Fanfics Brasil - 10 Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA

Fanfic: Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA | Tema: DyC Romance e hot


Capítulo: 10

636 visualizações Denunciar


Sei que nessa nova virada de página você deve está suspirando com o beijo que o Christopher me deu. Sim,
eu também estou. Ainda estou, mesmo depois de dias e dias. Depois que nos beijamos, depois que eu achei que tínhamos assinado o acordo de Tordesilhas e que finalmente tínhamos chegado ao Mundo Novo, Christopher simplesmente desapareceu.


Eu não vejo mais o seu sorriso com a mesma demasiada frequência de antes. Não ouço a sua voz e a sua casa silenciosa continua silenciosa. Às vezes, vejo o seu carro parado na garagem mas, como não quero parecer desesperada, evito enfiar a cara na grade. Evito ligar para ele porque ele é quem devia me procurar (pelo menos é assim nos filmes e nas peças que ensaiei). Acabei não vivendo nenhum personagem amante do amor verdadeiro.


Oquei, não me importo se o Christopher resolveu tomar um chá de sumiço. É sábado e a vontade que eu tenho é a de me esbaldar numa festa, beber até cair, fumar uma caixa de cigarros e, claro, não vou fazer isso. Estou apenas com raiva e pensando bobagens porque ele disse que sou ingênua. Só que eu não sou ingênua! Se quiserem mesmo saber, eu tenho uma vontade louca de fazer sexo oral. Isso prova que não sou ingênua e nem santa-do-pau-oco! Hunf!


Tiro meus saltos e me deito na cama deliciosa do Derek. Estamos sozinhos na casa dele, embora eu faça isso com ou sem gente em casa. Bem, sou de casa essa é a questão. Esparramo-me em sua enorme cama e pareço uma criança que nunca deitou em uma cama antes.


Ele anda de um lado para o outro em uma box branca tentando conectar o videogame. Acreditem se quiser, eu sempre me desloco do antro para a casa dele por conta do vídeo-game.


Depois que Derek finalmente consegue conectar os cabos, ele me entrega um controle, pega o outro e se deita na cama. Sugiro jogarmos Mario Brose Derek faz cara feia, mas cede como sempre e começo a me preocupar porque talvez eu seja dominadora. Queria que ele dissesse: Não, Dulce.


Vamos fazer pelo menos uma vez o que eu quero.


Não sei por que tenho este sentimento, principalmente agora.


– Acho que não quero mais jogar.


Atiro o controle na cama e me deito nas suas costas, enfiando meus dedos no seu cabelo. Derek resolve continuar a jogar. Fico feliz, acho.


– Ele não me ligou mais – digo, meio resmungona.


– Hum.


– Você acha que isso é normal?


Derek suspira e dispara.


– Não, não é normal. Se quer mesmo saber, Dulce, acho que ele não está nem um pouco afim de você. Ele ter te beijado não significa que ele esteja apaixonado por você.


O mundo não é um conto de fadas.


E ele tem razão. Minha mãe costumava usar essa última frase. O mundo não é um conto de fadas. E talvez eu não deveria ter perguntado porque não quero ouvir a verdade e Derek sempre diz a verdade, por mais dolorosa que seja (acho que já disse isso).


Chateada, levanto-me e ligo seu notebook, na mesinha de cabeceira. O Christopher só queria brincar comigo.


Uma boca é só uma boca. Se eu não estou apaixonada por ele, com toda a certeza ele não está apaixonado por mim. É mais difícil para os homens.


Abro a minha caixa de e-mails preparada para apagar aqueles emails idiotas. Uma distração piegas, mas infalível. Eis que vejo um e-mail que faz um sorriso brotar em meu rosto. Oh, meu Deus! Oh, meu Deus! Oh, meu Deus!


É um anúncio do Teatro e Cia para testes de protagonistas em uma peça chamada “Case-se Comigo!”. Estou em êxtase! Clico em imprimir e viro para o Derek o qual me olha, com medo. Lá vem chumbo grosso, ele sabe.


– Vamos lá! Levante, levante, levante! Você tem que me levar nesse lugar aqui! – Puxo a folha na impressora e quase a esfrego em seu rosto.


