Fanfics Brasil - 25 Despedida de Solteira(Adaptada) Mayte & Chistian

Fanfic: Despedida de Solteira(Adaptada) Mayte & Chistian | Tema: Chaverroni


Capítulo: 25

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– Não sei... Acho que em nada e em tudo – ela respondeu simplesmente.


– Isso é bom?


– Não defini ainda.


Sorri meio torto.


– Andei pensando no que você me disse. Não muito, mas pensei – Mayte completou, começando a caminhar vagarosamente pela beira da praia.


Acompanhei-a no impulso.


– Pensou? Isso é bom então.


Cheguei realmente a pensar que tudo o que eu tinha lhe dito sobre a gaiola interior havia entrado em um ouvido e saído pelo outro. Mas pelo visto Mayte era boa no pôquer; escondia muito bem o que estava sentindo, como se uma muralha a segurasse ou uma máscara estivesse estampada em seu rosto, impedindo qualquer pessoa de reconhecê-la.


– Sim – sussurrou.


– Chegou a alguma conclusão? – decidi perguntar.


– Mais ou menos. Sabe, você tem razão sobre algumas coisas. Refleti bastante e . . . acho que me engaiolo muito. Sou escrava do meu raciocínio.


Este lado da Mayte já estava deixando de ser um mistério; ela realmente era uma mulher sensata demais.


Pensava tanto em estar certa ou errada que não conseguia se permitir certos exageros. Podia visualizá-la no seu cotidiano, seguindo um milhão de regras impostas por si mesma.


Cansativo demais para qualquer ser humano. Mas ela parecia presa nas próprias concepções, na própria mania de se julgar.


– Hum... Continue – pedi.


– Há coisas que sempre quis fazer, mas nunca tive coragem. Nunca parei para pensar se estava sendo legal com as pessoas... Sei lá, sempre ajo de acordo com o que penso, que pode ser diferente do que quero e diferente também daquilo que as pessoas esperam de um indivíduo comum.


Interessante.


– Por exemplo?


– Bom, eu... não bebo, quero dizer, ontem bebi não sei como. Não consigo fazer nada sem ser planejado. Fico me julgando o tempo todo, tenho mania de limpeza...


Também não danço.


“Bingo!”, pensei, vangloriando-me por ter acertado tudo antes que Mayte precisasse, de fato, dizer. Saber que eu finalmente tinha um perfil de sua personalidade era um conforto, mas, ao mesmo tempo, eu me sentia meio estranho.


O motivo era meio óbvio; estava preocupado com o que disse sobre si mesma. Quanto mais eu descobria, mais percebia que ela precisava de ajuda.


– Você dançou ontem – falei, por falta de comentário melhor.


– Ontem fiz coisas que nunca havia feito. Aquela não era eu.


Ótimo, fiquei confuso de novo. Afinal, quem era aquela mulher? Até que ponto ela se escondia, em que momento se mostrava? Será que a máscara nunca iria cair? E por que eu fazia tanta questão de desvendá-la?


Acabei fazendo a pergunta que não queria calar:


– Então, quem é você?


– Quando te ignoro estou sendo eu mesma.


Não esperava por aquela resposta.


Fiquei absolutamente surpreso, até parei de caminhar. Ela acabou fazendo o mesmo, sem desviar os olhos de mim.


Quer dizer que Mayte era a versão chata, que me ignorava e me dava foras?


Era a que achava normal não dormir com o próprio noivo, não viver fortes emoções e jamais se permitir? Se assim fosse, então quem era a mulher incrível que me encarava de maneira insinuante? Quem era a que sorria inocentemente e abria os braços para o sol? Impossível acreditar que eram a mesma pessoa, portanto cheguei a mais uma conclusão: ela estava se enganando.


Não conhecia a si mesma, porque jamais havia seguido os próprios instintos. Por incrível que possa parecer, sempre acreditei que só conseguimos nos autorreconhecer quando deixamos nossos desejos aflorarem e não quando raciocinamos em demasia.


Não adianta pensar sobre o que somos, temos que simplesmente ser.


