Fanfics Brasil - 15 Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA

Fanfic: Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA | Tema: DyC Romance e hot


Capítulo: 15

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Empurro a sua mão.


– Vamos lá, Christopher, o que você está fazendo aqui?


– Tudo bem, Dulce. Eu vim aqui porque precisava te ver, porque preciso te beijar, porque preciso te levar para cama porque só consigo pensar em como deve ser você debaixo dessa camisola – seus dedos puxam a alça da minha camisola a fim de poder expor os meus seios.


– Não seja tão pervertido! – Estapeio a sua mão.


Eu devo ser literalmente uma vadia porque a vontade que tenho é a de arrancar a camisola, a roupa dele... A vontade que tenho é a de que ele me domine, que exploda cada célula do meu corpo de tanto prazer e delírio.


– Mas, como sei que isso ainda não será possível, vim para a nossa primeira aposta. Não achou que estava blefando, achou?


Não porque sei que tudo o que ele diz é verdade. Ele não entra em um jogo apenas por entrar e, olhando-o sem esse sorriso, penso que o Alec é a pessoa mais transparente que eu já encontrei na vida e ao mesmo tempo a pessoa mais assustadora, capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer. Ele é um jogador nato, e eu uma aspirante.


E agora estou com medo.


– Não podemos esquecer o que aconteceu ontem?


– Claro que não. Você me desafiou, Alice, e eu te desafiei. Não acredi- to que está dando para trás!


Onde está aquela garota de ontem? Aquela determinada? Ou aquilo foi tudo ciúmes?


– Ciúmes? – Abro a boca indignada. – Você é um cretino, Christopher! Você joga sujo cara! Por que diabos
eu estaria com ciúmes?


– Calma aí, pantera, falei brincando... Quer dizer, foi parcialmente brincadeira. A aposta ainda está de pé, e agora é questão de honra fazer com que você se apaixone por mim... Sabe como me sinto agora, Dulce? Como um treinador de cavalo que acaba de receber em seu aras uma égua indomável e que ele não consegue pensar em outra coisa a não ser mostrar para esta égua que ela pode sim ser domada, pois todo animal que se preze é domado por alguma coisa ou um alguém.


– Não acredito que está me comparando a uma égua.


– Deveria se sentir lisonjeada. Em minha mente se passaram várias outras coisas ofensivas e a égua foi a coisa mais amável que consegui dizer.


Penso duas vezes antes de dizer qualquer coisa porque não sei como o Christopher tem o dom de estragar
tudo... Só que ai ele pega em seus longos dedos uma mecha do meu cabelo que está solta e a enrola.


É ai que me esqueço de toda a sua petulância... Somos duas pobres crianças que não têm nada neste mundo a não ser um ao outro.


– O que foi? – Ele pergunta.


– Nada. – Respondo. – Quer dizer, só estou me perguntando como você consegue ser irritante e amável ao mesmo tempo.


– Acredite se quiser, você é a única que consegue despertar essas duas coisas em mim simultaneamente.


Não sei o que responder porque quero muito pegar este nosso momento e guardar no bolso. Tenho a sensação de estar arfando por dentro. Quero chorar, quero rir, quero outros momentos como este.


Depois disso vem o farfalhar da jaqueta dele provocada pela nossa aproximação. Christopher toma o meu
rosto em suas mãos e ele vai me beijar dessa vez.


Eu o empurro.


Sei que todos esperam por este beijo, eu principalmente, mas se alguém parar para analisar, o nosso
envolvimento pode sim dizer que estamos indo rápido demais. O Christopher não é o tipo de pessoa que eu
deveria me apaixonar. Sei disso porque tem algo dentro de mim que grita vorazmente quando penso nessa questão. Eu o quero para mim, só que não quero sofrer. Não quero acabar como nos filmes: arrasada, destruída e mutilada. Desejo alguém que me ame de verdade e não tente me seduzir para ganhar uma aposta sem pé nem cabeça.


– Acho melhor você ir para casa – digo notoriamente balançada.


– Não posso, tenho uma aposta para cumprir. Quer dizer, nós temos.


– Não pode estar falando sério.


– Olha, Dulce, você sabe que não estou brincando e também não vou para casa porque nós temos que ir agora.


– Nós?


– É, você e eu. Hoje está acontecendo um racha e é para lá que vamos agora.


Desço da CBR 600F do Alec e mal posso sentir as minhas pernas. As pessoas estão espalhadas.


