não pode ser. Não pode mesmo.


Ele recolheu algumas verduras e legumes na geladeira, enquanto eu pegava uma panela e enchia de água para fazer o arroz. Foi quando vi um controle remoto em cima da bancada. Fiquei procurando alguma TV, mas só achei um micro-system, que estava fantasticamente embutido na lateral de um dos armários.


- Acho que vou perder o desafio! – choraminguei. – Som na cozinha? Você deve mesmo cozinhar, e bem.


Christian gargalhou.


- Pode ligá-lo, se quiser!


Apertei o botão Power e dei play. Queria saber o que o Christian andava ouvindo. Uma voz melodiosa se fez presente, acompanhada por acordes deliciosos de violão e aplausos eloquentes. Um CD ao vivo.


- Paula Fernandes? – quase gritei, fazendo uma expressão que me faria ser confundida com uma paciente em um manicômio. – Você escuta Paula Fernandes?


Christian riu e começou a cantar um trecho da música, enquanto fatiava um tomate.


- Sou pássaro de fogo... Que canta ao teu ouvido... Vou ganhar esse jogo, te amando feito louco, quero teu amor bandido... – A voz dele saiu baixinha, mas no ritmo. – Não gosta?


- Conheço algumas músicas... Ela tem uma bela voz.


- Tem sim, vem cá. – Christian enxugou as mãos em um paninho e me tomou pela cintura. Voltou a cantar no meu ouvido. – Tô afim dos teus segredos, de tirar o teu sossego, ser bem mais que um amigo... – Minha pele se arrepiou, e ele começou a me embalar numa dança calma. – Não diga que não... Não negue a você um novo amor, uma nova paixão... Diz pra mim... Tão longe do chão, serei os teus pés... Nas asas do sonho rumo ao teu coração... Permita sentir, se entrega pra mim... Cavalgue em meu corpo, minha eterna paixão...


Confesso que fiquei absolutamente sem jeito. A letra era profunda demais, e continha promessas que me deixaram confusa. Não sabia o que Christian queria cantando aquilo no meu ouvido.


Estava brincando comigo? Tentava só me desconcertar?


Afastei-o depressa, usando a desculpa de que a água já estava fervendo. Ele me mostrou onde estava o arroz, então despejei o conteúdo na panela. Peguei uma cenourinha que estava num prato em cima da bancada e comecei a passá-la no ralador.


Permaneci muito séria, enquanto a Paula Fernandes falava coisas sobre um coração independente que corre perigo por alguém. Tentei não pensar em nada, principalmente no fato de ter transado com Christian de novo, e de estar na sua cozinha preparando um jantar como se fôssemos amantes. Amantes... Essa era a palavra que nos definia? Eu tinha um amante? Poxa vida, Christian sabia que ia me casar. Mesmo assim, tinha me seduzido até o seu apartamento – claro, com meu total consentimento. Tudo isso para quê? O que queria comigo, afinal? Podia ter quem quisesse, a hora que estivesse a fim... Qualquer mulher adoraria dormir com ele. Por que eu? Por quê?


Este raciocínio não conseguiu ser expurgado. Era doentio demais. Eu ia me casar! Faltavam apenas dois dias, estava tudo pronto! Céus... Não podia ter um amante às vésperas do meu casamento. Aliás, simplesmente não podia ter um amante. Ponto final.


Pena que a Paula Fernandes tinha começado a cantar uma música que eu conhecia, e meus pensamentos foram dissolvidos pela voz de Christian que sussurrava a canção, olhando fixamente para o pimentão que cedia ao movimento da faca.


Não consegui permanecer em silêncio:


- Eu já sonhei com a vida, agora vivo um sonho... Mas viver ou sonhar, com você, tanto faz...


Christian riu.


- Conhece essa? – perguntou. Aquiesci e continuei cantando:


- Não diga não precisa... Eu digo que é preciso... A gente se amar, demais, nada mais!


Cantamos juntos:


- Mas tem que ser assim, pra ser de coração, não diga não precisa-ah-ah-aaah!


Christian limpou as mãos de novo e se aproximou, puxando os meus braços. Fez meu corpo girar a trezentos e sessenta graus, em uma dança engraçada. Começou a me embalar e rodopiar, contracenando passos loucos.


Eu tentava acompanhá-lo, mas só conseguia rir.