– E quando não? – perguntei, ainda transtornado. Mayte sequer sabia quem era. Por isso tinha demorado tanto a desvendá-la. Como conhecer alguém que não se conhece?


– Quando não, estou sendo alguém que desconheço.


“Bingo número dois!”


– Então, neste momento, você está sendo alguém que desconhece? – questionei, mas já sabia a resposta.


Mayte pareceu extremamente confusa.


– Não sei direito.


– Posso responder por você? – propus.


– Tente.


Refletindo um pouco mais, cheguei àquela conclusão e a expus sem pensar duas vezes:


– Quando você não me ignora, está sendo o que sente. Quando me ignora, está sendo o que pensa.


– Talvez... – Mayte balançou a cabeça freneticamente. Estava visivelmente confusa, embaraçada. – Talvez.


Eu sabia que tinha acertado. Mayte me desejava, queria viver fortes emoções comigo. Mas seu poder de discernimento a impedia e me rejeitava automaticamente.


Ela ficava se julgando por me desejar, como se fosse um erro sem tamanho.


Provavelmente aquela mulher nunca tinha passado por uma situação parecida; em que seu desejo estava prestes a ganhar a batalha. Seu raciocínio calculado jamais havia lhe deixado brechas, portanto as justificativas eram baseadas inteiramente na sensatez. E os instintos? E as vontades?


Tudo isso passava longe.


– Desculpe-me a indelicadeza, senhorita, mas quantos anos você tem? – Estava curioso.


– Vinte e sete.


– Nesses vinte e setes anos, em algum momento, já foi unicamente o que sentia?


Mayte pareceu refletir. Eu já sabia a resposta, mas queria que admitisse a si mesma. Ela, de repente, retomou a caminhada. Deu alguns passos vagarosos e falou alguma coisa ininteligível. Permaneci no mesmo lugar.


Percebendo que eu tinha ficado para trás, ela se virou e finalmente respondeu:


– Não me lembro!


“Bingo número três!”


– Foi o que pensei – falei.– Você quer, de coração, fazer algo a respeito?


Mal sabia o que queria propondo aquilo. Certo, eu sabia muito bem, mas não queria assustá-la. Sinceramente, não sentia mais aquela vontade de fodê-la como se fosse qualquer uma de minhas clientes.


Queria fazê-la sentir... Despertar seus instintos e vontades. Queria ajudá-la, apesar de isso nunca ter feito o meu estilo. Nem sabia por que ainda estava conversando, nunca conversei tanto com uma cliente em toda a minha vida.


Mayte balançou a cabeça, voltando a enganar a si mesma.


– Não.


– Sente-se completamente satisfeita com seu senso de racionalidade? – perguntei.


– O que é isso? Teste dramático de revista teen? Onde devo marcar um xis? – Ela riu, mas permaneci muito sério. Não via graça em nada daquilo, eu não estava brincando.


– Apenas me responda se for possível, senhorita Mayte.


Vi quando os olhos dela se encheram de lágrimas, enquanto contracenava uma expressão que fez meu estômago apertar.


“Oh, não... Não, não chore”, pensei, começando a me desesperar. Já estava arrependido por tudo – inclusive por ter nascido –, querendo trazer qualquer palavra que a tivesse magoado de volta para minha boca. Mas era tarde demais. Além de começar a chorar, Mayte também gritou:


– Quer saber, Christian? A verdade? Eu me sinto um lixo a maior parte do tempo!


Sou certinha demais, perfeita demais...


Quero tudo no lugar exato, o tempo todo!


Odeio surpresas, odeio não saber o que fazer, o que falar, como agir, para onde ir...


Eu quero ter controle sobre tudo!


Compreendo perfeitamente que a vida não pode ser assim, por isso sofro demais! Mas, por mais que sofra, nunca mudo! Esta sou eu, Christian! Satisfeito?


Meu coração quase saiu pela boca.


Ele batia tão acelerado que achei que fosse desmaiar. Foi difícil manter a compostura, mas continuei encarando Mayte enquanto lágrimas doloridas lhe molhavam a face.


