Fanfic: Despedida de Solteira(Adaptada) Mayte & Chistian | Tema: Chaverroni

Mayte me soltou muito depressa, de um jeito brusco. Ela encarou Ju com pesar e balançou a cabeça. O semblante que fez foi muito esquisito; demorei alguns segundos para entender que ela não tinha reconhecido a minha irmã. Pensava que eu estava com outra mulher. Àquela altura do campeonato aquilo soou ridículo demais, porém não quis prolongar a situação.

– Mayte, acalme-se... – falei, voltando a puxá-la para mim. – Esta é a Júlia, minha irmã. Ju... Mayte realmente me surpreendeu.

A frase parecia simples, mas encheu meu coração de uma alegria tão grande que achei que fosse explodir.

Mayte se acalmou consideravelmente.

– Oh, meu Deus! – Ju gritou, eufórica.

– Eu disse, Pollito! Falei que ela não ia se casar!

Acompanhei seu vulto abraçando a Mayte como se ela fosse uma celebridade.

De repente percebi que estava rindo enquanto ainda chorava. Que doideira, não?

Foi então que Mayte começou a chorar nos braços da Ju, como se estivesse por um fio o tempo todo.

– Mayte... Você é linda! – disse Ju, sem largá-la. – Meu irmão estava tão triste...

Ele pensava que ia te perder, sabia? – Mayte me olhou por trás da Júlia, mostrando-me um sorriso maravilhoso. – O bobo se apaixonou logo de cara. Quase que não ia te procurar essa semana. Tive que obrigá-lo! Sou uma irmã muito irritante quando quero!

Agora, ela não apenas riu como também gargalhou. Lágrimas ainda saíam de seus olhos, fazendo da cena algo encantador de ser observado. Eu ainda não conseguia acreditar que Mayte estava ali.

Júlia a soltou devagarinho, depois pegou suas mãos e as abriu como que para observá-la melhor.

– Você é encantadora, Mayte... Vai fazê-lo muito feliz! Fez a escolha certa! – disse e, logo em seguida, beijou-a no rosto.

Depois, virou-se na minha direção e me ofereceu um sorriso cúmplice perfeito. Um sorriso que dizia: "eu estava certa o tempo todo!". Sinceramente, nunca estive tão feliz por ela estar certa.

– Chris, vou indo. Vocês têm muito para conversar! Eu disse, não disse? Nunca erro!

Ri feito um idiota e a puxei para mim, abraçando-a com força. Aquela louca havia me ajudado tanto que jamais conseguiria agradecê-la à altura. Por mais coisas que fizesse, por mais que falasse, nada seria suficiente para retribuir o que tinha feito por mim.

– Obrigado, maninha – murmurei emocionadíssimo.

– "Obrigado" nada! Está me devendo uma agora! – Gargalhamos em uníssono.

Ju foi até o sofá e pegou sua bolsa, passando por nós alegremente. Era óbvio que estava feliz por mim. Um dos motivos para eu amá-la tanto: minha linda irmã se importa comigo de verdade, incondicionalmente, por mais idiota e estúpido que eu possa ser.

– Se cuidem, crianças! Bye, bye! – Caminhou até a porta, porém, antes de sair, virou-se na direção da Mayte. – Ah, Mayte... Quero sobrinhos logo, nada de demorar.

Mayte soltou uma gargalhada gostosa, acompanhada pela Ju. Eu sorri, um pouco envergonhado. Ter um filho? Puts...

Ainda não conseguia sequer assimilar que ela estava em meu apartamento, imagina a ideia de termos um filho?