Fanfics Brasil - 21 Despedida de Solteira(Adaptada) Mayte & Chistian

Fanfic: Despedida de Solteira(Adaptada) Mayte & Chistian | Tema: Chaverroni


Capítulo: 21

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Marlos convidou as garotas a irem para a sala, dizendo-lhes que uma surpresa especial as aguardava. A música parou de ser tocada, e me juntei aos meninos perto das gaiolas. Eles estavam ansiosos, mas não demonstravam.


Procurei fazer o mesmo, fingindo normalidade.


De fato, tudo aquilo era normal. Não devia estar nervoso com algo tão idiota.


Todos ali eram adultos, sabiam se cuidar.


Nenhuma cliente era obrigada a fazer nada, portanto minha preocupação era infundada e, por que não dizer, tola.


Marlos saiu pela porta de vidro, fechando-a atrás de si. Seu velho sorriso sempre o acompanhava, seja qual fosse a situação.


– E então? – foi João quem decidiu perguntar.


– Ficaram bem surpresas – ele disse, aproximando-se um pouco mais. – Mayte pediu um minuto a sós com elas. A coitada ficou branca como um papel. – Gargalhou.


Os caras o acompanharam, mas não achei graça.


Qualquer pessoa comum ficaria chocada com a situação. Quem não era acostumado àquele tipo de coisa certamente acharia tudo um absurdo. Eu me decepcionaria muito se Mayte tivesse agido com naturalidade mediante à proposta do grupo. Não quero dar um de santinho e nem ser hipócrita a ponto de dizer que prezo por pessoas recatadas, afinal, minha vida é feita de luxúria. Gosto de liberdade sexual e acredito que todo mundo precisa dela para se sentir bem consigo mesmo. É questão de autoestima e autoconhecimento.


No entanto, existe um “quê” de mistério enraizado em mulheres inocentes.


Curto a inocência, é uma coisa que me atrai, talvez por ser algo que não possuo há muito tempo. Tudo bem , sei que sou um poço de contradições, visto que na hora do sexo jamais diferenciaria uma gostosa libertina de uma virgenzinha pura. Para mim, são todas iguais. Meu tratamento é exatamente o mesmo, em ambos os casos dou o meu melhor. No fim, não importa muito o que me atrai ou a minha opinião sobre a inocência.


Tente me compreender; eu sou obrigado a transar do mesmo modo. Meu desejo está à venda para quem quiser comprar.


Os garotos conversavam sobre coisas que sequer chegavam a ser processadas pelo meu cérebro. Estava absorto e muito concentrado, por isso vi o exato momento em que Mayte abriu a porta de vidro. Ela parecia desconcertada. Sua pele estava levemente rosada nas bochechas.


– Marlos, pode fazer o que deve ser feito – disse com a voz vacilante. Depois, tornou a entrar na sala de estar.


– Vamos lá, meninos. Boa sorte! – Marlos falou, e o acompanhamos para dentro da casa.


A sala estava bem iluminada, pude ver perfeitamente os rostos das meninas.


Elas estavam sentadas no sofá preto de couro, silenciosas. Ficaram nos observando de cima a baixo, um por um.


Permanecemos de pé, formando uma fila horizontal, expondo nossos corpos como se fossem produtos num supermercado. É isso aí. Meu corpo é um produto; faço a propaganda, o controle de qualidade e vendo para a cliente que pagar mais. Pode parecer chocante colocar as coisas desse jeito. Bom, pode ser, mas este sou eu.


Não adianta ficar me mascarando, aprendi a assumir o que sou.


Mayte estava olhando para o chão, admirando algum ponto inexistente do piso de azulejos brancos. Parecia nervosa, assustada... Balançava a cabeça de leve, quase imperceptivelmente. Talvez estivesse travando alguma batalha interna. Daria tudo para ler seus pensamentos.


Os caras permaneceram calados, muito quietos e sérios, assim como eu.


– Mayte, querida, é só escolher. Irei apresentá-los agora. Este você já conhece, é o Marcelo – disse Marlos, apontando para o meu colega.


Marcelo sorriu, mas Mayte o encarou com um olhar sério e rígido. Reparei melhor nos seus olhos; grandes e
amendoados, continham um brilho intenso, provavelmente resultado do reflexo fornecido pelas lâmpadas acesas.


– Este é o Henrique. – Marlos continuou a apresentação.


Mayte desviou o olhar para ele.


