Fanfic: Até que a morte nos separe. - AyA. | Tema: Ponny

~Narrado por Diego.

  Quando acordei de manhã fui direto para o banheiro tomar um banho e logo me vesti, pondo uma roupa mais casual. Peguei algumas papeladas importantes e fui até o quarto de Alfonso o entregar; porém quando abri a porta o mesmo estava vazio. Suspirei e caminhei até o seu escritório. Abri a porta e me aproximei de sua mesa depositando aquelas folhas lá. Antes de ir tomar café da manhã fui ver minha Banguela e sorri ao ver seu soninho tranquilo e profundo; então fui até a cozinha correndo e encontrei Maria lá.

– Bom dia Maria. – sorri me sentando no balcão de pedra.

– Bom dia Senhor. – retribuiu meu sorriso me dando um copo de suco de laranja natural; meu predileto.

– Que Senhor o que Maria? Por acaso eu tenho cara de velho? – fingi uma cara assustada e mesma riu, preparando panquecas.

– Desculpe Diego.

– Assim que eu gosto. – pisquei e dei um gole no meu suco.

  Depois que as panquecas ficaram prontas, Maria as colocou em um prato e me deu; agradeci e comecei a comer. Como sempre, elas estavam divinas. Depois de terminar de comer, entreguei a louça suja para Maria e a mesma lavou, enquanto eu fazia a mamadeira da Laura.

– DA PARA ALGUÉM CALAR A BOCA DESSA PIRRALHA? – um berro ecoou por toda a casa e eu arregalei os olhos.

– O Alfonso já chegou?

– Sim, faz alguns minutos meu filho.

  Eu fiquei em silêncio e foi ai que escutei o choro fraquinho (porque estou no andar de baixo) da Banguela. Eu corri assustado para o segundo andar; tropeçando varias vezes em meus próprios pés. A porta do quarto da Laura estava aberta e eu me toquei que eu tinha fechado antes de ir para a cozinha. Fui até o quarto e arregalei os olhos ao ver Alfonso levantando um cinto para bater nela. Corri até ele e o empurrei tomando a cinta de sua mão. Tivemos uma pequena discursão, fazendo minha pequena chorar mais. Por fim ele desistiu da briga e saiu do quarto bufando enquanto eu me aproximava do bercinho. A olhei; a mesma esperneava chorando descontroladamente. A peguei no colo e a balancei para cima e para baixo.

– Shiii.. O titio tá aqui Banguela.  – sussurrei em seu ouvidinho e seu chorinho foi diminuindo. – O titio nunca vai deixar ele te machucar ok? – peguei seu bico, que estava jogado no canto do berço, e a dei; ela começou a chupar com força e colocou a cabeça no meu ombro toda manhosa. Sorri. – Ele não merece ter uma filha como você gatinha. – limpei seu rostinho que tinha rastro de lágrimas. – Eu vou te proteger!

  Eu prometi e faria de tudo para nunca quebrar essa promessa. Continuei a balançando e logo Maria entrou no quarto com a mamadeira em mãos. A ajeitei em meus braços e dei o seu leitinho; ela tomou tudo enquanto me olhava risonha e cansadinha. A mamadeira acabou e eu a entreguei para a Maria, que foi lava-la. Fiz Laura arrotar e logo ela dormiu em meus braços. A coloquei na cama e ela estava tão serena, tão linda, que eu não resisti e peguei o meu celular tirando uma foto logo em seguida.

  Então decidi trabalhar. Desci as escadas e quando cheguei na sala encontrei Jonas e Luis discutindo algo importante. Jonas me viu e veio até mim preocupado.

– Cara, os tiras vão vir para cá!

– Não entendi.

– Eles acham que sabem a nossa localização e o pior é que acertaram.

– Vou resolver isso com o Alfonso. – disse.

– Calma aí gente. Também não é pra tanto né.

– Mas nós temos que resolver essa situação de uma vez Luis. – disse Jonas enquanto o encarava brabo.

– Mas...

– Deu! – os interrompi. – Vou resolver isso com o Alfonso.

  Subi as escadas mais uma vez e fui em direção ao escritório dele; Luis foi me seguindo.

– Alfonso nós... – fui entrando no escritório, mas calei a boca ao ver Rafaella montada em cima dele.

– Foi mau ai chefinho. – Luis começou a rir e a menina saiu de cima de Alfonso envergonhada. – Não queríamos atrapalhar a tua tre`pada.

– Cace`te, da próxima vez batam na porta! – ele disse todo irritadinho e encarou a menina envergonhada diante dele. – Vaza garota! – ela logo correu do escritório e parecia magoada. – O que querem? – nos encarou.

