Fanfic: Enroscados (Adaptada) - Vondy | Tema: Vondy - Hot/Romance

– Você está encarregado da mangueira do jardim e da fita adesiva – daí olha para mim. – Vou precisar das suas chaves e do seu código de segurança.
Mexo a cabeça.
– Annie, você não pode matar o Ucker intoxicado.
– Talvez isso não o mate. Se tivesse que apostar, diria que a chance de sobrevivência é de cinquenta por cento.
– Annie…
– Tá, de trinta a setenta. Mas mesmo assim, isso nos dá uma desculpa plausível.
Minha mãe e José entram na sala, interrompendo o plano diabólico.
Minha mãe abraça Annie bem forte.
– Olá, querida! É tão bom te ver. Está com fome?
– Morrendo de fome – ela olha para José.
– Oi, José, como está?
Acho que José Luiz Chávez tem um pouquinho de medo da Annie. Talvez mais do que um pouquinho.
Ele arruma os óculos.
– Está… tudo bem… obrigado.
Minha mãe fala docemente.
– Olha os três aqui, todos juntos de novo, igual a antigamente.
Annie sorri.
– Meio assustador, não acha?
Minha mãe pega na mão do José.
– Nós vamos preparar algo para vocês almoçarem, crianças.
Eles saem, e Annie esfrega as mãos juntas, como a cientista louca que ela é.
– Agora, voltamos à câmara de gás…
Eu a corto.
– Annie, não acho que vou participar disso.
Todos os traços de humor somem de seu rosto.
Ela pensa por um momento.
Olha pensativa, mas sem julgar.
Ao falar, sua voz está séria.
Mas gentil.
– Estarei 150 por cento do seu lado, Dul, você sabe disso. Mas, te conhecendo bem, vou te dizer uma coisa: se decidir fazer? Faça por você, porque é o que você quer. Se fizer isso porque acha que é o que Ucker quer, ou como uma tentativa doida de arrumar as coisas com ele? Não o faça. Vai acabar se odiando, e culpando-o.
Não dá para enganar melhores amigos.
Às vezes, é uma faca de dois gumes, pois isso significa que eles não vão deixar você se enganar.
– Não tomei nenhuma decisão. Ainda não.
O telefone de Annie começa a tocar dentro da bolsa, e o som de “Sexy Bitch”, do Akon, se espalha pelo ar. Enquanto ela tenta achá-lo, ela pergunta pro Rodrigo:
– Você pode levar minha bagagem lá para o quarto da Dul? Vou ficar por aqui esta noite.
– Tenho cara da por/ra de um ajudante?
Annie não perde uma.
– Não, você parece um mendigo. Só que não tenho um para-brisa em que você possa cuspir. Então, seja um vagabundo bonzinho e leve minhas malas lá pra cima, aí talvez eu te dê um dólar.
Com um sorriso malicioso, Rodrigo faz o que ela pede, mas reclamando:
– Tudo estava tão mais legal quando ela não estava por aqui.
Annie olha para o telefone.
– Droga, é o Poncho. Juro por Deus, esse cara não consegue nem cagar sem antes me ligar parafalar a cor da merda dele – ela sai pela porta dos fundos para atender ao telefone na parte de fora.
Rodrigo olha para mim.
– Ok, apesar de ser um cara, até eu achei isso nojento.
Não posso dizer que não concordo com ele.

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