Fanfic: Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA | Tema: DyC Romance e hot
Eu sorrio. Não é o Christopher quem aparece, se quer mesmo saber. É o meu salvador, aquele quem me tira de todas as furadas. A vontade que tenho agora é a de me atirar em seus braços e beijar todo o seu rosto porque não fui abandonada de verdade.
“Não importa o que aconteça, Dulce, pode o mundo acabar e eu nunca te darei as costas...”
Derek.
Lambo os lábios.
– O que você está fazendo aqui? – É a única coisa que consigo dizer.
O garçom olha confuso pra mim, depois para o Derek e depois para mim de novo. Eu sou a atração da noite, embora ele já tenha visto essa cena milhões de vezes nessa sua vida enquanto trabalha em
um restaurante.
– Eu vim jantar com você, Alice.
E essa é a resposta que, supostamente, milhares de garotas adorariam ouvir. Enquanto você lê isso,
você deve estar suspirando e dizendo: “oh, eu quero um Derek para mim também”. Sim, mas a verdade é que só existe um Derek. Só existe um cara que faz isso e ele sorri para mim.
Derek puxa uma cadeira e se senta.
– Olha, Dulce, quero pedir desculpas pelo o que aconteceu mais cedo...
–... Eu também...
–... Deixa-me falar, tá legal? – Concordo com a cabeça. – Desculpa, não tenho direito de atacar seus
sentimentos. Não posso te julgar por que se apaixonou pelo primeiro cara que beijou... Vai ver você gosta dele mesmo, ou não. Daqui a um tempo vai descobrir que foi só capricho. Entende o que digo?
Porque foi assim que aconteceu comigo quando beijei a Pâmela no ensino fundamental e você ficou ouvindo a minha apaixonite aguda por um mês. Assim como está acontecendo com Lena agora.
Talvez eu não goste realmente da Lena. Quem sabe amanhã eu não descubro que, na verdade, só gosto dela porque ela tem uma alma boa? E, bom, existem milhares de almas boas por ai e nem por isso estou apaixonado...
A vontade que tenho é de dizer que a Lena não tem uma alma boa. Pessoas de almas boas não fazem outras pessoas sofrem, fazem? Eu posso ver o sofrimento em seus olhos todas as vezes em que ela não lhe responde ou quando não retorna seus SMS’s, embora eu acredite que ele deva ligar. Tudo bem, ele sempre foi melhor com os textos do que falando deliberadamente.
– O que eu quero que você entenda, Dulce, é que não importa por quem você esteja apaixonada, seja um mendigo ou um mercenário, eu irei te apoiar. E também vou abrir os teus olhos quando necessário porque é isso que um amigo de verdade faz. Um amigo de verdade diz o que a gente não quer ouvir para o nosso bem, bem como você fez hoje mais cedo, como eu fiz, enfim. E, bom, acho que no fundo, no fundo estou com ciúmes porque achava que podia não ser mais Dulce e Derek, Derek e Dulce. Para ser sincero, tenho muito medo de te perder, Dulce. Você sempre foi e sempre será a coisa mais importante no mundo para mim. É isso. Você acha que me perdoa?
E a resposta está pendurada em mim, tatuada na menina dos meus olhos. Choro de felicidade porque essas são as palavras mais lindas que alguém um dia disse para mim. Levanto-me, vou até ele e lhe dou um abraço de urso a mercê dos olhos humanos.
A coisa toda se torna uma tragédia quando desfaço o abraço. Piso no pé do Derek, tropeço, e bato com as costas em um garçom que carregava uma bandeja, o qual cambaleia para trás e derruba tudo no chão.
Arregalo os olhos e levo a mão até a boca.
– Valei-me! –Ouço alguém gritar.
– Senhorita! – A maître marcha em minha direção como uma sargen- tonarobótica!
Sei quando é a hora de sair à francesa... Ou quase isso. Seguro as mãos do Derek e adianto os passos porque é o mais sensato a se fazer.
– Mil perdoes a todos! Desculpem! Desculpem! – Grito e nem olho para trás para não ver o estrago.
– Foi mal, pessoal!
– Voltem aqui! – A sargentonagrita...