Quando a música acabou, aquele homem magnífico me emborcou para trás em um passo de tango, de modo que meu cabelo curto quase se encostava ao chão. Encarou-me fixamente, enquanto eu me segurava no seu pescoço. Comecei a rir sem pausas, mas ele continuou sério.


- Linda... – murmurou. – Adoro quando ri. Fico louco.


Sem esperar respostas, Christian me ergueu depressa e beijou a minha boca, empurrando-me até me deixar sem saídas. Seus lábios me prenderam novamente, e sua língua já me invadia como se ali fosse a sua casa.


Do nada, Christian me ergueu com cuidado, fazendo-me sentar em cima da bancada. Abraçou a minha cintura e levantou a cabeça para continuar me beijando, pois agora eu estava acima dele.


Ficamos daquele jeito por longos minutos, apenas investindo em nosso beijo. Não queria largá-lo, a sensação era boa demais. Enchia meu corpo de tranquilidade, por mais agitados que meus pensamentos pudessem estar.


- Eu quero ser sua paz, a melodia capaz de fazer você dançar... – Christian sussurrou a outra música que a Paula estava cantando. Olhou em meus olhos. – Eu quero ser pra você, a lua iluminando o sol... Quero acordar todo dia pra te fazer todo meu amor...


- Christian... – falei, sem jeito. – Pare com isso, está bem?


- Parar com o quê? – ele disse, mas continuou sem tirar os olhos dos meus: - A cada novo sorriso teu, serei feliz por amar você...


Senhor...


- Com isso. Sabe do que estou falando. Não há necessidade, sou uma mulher madura.


Ele parou de cantar. Continuou me encarando, só que, desta vez, estava muito sério. Sua boca se encolheu completamente, transformando-se apenas em um risco. Estava trincando os dentes?


- O creme já está bom, e o arroz precisa ser mexido – falou, desvencilhando-se de mim como se eu pegasse fogo.


Ainda estava em cima da bancada, e permaneci lá enquanto Christian me dava as costas e conferia o fogão.


Suspirei profundamente. Olhei para o relógio da cozinha; eram nove horas. Pretendia ir embora logo após o jantar, e acabaria com aquela palhaçada de uma vez.


O problema era que o olhar sério do Christian havia me deixado triste. Muito, muito triste. De modo insuportável.


- O que está acontecendo? – perguntei, murmurante.


- Nada, Mayte. Nosso jantar está pronto. Pode pegar os pratos ali, na segunda porta? – Apontou para um armário, sem me encarar.


- Só faço isso se vier aqui e me der um beijo. E me garantir que está tudo bem. – Fiz birra.


Christian se virou na minha direção. Fez a caretinha. Sim, a maldita careta da boca levantada para o lado esquerdo. Oh, Céus... Meu corpo tremeu, soltando um espasmo gostoso que partia do meu cérebro e atingia o meio das minhas pernas.


Ele se aproximou devagar e, sem pressa, abraçou a minha cintura. Beijou-me loucamente. Foi um beijo urgente, selvagem. Acendeu de novo a chama que só ele conseguia manter; só ele acendia, só ele apagava.


Minhas pernas e braços o envolveram. Segurava seu rosto, sua nuca, seu cabelo...


Estava indecisa. Só queria beijá-lo como se não houvesse amanhã.


De repente, Christian puxou a barra de sua camiseta – a que eu estava vestindo -, deixando-me só de calcinha diante dele. Beijou meu pescoço e segurou meus seios, fazendo minha pele arrepiar. Já me sentia pronta. Preparada para ele. De novo. Será que um dia eu estaria totalmente saciada?


- Vou te garantir que está tudo bem, Mayte – sussurrou, e sua promessa se tornou dívida muito rapidamente.


Ah, e eu cobraria até o último centavo.


Christian me largou por alguns instantes e abriu a geladeira. Inclinou-se e depois pegou alguma coisa.


Quando fechou a geladeira, já expressava a sua careta safada. Meu couro cabeludo pinicou de imediato. Em suas mãos, estava uma caixinha de leite Moça.


Oh... Meu...


Minhas pernas e braços tremeram. Resfoleguei. O que ele ia fazer com aquilo? Não ousei perguntar. Estava tão vulnerável ali, diante dele. Meus seios expostos me deixavam desconcertada. E era para eles que Christian olhava, prendendo os lábios.