Enfio as mãos nos bolsos traseiros da minha calça jeans e o vento assopra o meu cabelo. Falta fluxo de sangue em mim. Minha boca está seca e esse lugar me assombra.


Mulheres sensuais de short jeans curtos e botas pretas andam de um lado para o outro. Elas são
determinadas e ousadas. Posso sentir isso enquanto as observo e tenho a impressão de que nunca, em toda minha vida, vi mulheres como essas. Também tem os homens em cima de suas motos turbinadas, jaquetas de couro e cabelos desgrenhados. A vontade que tenho é de sair desse lugar o mais depressa possível, mas não tenho coordenação motora suficiente.


– Christopher? – Consigo dizer.


– Sim?


– Quero ir para casa... Isso é...


Não consigo dizer nada e tudo o que ouço é o roncar das motos e o som dos pneus cantando no asfalto. Sinto-me desesperada!


– Não vai amarelar agora, não é, Dulce?


– Rachas de motos são ilegais!


Ele me lança um olhar condenatório e sou golpeada constantemente pelo medo.


– Você acha que não sei disso? Hum?


– Mas... As pessoas morrem com essa prática idiota! Alec, será que não percebe que isso é surreal?


É idiota? É a mesma coisa que colocar a arma na cabeça e apertar o gatilho!


– Pensei que soubesse disso quando aceitou participar do pega!


Algo em meu subconsciente dá um clique.


– Quando você diz “participar do pega”, o que você quer dizer necessariamente?


Ele ri meio zombeteiro.


– Que vai sentar na minha garupa e participar, oras!


– Não!


– Ah...


– Não!


– Eu é que não acredito que uma pessoa vem no submundo dos rachas de ruas e não tem coragem de subir em uma moto.


– Sério, Christopher, não pode me obrigar a fazer isso. Nem mesmo sei por que vocês fazem uma loucura
dessas!


– Adrenalina! Pura adrenalina!


Ele dá um tapinha na moto.


– Então, você vem?


Penso bastante a respeito e é claro que não vou. Não posso ariscar a minha vida por conta de uma aposta boba e barata! Isso é ridículo! Quero ir para casa ou ir até a polícia e denunciar toda esta zona! Enquanto milhares de pessoas dormem, esses caras simplesmente arriscam não só a vida deles, mas também de outras pessoas.


– Claro que não!


– Ótimo. Prepare-se para cumprir a sua prenda!


Rio.


– Você não explicitou o que eu tinha de fazer! Todos estão de prova que você só me desafiou a vir aqui, e não a montar, oquei? E agora me leva pra casa, por favor.


– É a sua palavra conta minha. Acha mesmo que aqueles caras do Secret Five vão perder a oportunidade de te ver nua?


É então que percebo que o Alec, literalmente, não presta! Ele não sente nada por mim de verdade. Os beijos que trocamos, os beijos que iríamos trocar, a maneira como ele enrola o meu cabelo em seus dedos é tudo um truque para me conquistar. Sou uma idiota, sou uma presa fácil que não sabe jogar!


– Eu te odeio, Christopher! – Murmuro. – Me leva para casa!


– Dulce, não banque a fracassada agora. Puta merda!


Sinto a raiva dominar o meu ser e, quando percebo, dou um tapa no rosto do Christopher com o intuito de
acordá-lo. Quero fazê-lo enxergar que essa aposta não importa e que ele também não precisa arriscar a sua vida e, o mais importante:


– Eu não sou uma fracassada! Você que é um babaca inconsequente! Você e todos esses caras! Estou
completamente farta desse seu joguinho, dessa ideia de ficar constantemente achando que sou fraca!


O que pretende com isso, Christopher? O quê?


Ele me olha com seu belo par de olhos e me soa misterioso.


– Leva-me para casa – suplico como uma boa menina. Christopher morde o lábio inferior e liga sua moto
turbinada.


– Acho que deve saber o caminho de casa!


E ele acelera. Os pneus cantam no asfalto e eu fico sozinha (ou quase isso). Já se passa de uma da manhã.


Apanho meu celular no bolso da calça e nada. Sem sinal. Sinto que vou chorar. O Christopher não tinha o direito de me deixar sozinha aqui nesse lugar...


Ouço uma moto vir a toda velocidade em minha direção e rapidamente cambaleio para trás, caio no chão.


Minhas mãos doem por conta do impacto e a esta altura minha respiração ultrapassa o seu limiar.


Levanto do chão e limpo as mãos na calça jeans. Passo por alguns caras que fumam cigarro e forçam as suas máquinas movidas a óxido nitroso roncar sem sair do lugar.