A essa altura o Derek e eu estamos indo em direção ao carro. Jogamo-nos no banco.
Minutos depois estamos em uma barraquinha de cachorro-quente nos deliciando após eu reclamar que estava faminta. Estou no segundo cachorro-quente e com a ponta do nariz suja de mostarda. Em seguida eu caio em si.
– Ei, Derek, como você sabia que era aquele restaurante?
Ele olha para mim com a boca cheia e responde assim mesmo (não me importo se ele fala de boca cheia).
– Eu te segui.
– Seguiu? – Franzo o cenho e finalmente limpo a ponta do meu nariz.
– É, segui. Depois que você me disse todas aquelas coisas eu não fui embora: fiquei à espreita. Parte de mim dizia que o Christopher iria aprontar. Então, quando o táxi parou na porta do antro, decidi te seguir.
Esperei, mas ele não apareceu. Cheguei à porta e vi você sozinha na mesa e pensei “ah, ele deve estar chegando”. Então voltei para o carro e fiquei esperando e aí decidi entrar de uma vez. Fiz bem?
– Sim, claro que sim. Quer dizer, você foi excepcional. Obrigada.
– Tudo bem. Não é de hoje que eu te tiro de roubadas.
Concordo com a cabeça. Não estou mais com aquele sorriso galanteador. Estou sendo mutilada por dentro porque a minha esperança com relação a ter um relacionamento com um cara foi, literalmente, para o brejo.
– O que será que aconteceu com o Christopher? – Derek pergunta.
Dou de ombros.
– A gente pode não falar sobre o Christopher? Pelo menos por hoje?
Ele concorda com a cabeça e atira a bolinha feita de guardanapo em cima da mesa. Enquanto observo seu semblante cair, percebo que tem algo errado. Sim, claro, existe uma peça faltante no quebra cabeça dessa noite.
– Espera Derek... – grito estatelada.
– O que foi?
– O que foi o quê? – Agora faço uma careta que significa o quanto estou indignada – Derek! – Digo de novo. – O que aconteceu com o seu encontro, hein? O que aconteceu com a Lena? Hum?
Derek chupa as bochechas e eu consigo ver cada pelo tentando ganhar vida nos poros de sua bochecha.
– Eu não fui.
– Não? Ela cancelou ou o quê?
– Eu não fui. Eu cancelei... – sinto que ele queria dizer mais alguma coisa, porém, de alguma maneira, as palavras sofrem apoptose em sua boca.
– Por que você cancelou? – Insisto.
Nada. Essa é uma daquelas cenas em que se fosse um filme você es- taria pensando, delirando por que o Derek se declararia para mim, não é? E, não, somos amigos demais pra isso acontecer (acredito eu).
– Sei lá. No fim tudo o que você me disse tinha um fundo verdadeiro. ALena não gosta de mim de verdade e acho que não é legal ficar pression- ando a garota. Ela não tem culpa se eu gosto dela e ela não gosta de mim.
Acho que a gente não pode cobrar uma coisa que nunca nos pertenceu de verdade.
– Mas ela topou sair com você.
– Sim, por educação, talvez. Bom, a verdade é que isso não importa muito. Você precisava de mim e pronto.
Sem mais discussão, Dulce.
Somos dois pobres apaixonados que conseguiram fazer de uma noite que tinha tudo pra dar certo um
verdadeiro fiasco.
Aperto as mãos do Derek porque não tenho mais nada a dizer e vejo que a chuva começou a cair.
Mais tarde, quando o Derek me deixa em casa, tiro as sapatilhas usando os próprios pés; tiro o vestido vermelho e vou caminhando de calcinha e sutiã até o banheiro. Tomo o banho quente mais demorado de toda a minha vida! Esfrego a minha pele imaginando que assim eu possa apagar a parte terrível da minha noite.
Quando termino, visto a minha camisola de algodão e deito em minha cama. Não durmo porque o meu cabelo molhado fez uma mancha d’água enorme em meu travesseiro.
Por fim decido que não devo me apegar demais nas minhas des - venturas amorosas. Afinal, tem gente bem pior sofrendo nos hospitais en- quanto eu estou perfeitamente bem, com exceção do meu coração, metaforicamente falando.