Adivinhei seus pensamentos pervertidos. Christian, aproximando-se perigosamente, derramou uma
quantidade generosa do leite condensado, que estava muito gelado, em meus seios. Eles se arrepiaram e encolheram, fazendo mais um espasmo agitar a minha calcinha. Senti um líquido quente escorrendo lá embaixo. Já estava molhada antes mesmo de Christian começar a me sugar, como se eu fosse um delicioso picolé. Picolé de leite condensado.


Soltei um gemido, acompanhado de um longo suspiro. Eu já o queria. Queria muito. Apertei seus cabelos, puxando-os de leve. Ele não parava por nada. Avançava em mim como um louco, deixando sua língua me explorar em várias direções. Meus seios estavam arrepiados, contraídos...


Adorando cada beijo que aquele homem espetacular me dava.


- Ah... Que delícia... – murmurei, baixinho.


Vi quando bolinhas arrepiadas se sobressaltaram na pele dele, assim que eu sussurrei. Aquilo só me fez pirar ainda mais. Vê-lo excitado por minha causa tirava todo o meu raciocínio, se é que ainda tinha algum. Havia perdido qualquer resquício de razão desde que tinha entrado por aquela porta.


- Leite condensado com Mayte... – Christian sussurrou entre meus seios. Havia me limpado inteira. – Quero mais.


Ai...


Subitamente, ele me empurrou para trás, fazendo-me deitar completamente na bancada alta.


Estava fria, mas não reclamei. Meu corpo já pegava fogo mesmo. O sabor da antecipação circulava pelas minhas veias, deixando meu estômago em frangalhos. Só me restou esperar pelo que viria.


E veio rápido.


Christian puxou as minhas pernas para si, abrindo-as totalmente. A calcinha branca me cobria, mas não o impedia. Colocou seus dedos deliciosos por dentro do tecido, chacoalhando as coisas por ali, bem devagar.


Soltei um suspiro. Uau!


- Hum... Seu sabor já foi fabricado – rosnou, levando à boca os dedos lambuzados de mim.


Seus olhos queimavam meu corpo, que estava oferecido de bandeja para ele. Jazia ali, em sua mesa. Eu era o jantar.


Com um movimento rápido, Christian juntou minhas pernas e puxou a minha calcinha, retirando-as
completamente. Voltou a abrir as minhas pernas, e então eu estava totalmente exposta. Vulnerável e...


Queimando de desejo. Muito, muito desejo.


Sem esperar por nada, Christian pegou a maldita caixa de leite Moça e, lentamente, foi me inundando com o conteúdo. O líquido gelado me trouxe um prazer incrível. Gemi alto.


Antes que pudesse assimilar alguma coisa, o maldito curvou-se inteiro diante de mim, provando do meu gosto com muita vontade. Usava os lábios e a língua ao seu favor, fazendo-me derreter na sua boca. Meu desejo só fazia aumentar, enquanto contracenava gestos que eu nem sabia como eram, visto que não conseguia ver seu rosto.


Puxei seus cabelos, abrindo-me ainda mais para ele. Meu ventre o exigia. Christian não parou por nada e, por mais que eu sofresse por uma pausa, manteve-se constante. Deliciosamente constante.


Meu coração só faltava sair pela boca – que estava seca, louca para matar a sede com um beijo prolongado.


Christian começou a sugar com força, exigindo-me ainda mais. Sua boca pedia por mim, ansiava pelo gosto do meu prazer. Queria grandes doses, as mais carregadas.


Não o neguei. Na verdade, simplesmente não podia negar, nem se quisesse. A língua dele sabia exatamente o que buscava. Cada movimento era um martírio, um caminho que se iluminava rumo ao ápice da excitação.


Em instantes, o céu se abriu para mim e uma luz colorida refletiu os olhos de Christian, que se ergueram um pouco para me ver afundando no êxtase. Gritei alto, chamando pelo seu nome. Ele não parou, fazia movimentos ainda mais rápidos enquanto meu corpo se contorcia, expulsava –o.


Sério... Acho que nunca tive um orgasmo tão intenso na minha vida. Aquilo superou tudo...


Tudo mesmo.


Depois de me contorcer inteira, minhas pernas relaxaram. Só então Christian se sentiu satisfeito.


Eu estava completamente sem fôlego. Respirava alto, com os olhos fechados. Minhas pernas não me obedeciam, e meus braços ainda estavam trêmulos. Porém, a sensação de saciedade era única.