A impressão que tenho é a de estar perdida no inferno. Há motos e pessoas em todos os lugares e posso supor que a maioria dessas garotas aqui são garotas de programas.


Risos.


– Não errou o caminho não, ô patricinha?! – Pergunta uma mulher com um delineador super forte e com cara de raposa, digo, de rosto anguloso.


Passo rapidamente meu foco nela e no seu pequeno grupo enquanto ando. Não existe ninguém aqui neste lugar que pareça confiável e que possa de alguma maneira me tirar desse mundo sombrio e obscuro.


– Ei, vem cá, gostosa! – Grita um cara.


Adianto meus passos e faço uma oração mentalmente porque não sei como caí nessa cilada, assim como não sei quando virei essa mulher inconsequente e idiota que só consegue pensar num idiota maior ainda e que ainda faz rachas de motos arriscando a sua vida por adrenalina.


Controlo a onda de desespero que me invade. Dou um passo de cada vez. O Christopher não tinha o direito de me trazer aqui e me abandonar. Todas essas pessoas me dão um torpor e tudo o que desejo no momento é estar em minha cama.


Ouço o roncar das motos e uma gritaria. A multidão migra rapidamente para onde uma voz brota do alto falante.


– Vai começar a corrida! Vamos lá, pessoal!


As motos roncam. Passo pela multidão e empurro alguns corpos que se espremem para assistir à esperada corrida. Procuro pelo Christopher e não o vejo, tampouco a sua moto. Como não sei bem o que fazer, paro onde estou e cruzo os braços.


– Primeira vez aqui? – Pergunta um cara de cabelo a escovinha e barba por fazer.


Penso se devo responder e, no meio de todo o meu desespero interior, esse cara me parece ser a única pessoa em quem posso contar.


– Sim – e sinto a minha voz oscilar.


– Isso explica as roupas – ele sorri para mim. – Está com medo?


Não respondo.


Finalmente avisto o Christopher posicionando a sua moto. Ele parece sereno. Nem parece que minutos atrás
abandonou uma garota que não queria estar aqui e que veio só para cumprir uma aposta barata. Ele coloca sua luva preta e leva um medalhão até a boca.


– Com quem você veio, gata? – O cara me pergunta, quebrando meu mundo.


– Com aquele cara ali – digo e aponto na direção do Christopher.


As garotas estão todas alvoroçadas à procura de uma garupa para poder não só sentar como também empinar seus traseiros.


– O Christopher?


– É. – Concordo com a cabeça. – Você o conhece?


O cara ri com uma cara de “e ainda você pergunta?”.


– Todo mundo aqui conhece o Christopher... É engraçado porque é a primeira vez que ele traz uma garota
como você aqui.


– E o que significa uma garota como eu?


– Ah, você sabe... Todas as outras sempre me pareceram ousadas e loucas por encrenca e você...


Bem, você parece um ratinho assustado após ser jogada numa jaula com cem gatos.


Não digo nada porque é exatamente assim que me sinto. Sou um bicho acuado. Foi legal conversar com esse cara, pois pelo menos descobri que Christopher traz outras garotas aqui.


– O que acontece se a polícia aparecer?


O cara ri e chupa os dentes enquanto me olha com curiosidade.


– Se a polícia aparecer você corre. Se eles te pegarem, você está ferrada porque eles não costumam aliviar.


Não sei se te explicaram, mas racha de rua dá cadeia, mina. Na hora é cada um por si. Já vi pessoas atropelarem outras só para fugir. Ninguém quer ser preso. Isso é bem constante. Aposto que eles já estão a caminho.


Meu Deus, no que me meti?! O sangue do meu corpo parece se tornar água e sei que se me olhasse no
espelho agora, estaria tão pálida quanto uma lombriga.


– Então, não vai subir numa garupa?


– Não...


– Mas você é novata! Todos os novatos têm que passar por um ritual para provar que merece, de verdade, estar entre nós.


Quero dizer a ele que não mereço, muito menos quero estar entre eles.


– Acho que não.


O cara leva as mãos até a boca e improvisa um alto-falante e começa a gritar algo. Algo este que me parece insuportável de ouvir.


– Ei, pessoal! Temos uma novata aqui! Ela tem ou não tem de montar numa garupa?


Ouço a vibração das pessoas e meus joelhos tremem. Não sei se é o frio ou puro medo. Serro minhas mãos em punhos pronta para socar essa besta que me dedurou. Porém me controlo porque não quero ser lixada por essas pessoas psicóticas e algumas até drogadas.


