Fanfic: Unidas por um elo (AyA, DyU, MyC) FINALIZADA | Tema: Rebelde
Lucrecia: Espero que vocês consigam superar tudo isso.
Poncho: Elas vão superar, sim! – beijando a testa de Anny.
Lucrecia: O velório vai ser que horas?
Poncho: Amanhã cedo. Tudo vai estar pronto cedo.
A campainha tocou e Poliana foi atender. Dessa vez era Ricardo. Ele entrou na casa e cumprimentou a todos. Foi logo em direção à Dulce e lhe deu um abraço.
Ricardo: Sinto muito! Imagino o quanto você deve estar mal, ainda mais no seu estado. – separando-se do abraço – Está tudo bem com o bebê?
Dulce: Sim! Está tudo bem.
Ricardo: Mas você tem que tomar cuidado.
Dulce: Não precisa se preocupar. Eu estou bem! – voltando a sentar.
Lucrecia: O Ricardo tem razão, querida. Tem que ter cuidado com as emoções fortes. Isso pode afetar o seu bebê. Já vi muita criança nascer devido a um choque desses.
Anny: Dul, ta tudo bem? – olhando pra irmã preocupada.
Dulce: Eu to bem, Anny. Não precisa se preocupar.
Anny: É melhor você ir deitar novamente.
Dulce: Daqui a pouco eu vou.
Poncho: Se você sentir algo, nos fale.
Dulce: Pode deixar.
Poliana serviu um café com bolo pra eles. Anny e Dulce quase não comeram, apesar da insistência de Poncho e Ricardo.
Logo depois chegaram Christopher e Cristian e se juntaram a eles.
Cristian: Cadê a Mai?
Anny: Ta lá em cima. Eu to preocupada com ela.
Cristian: Eu posso ir vê-la?
Dulce: Eu te levo lá. Ela está no meu quarto.
Dulce e Cristian subiram em direção ao quarto de Dulce. Lucrecia ficou observando os dois. Sabia que já tinha visto aquele rapaz ali na casa Bracho, mas não se lembrava em quais ocasiões e nem mesmo porque ele estava presente. Não segurou a curiosidade.
Lucrecia: esse rapaz é amigo de vocês?
Anny arqueou a sobrancelha: sim e também é o namorado da Mai. Por quê? Algum problema?
Lucrecia: problema, problema mesmo, nenhum. É só que ele é meio... esquisitinho.
Anny: não entendi o que a senhora quis dizer com esse esquisitinho, Titia. – fala irônica, olhando não muito amistosa pra Lucrecia.
Lucrecia: ah, sei lá. Não me inspirou muita confiança. Vocês o conhecem suficiente pra Maite estar namorando-o? Qual seu sobrenome?
Anny: por que quer saber seu sobrenome? Quer saber se ele é filho de alguém da alta sociedade Mexicana?
Lucrecia: não exatamente. Mas pelo menos saber se conheço alguém de sua família. Afinal, está namorando com uma de minhas sobrinhas. Tenho que saber se ele é de boa família, se é realmente merecedor dela.
Anny força um sorriso: oh sim! Creio que a senhora conheça alguém de sua família. Apesar de não ser do México...
Lucrecia interrompe Anny: ele não é daqui?
Anny: não! Ele é de Nova York. E pertence a uma das famílias mais ricas do México. Se a sua preocupação é dinheiro, a senhora pode ficar tranqüila. Ele é parente de uma das pessoas mais ricas dessa cidade.
Lucrecia: é mesmo? Bom... pelo menos ele não está atrás de minha sobrinha apenas pelo seu dinheiro. Isso é um bom sinal.
Lucrecia, no fundo, estava querendo saber isso mesmo. Arrumar outra pessoa que estava de olho “em seu dinheiro” a essa altura do campeonato não seria nada bom, pelo contrario, seria péssimo. Nem ela mesma tinha mais idéia de como separar aquelas garotas. Com um homem na jogada que também quisesse aquela herança ficaria ainda mais impossível seu objetivo de tê-la.
Àquela altura, Christopher evitava olhar pra Poncho, senão começaria a rir. Poncho também fazia o mesmo. Sentia a mão de Anny apertando as suas algumas vezes e sabia como aquela conversa estava irritando sua namorada. Não apenas por se tratar de Cristian, mas também pela preocupação fingida de Lucrecia, que todos já haviam percebido.