Ouço batidas na porta e olho para o relógio: já passa de uma da manhã. Será que o Derek esqueceu alguma coisa? Ou pior: será que é um ladrão que descobriu que moro sozinha? Se bem que aqui não tem nada de valor para ser roubado.
Caminho lentamente. Meus passos quase que não emitem ruído algum. Paro na porta e tento ver através das frestas. Nada. Silêncio. As batidas continuam lentas e calmas, o que me leva à conclusão que se fosse um ladrão, ele não bateria na porta e diria: “Oi, só estou avisando que vou roubar o seu antro. Com licença, lindinha”.
– Quem é? – Pergunto com a voz mais aveludada do mundo.
Ouço um ruído do outro lado da porta, o que me parece mais com passos. Isso são passos. Encosto o ouvido na porta e ouço uma respiração pesada. Ainda chove, o que não me parece nem de longe uma ideia legal.
– Sou eu.
Eu congelo no lugar onde estou e sinto a minha pulsação se acelerar e a boca ficar seca. O que se faz em um momento como este, hum? Vamos lá, me diga! Sei que você aí tem mais experiência do que eu.
– Dulce?
Ele canta o meu nome como sempre faz quando o pronuncia... Quando diz com aquela voz de dor, e ao mesmo tempo de determinação, consegue romper todas as minhas terminações nervosas... Eu sou uma completa bobona! Sinto a endorfina correr desesperada pelo meu corpo porque sei que ele é o meu chocolate amargo e eu quero me deleitar, apesar de estar de dieta.
– O que você quer? – Pergunto determinada.
– Conversar.
– Ora, Christopher, faça-me o favor. Isso não é hora de conversar, tá legal? Tchau! – Digo e decido dizer
mais uma vez para poder me certificar. – Tchau, Christopher.
Silêncio.
Ótimo, ele foi embora. Suspiro. Ouço um fungar lá fora que não foi meu. Ótimo de novo, o Christopher não iria desistir. Colo minhas costas na porta.
– Vamos lá, Dulce, eu posso me explicar. Eu juro! – Quem jura, men- te e quem promete, não cumpre, penso.
Não digo porque é a coisa mais infantil do mundo. – Só me deixe falar um minuto com você.
– Falar o que, Christopher? Falar que sim, você me fez de palhaça? Que me fez ir até o restaurante e ficar feito uma estátua de Buda esperando por você? Hum? Isso não se faz, cara. Nem com uma mulher, tá legal?!
Deveria ter ao menos a decência e ter desmarcado tudo!
– Eu fui até lá... Mas você não estava mais!
– Hum! Acha que eu estaria te esperando até agora, Christopher? Acha que sou uma idiota, é isso?! – Murmuro irritada, muito irritada.
A chuva se choca contra o telhado.
– Posso explicar tudo, porra! – Ele grita.
– Não quero ouvir suas explicações, seu idiota! – Grito de volta porque, a esta altura, o sangue já me sobe à cabeça...
E sobe à cabeça dele também porque, acredite se quiser, o Alec dá socos (?), chuta a porta (?) e grita feito um louco.
– Vamos lá, Dulce joguinhos! Abra, Dulce! Abre! Por que tem sempre que bancar a durona, hein? Por que tem sempre que ser a certinha? Cometa erros, mas cometa certo, sua patricinha de merda! Abra a porta e me deixe explicar! Agora!
Não! Não! Não! Estou tão assustada que não consigo raciocinar. Meus olhos estão arregalados como os daquele peixe em que os olhos não ficam dentro da caixa. Estou assustada porque posso estar lidando com um psicopata e não sei. Que tipo de pessoa vai fazer barraco a uma hora desta?
– Para, Christopher, eu vou chamar a polícia!
– Chame, Dulce! Chame o Papa, a rainha Elizabeth... Chame quem quiser, mas me deixe falar! – Mais socos na porta. – Me deixe falar, caramba!
– Você está me assustando! – Retruco.
E não existem respostas. Não existem batidas na porta nem ruído de passos e nem o fungar do seu nariz.
