Fanfic: Unidas por um elo (AyA, DyU, MyC) FINALIZADA | Tema: Rebelde

Lu: A sobrinha de uma amiga minha da igreja está procurando emprego. Vou falar com ela.
Anny: Se vc puder falar com ela ainda hoje eu agradeço, pois eu preciso pra logo. Minha mãe já está chegando.
Lu: Vou falar com ela hoje mesmo. Pode deixar.
Dulce: Bom dia! (entrando na sala de jantar)
AyL: Bom dia!


Dulce se sentou e começou a se servir, logo depois Mai também apareceu para
tomar café. Todas tomaram café e depois foram para os seus quartos
terminar de se arrumar e pegar suas coisas. Anny saiu primeiro. Pegou
seu carro e foi para a editora. Logo em seguida Mai e Dulce também
saíram.


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Anny: Oi! (batendo na porta da sala de Mai)
Mai: Oi! Entra.
Anny: Vc vai pra casa almoçar?
Mai: não. Eu tô atolada aqui. Tenho que terminar a edição para poder mandar logo para a gráfica.
Anny: E não vai comer não?
Mai: Eu mando pegar um sanduíche.
Anny: Vamos ao restaurante aqui perto. Eu também não vou pra casa não. Eu também tô cheia de trabalho.
Mai: Só se for rapidinho.
Anny: Sim sim.


Mai
guardou suas coisas, pegou a bolsa e saiu com Anny. As duas seguiam
pelo corredor da empresa, “pegaram” o elevador e saíram dali. Foram
caminhando até o restaurante.

Ao chegarem lá, escolheram uma mesa, fez cada uma seu prato e voltaram a mesa para comer.


Anny: Ansiosa para a primeira edição da Feminina?

Mai: Sim! Eu tô nervosa. Muito nervosa. Não vejo a hora de ver ela prontinha e nas ruas vendendo.
Anny:
Quando vc ver ela prontinha, vai sentir um orgulho danado. Eu nem
acreditei quando eu vi a Estilo prontinha em minhas mãos.
Mai: Eu espero que as pessoas gostem.
Anny: Vão gostar. Vc vai ver.
Mai: Vc já está preparando a próxima edição da Estilo né?
Anny: Sim! É uma correria danada. Nem termina uma, já tem que começar outra.
Mai:
É que sua revista é semanal. Imagino a correria que deve ser mesmo. A
minha é quinzenal e eu já tô pensando na próxima edição. Imagine se
fosse por semana.
Anny: Dá trabalho, mas é bom. Pelo menos eu me
ocupo com alguma coisa, já que não tenho mais a minha faculdade e não
conheço quase ninguém por aqui.
Mai: Falando em faculdade... Vc não pensa em fazer aqui não?
Anny: Eu queria ver se consigo tranferir meu curso. Mas acho que é difícil.
Mai: Vc já tava terminando ele né?
Anny: Sim.
Mai: Deve ser muito difícil abandonar tudo assim. Vc teve muita coragem.
Anny: A necessidade fala mais alto.
Mai: E a sua família? Mãe, parentes... Eu nunca vi eles ligando pra vc e nem vc pra eles. Vc tem outros irmãos?

Anny: Eu sempre ligo pra minha mãe. Ela é tudo pra mim. Sinto muita falta dela. E quanto a irmãos... Tenho outros não.
Mai:
Imagino como deve ser horrível ficar separada assim da mãe. Eu nunca
convivi com a minha, mas eu acho que não ia querer ficar longe dela não.
Sem nem a conhecendo eu já sinto falta dela, imagine se a tivesse
conhecido. (entristecendo-se)
Anny: Vamos mudar de assunto? Essas coisas são meio tristes e não quero ficar triste não. (rs)
Mai: Verdade. (rs)
Anny: Sabe o que eu tava pensando?
Mai: Hum...
Anny: A gente podia criar uma promoção para as revistas sabe? Alguma coisa
que chamasse atenção. Que fizesse com qua as revistas vendessem mais.
Mai: Vc já pensou em algo?
Anny: Ainda não. Pensei em a gente pensar nisso juntas. Seria uma coisa para
as revistas da editora. Ou pelo menos algumas delas.
Mai: Faz assim... Deixa eu terminar essa edição da Feminina que a gente senta e pensa em algo legal.
Anny: Tá bom.


As
duas ficam conversando e nisso Dulce entra no restaurante com Ricardo.
Ela avista as irmãs juntas, mas não vai falar com as duas.