Ricardo era o mais sério. Sabia que Cristian era primo de Anny e sabia também que quando Anahí revelasse a verdade a sua mãe, esta iria querer sumir. Pensou em intervir no assunto, mas achou melhor deixar a mãe se entender com Anny. Afinal quem deu a bobeira de tocar no assunto foi ela própria.
Anny: quanto a isso a senhora pode ficar despreocupada. Ele não está atrás do dinheiro da Mai. Afinal de contas, tudo que a Maite tem, a irmã dela tem em igual parte. Sendo assim, como meu primo, ele não precisaria dar um golpe na minha irmã pra ficar rico. Eu mesmo posso dar a ele tudo que ele precisa. Acho que talvez a senhora não conheça um sentimento que se chama amor. Talvez nunca o tenha vivenciado.
Anny olhou pra Lucrecia e pode perceber que ela estava completamente sem cor. Havia ficado pálida com a revelação. Não sabia onde enfiar sua cara. Tentou falar alguma coisa, mas a única coisa que conseguiu foi gaguejar. Percebendo o desconforto da tia, Anny aproveitou.
Anny: Titia... o dia hoje foi cheio. Estou cansada. Todos estamos precisando ficar um pouco sozinhos. Se a senhora não se incomodar, poderia voltar para sua casa. Se quer acompanhar o velório da Lu, volte amanhã. Mas hoje precisamos mesmo descansar.
Lucrecia engoliu seco o pedido de Anny para que ela se retirasse da casa. Ficou incomodada com a aspereza na voz da sobrinha. Ainda tentou argumentar que não queria deixá-las sozinhas. Então recebeu uma reprimenda de Ricardo.
Rodrigo cochicha para a mãe: se ainda lhe resta um pingo de dignidade, a junte e vai embora, mamãe!
Esta olhou pra Ricardo e finalmente resolveu se retirar. Ricardo queria ficar, mas Anny acabou por mandá-lo pra casa também. Quando Anny fechou a porta atrás deles, respirou aliviada. Dulce, que descia as escadas olhou pra irmã, sem entender.
Dulce: ue... Eles já foram? Achei que teríamos que agüentá-los aqui a noite toda.
Poncho: se sua tia ainda ficasse aqui depois de sua irmã tê-la praticamente colocado pra fora, diria que ela é muito cara de*****(rs)
Dulce: eu ainda viro tua fã, Anny! – fala passando o braço pelo ombro da irmã.
Anny: aquela mulher estava me irritando. Não via a hora de ter um pretexto pra mandar que ela voltasse pra sua linda casa. – Anny senta no sofá, ao lado de Poncho e Dulce acaba sentando ao lado de Chris. – Como está a Mai?
Dulce: não sei. Não entrei no quarto com o Crist. Achei melhor deixá-lo a sós com ela.
Chris: e você? Como está? Não está sentindo nada?
Dulce: só um pouco atordoada com tudo que aconteceu, mas to bem. Nossa filha também está bem. – acrescentou ao ver a preocupação evidente nos olhos dele.
Anny: porque você não vai descansar um pouco, Dulce?
Dulce: eu vou. Minha cabeça está a mil. Eu ainda não to acreditando que isso aconteceu.
Chris: isso é muito ruim. Vai ser difícil até vocês se acostumarem.
Anny: você não quer que o Chris te faça companhia um pouco, Dul?
Dulce: eu não quero incomodar.
Chris: não será incomodo nenhum. Eu fico com você um pouco. Se quiser conversar ou apenas ficar em silêncio.
Dulce olhou para Chris e sorriu. Não podia negar que gostaria de ter alguém ao seu lado naquele momento, mesmo que fosse pra ficar em silêncio. Ficar sozinha em um quarto lhe daria a sensação de vazio e isso lhe traria ainda mais sofrimento. Os dois subiram e foram pro quarto de Anny, já que Maite e Cristian estavam no quarto de Dulce.
*!*
Cristian observou a namorada deitada na cama. Ela parecia estar adormecida, mas pode ouvir alguns pequenos murmúrios que denunciavam o choro. Se aproximou lentamente da cama e sentou ao lado dela. Maite estava com o rosto coberto com o travesseiro e achando que era uma das irmãs não o tirou. Cristian ficou alguns segundos em silêncio e em seguida começou a acariciar os cabelos de Maite. Quando ela sentiu o toque das mãos dele em seu braço, tirou o travesseiro e o mirou. Os olhos completamente vermelhos fizeram o coração de Cristian se apertar. Pode ver o quanto ela sofria.