– E por que eu te levaria lá?


– Porque você tem carro e é o meu melhor amigo? E porque as inscrições acabam em quarenta e cinco minutos? Anda logo, Derek, anda!


Por fim ele se levanta e veste uma calça jeans. Procuro o tênis e calço nos pés do Derek enquanto ele veste a camisa. Ele ri.


– É esplêndida a maneira como você se torna prestativa quando quer alguma coisa, hein?


Não tenho tempo para as suas piadinhas. Em vez disso, puxo a sua mão e saímos em disparada.


Descemos a escada, passamos pela segunda sala, pela primeira, atravessamos a porta, passamos pelo
jardim, chegamos na garagem e logo me jogo dentro do carro. Escorrego-me no banco e puxo o cinto de segurança.


E lá estamos nós indo rapidamente em direção ao Teatro Velho. Repenso todas as peças que estudei.


Sei quase todas as peças de Shakespeare e algumas do Victor Hugo. Em suma, tenho um pouco de cultura, o que já é um ponto extra.


Descemos do carro e eu praticamente corro e entro no teatro com um sorriso no rosto. Dessa vez nada de ruim vai acontecer. Esse papel é meu. Meu e de mais ninguém! Vou até a bancada onde tem uma enorme faixa com uma palavrinha escrita em letras avermelhadas: INSCRIÇÃO.


Uma mulher rechonchuda está sentada na cadeira entregando listas de inscrições para pessoas como eu, ou seja, com um sonho de poder brilhar nos holofotes. Sorrio para ela. É um sorriso de atriz, aquele que diz: sou a única aqui capaz de viver a protagonista.


– Boa tarde! – Digo, com um sorriso incólume, meu bem. – Eu queria me inscrever para o papel da
protagonista.


– Aham. Você e as outras trinta e sete garotas. Oquei, trinta e oito – ela me entrega uma lista. – Responda esse questionário e me devolva no fim de sua apresentação. Espero que tenha alguma peça em mente, pois os testes também começam hoje. Boa sorte.


Tudo bem. Sou a trigésima oitava e a vontade que tenho é a de destruir a gorda sentada na cadeira de
inscrição. Ela não é nada hospitaleira. Peço uma caneta ao Derek e nós dois nos sentamos nas poltronas vermelhas. Preencho os espaços em branco. Ótimo.


Quando termino o meu afazer, observo minhas concorrentes. Não são tão belas quanto eu.


Brincadeira. Sou uma coisa feia perto de algumas garotas com seus rímeis e cabelo pranchado. Elas usam roupas de festa enquanto eu pareço um moleque de calça jeans, Converse e cabelo desgrenhado. Nada de chapinha. Isso é literalmente injusto! Muito injusto!


– Porra – sussurro.


– O que você disse, Dulce?


– Nada – pisco para o Derek. Eu nunca fico nervosa, mas agora estou terrivelmente nervosa. – Quer dizer, olhe para essas garotas... São todas, hum, lindas demais? Olhe para o meu cabelo, Derek. São fios de vermes!


– Ah, meu Deus, vai começar a crise existencial. Essa é a vida que escolheu então aguente.


Concordo com a cabeça. Espero que ele diga que eu sou linda e, é claro, o Derek não faz isso. Cruzo as minhas pernas e ainda me sinto feia. Penteio meu cabelo com os dedos e passo brilho labial.


Sinto-me bem melhor. O burburinho para no ar quando uma voz no alto falante diz que os testes vão começar em um minuto. Primeiro, os testes para a Júlia, depois para o Lucas e depois para os antagonistas. Será uma encenação livre para escolher os dez primeiros. Depois entraremos no clima.


As luzes são reduzidas.


Um rapaz anda na fileira para se sentar em uma das cadeiras vazias ao meu lado e tropeça nos meus pés. Eu protesto.


– Ei! Não olha para onde anda?


– Desculpe, eu não sabia que ia estar escuro por aqui.


Ele se afunda na cadeira ao meu lado e, apesar de estamos na penumbra porque todas as luzes estão
centradas no palco agora, acho ele bonitinho. E então começa. Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis. Sete. Oito. Nove. Dez.