Ricardo: Olha as suas irmãs ali.
Dulce: tô vendo. Vamos procurar um lugar tá?
Ricardo: Vai falar com elas não?

Dulce: eu não. Se vc quiser ir falar pode ir lá.
Ricardo: Depois eu falo com elas.


Ele e Dulce acham uma mesa e colocam as usas coisas. Depois vão fazer seus
pratos para almoçarem. Voltam para a mesa e começam a comer.


Ricardo: Por que essa cara?
Dulce: É a única que tenho.
Ricardo: Vc mudou de repente. Tá chateada com algo?
Dulce: Vc não me chamou para almoçar? Então come vai.
Ricardo: Nossa! Tá bom.


Os dois comem em silêncio, apenas algumas palavras são trocadas. Dulce de
vez em quando olha pra mesa de Anny e Mai e vê as duas conversando e
rindo. Sem dúvida elas estavam se aproximando. Parecia que estavam se
tornando amigas. Mas uma vez estava se sentindo mal em ver as duas
juntas. Não sabia o que estava acontecendo com ela, mas ver as irmãs
juntas a deixava assim.

Ricardo: Ruivinha?
Dulce: Hã? (voltando a si)
Ricardo: Tá viajando aí? (rs)
Dulce: ah.. Tava aqui perdida em meus pensamentos. Mas o que foi?
Ricardo: Eu tava falando da nossa revista. Ela já vai ser lançada, e a gente tem que fazer uma festa de lançamento.
Dulce: Quero festa não.
Ricardo: Por que não? Iria chamar mais atenção pra ela.

Dulce: Não tô afim de festa. Eu quero saber
como vai ser a recepção dela pelas pessoas sem usar de festa ou de algo
do tipo. Quero ver como as pessoas vão receber a nova Contemporânea.
Ricardo: Vc que sabe. Mas a gente vai sair pra comemorar né?
Dulce: Talvez.
Ricardo: Como assim talvez?
Dulce: Vc tá se achando né? Só porque eu aceito almoçar com vc não quer dizer
que eu vá ficar saindo direto contigo não tá? (rsrs)
Ricardo: Vc tá me devendo um encontro.
Dulce: Eu não! (rsrs)
Ricardo: Tá sim. Ontem vc saiu com o reportezinho lá me deixando só e abandonado.
Dulce: Ô gente. Tadinho. (rsrsrsrs)
Ricardo: Vamos sair na quinta a noite. Temos que comemorar.
Dulce: Pensarei no seu caso tá?
Ricardo: Pensa com carinho.
Dulce: Vou pensar. (rs)


Enquanto isso em outra mesa do restaurante, Anny e Mai acabaram de comer e foram
pagar a conta. Iam se encaminhando para a saída quando viram Dulce e
Ricardo almoçando. Elas acenaram para os dois que também as
cumprimentaram com um aceno e saíram do restaurante.

Foram para a editora, e retornaram cada uma para os seus escritórios.

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Anny acorda cedo. Queria chegar na editora e adiantar algumas coisas, teria
que sair por algumas horas para buscar a mãe e o primo no aeroporto e
tinha muito trabalho, não podia deixar pra ultima hora. Desce e vai ate a
cozinha, precisava falar com Lupe.


Lu: bom dia menina, tão cedo e já acordou?
Anny: Bom dia Lu...eu tenho que chegar mais cedo da editora pra adiantar algumas coisas
Lu: ta tudo bem?
Anny: ta sim...só um pouco ansiosa
Lu: o que foi?
Anny: minha mãe chega hj, eu to ansiosa pra que isso aconteça logo, to
morrendo de saudades dela...vc falou com a menina sobre o trabalho?
Lu: falei sim...ela não vai poder pq está com alguns problemas, mas eu já
arrumei uma pessoa pra vc. Ela deixou o telefone e disse pra vc entrar
em contato. Chama Joana, eu conheço ela, é uma ótima pessoa. Vc vai
gostar dela
Anny: se é recomendada por vc eu tenho certeza - ela sorri e depois pega um copo de suco na geladeira
Lu: senta ai que vou te servir um pedaço de bolo que acabei de tirar do forno
Anny: hummm...bolo quentinho, que delicia.

Anny come e depois volta ao seu quarto pra
terminar de se arrumar. Pega sua bolsa e algumas coisas que tinha levado
pra casa e vai pra editora. Quando chega la, não tinha quase ninguém.
Ela vai pra sua sala e começa a colocar as matérias em ordem.


