Fanfic: Enroscados (Adaptada) - Vondy | Tema: Vondy - Hot/Romance

Quando chegamos ao quarto do hotel em que Rodrigo está hospedado, já havia escurecido. Entramos tropeçando pela porta, cansados, sujos e risonhos. Me estatelo no sofá, enquanto Rodrigo pega um pedaço de papel no balcão da minicozinha. 
– Cadê a Evay? 
Ele levanta o bilhete. 
– Ela voltou para Los Angeles. Disse que o ar poluído daqui estava invadindo seus poros. 
– Você não parece muito abatido em relação a isso. 
Rodrigo pega duas cervejas na geladeira e encolhe os ombros. 
– Tem muito mais de onde ela veio. Menos uma merda pra me encher o saco. 
Ele levanta o violão, que está do outro lado da mesinha de café, e arranha algumas notas. Depois, alcança embaixo da almofada, tira uma sacolinha de plástico transparente e a joga para mim. 
– Você ainda enrola os melhores baseados aqui deste lado do Mississippi ou já foi assimilada pela coletividade? 
Sorrio com malícia e pego a sacola. 
Enrolar um bom baseado exige concentração. 
Se você usar muita maconha, estará desperdiçando; se usar pouca, você acaba com o propósito. 
É um processo relaxante. 
Como tricotar. 
Lambo a ponta do papel e aliso. 
Em seguida, passo para o Rodrigo. 
Ele olha com admiração. 
– Você é uma artista. 
Ele coloca o baseado entre os lábios e abre seu isqueiro. Mas antes que a chama toque a ponta, bato e fecho a tampa de metal. 
– Não. Eu vou acabar fumando por tabela. 
– E daí? 
Suspiro. 
Olho para Rodrigo direto no rosto. 
– Estou grávida. 
Seus olhos se abrem. 
E o baseado cai de seus lábios. 
– Tá brincando? 
Mexo a cabeça. 
– Sem brincadeira, Rodrigo. 
Ele se inclina para frente, olhando para a mesa. Não diz nada por algum tempo, então eu acabo com o silêncio. 
– Ucker não quer. Me disse para fazer um aborto. 
As palavras saem desconectadas. 
Monótonas. 
Porque ainda não consigo acreditar que são verdadeiras. 
Rodrigo vira para mim e sussurra: 
– O quê? 
Aceno. 
E conto todos os mínimos detalhes da minha saída de Nova York. Quando termino, ele está em pé, nervoso e andando de um lado para o outro. Ele murmura: 
– Vou dar um tiro naquele filho da pu/ta.
– O quê? 
Ele faz um sinal para eu desconsiderar. 
– Nada – depois, se senta e coloca uma mão na cabeça. 
– Sabia que ele era um idiota, eu sabia, por/ra. Mas nunca esperei que ele fosse um Joaquim Buckler. 
Toda cidade tem dois lados: um lado bom e outro não muito bom. Joaquim Buckler era do lado bom de Greenville, onde há regadores automáticos e grandes casas de estuque. Ele era um veterano, estava no terceiro ano do Ensino Médio. Desde o primeiro dia de aula naquele ano, Joaquim se concentrava apenas em uma coisa: Annie Portilla. Rodrigo o odiou logo de cara. Ele nunca confiou muito em pessoas com dinheiro, grana pela qual não batalharam. Joaquim não era exceção. 
No entanto, Ananhí não ouviu Rodrigo. 
Disse que ele estava sendo ridículo. 
Paranoico. 
Disse que ela queria dar uma chance para Joaquim.

Respondendo:
vondyfforever: Então, o Ucker acho que não anda muito bem também não, né! Rsrs Mas loho logo ele dá as caras ai você descobre. ;)

thatayvondy: Pois é, voltei! :D É, o Ucker precisa mesmo acordar logo para a besteira que fez. Obrigada, Thatay...se Deus quiser tudo ficará bem! :)

btuunes: Nossa, net ruim é horrível, mas da um jeito ai e vem aqui ler. Esta bem legal! Ah...obrigada por aparecer e comentar mesmo sem ler. Volte sempre! :P

senhorita_ackles: Verdade, querendo ou não ele faz bem a ela! :D Mas ainda prefiro o Ucker! Rsrs

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