Lentamente apanho uma cadeira e a coloco contra a maçaneta da porta, caso ele não tenha ido embora.
Espero de braços cruzados e mordo a ponta dos dedos.
– Dulce?
Droga! Por que ele não desiste de uma vez? Agora que não abro essa porta mesmo! E se o Christopher está
armado? E se ele estiver sofrendo de algum distúrbio? Desculpe, querido, você pode ser o deus grego, mas eu não costumo dar a minha cara para bater por aí.
Faço qualquer coisa, menos abrir a porta. Torço para que ele esteja bêbado e que tudo isso, toda essa confusão que está verdadeiramente me assustando seja apenas um blefe dele. Sei lá.
– Hum? – Respondo.
– Não vai mesmo abrir a porta?
– Não, Christopher, vai pra casa.
– Tudo bem então. – Suspiro aliviada. – Isso significa alguma coisa? Significa que você nunca mais quer me ver?
Sim, é isso. Você é um cara esperto Christopher, eu nunca mais quero te ver.
– Talvez.
– Oquei, então vou passar a noite aqui sentado até que resolva abrir a porta e falar comigo. Eu não fiz isso de propósito.
– Melhor você ir para casa.
– Já está decidido.
Coloco as mãos na maçaneta. Não vou abrir a porta. Não vou abrir. Não vou!
– Faça como achar melhor – digo.
Vou até a minha cama com a certeza de que ele não irá cumprir a sua promessa, não enquanto chove lá fora e faz um frio terrível. Porém, lá está aquela coisa em minha mente, aquela que diz que eu estou sendo má e que talvez ele ainda esteja lá, no frio. Tudo porque não quero abrir a porta.
A verdade é que esta noite será bem longa, e é certo que mal fecharei os olhos.
Abro meus olhos quando ouço o meu celular tocar. Viro para o lado, apanho o celular e o levo até ao ouvido.
Ainda estou grogue. Não. Estou destruída como se um carro tanque tivesse passado por cima de mim durante a madrugada.
– Alô?
– Dulce? Você não vai acreditar!
É a Ana. Conheço essa voz em qualquer lugar. Ergo meu corpo magro e coço a cabeça com os olhos fechados.
– Em...?
– Bem, sabe aquela festa? Aquela fechada, que parece pertencer a alguma irmandade e que nunca fomos convidadas?
Sim, sei. Ela fala da famosa irmandade Secret Five. Na verdade não é tão famosa assim, mas todos que ouvem falar dela simplesmente ficam loucos para ir. Alguns até, julga-se de passagem, venderiam sua alma para entrar lá. Nunca fui lá, como já devem saber, mas tenho bastante curiosidade. Dizem que é lá onde os caras mais lindos e ricos da cidade se encontram, assim como as garotas lindas, ricas e gostosas. Enfim, para entrar lá você tem que ser convidado por alguém pertencente à irmandade, ou nada feito. Não há venda de pulseiras, ingressos ou coisa do tipo. Só doação.
– Secret Five? – Digo em forma de pergunta, certa de que não estou errada. Nunca esqueço nomes.
– Isso, Secret Five! – Volto a deitar. – Então, consegui alguns passaportes.
– Como você conseguiu?!
– Com o Nêmias! – Ela diz como se o seu namorado fosse um astro da TV. – Bem, quer dizer, ele conseguiu com um amigo que é mirchê, aquele que eu disse ser uma má influência. Mas na verdade não importa quem ele é. O importante é que vamos conhecer a famosa Secret Five!
Processo em minha mente a palavra mirchê. Quero perguntar para a Ana o que significa mirchê, embora algo em mim grite e diga que, sim, eu já ouvi esse nome em algum lugar, sei o significado e só não estou ligando o nome ao sinônimo.
– Não é demais?!
– Sim, com toda a certeza.
Averdade é que agora morro de medo. Afinal, todo mundo sabe que esses tipos de fraternidades não são lá lugares a serem frequentados, por mais tentador que seja... É como se de repente você estivesse vendendo a sua casa por um pouco de prazer e, depois, quando o delírio chegar ao fim, você percebe que trocou o certo pelo duvidoso e agora você não tem nem prazer nem casa.