Impressionante.


- Estou morta! – sofri para dizer. – Morri, é sério. Não tenho forças.


Ouvi o riso de Christian.


- Acalme-se um pouco – murmurou.


Senti suas mãos massageando as minhas coxas com cuidado, e depois beijos úmidos foram espalhados, formando uma trilha até os meus joelhos. Ele era tão habilidoso, tão... Atencioso!


Perguntei-me o que eu havia feito para merecer tamanha perfeição.


- Preciso me lavar – falei. – E preciso de comida, do contrário vou morrer de verdade.


Christian apoiou suas mãos nas minhas costas, erguendo-me devagar. Colocou-me no chão como se eu fosse feita de vidro. Suas mãos me tocavam de uma forma tão leve, que chegava a me comover de verdade.


Ele me devolveu a calcinha e a sua camisa cinza.


- Pode ir ao banheiro do meu quarto. Fica à vontade, use o que quiser – disse, dando-me um selinho. Depois, sussurrou a música que estava tocando e que, por sinal, eu nem tinha notado. – Se está pensando em voar na direção de me amar, voa...


Maldita Paula Fernandes!


Tomei banho no banheiro do Christian pela segunda vez. Estava me sentindo muito suada, portanto também lavei o cabelo. Acabei usando, além de sua toalha, seu shampoo, sabonete, pente e até a sua escova de dente. Sim, encontrei-a em um aparato de metal ao lado da pia. Acabei achando seu perfume, e espirrei um pouco no meu pescoço. Cheirinho de Christian, que delícia!


Quando cheguei à cozinha, Paula Fernandes cantava algo sobre querer provar o sabor do amor de alguém.


Christian sussurrava a música, terminando de abrir uma garrafa de vinho com um saca-rolha.


A mesa estava posta, e uma vela cheirosa incensava o ambiente.


- Vai tentar me embebedar? – perguntei, sorrindo.


Christian também sorriu.


- Não precisei.


- Está muito convencidinho – reclamei. Aproximei-me por trás dele e o abracei, beijando-lhe as costas. Como era bom estar com ele!


Christian se virou um pouquinho.


- Mentira, Mayte! Você não fez isso!


- O quê?


- Tirou seu cheiro completamente e colocou o meu no lugar! Ah, não... Não acredito!


Gargalhei.


Christianara de quem ia aprontar, desembalou o meu perfume que havia comprado e espirrou uma grande
quantidade em si mesmo. Golpe baixo!


- Não! – gritei, mas não adiantou. – Não vale!


Gargalhamos ainda mais alto. Christian me tomou pela cintura e ofereceu-me um selinho demorado.


- Vamos comer, Mayte. Daqui a pouco esfria tudo e então vou ter que partir pra sobremesa de novo! – falou.


Corei de vergonha, mas sorri.


Vou ser bem sincera, o creme de frango estava divino. Aliás, tudo tinha ficado muito bom. Até tomei o vinho sem pestanejar, esquecendo-me completamente de que ia pegar o carro. Bom, como eu morava cinco ruas depois, fiquei despreocupada. Mesmo assim, nunca havia sido imprudente daquela forma.


Depois do jantar, olhei para o relógio da cozinha. Ia dar onze horas da noite, e eu ainda estava na casa do Christian, trajando a camisa dele, sentindo seu gato ronronando entre as minhas pernas.


- Bom... Foi tudo muito bacana, mas eu tenho que ir.


- Ah... Mas, já?


- Sim, eu... Preciso mesmo ir.


- Dorme aqui comigo, Mayte – pediu, encarando-me fixamente.


- Christian... Eu vou me casar. É sério, acho que... Não posso prosseguir com isso.


Ele me ignorou completamente.


- Achei que assistiria a um filme comigo. Gosta de comédia romântica?


- Go... Gosto. – Christian também gosta de comédias românticas? Ah, não... Pára!


- Adoro a Julia Roberts, tenho uma coleção. Sabe qual é o meu filme favorito com ela?


- Qual?


Christian fez a caretinha safada.


- “Noiva em fuga”.


Meu coração congelou. O que ele queria dizer com aquilo? Peguei minha taça de vinho e tomei o restante do conteúdo. Christian ainda me olhava, soltando faíscas azuis muito brilhantes na minha direção.


As coisas não podiam ficar assim. Decidi rebater.


- Sério? Pensei que fosse “Uma linda mulher” – ironizei.


- Por que pensaria isso?


- Não sei, talvez porque a Julia faz o papel de uma prostituta.


Christian desfez o sorriso sarcástico. Ficou me olhando por muito tempo, enquanto enchia minha taça e entornava o conteúdo de uma só vez. De novo.


- Bom, não vou deixá-la ir. Você tomou três taças cheias, não está em condições de pegar o carro – falou, ainda muito sério. – O que vai ser? “Noiva em fuga” ou “Uma linda mulher”?


- Pode ser “Dormindo com o inimigo” – alfinetei. Christian fez uma careta.


- Pode ser “O casamento do meu melhor amigo” – rebateu.


Suspirei profundamente. O que era tudo aquilo? Até a própria Julia Roberts ficaria tensa com a situação.


- É sério desta vez. Gosto de “O sorriso de Monalisa”. Que tal? – Nem acreditava que estava concordando em passar a noite inteira com o Christian. E o que era pior, ele sequer precisou pedir muito. Acabei colocando a culpa no vinho, deixando meu raciocínio e poder de discernimento no mesmo lugar onde tinham ficado o dia inteiro: longe, muito longe.


- Perfeito, embora eu prefira o sorriso de Mayte.


Pela bilionésima vez na minha vida, meu rosto ficou vermelho por causa do Christian.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Depois de esperar Christian tomar um banho – ele bem que me chamou para acompanhá-lo, mas preferi ficar quietinha -, aconchegamo-nos na sua cama. Ele tinha fechado as janelas e descido uma linda cortina azul, que combinava com alguns móveis do quarto. Um bom gosto absoluto. Logo em seguida, ligou a TV e pegou o filme, colocando-o num aparel ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 70



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  • gr_perroni Postado em 08/01/2015 - 16:06:03

    Posta maaaaaaaaaaaais....

  • mirelly_perroni Postado em 03/01/2015 - 09:43:02

    Postaaaaaaaaaa mais por favor que perfeito, nossa na Chuva cara rs que louco, o christian tá tão fofo, a musica que cantou pra ela foi tão demais tão perfeita, postaa mais por favor tô curiosa, o que vai rolar os problemas que vão aparecer tudo, então postaaa por favor.

  • vondy4everponny Postado em 13/12/2014 - 23:10:15

    Oooh hot na chuva?? Pqp esses dois são fogo. Christian mudou mesmo a Maite e a Maite mudou mesmo o Christian *-------* lindinhos <<<<<3

  • vondy4everponny Postado em 01/12/2014 - 19:41:51

    Nossa,tadinho do Christian, a história dele é foda.Como um pai pode tratar um filho assim só porque ele não quer ser advogado? E a humilhação na festa do natal? AF, tadinho dele, ninguém merece.

  • vondy4everponny Postado em 16/11/2014 - 15:26:24

    Odeio quando a Maite faz algo que magoe o Christian, AF. Ele precisa de muito apoio dela e ela vive assustada com tudo, aném

  • vondy4everponny Postado em 12/11/2014 - 13:10:59

    Sinceramente, estou com pena do Chris :/ Maite já está pensando em mentir, e eu entendo, mas essa história dele ainda vai dar muito problema :/

  • vondy4everponny Postado em 05/11/2014 - 00:54:26

    Awn, eles estão tão amorsinhos *-----* Mai pensa mais que o Chris, sinceramente UHAUAH! Vish, o que será que ela quer contar logo agoooora? AF Espero que seja coisa boa

  • vondy4everponny Postado em 26/10/2014 - 19:55:47

    Xtian aregou mana KKKKKKKKK Ai ai, Maite ficou ''desejosa'' tadinha UAHUAHU! Ele cantando uma canção de ninar pra ela, e ela cantou pra ele... Aaaaaaaaawn, que meigos e engraçados kk *---* Achei lindo! Posta mais Jess

  • vondy4everponny Postado em 24/10/2014 - 01:39:13

    Amando o terceiro livro amiga, que perfeitos *--* To com dó da Maite, eles ainda tem muita coisa pra acertar, isso nao vai ser facil :/

  • vondy4everponny Postado em 23/10/2014 - 20:31:54

    Ebaaaaaaa, terceiro livro! OMG, eles vão se casar? Como assim? kkkkk Coitado do ''Jão'' e da familia da Mai :/ Isso ainda vai dar mts problemas ne?


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