A décima primeira concorrente sobe no palco. Ela parece a Barbie com cabelo loiro prateado, pele polida e lábios rosados. Seu nome é Anne e tem dezoito anos. É Gaúcha, mas se mudou para Bahia quando tinha sete anos. O que vinha adiante eu não sei mais porque o rapaz ao meu lado me cutuca com o cotovelo.


– Você está aqui por conta do papel?


Não, estou aqui por que gosto de me sentir inferior.


– Sim.


– Legal. – Ele fica em silêncio e concorda com a cabeça. – Você não me parece nem um pouco confiante.


Viro meu rosto para ele e não acredito no que acabei de ouvir. Arreganho a minha boca porque me sinto totalmente confiante, quer dizer, não totalmente.


– Você está aqui por conta do teste? – Pergunto e ele concorda com a cabeça. – Você também não me parece confiante.


– Para ser sincero, não estou mesmo confiante. Minha mãe que disse que eu deveria tentar dessa vez, já que eu queria isso um tempo atrás.


Lambo os lábios. Nunca conheci um cara que sempre quis ser ator, com exceções dos gays. Mas nessa pequena cidade tudo é estranho e pelo menos esse cara do meu lado não parece nada gay (rótulos, mais uma vez. Que coisa!). Perdão!


– Então, qual o seu nome? – Ele me pergunta.


– Dulce – digo.


– Jonathan.


Trinta e sente.


Sorrio para Jonathan e depois me levanto, olho para o Derek que também se levanta. É a minha vez de brilhar.


Atravesso a fileira de cadeiras vermelhas e me aproximo da mini escada que dá acesso ao palco. Eu e o meu melhor amigos paramos e nos abraçamos. Ele me deseja boa sorte.


Trinta e oito.


Sou eu.


Subo os degraus e me posiciono bem no centro do placo. Meu coração pula e protesta em meu peito.


Sorrio porque essa é a única coisa que sei fazer de verdade. Coloco uma mecha do cabelo atrás da orelha e espero ouvir a voz do homem baixo e de cabelo preto liso. Ele está com o microfone e sentado ao lado de uma mulher elegante e de óculos enorme.


– Seu nome?


– Dulce. – Lambo os lábios, tenho que soar desinibida. – Dulce Saviñon.


– De onde?


– Daqui mesmo, Feira de Santana.


– Nos fale um pouco de você.


Ótimo, chegamos onde eu queria. Na verdade, eu adoro essa parte. Sempre gostei de falar sobre mim.


Talvez porque eu tenha uma história bem dramática para contar. Hum...


– Tenho dezenove anos e faço faculdade de Biomedicina, embora meu maior sonho seja o de me tornar uma atriz. Moro em uma minúscula casa que eu a chamo de antro. Não conheci o meu pai e a minha mãe foi embora quando eu era criança. Levou com ela a minha irmã gêmea. Fiquei sozinha, quer dizer, com uma amiga da minha mãe que, na verdade, foi a minha madrinha. Porém ela faleceu tem uns três anos. Tenho um melhor amigo que faz tudo por mim. Falo muita besteira e sou péssima em matéria de relacionamento. Meu livro e peça preferida é Dom Casmurro. Odeio ser contrariada e acho que a única coisa que sei fazer de verdade é ser outra pessoa.


– E por que você acha isso? – O homem pergunta.


Meus olhos ardem e penso que vou chorar do mesmo modo como quando descobri que a minha mãe foi embora. Encaro a platéia. Encaro o silêncio. Encaro o olhar dos dois jurados. Encaro a mim mesma porque sei a resposta. É a única coisa que sei.


– Porque é mais fácil ser outra pessoa. Às vezes, é esplendido fugir da realidade, mesmo que por alguns segundos.


Paro de falar porque não quero parecer fragilizada para esse monte de pessoas curiosas e estúpidas.


A verdade é que gosto de ser outra pessoa porque não quero ser eu mesma; ser eu mesma é como encarar um monte de problemas e questões; é se afundar num mar de lamentações. E eu quero ser outra pessoa. Outra Dulce. Não essa Dulce. Não aquela Dulce abandonada pela mãe. Eu sempre me perguntei se o fato dela ter me abandonado significa que ela me odeia ou me ama mais do que a Belle. Por que a Belle? Por que não eu?


