Fanfic: Unidas por um elo (AyA, DyU, MyC) FINALIZADA | Tema: Rebelde

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Poncho estava saindo do seu escritório quando o celular tocou. Demorou um pouco pra atender porque estava com um monte de papéis na mão. Mas assim que atendeu, a ligação caiu.

Poncho: ué... Era a Anny. Mas ela não falou nada e desligou.

Acabou ligando de volta, mas ninguém atendeu. Poncho estranhou. Ligou também na editora, mas o telefone estava mudo. Guardou os papéis no banco do carro e entrou no mesmo.

Poncho: Alô! Poliana? É o Alfonso.
Poliana: Boa noite, senhor.
Poncho: boa noite. A Anny está aí?
Poliana: não, senhor. Ela ainda não chegou da editora.
Poncho: a Maite ou a Dulce está aí?
Poliana: a dona Dulce está. Quer falar com ela?
Poncho: sim.

Poliana foi até a sala e entregou o telefone pra Dulce.

Dulce: fala cunhado.
Poncho: Oi, Dulce. Sua irmã não tentou ligar pra você agora não?
Dulce: não. Por quê? Aconteceu algo? – pergunta preocupada.
Poncho: ela me ligou agora no celular, mas quando eu atendi ela desligou e depois eu tentei ligar, mas ninguém atende.
Dulce: ela não estava te esperando lá na editora? Ela disse que ia ficar lá até mais tarde.
Poncho: sim. Eu vou passar lá agora. Achei que ela tivesse me ligado pra falar que já tinha ido pra casa.
Dulce: que estranho. O celular dela deve ter dado problema. Vou tentar ligar lá na editora pra falar com ela.
Poncho: Eu tentei ligar agora, mas o telefone está mudo.
Dulce: eu hein. Vou ligar pra segurança e mandar eles irem verificar lá no andar.
Poncho: tá certo. Daqui uns 10 minutos no máximo eu também tô chegando lá. Qualquer coisa você me liga.

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Anny vê Renata tirando a caixa de fósforos do bolso: Renata... – é a única coisa que consegue falar.
Renata: tem algum último pedido, patroa?
Anny: não faz isso, pelo amor de Deus! – pede suplicando.
Renata: tarde demais. Olha só! – fala rindo e olhando pro fósforo em sua mão. – O palito já acendeu. – Renata fica brincando com ele até que apaga. – Iiiii... Apagou!

Anny olhava para Renata e já não conseguia mais conter o desespero. Quando viu Renata acender o segundo fósforo, correu até ela e segurou sua mão, apagando o fósforo. Não sabe de onde conseguiu fazer isso, talvez o desespero a tenha feito correr esse risco. Mas logo em seguida pode ver a fúria completamente estampada nos olhos de Renata.

Renata: como ousa?

No ataque de fúria, Renata acabou mandando o cabo da arma com muita força na cabeça de Anny, que logo caiu desmaiada no chão.

Renata se abaixou e bateu a mão no rosto dela: heiii... Acorda! Eu quero ver você gritando enquanto seu corpo todo pega fogo.

Anny não reagia. Renata continuou a bater no rosto dela até que ela começou a dar algum sinal. Enquanto Anny terminava de acordar, Renata levantou e saiu da sala. Jogou mais um pouco de gasolina pelo restante do andar da Estilo. Pegou um fósforo e o acendeu, jogando-o em seguida próximo a uma pilha de papel e também de onde tinha gasolina. Ficou por alguns segundos o fogo se formar e ir criando chamas cada vez maiores. Começou a rir e correu até a sala de Anny.

Renata olhou assustada para o chão: cadê aquela idiota?

Nesse momento, Renata sentiu algo batendo em sua cabeça. Anny também cambaleou quando deu o golpe, mas se segurou em algo. Viu Renata caindo e sentia as vistas turvas. Uma dor muito forte fazia sua cabeça latejar. O cheiro de fumaça já tinha invadido completamente todo o andar e principalmente sua sala.

Ia saindo da sala quando voltou a atenção para Renata. Ela ainda estava caída no chão. Começava a reagir. Anny não sabia se tentava sair dali ou se a ajudava. Não por maldade, mas por desespero, já que viu o fogo começar a chegar perto de sua sala, ela saiu correndo.

Tentou chamar o elevador, mas esse ainda estava no térreo. Demoraria muito pra chegar até o andar da Estilo. Correu até a porta que dava pra escada, mas nesse momento entrou em total desespero. A porta estava trancada. Tentou empurrar, mas nada. Gritava por socorro. O calor já estava insuportável. Começava a tossir por causa da fumaça que inalava. Correu até o elevador e ficou apertando descontroladamente o botão para chamá-lo.

Levou um susto quando ouviu Renata gritando seu nome e voltou sua atenção pra ela. Só que nesse mesmo momento viu algo que a fez levar as mãos à boca, ficando completamente sem ação. A roupa de Renata começava a pegar fogo. Esta se debatia na tentativa de apagá-lo. Mas era em vão. O fogo só ia tomando proporções maiores. Anny ouvia os gritos desesperados de Renata e sentia como se seu próprio corpo estivesse em chamas.

Naquele mesmo instante começou a pensar como seria doloroso sentir todo aquele fogo lhe queimando. As lágrimas eram incessantes. Tinha medo, muito medo. Não ia conseguir sair dali. Olhou para o elevador e ele ainda estava parado no 8º andar. Com certeza ainda tinha alguém na editora. Foi até a porta da escada e começou a esmurrá-la e gritar por ajuda. Já não conseguia mais manter os olhos abertos. A fumaça tomava conta de todo o lugar.

Sentiu as pernas bambas. Olhou novamente para o lado de sua sala. Pode ver Renata ainda se debatendo e em seguida caindo no chão. Já não havia mais os gritos dela, mas Anny ainda os ouvia. Era a única coisa que Anny tinha na cabeça. Os gritos desesperados de Renata ainda ecoavam por sua cabeça. Começou a imaginar o fogo também tomando conta de todo seu corpo. Levou a mão ao pescoço. Sentia-se sufocada. Logo em seguida caiu desmaiada no chão.

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Poncho ainda estava a duas ruas de chegar na editora. Estava parado no semáforo e pode ouvir o barulho de sirenes de ambulância e do corpo de bombeiro. Sentiu o corpo arrepiar. Com certeza teria acontecido um desastre não muito longe dali. Quando o semáforo abriu e ele continuou seu caminho, sentiu ainda mais medo. O barulho ficava cada vez mais forte e quando virou a esquina pôde ver um grande tumulto em frente a editora. Mal conseguiu estacionar o carro e saiu apressado do mesmo.

Enquanto andava até a editora, olhou pra cima. Ainda havia algumas chamas que o corpo de bombeiro tentava apagar. Seus olhos encheram d´água no mesmo instante. Aquele andar... Era o andar da Estilo. Sentiu o coração bater apertado. No desespero, correu. Foi barrado pela polícia quando tentou passar pela fita de isolamento.

Policial: você não pode passar aqui.
Poncho: Me solta! – ele gritou com o policial. – Eu preciso entrar aí. A Anny. A minha Anny. – as lágrimas já rolavam dolorosas por sua face.

Policial: se acalma. O prédio ainda está em chamas, não posso permitir que você passe. Pode ser perigoso.
Poncho ouve as palavras do policial e sente ainda mais medo: o que aconteceu? Cadê as pessoas que estavam lá dentro?
Policial: o prédio pegou fogo. Não sabemos ainda a causa. E ainda não temos noticias se havia alguém lá dentro.
Poncho: a minha namorada. Ela estava trabalhando. Ela estava lá dentro!