Sem dizer nada, ela procurou os braços do namorado e chorou. Era a única coisa que ela conseguia fazer nas ultimas horas. Estava doendo muito e sentia como se algo a estivesse engasgando e a única coisa que conseguia aliviar isso eram as lágrimas. Cristian sabia como era isso. Ele entendia daquela dor e a incentivou a chorar. Nem ele mesmo conseguiu segurar as lágrimas. Ver sua amada em seus braços chorando estava lhe partindo o coração, ainda mais por saber que estava fora de seu alcance fazer com que aquelas lágrimas cessassem.
Ficaram em silêncio por um bom tempo. Apesar das lágrimas não serem constantes, elas ainda rolavam. Era como se Maite retomasse em sua mente alguma lembrança e essa lembrança a trouxesse dor. A lembrança a trazia a realidade que tinha acabado. Lupe realmente estava morta e isso doía. Maite foi a primeira a quebrar o silêncio.
Maite: ta doendo, Crist! Doendo muito. – fala com a voz entrecortada.
Cristian: eu sei, minha linda. E sinto muito por tudo que aconteceu. Sinto mais ainda por saber que não há nada que eu possa fazer pra aliviar a sua dor.
Maite: eu quero a minha Lu de volta, Crist. Ela não pode me abandonar. Eu preciso dela!! – as lágrimas invadiram mais uma vez sua face.
Cristian: sihhh!! Fica calma, lindinha. Infelizmente ela não pode mais voltar.
Maite: por que ela, Crist? Por que a tiraram de mim?
Cristian: há certas coisas que não sabemos explicar. A morte é uma delas. Às vezes ela vem de repente e nos pega de surpresa, levando pessoas que são muito especiais pra gente. Pessoas que nós amamos.
Maite: ela era tudo pra mim. – fala já sentindo um nó se formar em sua garganta. – Me criou desde que nasci. Era como se fosse a minha mãe!
Cristian: eu sei o quanto você a amava e pode ter certeza que ela também a amava na mesma intensidade. E apesar dela não estar aqui ao seu lado a partir de agora, ela vai permanecer viva pra sempre aqui dentro. – ele afasta Maite e pousa a mão em seu peito, no rumo do coração, enquanto a fitava.
Maite: não queria tê-la apenas aqui, entende? Eu queria que ela estivesse comigo sempre.
Cristian: um dia isso iria acontecer. Pena que ela foi tirada de você tão rápido.
Maite: sabe, quando meu pai morreu, doeu. Mas a dor que eu sinto agora com a perda da Lu é muito maior. Isso demora a passar?
Cristian: ô lindinha! A dor nunca vai embora completamente, porque nesses casos a saudade traz consigo a dor. Com o tempo, você vai aprendendo a viver sem a presença dela. Vai se acostumando com o fato dela não estar mais aqui entre nós. Aí passa para a fase das lembranças, da saudade.
Cristian termina de falar e sente um nó em sua garganta. Era a sua própria dor lhe invadindo. Foi inevitável lembrar de seus pais naquele momento. A dor vista nos olhos de Maite o remetia para a sua própria dor quando os perdeu. Tinha apenas 14 anos quando eles foram tirados brutamente de seu convívio em um acidente de avião. Naquela época talvez não tivesse entendido o quão doloroso seria aquela perda e só se deu conta disso à medida que os dias iam passando e ele precisava de seus pais.
Foi difícil superar, foi difícil deixar de sofrer, mas assim como disse a Maite, a dor nunca acabava. Apenas ia diminuindo e vinha acompanhada com as lembranças e com a saudade. Puxou novamente a namorada para seus braços e tentou a confortar. Ela precisava descansar. Por mais que fosse difícil, precisava descansar o corpo e também a mente. Os piores momentos ainda estavam por vir.
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Assim que Dulce e Chris subiram, Anny se aconchegou nos braços de Poncho. Este ficou acariciando os cabelos dela.
Anny: eu to preocupada com a Dulce. E se acontecer algo com o bebê?
Poncho: ela ta bem, pequena. Se ela estivesse sentindo algo ela teria avisado a gente. Ela só está um pouco abalada com tudo isso. É normal.
Anny: a Mai. Tadinha! Está inconsolável. Não sei o que fazer.
Poncho: será difícil pra Mai. A Lupe era como sua mãe. Cuidou dela desde que nasceu.
Anny sente que uma lágrima ia cair de seus olhos e logo passa a mão nos olhos: ainda não consigo acreditar que isso aconteceu.