– Então, Dulce, você tem dois minutos para nos mostrar por que merece ser a nossa Júlia.


Meneio a cabeça em um sinal de concordância enquanto vasculho a minha mente em busca de um monólogo interessante. Não consigo raciocinar nada. Resolvo começar com a fala de Julieta, da cena V, quando o Frei Lourenço recebe o jovem casal.


– “Meu amor é muito grande e não posso controlá-lo...”


Droga! Meu celular toca tão alto que sinto a música ecoar por cada canto do teatro. Risos também ecoam quando faço uma tentativa frustrada de desligar o celular e, quanto mais eu pressiono o botão vermelho, mais o bicho continua a tocar e tocar. Vejo o nome: Christopher. Vejo o nome brilhar como uma imensidão de estrelas, um tapete em neon, diamantes que brilham por conta da luz.


– Desgraçado! – Falo, digo, grito porque não acredito que ele interrompeu meu momento pela segunda vez.


E existe algo dentro de mim que implora por este telefonema. Meu eu grita e, sim, quero atendê-lo.


Quero deixar tudo para lá porque é a minha vida amorosa que importa. Quero ser a Júlia, mas também quero o Christopher. Estou numa via de mão dupla e preciso optar. Terei milhares de testes para fazer e apenas um Alec, mesmo que esse desgraçado, petulante e irritante não me mereça.


No fim surge aquela velha esperança, aquela que me arrasta para a desilusão. Mais uma vez é a esperança que me move. A esperança que desta vez o Tratado de Tordesilhas será assinado.


– Alô?! – Murmuro e a minha voz embriaga o teatro.


– Dulce? Hum... – Oh, então ele está sem saber o que dizer. – Você tem um minuto?


Sim, pra você tenho todo o tempo do mundo.


– O que você quer?!


– Me desculpar... Por ter sumido.


Ótimo. Começo a andar de um lado para o outro e o som dos meus passos dançam no salão.


Concentro-me em sua voz e na minha por que não posso me passar como desesperada. Não para esse filho da mãe.


– Oh, vê se eu entendi bem Christopher, você... Você está me ligando para pedir desculpas por ter sumido?


– Dou um riso irônico porque essa ocasião merece. – Acha mesmo que me importo?


– É. Quero dizer, depois que nos beijamos, depois de tudo o que aconteceu...


– Depois de tudo o que aconteceu? Christopher, foi só um beijo! Quer dizer, dois. Por que você acha que de
repente esse beijo significa algo esplên- dido?! – Murmuro com raiva.


Ouço o som da sua respiração e queria entender o que ou o porquê dele ter me ligado. Por que preciso de uma explicação sobre o seu desaparecimento? Se bem que queria muito saber por onde ele andou.


– Porque achei que significou algo esplêndido. Você é diferente, Al- ice.


– Eu sou diferente? – Franzo a testa. – Ah, não me venha com essa coisa de ingenuidade de novo porque eu sou tudo, menos burra.


– Não te acho burra. Gosto de você, Dulce.


Concordo com a cabeça porque essa revelação me quebra toda. Ele gosta de mim. Oquei. Ele gosta de mim como amiga ou de um jeito especial? Se bem que direta ou indiretamente eu disse que o nosso beijo não significou nada quando, na verdade, significou tudo pra mim. Vi-me saindo de dentro de um casulo que eu mesma criei. Eu e as coisas tolas que a minha mãe disse.


– Você gosta de mim? – Digo, meio meiga, meio ogra.


– Sim, eu gosto de você, Dulce. Por isso quero me desculpar. Sei que deveria ter dado as caras antes, mas eu só estava tentando entender as coisas.


De novo essa coisa de entender.


– Vamos, Christopher, o que você está tentando entender? Que diabos está escondendo de mim?


– Não estou escondendo nada de você, Dulce.


– Faz de conta que eu finjo que acredito. Então, conseguiu entender?


– Consegui. É por isso que quero me encontrar com você hoje à noite. Tudo bem para você?