Estava com vontade de sumir. Odiava quando as clientes davam chilique, mas senti muito mais do que ódio naquele momento.


Senti pena... Raiva, angústia... Era um misto difícil de explicar.


Aproximei-me devagar, chegando muito perto dela. Mayte me encarou, mas seus olhos, sempre vivos, não brilhavam mais. Estavam apagados, tristes, de modo que minha vontade real foi de morrer. Ergui a mão e lhe enxuguei uma lágrima. Nunca tinha feito aquilo antes, nunquinha. Enxugar lágrimas? Eu? Nem pensar...


– Vou repetir a pergunta: quer fazer algo a respeito? – sussurrei. Minha voz saiu vacilante, um murmúrio rouco indefinido.


Mayte olhou para o céu além de mim.


– O que vai fazer comigo? – perguntou com a voz tão vacilante quanto a minha. Seu receio era visível.


“Oh, Mayte, podia começar por um longo beijo, mas não posso.”


– Tudo o que você quiser e sentir, mas nada daquilo que pensar – respondi.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Mayte aquiesceu, e ficamos nos olhando por um longo tempo. Eu não sabia o que fazer, muito menos ela. Meu maior desejo era lhe roubar um beijo, mas diante desta impossibilidade, simplesmente travei. De repente, ela se afastou e foi caminhando devagarzinho de volta para a mansão. Acompanhei-a sem falar nada. Mayte permaneceu muda, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 70



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  • gr_perroni Postado em 08/01/2015 - 16:06:03

    Posta maaaaaaaaaaaais....

  • mirelly_perroni Postado em 03/01/2015 - 09:43:02

    Postaaaaaaaaaa mais por favor que perfeito, nossa na Chuva cara rs que louco, o christian tá tão fofo, a musica que cantou pra ela foi tão demais tão perfeita, postaa mais por favor tô curiosa, o que vai rolar os problemas que vão aparecer tudo, então postaaa por favor.

  • vondy4everponny Postado em 13/12/2014 - 23:10:15

    Oooh hot na chuva?? Pqp esses dois são fogo. Christian mudou mesmo a Maite e a Maite mudou mesmo o Christian *-------* lindinhos <<<<<3

  • vondy4everponny Postado em 01/12/2014 - 19:41:51

    Nossa,tadinho do Christian, a história dele é foda.Como um pai pode tratar um filho assim só porque ele não quer ser advogado? E a humilhação na festa do natal? AF, tadinho dele, ninguém merece.

  • vondy4everponny Postado em 16/11/2014 - 15:26:24

    Odeio quando a Maite faz algo que magoe o Christian, AF. Ele precisa de muito apoio dela e ela vive assustada com tudo, aném

  • vondy4everponny Postado em 12/11/2014 - 13:10:59

    Sinceramente, estou com pena do Chris :/ Maite já está pensando em mentir, e eu entendo, mas essa história dele ainda vai dar muito problema :/

  • vondy4everponny Postado em 05/11/2014 - 00:54:26

    Awn, eles estão tão amorsinhos *-----* Mai pensa mais que o Chris, sinceramente UHAUAH! Vish, o que será que ela quer contar logo agoooora? AF Espero que seja coisa boa

  • vondy4everponny Postado em 26/10/2014 - 19:55:47

    Xtian aregou mana KKKKKKKKK Ai ai, Maite ficou ''desejosa'' tadinha UAHUAHU! Ele cantando uma canção de ninar pra ela, e ela cantou pra ele... Aaaaaaaaawn, que meigos e engraçados kk *---* Achei lindo! Posta mais Jess

  • vondy4everponny Postado em 24/10/2014 - 01:39:13

    Amando o terceiro livro amiga, que perfeitos *--* To com dó da Maite, eles ainda tem muita coisa pra acertar, isso nao vai ser facil :/

  • vondy4everponny Postado em 23/10/2014 - 20:31:54

    Ebaaaaaaa, terceiro livro! OMG, eles vão se casar? Como assim? kkkkk Coitado do ''Jão'' e da familia da Mai :/ Isso ainda vai dar mts problemas ne?


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