Poncho se afasta de Anny e segura seu rosto, a fazendo encará-lo: Anny... Deixe de se fazer de forte. Eu sei o quanto isso está te afetando também. Não fique reprimindo seus sentimentos, senão quando eles vierem à tona, você irá desabar.
Anny: eu to bem. – mas ao falar isso sente a visão ficar turva. – Eu tenho que estar bem pra ajudar minhas irmãs.
Poncho: mas de nada vai adiantar reprimir essa dor ai dentro de você. Chore! Eu sei que é isso que você quer fazer. A Mai está com o Crist e ela vai achar apoio nele. Dulce está com Chris e se precisar de algo, ele estará lá. Você já segurou essa barra o dia todo. Até quando você acha que conseguirá?
Anny fecha os olhos e sente as lágrimas caírem grossas por sua face: não consigo mais. Já não consigo mais! Ta doendo, Poncho. Doendo muito.
Poncho a puxa e a abraça: isso! Chora. Você vai ver que assim se sentirá mais aliviada. Eu sei que está sofrendo com a morte da Lupe. Todos estão. E reprimir sentimentos nesse caso ou ficar se fazendo de forte para ajudar suas irmãs não ira lhe ajudar muito.
Anny: eu falei com a minha mãe hoje. Achei que estivesse tudo bem. Mas não está! Não vai ficar bem. A Lupe se foi, Poncho. Ela se foi!!
Poncho a segurou em seus braços com mais força. Deixou que Anny desabafasse em seus braços. Ela estava precisando. Segurou seus próprios sentimentos desde que haviam encontrado o corpo de Lupe. E ele sabia que ela não iria se segurar por muito mais tempo e ia desabar. Queria mostrar a Anny que estaria a seu lado sempre que ela precisasse. E não a deixaria cair e daria força pra ajudar as irmãs.
Autor(a): vanessa17
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XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxChris: Deita um pouco. Você comeu algo? – fazendo com que ela deitasse na cama.Dulce: Eu não consigo comer nada. Não desce. – abraçando-se ao travesseiro.Chris: Mas você não pode ficar assim, Dul. Por você, pelo nosso bebê.Dulce: Não dá. Eu to sentindo um vazio. Um ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 62
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khood251 Postado em 17/10/2014 - 22:26:50
Adorei o final,fiquei triste porque acabou,ja vou indo pra sua oura fic!Passa la na minha tambem?"Whatsapp do Amor",vo ta te esperando la!Ameio o final!
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khood251 Postado em 10/10/2014 - 15:27:45
Que raiva da Poliana!Bem que Annie podia ficar grávida né?Posta Mais
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iza2500 Postado em 09/10/2014 - 00:26:52
Que bom que a Dul foi resgatada, quero +++++ Ponny<3, postaaaaaaaaa mais!!!!!!!
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iza2500 Postado em 06/10/2014 - 16:39:57
tomara que a Dul consiga avisar alguém que foi sequestrada e o Ucker consiga salva-la, quero mais Ponny. postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa mais!!!!!!!!
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ketlinkatrini Postado em 06/10/2014 - 06:40:41
Renata mereceu!! Linda a cena chaverroni *-* que do da candy :((( tomara que o ucker salve ela... posta mais por favor :)
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iza2500 Postado em 03/10/2014 - 18:54:34
Postaaaaaaaaaaaaaa mais!!!!!!!!!
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iza2500 Postado em 02/10/2014 - 15:33:17
Essa morte da Renata me lembrou a morte da Soraya de MDB, tadinha da Any, pelo menos agora ela está bem, podia fazer uma terapia. Ah o Ricardo e um chato, fofoqueiro, invejoso.aff!Postaaaaaaaa mais!!!!!!!
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iza2500 Postado em 01/10/2014 - 18:51:26
Tadinha da Any e do Poncho, pelo menos a Bruaca não vai atrapalhar los A nunca mais, Postaaaafaaa mais!!!!!!!
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iza2500 Postado em 30/09/2014 - 16:33:50
Renata tá louca,desgraçada.quer matar a Any essa bruxa.Postaaaaaaaa mais!!!!!!
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iza2500 Postado em 29/09/2014 - 20:07:57
Renata vadia, amei o passa fora que ela tomou da Any e do Ucker, esse Ricardo e um ridículo, ainda bem que a Dul não vai mais na dele, que pena que essa fic tá acabando.Postaaaaaaaa mais!!!!!!!