– Sei não, da última vez que você me convidou para jantar fiquei com cara de tacho, vestida para matar e me lamuriando.


Ele ri e o seu riso é um Oásis.


– Dessa vez será diferente.


– Então tudo bem, Christopher. Às oito. Se você aparecer, serei a mulher mais feliz do mundo. Porém, se você furar comigo, vai partir meu coração.


– Às oito. Agora tenho que ir. Até breve.


– Até breve.


Então o silêncio mortal. E eu sorrio, bato o celular na mão porque ele me convidou para sair, o que quer dizer que talvez eu signifique algo para o Christopher, e não só mais uma boca.


É ai que quebram o silêncio mais delicioso do mundo.


– Muito bem, Dulce, seu tempo acabou.


Caio na real e me sinto desesperada. Franzo o cenho porque estou pronta para protestar.


– Mas eu nem me apresentei! – Fiz a escolha certa?


– Temos certeza que fez uma ótima apresentação, Sulce. Agora, por favor, temos outros concorrentes para assistir.


As palmas brotam como cupim em madeira podre. Não fiz uma óti- ma apresentação porque nem ao menos me apresentei, e isso é de matar. Estou tão desapontada que sou capaz de... de chorar em público porque, mais uma vez, querendo ou não, o Christopher destruiu minha apresentação – mesmo que por uma causa boa.


Desço as escadas e migro na direção do Derek. Admiro-me por encontrar o Jonathan ainda sentado ao lado da minha cadeira vazia. Escorro na cadeira pela segunda vez.


– Não acredito que o seu monólogo foi sobre o Christopher! – Murmura o Derek, indignado.


Fuzilo-o com os olhos porque não entendo.


– Não fiz monólogo algum.


– Claro que fez! – Ele faz uma careta. – Não... – Outra careta. – Não! Não acredito que você estava falando com ele de verdade!


– Sim, foi exatamente isso que aconteceu.


– Dulce, Dulce, Dulce... Então essa história de sair com o Christopher é pura verdade? – Concordo com a
cabeça. – Não pode sair com ele.


– Me bata uma garapa, Derek. É óbvio que posso e é exatamente isso que irei fazer. Sairei com o Christopher hoje, às oito.


É a vez do Jonathan falar, essa alma que nem ao menos conheço. Sei disso porque ele me cutuca como uma criança do jardim de infância.


– Escuta, você vai sair com um cara chamado Christopher? Não foi uma encenação?


Faço cara de entediada, pois não entendo porque as pessoas de repente parecem indignadas. Não tenho culpa se o Christopher me ligou. Não tenho culpa se eles acham que essa droga de conversa foi o meu monólogo.


– Não. Não foi uma encenação.


– Hum. Sabia que o meu melhor amigo se chama Christopher?


Olho-o com interesse. Nos últimos dias todo mundo parece conhecer algum Alec, levando em conta que há uma semana eu não conhecia nenhum Christopher lindo e tudo de bom. É verdade.


– Oh, isso é uma coincidência e tanto.


– É, com certeza. – Ele faz uma careta cética. – Mas só para esclarecer as coisas, você não vai sair com nenhum Christopher Uckermann, vai?


Não, vou sair com o Christopher Von e não me parece sensato dizer sobrenomes alheios.


– Não.


– Ótimo! Esse meu amigo Alec é uma furada. Bom, com certeza não estamos falando do mesmo Christopher.


Primeiro, ele não convida garotas para sair, ainda mais em plena noite quando ele pode faturar muita grana.


Sorrio e reviro os olhos.


– E o que ele faz à noite, hein?


– Ele faz sexo.


Mordo os lábios ainda com um sorriso no rosto e já não sei o que pensar. Estamos tecnicamente falando de um cafetão? Gigolô por acidente? Oh, nossa, bela pessoa para se considerar melhor amigo. Aliás, como será ser melhor amigo de um cara que faz sexo? Se bem que todos os caras fazem sexo, a não ser que seja um doente ou assexuado.


– Você está dizendo que o seu Christopher é um garoto de programa? – Pergunto.


Ele ri.


– Estou dizendo que o meu melhor amigo, Christopher, é garoto de programa e nunca convidaria uma garota
para sair. Pode ficar despreocupada.