Queria que o Derek estivesse aqui. Queria muito que ele me ajudasse a sair dessa cilada... Com certeza ele teria uma carta na manga. Agora tem uma multidão ensandecida olhando para mim e dando guinchos de felicidade doida para me jogar na fogueira.


Sou vencida. Eles me puxam para as motos enfileiradas e, sincera- mente, não sei exatamente quantas motos turbinadas existem ali porque tem uma película d’água impossibilitando-me de enxergar direito, assim como os gritos que não me deixa raciocinar uma argumentação.


Vejo uma garota beijar o Christopher e, como sempre, ele corresponde. Ela diz alguma coisa no ouvido dele
enquanto eu finalmente paro.


– Vamos lá, garotas, sentem em suas garupas porque é hora de radicalizar!


As garotas rapidamente se movimentam e encontram seus parceiros. Vejo a garota que beijou Christopher se
sentar na garupa dele. Vaca!


Lanço uma olhadela para o Christopher e ele não sorri para mim. Em vez disso, me encara com curiosidade só por uma fração de segundos. Não quero ser a garota certinha porque não sou; não quero ser essa garota frágil e que aparenta ser inocente.


– Três! – Grita a voz no alto-falante.


Se eu correr o bicho pega, se eu ficar o bicho come. Engulo em seco e subo na garupa de um desconhecido e agora sou oficialmente uma desconhecida dentro do meu próprio corpo.


– Dois!


Duas mulheres seguram as bandeiras em suas mãos como em Velozes e Furiosos. Aperto meus braços ao redor da cintura do cara e noto que ninguém usa capacete.


Estou me atirando na boca da morte, posso sentir. Minha respiração é excessiva e por mais que eu não queira colar o meu rosto contra o desconhecido, é isso que faço, além de, é claro, apertá-lo ainda mais. Ancoro-me ao seu corpo porque não quero cair.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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– Um! As bandeiras dançam, as mulheres se agacham e os motores roncam simultaneamente. O mundo passa depressa quando a moto sai do lugar. Aperto os meus olhos com tanta força que penso que as minhas pálpebras nunca mais se abrirão de tão coladas que estão. Em meu peito o coração bate depressa e nun ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 64



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  • stellabarcelos Postado em 14/01/2016 - 06:55:27

    A história foi tão linda! Linda e surpreendente! Nada mais lindo do que ler sobre o amor de verdade. Amei

  • maianamr Postado em 13/12/2014 - 10:50:12

    Ameeeei a fic, muito linda *---* parabens

  • vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 00:03:58

    Parabéeeens mana, mais uma fic maravilhosa sua que eu acompanhei! *-----* Tu é bandida menina, foi tudo tão perfeeeeito, o casamento, eles dando entrevistas, os babys vondy .. Aaaaawn, sou sua fã amiga, tu sabe né? Mas não vou ficar falando muito não porque seu ego cresce demais ai ja era pra mim KKKKKKK Parabéns amiga, te adoro muito doidinha <3 Até a proxima fic! u.u

  • juhcunha Postado em 18/09/2014 - 23:38:31

    poxa acabou to triste por te acabado mais feliz porque no deu tudo certo sua web foi maravilhosa Ei qual vai ser sua outras web ????

  • vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 17:40:21

    Sério, é muita tragédia pra dois capitulos e o pior, que ao invés de me emocionar com o discurso dela no teatro, eu quis rir da situação KKKKKKKKKK! E ela e o Derick? PQP, os doidos não conseguiam manobrar um carro, meu Deus! Nãaaao, Chris não pode ir embora :/ Diz que ele fugiu do avião e viu a Dulce sendo levada pelos seguranças! :/ Pleaaaase!

  • gabivondy Postado em 18/09/2014 - 08:39:54

    tadinho do christopher tudo que ele sofreu chorei serio que ele foi embora eles tem que ficar juntos :(

  • vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 22:40:46

    Gzuis, tadinho do Christopher, pqp , que história mais triste :/ Sofri horrores com ele contando a história dele, te falei ne? Nossa, espero que ele e a Dul se resolvam, porque ela é a unica felicidade dele tadinho :/

  • juhcunha Postado em 16/09/2014 - 20:22:25

    coitado do christopher sofreu muito posta mais quero saber o que vai acontece com eles

  • vondyh Postado em 16/09/2014 - 19:38:15

    continua

  • nandafofinha Postado em 15/09/2014 - 15:15:39

    Nossa nem sei o que disser to branca igual papel kkkkkkk POSTA MAIS


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