Prendeu os lábios de leve, e seu rosto inteiro ficou vermelho. Uma reação meio óbvia para mim, pois a recebo o tempo todo; ela tinha gostado do Henrique. Ele era belo, claro, não posso negar. Também não posso negar que senti um gosto amargo na boca. Fiquei com medo. Sim, medo. Acredita? Que bom, porque eu não acreditei.


– Este é o Edu.


Aquela mulher misteriosa guiou seus olhos na direção do meu parceiro de pirofagia. Pensei em não ver suas reações, pois não ia gostar muito se escolhesse o Edu. Sabia que ele era um dos mais atraentes ali, mas, por incrível que pareça, Mayte não corou ou prendeu os lábios.


Nem fez mais nada além de encarar os olhos claros do meu colega com um pouco de desinteresse. Bom, não apenas os olhos.


Percebi quando ela inclinou o rosto e deu uma bela sacada no corpo dele.


Fiquei com raiva. Uma raiva muito grande, nem sei dizer do quê. Acho que dela, por estar me fazendo ficar nervoso. Eu só queria protegê-la, e a imbecil ficava de gracinha com os outros caras? Àquela altura do campeonato, iria achar bem feito se escolhesse o Edu.


– Este você também já conhece, é o Christian – continuou Marlos. Opa!


Acordei do estado de transe para o qual meus próprios pensamentos haviam me guiado. Nem tinha percebido que ia ser o próximo, estava chateado demais. Fechei a cara e observei a Mayte com a expressão mais séria que consegui reunir. Ela se aproximou de mim, fazendo nossos olhares se encontrarem.


Mayte ficou absolutamente parada, olhando diretamente nos meus olhos. Não os desviou, e eu também não estava a fim de fazê-lo. Daria tudo para saber o que pensava, pois sua reação externa foi praticamente nula.


Ela não prendeu os lábios, não corou, não olhou para o meu corpo nem suspirou... Nada, nada. A maldita só me encarou profundamente, até eu começar a me sentir invadido. Ela parecia enxergar a minha vida inteira; tudo o que fui e sou, o que fiz e faço, o que penso e no quê acredito. Parecia me desvendar com um simples olhar; direto, insistente, firme.


Perturbadora. Nunca vi mulher tão perturbadora quanto aquela.


O sangue circulava em um ritmo acelerado pelas minhas veias, e achei que fosse explodir. Tentava manter a seriedade, oferecendo uma expressão tão livre de traduções quanto a dela. Porém, acabei sendo vencido.


Minha boca se moveu, e contracenei um sorriso torto.


Foi então que sua reação veio.


Mínima, mas veio. Mayte abriu ainda mais seus olhos grandes, desta vez fitando a minha boca. Ótimo! Perdi uma batalha, mas venci a outra. Aquela reação era tudo de que eu precisava para manter a esperança; precisava vencer a guerra. Era questão de honra.


– Este é o João – ouvi a voz de Marlos muito distante. Sério, nem sei dizer se nos encaramos por segundos ou por horas. O tempo pareceu ter parado.


Mayte finalmente tirou seus olhos de mim, voltando-se para o João. Resfolegou profundamente enquanto o encarava, soltando todo o ar dos pulmões. Admito: tive uma vontade séria de matá-la. Como ela podia reagir aos caras de maneira tão óbvia e a mim de um modo tão sutil? Devo estar mesmo muito ruim na fita. Talvez precisasse malhar um pouco mais, sei lá. Ou talvez meu cabelo estivesse assanhado. Que droga, não dava para acreditar que estava encucado com aquilo! Minha aparência nunca foi um problema. Nunca. Nunca, nunca, nunca!


– E por último, o Fernando. – Marlos apontou para o meu colega de quarto cabeludo.


Fernando sorriu amplamente, e Mayte devolveu o sorriso com a mesma intensidade. Um sorriso. Dá pra imaginar?


Seus dentes ficaram à mostra de um jeito impressionante, enquanto seus lábios desenharam uma expressão leve, divertida e, ao mesmo tempo, doce. Os olhos dela brilharam com ainda mais força, e o sinalzinho escuro presente no canto do lábio superior ficou esticado. O maldito havia lhe arrancado um sorriso. E o que eu consegui arrancar? Merda alguma. Droga, droga, mil vezes droga!


– Espero que já tenha a sua escolha, senhorita Mayte – concluiu Marlos.


Mayte se afastou um pouco, dando alguns passos para trás. Parecia analisar cada um de nós, mas fiquei surpreso quando me encarou mais uma vez. Isso mesmo, ela não olhou para os caras. Olhou apenas para mim. Passou alguns segundos daquele modo, enquanto eu tentava decifrar suas expressões.