Claro que estou. O Christopher que eu conheço, o meu Christopher, nunca venderia aquele corpo lindo e
maravilhoso. Não com sua cara de menino-homem. Faço uma careta de nojo e imagino o Christopher deitando todos os dias com uma mulher diferente... Quer dizer, é obvio que um garoto de programa não pega só mulheres. Para ser bem sincera, deve pegar mais homem do que mulher.


Oh, que nojo! Imagino uma coisa que escapa da minha boca grande...


– Sabe aquele ditado: “diga com quem tu andas que eu te direi quem tu és”?


– Você está sendo preconceituosa.


– Não estou. Só estou curiosa. Além do mais, você é tão... garboso.


Oquei, não acredito que eu disse “garboso”. Isso é tão antigo, meu Deus! Então, já que estou soando a estranha, farei uma breve análise do Jonathan .


Loiro, totalmente desgrenhado; estatura alta; usa algum perfume cítrico. Seu sorriso é tão lindo.


Vamos lá! Vamos dar caras aos bois. Não preciso ser amiga de mais um homem terrivelmente lindo.


Não. Realmente não quero ter a minha libido provocada, o que faz de mim uma vadia mentalmente.


Minhas expressões geralmente dizem que eu não me importo com esses caras quando, na verdade, o meu interior os deseja ferozmente. Talvez seja assim com todo mundo. Talvez eu não seja uma meretriz de verdade. Ou talvez eu seja.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): jessica_ponny_steerey

Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

E se o Jonathan fosse uma comida, certamente seria um estrogonofe de camarão. Lindo, cheiroso edeliciosamente saboroso. Tudo bem, deletem essas últimas palavras. – Valeu aí pelo “garboso”. Ficarei feliz pelo resto do dia – ele sorri para mim. – Respondendo a pergunta, eu não sou um garoto de programa e vamos par ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 64



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 14/01/2016 - 06:55:27

    A história foi tão linda! Linda e surpreendente! Nada mais lindo do que ler sobre o amor de verdade. Amei

  • maianamr Postado em 13/12/2014 - 10:50:12

    Ameeeei a fic, muito linda *---* parabens

  • vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 00:03:58

    Parabéeeens mana, mais uma fic maravilhosa sua que eu acompanhei! *-----* Tu é bandida menina, foi tudo tão perfeeeeito, o casamento, eles dando entrevistas, os babys vondy .. Aaaaawn, sou sua fã amiga, tu sabe né? Mas não vou ficar falando muito não porque seu ego cresce demais ai ja era pra mim KKKKKKK Parabéns amiga, te adoro muito doidinha <3 Até a proxima fic! u.u

  • juhcunha Postado em 18/09/2014 - 23:38:31

    poxa acabou to triste por te acabado mais feliz porque no deu tudo certo sua web foi maravilhosa Ei qual vai ser sua outras web ????

  • vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 17:40:21

    Sério, é muita tragédia pra dois capitulos e o pior, que ao invés de me emocionar com o discurso dela no teatro, eu quis rir da situação KKKKKKKKKK! E ela e o Derick? PQP, os doidos não conseguiam manobrar um carro, meu Deus! Nãaaao, Chris não pode ir embora :/ Diz que ele fugiu do avião e viu a Dulce sendo levada pelos seguranças! :/ Pleaaaase!

  • gabivondy Postado em 18/09/2014 - 08:39:54

    tadinho do christopher tudo que ele sofreu chorei serio que ele foi embora eles tem que ficar juntos :(

  • vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 22:40:46

    Gzuis, tadinho do Christopher, pqp , que história mais triste :/ Sofri horrores com ele contando a história dele, te falei ne? Nossa, espero que ele e a Dul se resolvam, porque ela é a unica felicidade dele tadinho :/

  • juhcunha Postado em 16/09/2014 - 20:22:25

    coitado do christopher sofreu muito posta mais quero saber o que vai acontece com eles

  • vondyh Postado em 16/09/2014 - 19:38:15

    continua

  • nandafofinha Postado em 15/09/2014 - 15:15:39

    Nossa nem sei o que disser to branca igual papel kkkkkkk POSTA MAIS


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais