Fanfic: Despedida de Solteira(Adaptada) Mayte & Chistian | Tema: Chaverroni
Começamos a organizar as coisas para o jantar. Sr. Amoretto já estava preparando inúmeros pratos da culinária
japonesa, sendo auxiliado por seus dois ajudantes. Edu e Henrique começaram a pôr a mesa enquanto Marlos levava João e Fernando para a sala de est ar – eles instalariam um sistema de karaokê profissional. As meninas iam gostar daquilo.
Marcelo começou a montar o minibar novamente, e decidi ajudá-lo. O clima entre nós não havia ficado muito bom
depois de seu comentário na cozinha do casebre.
– Você ficou chateado comigo? – ele decidiu perguntar de uma vez, enquanto organizava algumas garrafas de vodca.
– Não – respondi, e fui sincero. Eu tinha ficado mais surpreso do que chateado, propriamente dito. Não sou um cara que guarda rancor. Também sou péssimo para brigar, não importa com quem. Demoro séculos para perder a cabeça e, quando perco, não costumo me alterar. Sei que é estranho, mas sou muito tranquilo mesmo.
– Ótimo, não é nada pessoal – continuou. – Só acho que vou parar. Não vai demorar muito.
– Isso é bom, Marcelo. Sério. Eu também vou parar – confessei, colocando alguns morangos em uma tigela.
Ele ergueu a cabeça e me observou com uma expressão engraçada.
– Tá brincando!
– Juro. Vou parar, está decidido.
Marcelo balançou a cabeça como se estivesse incrédulo, mas sorriu amplamente.
– Já sabe o que vai fazer da vida? – perguntou.
– Montar um estúdio fotográfico.
Tenho quase tudo pronto, devo parar no mês que vem.
– E o contrato?
Realmente, o contrato que havíamos assinado tinha duração de dois meses. Pretendia cumpri-lo até o fim, mas seria o meu último trabalho. Caso desistisse antes do combinado, teria que pagar uma multa meio salgada.
– Assim que ele terminar estarei dando adeus.
Marcelo sorriu ainda mais. Comecei a enxugar alguns copos e depositá-los lado a lado em uma bandeja.
Queria muito saber se Mayte estava bem, não conseguia ignorar a minha preocupação. Olhei para a varanda na esperança de vê-la, mas não havia sinal dela. Será que ficaria chateada comigo?
Começaria a me ignorar de novo?
Suspirei profundamente. A dúvida me corroía por dentro.
– Acha que vai se adaptar? – Marcelo tornou a me dirigir a palavra.
– Não sei.
– Quero dizer, você deve ter muitas clientes. Acho que algumas vão continuar te procurando.
– Provavelmente sim.
"Começando pela ministra masoquista que acha que sou o Christian Grey", pensei.
– Talvez você também sinta falta.
– Eu sei – confessei, sentindo-me meio cansado de repente. – Fiz isso durante toda a minha vida, qualquer coisa pode acontecer. Só preciso tentar, eu não aguento mais fazer isso. Tenho que começar a pensar em mim.
Marcelo balançou a cabeça, aquiescendo. Permaneceu calado depois disso, atitude que agradeci mentalmente.
Nunca fui de me abrir para ninguém – exceto para a minha irmã –, mas me senti um pouco melhor depois que o bar ficou pronto.
O assunto não voltou a ser abordado, contudo a minha mente trabalhava a todo vapor. Estava pensando em me colocar à prova quando finalmente parasse de vender o meu corpo. Pretendia ficar sem transar durante algum tempo e só fazê-lo quando encontrasse alguém realmente especial. Ia ser difícil, claro. Muito difícil, afinal, estou acostumado a manter relações diariamente.
Posso até ter me viciado nisso sem ter me dado conta. Talvez faça mais falta do que posso suportar. Ou talvez não. Era um risco que eu precisava correr.
Estava separando algumas bandejas no estande quando as meninas apareceram na área externa. Fiquei impressionado com a beleza de cada uma. Todas estavam lindas, arrumadíssimas. Conversavam animadamente, rindo de modo despreocupado. Eram barulhentas, mas mulheres reunidas costumam fazer muito barulho. Observei-as atentamente, até que senti falta de alguém; Mayte não estava entre elas.
Fabiana foi a primeira a notar o mesmo.
– Ué, gente, cadê a Mayte? – perguntou.
Suas amigas já tinham sentado ao redor da mesa de jantar.
– Não sei, acho que pegou no sono! – comentou Lara.
– Vou buscá-la! – propôs Paloma, levantando-se.
Ela voltou cinco minutos depois. Sei disso porque contei mentalmente.
– Mayte está vindo – alertou Paloma. – Tinha mesmo pegado no sono.
– Só podia ser Mayte! – disse Jéssica. – Em vez de dormir em casa, perde tempo fazendo isso em plena despedida de solteira!
– Ela anda tão cansada por causa do casamento! – defendeu Lara.
"Aposto que o casamento não foi o real motivo de seu cansaço", pensei.
As clientes mudaram de assunto, começando a falar sobre o passeio que deram na praia. Mayte e eu o havíamos perdido, mas não trocaria um pelo outro nem morto. Terminei de fazer o que estava fazendo e peguei uma bandeja para mim.
Percebi que os garotos já serviam alguns drinks para suas acompanhantes.
Fiquei de pé a uma distância razoável da mesa, mantendo uma posição formal enquanto aguardava. Edu se juntou a mim um tempo depois, mas não disse nada.
Manteve a mesma posição e simplesmente esperou o jantar ser iniciado. Para isso, a noiva precisava estar presente.
Foi quando eu a vi.
E acreditei piamente que era a coisa mais linda que já tinha visto em toda a minha vida. Mayte parecia ter luz própria enquanto cruzava a área externa, desfilando em cima de sandálias douradas de salto.
Elegantíssima. O vestido que usava era de um amarelo tão dourado quanto sua pele, de modo que não pude discernir quem estava brilhando mais: ela ou ele. Os cabelos curtos estavam soltos, balançando a favor do vento marítimo. Um sorriso amplo lhe estampava a face, deixando sua expressão serena, feminina e muito, muito charmosa. Tudo piorou quando ela passou por nós.
Mantínhamos certa distância, por isso não nos viu, mas isso não me impediu de notar que a parte de trás do seu vestido era aberta, deixando suas costas expostas.
Apenas uma faixa o prendia no pescoço.
– Fecha a boca, Christian – murmurou Edu.
Acordei do transe imediatamente.
Meu corpo inteiro havia esquentado, e minha cabeça parecia ter dado tilt.
– Gostosa demais, hein? – ele comentou, encarando Mayte com o mesmo desejo evidente em mim. Bom, não
o mesmo. Duvidava de que ele estivesse sentindo aquilo.
– Cala a boca – falei.
Edu me encarou fixamente, esboçando uma expressão divertida.
– Ciúmes, Christian?
– Não seja idiota.
– Foi o que pareceu.
– Ela vai se casar – enrolei.
– E daí? Ela é gostosa, não sou cego. Se eu fosse você, parava com essa ladainha. Ia direto ao ponto.
Permaneci calado. Queria muito ir direto ao ponto, minha vontade de fazer isso só crescia. Só que também desejava preservá-la. Queria que se mantivesse intacta. Odiaria se fosse machucada, principalmente por mim. Não fazia sentido, eu sei.
– E então, amiga, está se sentindo bem ? – Fabiana perguntou assim que Mayte se sentou em uma das cadeiras.
Estava de costas para mim.
– Estou ótima! – respondeu, rindo.
Uma onda de alívio e alegria me preencheu.
Tive vontade de rir, mas permaneci sério.
– E faminta também. O que será o jantar?
– Não faço ideia! – respondeu Cláudia. Parecia bem animada também. – Esses garotos sempre nos surpreendem.
Olhem lá, o meu anjinho! – Apontou para o Henrique, que conversava com o Marcelo no minibar. – Lindo, não é?