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Mai: bom dia - fala dando um beijo em Lu
Lu: bom dia menina, como passou a noite?
Mai: muito bem...tinha tempo que não dormia tão bem
Lu: eu to te achando tão bem...algum motivo tudo isso?
Mai: motivo? Creio que nenhum - ela pega um pedaço de bolo e se serve com suco de laranja
Lu: será que não tem dedinho de Anahí ai não? - pergunta rindo
Mai: não entendi
Lu: vc não está feliz com essa sua aproximação com a sua irmã?
Mai: não é uma aproximação. Eu apenas to convivendo com ela. A gente tem que
passar um ano juntas e seria um ano infernal se a gente só brigasse
Lu: hum, sei - rindo
Mai: do que ta rindo?
Lu: não seria uma aproximação de irmãs?

Mai: nem comece ta... Daqui um ano elas vão embora de novo e será como antes, não quero irmãs, não terei mais irmãs.
Lu: isso não vai acontecer se vcs não deixarem. Esse um ano vai
acabar, mas não quer dizer que depois de um ano vcs vão deixar de ser
irmãs, isso nunca. Vcs serão sempre irmãs e deveriam se amar como tal.
Mai: não acha que depois de 19 anos é um pouco tarde pra isso? - ela se levanta e pega sua bolsa.


Dul estava descendo as escadas e ouvia a conversa das duas.


Lu: nunca é tarde pra se recomeçar... No caso de vcs, de começar. Vcs têm
um laço. Um laço de sangue que vai unir vcs pra sempre, quer queiram,
quer não
Mai: eu não sei se quero fazer esse começo
Dul: pra quem não quer, acho que vc fez um começo muito rápido.
Mai: Lá vem vc também...me dêem licença, eu tenho que trabalhar - ela vai pra editora

Dul: bye - ela da um tchau pra Mai e senta-se à mesa pra tomar café - bom dia Lu
Lu: bom dia Dul... O que quis dizer com ela já fez um começo?
Dul: Ué... Ela não anda saindo com a Barbie? Então... Isso já é um começo...
Rápido pra quem não sabia se queria faze-lo - fala irônica
Lu: isso te incomoda?
Dul: hã?
Lu: é... Te incomoda ver que elas estão se aproximando?
Dul: a mim? De jeito nenhum, por mim ela que vire realmente a Suzy (rsrs)
Le: sei... E vc? Não quer uma aproximação com suas irmãs?
Dul: não... Durante 20 anos nunca tive irmãs e prefiro que continue assim
Lu: assim como disse a Mai, nunca é tarde pra começar.
Dul: no meu caso, eu já sei que não quero começar. Daqui a um ano eu
vou voltar a ter minha vida, e elas terão a vida delas. Simples assim.
Cada uma no seu lugar. Voltando a ser as mesmas de sempre
Lu: não as mesmas de sempre. Vcs são irmãs Dul, nunca poderão mudar isso.
Deveriam começar a agir como tal. Se amarem como tal. Talvez um dos
reais significados dessa imposição do senhor Daniel seria pra que vcs se
conhecessem
Dul: (rsrs) legal da parte dele neh? Nunca se importou
com nenhuma delas enquanto estava vivo e foi fazer isso depois de morto?
Não entendo assim. Eu continuo afirmando que esse homem era doido
Lu: não fale assim menina, ele era seu pai.
Dul: não... Ele não era meu pai. Ele apenas contribuiu com o
espermatozóide dele. Porque pra mim, pai é aquele que ama, dá carinho,
está sempre ao seu lado quando vc precisa, da bronca, briga, e ele nunca
fez nada disso.

Lu não fala nada. No fundo Dul estava certa.
Fernando nunca fora um pai pra ela e pra Anny, nem mesmo pra Mai. Dul
termina seu café em silêncio e depois vai pra editora. Algo dentro dela
estava estranho. Por mais que tivesse falado pra Lupe que não se
incomodava com a aproximação de Anny e Mai, ela se incomodava. Nem ela
mesma ainda tinha percebido isso. Mas ficava incomodada e chateada. Algo
dentro dela achava ruim ver as duas se aproximando e ela ficando de
lado. Talvez quisesse também estar ali no meio delas. Talvez quisesse
poder se aproximar também e poder compartilhar as risadas com as duas,
irem ao shopping juntas, fazerem compras.


Dul: não... Eu não
quero nada disso. Eu não quero irmãs. E não me importo se elas estão se
aproximando, por mim que virem as amigas inseparáveis, não me importo.


Mas
ao dizer isso sentiu seu coração se apertar e seus olhos marejarem.
Sim. se importava, mas tava tentando convencer a si mesmo do contrario.


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