Mas quero me arriscar!
– Que horas?
– Às vinte e três horas.
– Não dá, tenho trabalho amanhã.
– Ah, Dulce, não seja puritana! Você já mentiu antes. Não será a primeira vez que você ligará para o seu trabalho para dizer que não está se sentindo muito bem. Foi a nossa professora quem disse que é melhor ficar em casa do que ir trabalhar e fazer merda.
– Tudo bem, você venceu.
– Ótimo! Tomei a liberdade e liguei para o Derek. Ele também topou, ou seja, todos querem desvendar o mistério da Secret Five, não é verdade?
– Sim. Quantas pulseiras conseguiu?
– Dez! Não é fantástico?!
Sim, é tão fantástico que já não aguento mais tanto ponto de exclamação nas frases da Ana.
– Fico me perguntando como esse amigo do Nêmias conseguiu tantas pulseiras assim...
– Digamos que ele já dormiu com várias garotas do Secret Five.
– Claro, claro... – Então, vou indo. O Derek passará no antro um pouco antes das onze, oquei?
– Oquei, obrigada. Tchau, Ana!
Desligo e celular e fecho minhas pálpebras louca para tirar um cochilo, o que não acontece. Logo me levanto, calço minhas pantufas e corro para a porta. Alec. Ele prometeu que passaria a noite lá fora se eu não abrisse a porta, e eu não abri. Com a chuva que deu, é obvio que ele não seguiu a promessa. Se bem que nem sei se foi uma promessa...
Abro porta e ajusto os meus olhos à claridade. Olho para o chão, para o meu carpete surrado que diz “bem-vindo” e... Ele está lá. O Christopher está deitado no meu carpete!
Fico horrorizada e não sei se acho isso lindo ou ridículo mas, pelas palavras que estão prestes a sair da minha boca, é muito provável que eu ache ridículo.
– Você é mesmo um idiota. – Sussurro.
Ele abre os olhos e os focaliza em mim... Christopher sorri rapidamente e se levanta. O cheiro que exala dele é de roupa suja.
Dou de ombros e caminho para o interior do antro enquanto ele me segue feito um cachorrinho bem adestrado.
Gosto disso.
– Pensei que nunca mais abriria essa porta, Dulce...
– Engraçado, pensei a mesma coisa – murmuro sem entusiasmo.
– Olha, sei que está chateada comigo e tudo mais...
– Você me deixou com cara de tacho.
– Sei disso, você foi bem explicita ontem à noite. Só quero que me desculpe. Não tive a intenção de deixar você esperando. Para ser sincero, eu queria esse jantar, eu quero esse jantar mais do que tudo na vida.
Reviro os olhos porque toda esta conversa me dá uma canseira danada. Ops. Espera aí! Ele disse que quer esse jantar mais do que nunca? Isso é um segundo pedido? Aceito. É claro que não terá outro jantar!
– A verdade é que eu posso explicar o que aconteceu.
– Tudo bem, Christopher, águas passadas. Não quero saber de nada, não quero ouvir conversas
esparramadas, não quero que me conte que acabou salvando uma velhinha de ser atropelada e que passou a noite contando historinhas para que ela não se sentisse sozinha, tá legal?
– Dulce...
– Não quero conversar com você sobre o que deixou ou não de acontecer ontem... – Serro os punhos e mordo os lábios com força, com raiva.
– Ah, Christopher, você é tão imaturo!
Ele sorri daquele jeito, aquele que vocês se lembram bem, aquele sorriso que me desmonta e me rende. Porém dessa vez eu não me rendo, ou pelo menos acho que não porque não faço nada a não ser ficar muda.
– Ótimo, estamos quites porque você também não me parece madura, principalmente usando essas pantufas do Bob Esponja.
Olho para as minhas pantufas e me pergunto se ele me acha uma cafona. Fico envergonhada. Sei que não deveria, mas estou completamente envergonhada e não quero prolongar essa discussão boba sem destino algum.
– Acho melhor você ir para casa, Christopher.
– Não, eu não acho.
Christopher vai até a porta e a fecha. Volta-se pra mim, coloca suas mãos na cintura e eu me derreto como
manteiga numa frigideira fumegante.