– Nem me falem, o João é magnífico! – completou Jéssica.
– O Edu também, gente, um arraso!
– Fabiana não fazia ideia de que o Edu estava ouvindo aquilo. Olhei para ele e não segurei o riso.
– Ui, um arraso! – falei.
Edu riu maliciosamente, mas não disse nada.
– Vai Paloma, conta aí, como é o Marcelo? – perguntou Fabiana.
– Muito fofo.
Edu e eu seguramos uma gargalhada.
– Hummm, muito fofo, hein, amiga?
– Jéssica brincou, fazendo as garotas gargalharem.
– Fofo é a última palavra que eu diria sobre o Fernando – disse Lara. Ela parecia meio envergonhada, visto que seu lindo rosto corou de leve. – Ele é... selvagem.
Meu estômago já ardia de tanto que tentava segurar o riso.
– Droga, o maldito vai conseguir – disse Edu. – Perdi a aposta.
– Existe uma aposta? – Franzi o cenho.
– Pior que sim, entre o Henrique e eu. Mil mangos.
– Sério? – Ri de verdade.
– Sério! Colocava mais fé na Lara.
– Conta aí, Mayte, e o senhor misterioso dos olhos incríveis? – perguntou Jéssica.
Minha atenção se voltou para a mesa, pois certamente estavam se referindo a mim. Meu coração deu um salto como se estivesse em plenas Olimpíadas. Edu também permaneceu atento, mas ele estava só esperando alguma resposta para que pudesse zoar com a minha cara.
– Ah... O... O Christian... Ele é... – Mayte gaguejou. Seu desconcerto era óbvio, mas minha curiosidade era maior. Não fazia ideia do que ia dizer ao meu respeito. – É incrível, como os olhos dele.
Resfoleguei. Não consegui manter os olhos sobre a mesa, desviei-os de imediato.
Como era de se esperar, ouvi a risada do Edu.
– "Incrível como os olhos dele" – falou, imitando uma vozinha chata.
– Ah, vai pro inferno – murmurei, sentindo meu rosto inteiro pegar fogo. Sabia que devia estar vermelho como um pimentão.
Ouvi as garotas gargalharem.
– Elas olharam para cá – avisou Edu, ainda rindo.
– Ótimo – ironizei.
– Sinto muito te informar, mas sua noivinha pseudo virgem não é tão santa assim. Ela está totalmente na sua, não vacile.
– Será? – perguntei. As dúvidas e o receio de ser rejeitado ainda me martelavam por dentro, e o pior era que eu não sabia explicar os motivos. Sempre confiei no meu taco, e o fato de jamais ter sido dispensado me fazia crer que ninguém nunca o faria.
Estava enganado ou me achando demais.
– Você ainda duvida? Depois do que ela disse? Se não pegar essa mulher hoje, vou desconfiar seriamente da sua sexualidade, Christian. – Riu.
– Não exagera. Se eu não gostasse de mulher, já teria desistido de fazer o que faço.
– Só estou querendo pôr mais lenha nessa fogueira.
Marlos fez um sinal para nós, aproximando-se da mesa das garotas. Edu e eu fomos pegar os pratos enquanto ele conversava com as clientes, indicando os alimentos japoneses que iríamos servir no jantar. A primeira rodada era composta por vários tipos de sushis. Estavam bem organizados e apetitosos; o Sr. Amoretto havia caprichado.
Os rapazes também começaram a servir às garotas. Sem pressa, aproximei-me de Mayte e depositei o prato na sua frente.
Ela não me olhou; pegou seu hashi e começou a comer com vontade. Inclinei-me na sua direção, quase encostando minha boca no seu ouvido.
– A senhorita gostaria de saquê? – perguntei aos sussurros. O cheiro dela praticamente me golpeou, lembrando-me de que o tiro sempre sairia pela culatra. Quanto mais eu atacasse, mais seria atacado.