– Temos que nos mudar!

– O que? Mas porque Diego?

– Os tiras cara. – Luis me interrompeu. – Eles pensam que nós estamos aqui.

– Eles já sabem da casa?

– Não, só que estamos em New York mesmo!

– Vamos para o Brasil, Alfonso! – disse.

– Tudo bem. – concordou. – Vou mandar os empregados arrumarem as minhas coisas e vou dar um jeito de destruir essas papeladas. Ah, e alguém faça o favor de arrumar as coisas daquela insuportável ok?

– Não fale assim dela! – fui grosso. – Ela é só uma criança inocente...

– Que eu não pedi que nascesse. – me interrompeu cínico.

– Ela também não pediu!

  Sai do escritório irritado e fui em direção ao quartinho dela; me aproximei de seu berço e suspirei ao vê-la ali, tão tranquila. Acariciei seus cabelinhos levemente e sorri ao ouvir seu resmungo manhoso. Dei um beijo em sua testa e fui até o pequeno armário branco daquele quarto e coloquei delicadamente todas as roupinhas da Banguela ali dentro. Fechei a mala rosa e a coloquei do lado do berço. Fui até o meu quarto e encontrei Maria fazendo minha mala. Sorri e a ajudei com as roupas agradecendo pela ajuda. Meu jatinho partiria primeiro do que o do Alfonso, por isso já estava me adiantando. Duas horas depois eu fui até Laura e dei um banho nela, vestindo sua roupa (foto) que eu deixei separada logo em seguida. Peguei ela no colo e a segurei com um braço e peguei sua mala com o outro (a minha já estava na caminhonete) e fui em direção a saída daquela mansão. Já estava no aeroporto quando meu celular começou a tocar; peguei o mesmo e li na tela “Alfonso”.

Ligação:

Diego: Alô!

Alfonso: Onde você tá? E cadê a Laura?

Diego: Já estou no aeroporto, tô esperando o jatinho!

Alfonso: Tudo bem. Mas cadê a Laura? Tá com você?

Diego: Com você que não tá né?! – revirei os olhos e o ouvi bufar. – Sim, ela tá comigo cara, mas por quê? Tá preocupado? – sorri.

Alfonso: Até parece que eu ia me preocupar com essa nojentinha! – fechei o meu sorriso. – E...

Diego: Se foi só por isso que ligou, tchau. – desliguei na sua cara.

Fim da ligação.

  Encarei a pequena que me olhava curiosa e sorri; ela retribuiu deixando a chupeta cair no chão. Ela olhou para baixo e quando voltou a me olhar, seus olhos estavam mareados e ela fazia um bico fofo de choro.

– Não, não chora. – me agachei e peguei a chupeta. – Eu peguei a sua pepeta neném. – sorri balança o objeto na minha mão. Ela esticou as mãozinhas tentando pegar. – Não Banguela, tá sujo! Caiu no chão neném. Tá sujo! – ela voltou a fazer bico e dessa vez começou a chorar sentida. – Shiiii, não chora! – comecei a balança-la desesperadamente para cima e para baixo. – Não amor, não chora.

  Andei até as cadeiras onde sua malinha estava e abri o bolso da frente da mesma, pegando uma chupeta azul escura e a dei junto com um paninho de boca. Ela se calou e encostou a cabeça no meu peitoral, enquanto segurava o seu paninho com força. Sorri, ela abria e fechava os olhinhos.

– Preguiçosa. – murmurei sorrindo e beijei os seus cabelinhos escuros.

– Own, que lindinha. – uma morena gostosa se aproximou de mim e sorriu para a pequena, que escondeu o rosto no meu pescoço, envergonhada. – Qual é o nome dela? – me encarou e sorriu.

– Laura. – ajeitei a pequena em meus braços. – Diz oi para a titia amorzinho. – ela continuou com o rosto no meu pescoço.

– Que linda ela é. – sorriu. – É sua filha?

– Ela... sim, ela é. – sorri orgulhoso.

– Agora posso ver de onde ela puxou essa beleza. – ela me olhou dos pés a cabeça maliciosa. – A mãe dela tem muita sorte de ter um marido desses! – que safada, cara. Adoro!

– Não sou casado.

– Melhor assim.

  Ficamos nesse flerte até o meu jatinho ser anunciado. Trocamos nossos números e eu me despedi com um beijo no canto de sua boca. Agora sei de uma coisa: Deve ser muito bom ser pai solteiro.

Fim da narração.