– Quero te contar uma coisa, algo que acho que deve saber...
– Já disse que não quero ouvir, caramba! – Grito. Sou uma menina do colegial. – Aliás, que ideia ridícula foi aquela de ficar gritando o meu nome e batendo na porta? Você me assustou, sabia?!
– Essa era a intenção, sua patricinha mimada!
– Seu idiota cretino!
– Sua... Ah, deixa pra lá!
“Deixa pra lá, deixa pra lá...”
O Christopher avança em minha direção e me toma em seus braços fortes e hábeis. Deixo um grunhido sair
dos meus lábios, um arfar de desejo. Meu coração bate em descompasso... Será que é assim? É assim que nos sentimos todas as vezes que estamos prestes a beijar alguém?
E então eu me lembro de uma coisa.
– Sem chance! Não vou beijar uma boca que deve estar com gosto de cabo de guarda-chuva!
Ele sorri. Sou desconectada dos seus braços e levada ao chão com um tombo surdo.
– Você tem toda a razão, Dulce, como sempre!
Grito! Grito porque queria que ele me beijasse com ou sem gosto de cabo de guarda-chuva. Eu estava
esperando por isso, vocês estavam esperando por isso. Se isso fosse um filme, se eu fosse a atriz principal e ele o meu príncipe, ele me beijaria e eu também não comentaria nada. Apenas o beijaria em troca. Tudo bem, não tenho culpa se a minha língua é mais forte do que os meus pensamentos.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Levanto-me como uma fera indomável. Apanho a primeira coisa que vejo, um gato horroroso rosa de porcelana que ganhei num certo amigosecreto, e o atiro na direção do Christopher, o qual se esquiva e deixa o gato se espatifar contra a porta. Ele arregala seu belo par de olhos e por fim diz alguma coisa. – Sua louca! – É, isso ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 64
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stellabarcelos Postado em 14/01/2016 - 06:55:27
A história foi tão linda! Linda e surpreendente! Nada mais lindo do que ler sobre o amor de verdade. Amei
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maianamr Postado em 13/12/2014 - 10:50:12
Ameeeei a fic, muito linda *---* parabens
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vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 00:03:58
Parabéeeens mana, mais uma fic maravilhosa sua que eu acompanhei! *-----* Tu é bandida menina, foi tudo tão perfeeeeito, o casamento, eles dando entrevistas, os babys vondy .. Aaaaawn, sou sua fã amiga, tu sabe né? Mas não vou ficar falando muito não porque seu ego cresce demais ai ja era pra mim KKKKKKK Parabéns amiga, te adoro muito doidinha <3 Até a proxima fic! u.u
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juhcunha Postado em 18/09/2014 - 23:38:31
poxa acabou to triste por te acabado mais feliz porque no deu tudo certo sua web foi maravilhosa Ei qual vai ser sua outras web ????
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vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 17:40:21
Sério, é muita tragédia pra dois capitulos e o pior, que ao invés de me emocionar com o discurso dela no teatro, eu quis rir da situação KKKKKKKKKK! E ela e o Derick? PQP, os doidos não conseguiam manobrar um carro, meu Deus! Nãaaao, Chris não pode ir embora :/ Diz que ele fugiu do avião e viu a Dulce sendo levada pelos seguranças! :/ Pleaaaase!
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gabivondy Postado em 18/09/2014 - 08:39:54
tadinho do christopher tudo que ele sofreu chorei serio que ele foi embora eles tem que ficar juntos :(
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vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 22:40:46
Gzuis, tadinho do Christopher, pqp , que história mais triste :/ Sofri horrores com ele contando a história dele, te falei ne? Nossa, espero que ele e a Dul se resolvam, porque ela é a unica felicidade dele tadinho :/
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juhcunha Postado em 16/09/2014 - 20:22:25
coitado do christopher sofreu muito posta mais quero saber o que vai acontece com eles
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vondyh Postado em 16/09/2014 - 19:38:15
continua
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nandafofinha Postado em 15/09/2014 - 15:15:39
Nossa nem sei o que disser to branca igual papel kkkkkkk POSTA MAIS