As coisas pioraram bastante quando ela virou o rosto, fazendo nossos olhares se cruzarem novamente. Achei que fosse ter um enfarto, pois meu coração acelerou em descompasso. Seus lindos olhos escuros desceram, passando dos meus olhos para a minha boca. Prendi a respiração.
– Por favor – respondeu com aquela voz que me deixava louco.
– Seu desejo é uma ordem – murmurei e, sentindo-me fraco, caminhei de volta ao estande. Precisei respirar fundo umas mil vezes antes de finalmente sentir que o coração estava no lugar certo.
“Que mulher é essa?”, pensei.
Servi o saquê para Mayte sem ousar me aproximar de novo. Ela me empurrava contra a parede apenas com o olhar, deixando-me sem saídas e, principalmente, sem ter o que pensar a respeito. Era surreal, esquisito, uma coisa longe de qualquer lógica. Tinha medo de me aproximar, mas ao mesmo tempo a desejava mais do que tudo. Mayte não me enganava com seu jeitinho meigo e delicado; sabia que tinha uma força interior e uma personalidade forte que me vencia muito rápido. E eu achando que era o caçador...
Não passava de uma caça assustada.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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O jantar acabou sem que eu ao menos percebesse. Paloma e Marcelo começaram a contar histórias sobre suasfamílias – ambas de origem japonesa –, o que tornou o papo bem interessante. Fiquei muito calado e introspectivo. Notei que Mayte fez o mesmo. Não se envolvia em conversa alguma, apenas fingia que estava rind ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 70
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gr_perroni Postado em 08/01/2015 - 16:06:03
Posta maaaaaaaaaaaais....
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mirelly_perroni Postado em 03/01/2015 - 09:43:02
Postaaaaaaaaaa mais por favor que perfeito, nossa na Chuva cara rs que louco, o christian tá tão fofo, a musica que cantou pra ela foi tão demais tão perfeita, postaa mais por favor tô curiosa, o que vai rolar os problemas que vão aparecer tudo, então postaaa por favor.
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vondy4everponny Postado em 13/12/2014 - 23:10:15
Oooh hot na chuva?? Pqp esses dois são fogo. Christian mudou mesmo a Maite e a Maite mudou mesmo o Christian *-------* lindinhos <<<<<3
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vondy4everponny Postado em 01/12/2014 - 19:41:51
Nossa,tadinho do Christian, a história dele é foda.Como um pai pode tratar um filho assim só porque ele não quer ser advogado? E a humilhação na festa do natal? AF, tadinho dele, ninguém merece.
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vondy4everponny Postado em 16/11/2014 - 15:26:24
Odeio quando a Maite faz algo que magoe o Christian, AF. Ele precisa de muito apoio dela e ela vive assustada com tudo, aném
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vondy4everponny Postado em 12/11/2014 - 13:10:59
Sinceramente, estou com pena do Chris :/ Maite já está pensando em mentir, e eu entendo, mas essa história dele ainda vai dar muito problema :/
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vondy4everponny Postado em 05/11/2014 - 00:54:26
Awn, eles estão tão amorsinhos *-----* Mai pensa mais que o Chris, sinceramente UHAUAH! Vish, o que será que ela quer contar logo agoooora? AF Espero que seja coisa boa
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vondy4everponny Postado em 26/10/2014 - 19:55:47
Xtian aregou mana KKKKKKKKK Ai ai, Maite ficou ''desejosa'' tadinha UAHUAHU! Ele cantando uma canção de ninar pra ela, e ela cantou pra ele... Aaaaaaaaawn, que meigos e engraçados kk *---* Achei lindo! Posta mais Jess
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vondy4everponny Postado em 24/10/2014 - 01:39:13
Amando o terceiro livro amiga, que perfeitos *--* To com dó da Maite, eles ainda tem muita coisa pra acertar, isso nao vai ser facil :/
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vondy4everponny Postado em 23/10/2014 - 20:31:54
Ebaaaaaaa, terceiro livro! OMG, eles vão se casar? Como assim? kkkkk Coitado do ''Jão'' e da familia da Mai :/ Isso ainda vai dar mts problemas ne?