Fanfic: Despedida de Solteira(Adaptada) Mayte & Chistian | Tema: Chaverroni
Droga! Droga! Droga! Por que ela tinha que ter feito aquilo comigo? As coisas podiam ter sido mais simples.
Ou não... Acho que tudo se complicou desde que me envolvi com aquela mulher. Por que tinha que ser tão linda? Meiga, gentil, educada... Por que tinha que me olhar daquela forma, o tempo todo? Com uma inocência evidente, um fogo que só esperava ser aceso pela pessoa certa. Eu não queria ser essa pessoa, juro que não, mas foi impossível. Ela precisava de ajuda... Por que simplesmente não fiz o meu trabalho? Por que tive que me envolver? Que feitiço ela fez comigo para me deixar completamente apaixonado?
Fechei a porta do quarto com força. Precisava sair daquele hotel. Tudo ali me sufocava, a ideia de saber que Mayte estava chorando me fazia chorar feito um otário. Como fui idiota! Devia ter dito que estava apaixonado.
Devia ter confessado, ter deixado claro. Mayte estava tão perdida...
Por que tinha que pensar tanto nas coisas? Maldita sensatez! Eu fugiria com ela ali mesmo, se me pedisse.
Iria até o inferno para tê-la comigo, mas ela me pareceu estar incapaz de fazer alguma coisa.
Mayte vai se casar. Não há dúvidas, ela não seria capaz de fazer algo sem estar planejado e calculado. Ela tem medo de ficar comigo, pelo que fui, pelo que fiz... Sim, transei por dinheiro com todos os tipos de mulheres, nem consigo contar quantas foram. Muitas... Centenas, milhares... Não faz diferença. O que ofereci a elas não foi nem um por cento do que ofereci a Mayte. E o pior é que a boba não entendeu isso.
Sou mesmo um desprezível, só pode. Claro que não ia querer nada como um homem como eu.
O que diria a sua família? “Mãe, pai, larguei meu noivo no altar para ficar com um garoto de programa”.
Deprimente. Loucura demais. Na verdade, nem sei se quero que ela faça isso. Imagina as coisas que terá que enfrentar? A fúria da família, do noivo, das amigas... Mayte não merece a confusão que armei em sua vida.
Entrei no elevador, enxugando as lágrimas que tinham surgido. Nunca havia chorado por uma mulher na minha vida inteira, mas aceitei que existe uma primeira vez para tudo. Pelo menos a mulher pela qual chorava merecia minhas lágrimas. Mayte merecia tudo meu; lágrimas, sorrisos, carinho, atenção... Eu que não a merecia. Ela é demais para mim. Uma perfeição que nunca vi em ninguém.
Talvez esteja só apaixonado, cego, sei lá... Não sei explicar, só sei que meu coração não suporta a ideia de perdê-la.
Idiota, Christian. Você é um idiota. Chorando feito uma criança na frente de um monte de gente esquisita.
Entrei no meu carro, mas admito que não consegui sequer achar as chaves. Acho que estavam em meu bolso, mas não encontrava o caminho até ele. Segurei o volante e... Soltei um enorme soluço, carregado pela mais completa dor. Ia perdê-la... Para sempre. Ela seria de outro cara, e os veria juntos quando ele fosse visitá-la em sua loja. Também a veria todos os dias, desejaria do mesmo modo a cada segundo... Não. Não posso comprar aquele espaço ao lado da loja dela. Vou cancelar tudo na segunda-feira. Adeus contrato, adeus estúdio.
Preciso voltar a ser o que era. Preciso continuar com as minhas clientes, parar de desmarcar os malditos encontros. Só nesta semana havia desmarcado dez. Tudo por causa daquela paixão sem sentido. Tudo por causa de um par de olhos castanhos brilhantes, que inundavam minha vida com uma felicidade e um aconchego que me tirava o foco.
O que seria de mim? Sem ela? Sem isso? Sem seu sorriso... Seus lábios deliciosos. Sem sua inteligência e meiguice. O que seria de mim quando percebesse que jamais a sentiria de novo em meus braços? Jamais provaria do seu sabor, jamais teria sua companhia sempre perturbadora... Que maldita vida levaria de agora em diante?
Sem nenhuma dignidade, pus-me a chorar. Eu, um homem feito e maduro, debulhando-me em lágrimas dentro de um carro, um maldito carro comprado com o dinheiro que havia conseguido transando feito um louco com uma ministra. Provavelmente a maldita me pagou com algum desvio de dinheiro público. Ótimo, uma reforma em algum hospital se transformou em um BMW. Maravilha!
Vou vender a Charlotte amanhã mesmo, e então doarei essa merda de dinheiro sujo a alguma instituição.
Por que isso me preocupa tanto? Nunca me importei com essa ideia, mas desde que conheci Mayte e seu jeitinho perfeito de ser, não consigo sequer jogar um chiclete no chão. Estou ficando tão doido quanto ela, com essa mania sem fim de querer fazer tudo politicamente correto.
Balancei a cabeça, tentando parar com aquela palhaçada. De que adiantaria mudar agora, se Mayte jamais será minha?
Meu telefone começou a tocar sem pausas. Toque irritante aquele. Puxei-o do bolso, sem saber direito o que pensar. Só queria que fosse Amande, mas não era. Mesmo assim, senti-me melhor quando ouvi a voz da minha irmã ao telefone.
- Chris? Cadê você, maninho? Estou na frente do seu apê.
- Júlia? – murmurei. Minha voz quase não saiu.
Claro que ela percebeu que eu estava chorando. Júlia sempre repara no meu humor, e é por isso que a amo tanto.
- Pollito... Não me diga que...
Aquiesci, balançando a cabeça. Só então percebi que Júlia não podia me ver através do telefone.
- Sim – respondi, entre lágrimas doloridas. - Ela vai se casar. Eu a perdi, Ju. Perdi o amor da minha vida.
João ainda sorria. Ele me olhava dos pés a cabeça. Estava muito emocionado, muito mesmo.
Eu o conhecia, sabia suas reações como ninguém. Sua pele estava um pouco avermelhada no pescoço, sinal de que também estava tenso.
Eu andava devagar, passo a passo, na sua direção, sendo apoiada pelo braço de papai. Meus familiares sorriam. Alguns até choravam. Bom, pelo menos todas as minhas tias estavam com lágrimas nos olhos.
Também queria ter o direito de chorar e espernear, mas seguia meu trajeto como uma dama muito bem-educada.
Olhei para as minhas amigas; elas já estavam no altar, observando-me com cautela. Prestavam atenção em cada gesto que eu fazia. Paloma e Jéssica eram as únicas que riam. Elas estavam lado a lado, e Jéssica segurava os braços de Paloma. Não fazia ideia do que aquilo significava, mas Paloma devia estar quase pirando com tanta aproximação.
Finalmente chegamos ao altar. Foram só alguns passos, mas me sentia como se tivesse percorrido a maratona São Silvestre. Em meio a trezentos mil flashes dos fotógrafos contratados, meu pai cumprimentou o João com um abraço bem caloroso. Meu noivo, e futuro marido, beijou a minha testa logo em seguida.
- Você está linda – murmurou. Permaneci séria.
Ficamos diante do altar, lado a lado, enquanto o padre começava a dar as boas-vindas. Não me pergunte o que ele disse. Não conseguia ouvir nada que fizesse parte da realidade. Tipo, mesmo. A única coisa que conseguia ouvir claramente era a voz da minha própria consciência.
O demônio sexy, que havia me feito cair em tentação durante a semana, estava chorando. Ele tinha perdido as forças - estava com as asas vermelhas cortadas, jorrando sangue. O anjinho também chorava.
Inexplicavelmente, ambos estavam juntos nas lamentações, como se sofressem da mesma coisa.
Uma voz distante me chamou de vadia. Era a mesma, aquela que media meu poder de discernimento. Ela repetia, sem parar, a mesma coisa: Vadia, vadia, vadia, vadia... Às vezes se explicava: “Você dormiu com outro cara durante a semana, sua vadia. E agora está aí, fingindo que nada aconteceu. Vadia, vadia, vadia, vadia...”.
Outra voz se juntou aos meus sentidos. Uniu-se ao muro de lamentações em que havia se transformado a minha existência. Porém, aquela era a voz dele. Christian. Suas palavras soaram na minha mente, martelando-me sem cessar.
“Mayte... Acorde. Raciocine.”
“Você não pode pagar pelo que eu te dei, Mayte.”
“Seja o que pensa, sente e quer.”
“Você não ama esse cara, Mayte! Vai casar com ele sem amá-lo! Acha isso certo?”
“Sei o que quero e sei o que posso fazer. Posso fazer tudo por você, Mayte.”
A última lembrança me fez iniciar um choro incessante:
“Se eu tiver significado alguma coisa para você, Mayte, por favor... Por favor, se puder... Eu te imploro... Me surpreenda. É o meu maior desejo.”
As coisas pioraram quando as recordações - não das palavras do Christian, mas do que fizemos juntos - começaram a invadir a minha mente como inúmeras rajadas que me acertavam em cheio o coração. Todos os momentos que passamos surgiram como um filme; tudo o que foi falado, sentido, experimentado, vivido, transformado... Cada detalhe, desde a primeira dança até suas lágrimas no quarto do hotel.
Céus... Como eu o amava! Amava muito. Era forte, intenso. Longe de qualquer explicação lógica. Amava o modo como ele se movia, amava seu toque, seu cheiro, o jeito sufocante como erguia a boca sempre para o canto esquerdo... Amava sua voz, seu corpo, sua educação, inteligência, charme... Amava seu sorriso e quando cantava, cozinhava, me observava e respirava... Tudo me deixava louca. Tudo me levava para apenas um lugar que, definitivamente, não era em cima daquele altar.
Não podia me casar. Não mesmo. Seria loucura demais, e cometeria um erro muito maior se deixasse acontecer. Por incrível que possa parecer, não casar era a coisa mais certa e justa que eu podia fazer por mim, pelo João e pelo Christian.
- NÃO! – gritei, com todas as minhas forças.
Por um momento, nem sabia onde estava. Não sabia dizer se o padre já tinha me perguntado se eu queria casar. Acho que não... Bom, deve ser por isso que as pessoas se assustaram tanto.
João olhou para mim, espantado.
- Mayte... O quê...
- Não posso me casar! – continuei. Estava nervosa, querendo desabafar tudo de uma vez.
Queria sair gritando, berrando, implorando... Tudo, menos permanecer calada. – Não posso fazer isso!
Olhei para as meninas. Lara já chorava, enquanto Cláudia e Fabiana apoiavam a cabeça nas mãos. Jéssica ria alto e Paloma olhava para mim, tão chocada quanto o restante da igreja. Até o padre tinha ficado sem reação.
Voltei a encarar o João. Ele estava de queixo caído, extremamente confuso. Meu coração batia forte, mas não podia voltar atrás.
- Você não pode mais me fazer feliz, João – falei, baixinho. – Também não posso te fazer feliz desse modo.
- Mayte... O que está dizendo? Nós... Nós... – O coitado estava muito nervoso. Acho que não conseguia acreditar no que acontecia.
- Sinto muito... – murmurei, balançando a cabeça. – Não vamos ser felizes. É melhor acabar com isso agora, antes que seja tarde.
- Mayte... – João me segurou nos braços, mas eu me afastei depressa.
- Acabou, João – sussurrei, de modo que ninguém além dele pudesse ouvir. Meu objetivo não era humilhá-lo, mesmo sabendo que seria impossível ir embora sem fazê-lo. - Sinto muito, de verdade.
Dito o que precisava, achei que aquela igreja estava pequena demais para mim. Todos estavam tão espantados, que ainda não conseguiam demonstrar qualquer reação além do choque. Tomada pela vergonha, culpa e alívio, simplesmente saí correndo a toda velocidade.
Se a Julia Roberts pudesse me ver, certamente teria me aplaudido.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Atravessei o tapete vermelho depressa, tentando ignorar as pessoas que me olhavam com muito espanto. Desci as escadarias da igreja, segurando boa parte do tecido do meu vestido. Vozes chamavam o meu nome, mas estavam distantes. Ignorei-as. Continuei correndo por um longo estacionamento, percebendo que estava cheio. Os carros de todos os familiares estavam lá. O ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 70
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gr_perroni Postado em 08/01/2015 - 16:06:03
Posta maaaaaaaaaaaais....
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mirelly_perroni Postado em 03/01/2015 - 09:43:02
Postaaaaaaaaaa mais por favor que perfeito, nossa na Chuva cara rs que louco, o christian tá tão fofo, a musica que cantou pra ela foi tão demais tão perfeita, postaa mais por favor tô curiosa, o que vai rolar os problemas que vão aparecer tudo, então postaaa por favor.
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vondy4everponny Postado em 13/12/2014 - 23:10:15
Oooh hot na chuva?? Pqp esses dois são fogo. Christian mudou mesmo a Maite e a Maite mudou mesmo o Christian *-------* lindinhos <<<<<3
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vondy4everponny Postado em 01/12/2014 - 19:41:51
Nossa,tadinho do Christian, a história dele é foda.Como um pai pode tratar um filho assim só porque ele não quer ser advogado? E a humilhação na festa do natal? AF, tadinho dele, ninguém merece.
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vondy4everponny Postado em 16/11/2014 - 15:26:24
Odeio quando a Maite faz algo que magoe o Christian, AF. Ele precisa de muito apoio dela e ela vive assustada com tudo, aném
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vondy4everponny Postado em 12/11/2014 - 13:10:59
Sinceramente, estou com pena do Chris :/ Maite já está pensando em mentir, e eu entendo, mas essa história dele ainda vai dar muito problema :/
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vondy4everponny Postado em 05/11/2014 - 00:54:26
Awn, eles estão tão amorsinhos *-----* Mai pensa mais que o Chris, sinceramente UHAUAH! Vish, o que será que ela quer contar logo agoooora? AF Espero que seja coisa boa
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vondy4everponny Postado em 26/10/2014 - 19:55:47
Xtian aregou mana KKKKKKKKK Ai ai, Maite ficou ''desejosa'' tadinha UAHUAHU! Ele cantando uma canção de ninar pra ela, e ela cantou pra ele... Aaaaaaaaawn, que meigos e engraçados kk *---* Achei lindo! Posta mais Jess
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vondy4everponny Postado em 24/10/2014 - 01:39:13
Amando o terceiro livro amiga, que perfeitos *--* To com dó da Maite, eles ainda tem muita coisa pra acertar, isso nao vai ser facil :/
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vondy4everponny Postado em 23/10/2014 - 20:31:54
Ebaaaaaaa, terceiro livro! OMG, eles vão se casar? Como assim? kkkkk Coitado do ''Jão'' e da familia da Mai :/ Isso ainda vai dar mts problemas ne?