Depois de um tempo incalculável, Mayte fitou o chão e disse:


– Marcelo pode ficar com a Paloma, e o Edu pode ficar com a Fabiana.


Bela escolha. Muito boa. Edu certamente havia ficado contente com aquilo, e eu fiquei mais ainda; agora tinha
menos dois concorrentes. Faltavam mais três.


Mayte me fitou de novo, com a mesma expressão indecifrável. Estava começando a cansar daquilo, mas me mantive sério. Meu estômago se contorcia por causa da adrenalina. Esperança é mesmo uma droga; não temos paz enquanto ela não para de martelar nosso juízo. Às vezes acho melhor não ter esperança. Pode parecer esquisito, mas nunca gostei de esperar para surpreender ou ser surpreendido. Pelas coisas, pelas pessoas, pela vida... Não sou daqueles que esperam acontecer. Simplesmente faço.


– João fica com a Jéssica – completou Mayte. João riu.


Faltavam dois.


– Henrique pode ficar com a Cláudia.


P u t s ! Não aguentava mais tanta pressão. Que merda de destino era aquele?


A decisão ia ficar entre o Fernando e eu. E entre Mayte e Lara. Seria cômico se não me causasse tanto pânico. Como passaria o fim de semana inteiro com a Lara, sabendo que Fernando a queria? E o contrário?


Droga. Milhões de vezes droga!


Mayte pareceu estar em dúvida.


Fitou o chão, meio desconcertada.


“Oh, não, meu bem, não tenha dúvidas... Escolha a mim”, pensei. Bom, na verdade soou mais como uma oração do que como um pensamento.


De repente, ela virou para trás.


Buscou a amiga com os olhos. Lara estava linda, sentada no sofá com as pernas grossas cruzadas. Ela sequer olhou para mim; fitou Fernando e depois sinalizou para Mayte, alisando os próprios cabelos.


O sinal havia sido bem óbvio, uma referência ao tamanho do cabelo do meu colega. Lara preferia o Fernando.


Antes que eu pudesse deixar a ficha cair, Mayte se virou na minha direção, tirando o meu fôlego com apenas um olhar e seis palavras:


– Fernando pode ficar com a Lara.


Pirei. Um calor sinistro tomou conta do meu corpo. Tive que fazer um esforço absurdo para não deixar minhas pernas vacilarem.


Mayte continuou me encarando seriamente, mas não consegui me controlar.


Meu velho sorriso torto – o que ofereço quando sinto mais vergonha do que graça – se fez presente.


– Perfeito – disse Marlos.


“Perfeito não... Perfeita!”, pensei, encarando Mayte fixamente.


Ela não desviava os olhos, o que deixava claro que alguma coisa estava acontecendo entre nós. Afinal, ninguém livre de intenções mantém um olhar sobre uma pessoa por tanto tempo. Aquilo me animou muito, em um nível que me encheu de excitação. Meu plano tinha dado certo.


– Bom, senhoritas, continuaremos com a festa! Rapazes... – Marlos fez um sinal para que começássemos a trabalhar.


Sinceramente, não consegui me mexer. Estava bastante ocupado mantendo o olhar da Mayte sobre o meu. Os caras se juntaram às meninas no sofá, guiando-as de volta à área externa. Luís já tinha ligado o som novamente, e uma balada divertida foi iniciada.


Decidi me aproximar depois que ficamos sozinhos na sala. Cheguei muito perto e peguei sua mão. Segurei-a com carinho e me curvei para beijá-la, mas sem desviar os olhos. Demorei um pouco no processo, sentindo sua pele macia acariciando meus lábios.


– É uma honra para mim ser sua companhia, senhorita Mayte – sussurrei.


Ela então pareceu ter acordado de um sono hipnótico. Imediatamente retirou a mão e se afastou um pouco, dando alguns passos curtos para trás.


– Christian, não precisa de tudo isso – falou. – Sejamos sinceros, vou me casar daqui a uma semana e não pretendo viver fortes emoções na minha despedida de solteira, se é que me entende.


Hum.


Se ela estava falando sobre aquilo logo de cara, certamente era porque tinha pensado a respeito. Quero dizer, Mayte realmente pensou na possibilidade de viver fortes emoções. Talvez até tenha imaginado coisas que achava que não devia.


Confesso, isso me instigou. Saber que podia mexer com ela acordou em mim uma fera que eu já conhecia.


Conhecia tanto que já sabia o que ia acontecer; não desistiria tão fácil. Não me renderia ou aceitaria aquele papo de “vou casar na semana que vem”.


Parece estúpido da minha parte, até porque meu plano era ser escolhido pela Mayte apenas para protegê-la, mas a quem estava enganando? Eu a desejava. Já disse uma vez, mas vou repetir: quando desejo alguma
coisa, costumo obter com facilidade.


– E o que pretende viver na sua despedida de solteira, senhorita? – incitei.


– Só quero me divertir com as minhas amigas – ela respondeu na defensiva.


– Suas amigas estão se divertindo. – Apontei para a porta de vidro. De onde estávamos, dava para ver os casais dançando de modo divertido, curtindo um ao outro. O clima lá fora estava bastante descontraído, totalmente diferente do clima dentro da sala de estar.


– Eu sou diferente. Tenho outras concepções de diversão.


“Ah, é?”, pensei. Interessante. O que será que Mayte gosta de fazer, afinal?


Dançar com certeza não é uma opção.


– Diga-me suas concepções e iremos nos divertir. É para isso que estou aqui – murmurei.


Ela permaneceu calada, oferecendome mais doses de seu olhar enigmático.


Estava louco para desvendá-lo. Aliás, não queria desvendar apenas o olhar, mas também todo o restante.


Queria conhecer cada pedacinho da Mayte, começando por aquele sinal em seu lábio, que me chamava quase aos berros. Pena que beijo na boca estava proibido, do contrário tentaria lhe roubar um.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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– Neste momento quero apenas sentar e beber mais um pouco – ela respondeu. – Como quiser. Vem comigo. Segurei a mão dela novamente, entrelaçando meus dedos nos seus. Saímos da sala e caminhamos até o sofá mais próximo do minibar. Fiz um movimento, permitindo que se sentasse. Acompanhei-a logo e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 70



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  • gr_perroni Postado em 08/01/2015 - 16:06:03

    Posta maaaaaaaaaaaais....

  • mirelly_perroni Postado em 03/01/2015 - 09:43:02

    Postaaaaaaaaaa mais por favor que perfeito, nossa na Chuva cara rs que louco, o christian tá tão fofo, a musica que cantou pra ela foi tão demais tão perfeita, postaa mais por favor tô curiosa, o que vai rolar os problemas que vão aparecer tudo, então postaaa por favor.

  • vondy4everponny Postado em 13/12/2014 - 23:10:15

    Oooh hot na chuva?? Pqp esses dois são fogo. Christian mudou mesmo a Maite e a Maite mudou mesmo o Christian *-------* lindinhos <<<<<3

  • vondy4everponny Postado em 01/12/2014 - 19:41:51

    Nossa,tadinho do Christian, a história dele é foda.Como um pai pode tratar um filho assim só porque ele não quer ser advogado? E a humilhação na festa do natal? AF, tadinho dele, ninguém merece.

  • vondy4everponny Postado em 16/11/2014 - 15:26:24

    Odeio quando a Maite faz algo que magoe o Christian, AF. Ele precisa de muito apoio dela e ela vive assustada com tudo, aném

  • vondy4everponny Postado em 12/11/2014 - 13:10:59

    Sinceramente, estou com pena do Chris :/ Maite já está pensando em mentir, e eu entendo, mas essa história dele ainda vai dar muito problema :/

  • vondy4everponny Postado em 05/11/2014 - 00:54:26

    Awn, eles estão tão amorsinhos *-----* Mai pensa mais que o Chris, sinceramente UHAUAH! Vish, o que será que ela quer contar logo agoooora? AF Espero que seja coisa boa

  • vondy4everponny Postado em 26/10/2014 - 19:55:47

    Xtian aregou mana KKKKKKKKK Ai ai, Maite ficou ''desejosa'' tadinha UAHUAHU! Ele cantando uma canção de ninar pra ela, e ela cantou pra ele... Aaaaaaaaawn, que meigos e engraçados kk *---* Achei lindo! Posta mais Jess

  • vondy4everponny Postado em 24/10/2014 - 01:39:13

    Amando o terceiro livro amiga, que perfeitos *--* To com dó da Maite, eles ainda tem muita coisa pra acertar, isso nao vai ser facil :/

  • vondy4everponny Postado em 23/10/2014 - 20:31:54

    Ebaaaaaaa, terceiro livro! OMG, eles vão se casar? Como assim? kkkkk Coitado do ''Jão'' e da familia da Mai :/ Isso ainda vai dar mts problemas ne?


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