Fanfics Brasil - 24 Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA

Fanfic: Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA | Tema: DyC Romance e hot


Capítulo: 24

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– Culpada. Melhor eu vestir uma roupa.


Dou de ombros e visto uma camisola. Arranco os sapatos e as meias sem entender por que ele não ficou nem um pouco constrangido. Se bem que eu sei que ele me quer e fico grata por eu ser mulher, pois seria traída pelos meus desejos há muito tempo. Afinal, tenho a plena certeza de que neste momento as minhas gônadas estão literalmente atacadas. Afasto da minha mente esse desejo insano de ter o Christopher porque não quero ficar mol- hada.


Sento-me no sofá e o Christopher volta com um bule de água, sachês de chá e bolachas. Faço uma careta.


– Cara, você me surpreende! Não sabia que gostava de beber chá.


– Faço esse pequeno sacrifício quando o assunto é a minha namorada.


O.Q.U.E.I. Meus pensamentos dão uma estancada brusca com o que acabei de ouvir. Cala a boca! Ele disse isso mesmo? Nem pensar. As últimas palavras foram criadas pelo meu subconsciente maluco.


Mentira, ele disse o que disse. Tenho plenitude disso.


– Para quantas namoradas você já fez esse chá?


– Nenhuma, pois nunca tive uma namorada antes de você.


Rio e atiro uma almofada em sua cabeça.


– Desculpa te decepcionar, mas tenho que te dizer que continua no zero a zero. Não sou sua namorada, Christopher.


– Porque não quer.


Ops. Ponto para o Christopher por me deixar mais uma vez sem o que dizer. É isso mesmo que acabei de
ouvir? Poderia eu considerar isso um pedido de namoro? Vai saber.


– Que estranho – digo de modo a apaziguar a situação. – Quantos anos você tem mesmo?


– Vinte e um.


– E por que nunca teve uma namorada?


– Porque eu nunca quis. Nenhuma se encaixava no que eu queria até conhecer você, e você é hoje tudo o que eu mais quero, Dulce.


Eu queria dizer o mesmo, porém não tenho essa mesma audácia de dizer simplesmente o que sinto ou o que quero dele. Levanto do lugar onde me encontro e encho uma xícara com água quente. Enfio o sachê de camo- mila dentro da água e esta logo adere ao papel tingindo-se pouco a pouco de um amarelo fraco.


Enquanto beberico o meu chá, sou assistida por um belo par de olhos sedentos por mim. Isso é quase
triunfante.


– Tudo bem, Christopher, como posso saber que tudo o que me diz é verdade e que não está brincando com os meus sentimentos por conta da nossa aposta?


– Nada. Só precisa confiar. Além do mais, não tenho culpa se você apostou essa coisa de fazer com que você se apaixone por mim. Não tenho mesmo culpa.


Vejo o gato do Shrek nos olhos do Christopher e ele se ajoelha diante de mim. Tira a xícara das minhas mãos e a coloca em cima da mesa de centro. Sou atingida pelas insinuações da Ana.


– Isso não vai dar certo, Christopher, nem ao menos te conheço. Sinto que me esconde algo e todo mundo
sabe o que é.


– Eu sei, eu sei, já conversamos sobre isso. Eu vou te contar quando chegar a hora e quando eu souber que não vai me recriminar ou me julgar. Eu gosto de você, mas preciso que confie em mim.


Você confia em mim, Dulce?


Apesar de estar confusa com os meus pensamentos – uma mistura das indiretas da Ana com as súplicas do Christopher - eu simplesmente concordo com a cabeça.


– Sim, confio. – E é verdade. Noventa por cento do que sou confia nele e segue piamente a certeza de que o Christopher não irá me machucar, pelo menos é o que discorda o dez por cento que sobra de mim.


Esse dez por cento me induz a dizer: - Eu confio em você, mas você não confia em mim.


– Eu confio em você, só preciso de tempo para arrumar meus pensa- mentos. Quero que acredite pelo que eu sou, Dulce. Pelos homens e mulheres e por todas as estrelas que existem no céu, o que sinto por você é de verdade. Não serei um louco se disser que te amo hoje, que te amarei amanhã e depois.


Você é minha e eu sou seu.


Aqui me encontro ouvindo o que sempre sonhei escutar de um homem e já não me importo com nada.


Nada de apostas e segredos. Eu quero o Christopher mais do que qualquer coisa do mundo! Sorrio e ele logo me beija. Primeiro é algo lento, duas bocas que se encontram, e sei que ele está pedindo permissão. Ele quer saber se é isso o que eu quero. Confirmo ao abrir os meus lábios junto aos dele enquanto suas mãos pousam em minha nuca. As pontas de nossas línguas se encontram numa dança maluca de fogo e desejo. Ele me beija, eu o beijo. E isso nunca vai acabar. Não quero que acabe porque não sei como passei tanto tempo da minha vida sem experimentar essa coisa louca.


Estou sem respiração. Sinto como se Christopher estivesse sugando a minha alma. Ele para, olha para mim e
sorri. Retribuo o riso e ele me beija de novo. Deita o meu corpo no sofá e logo se posiciona por cima de mim, deixando-me com a leve sensação de que serei esmagada.


Ele se levanta e me carrega até a cama onde nos beijamos mais e mais. Não permito irmos até o fim, pois não é a hora, mas o Christopher parece não se importar. Sinto-me culpada porque mais uma vez sinto seu pênis pressionar o meu corpo sem poder sair de seu casulo.


Mais tarde, quando estamos envoltos na cama, ele me abraça por debaixo do cobertor com a sua respiração quente em meu ouvido. Perguntame:


– Ainda não me respondeu por que estava chorando.


– Não é nada de importante. Fico assim várias vezes. É comum, você acaba que se acostumando.


Ouço um grunhido e a minha garganta se aperta ao imaginar que estou mentindo, que não estou dizendo a verdade. Ao contrário do Christopher, quero contar tudo para ele. Exatamente tudo.


Minutos depois do silêncio resolvo me pronunciar.


– Minha mãe foi embora quando eu tinha sete anos. Por favor, não me pergunte por que, pois não sei de verdade. E eu tenho uma irmã gêmea chamada Belle.


O edredom farfalha quando o Christopher se movimenta para ficar cara a cara comigo. Deus, ainda não me acostumei com a demasiada beleza dele vista de tão perto.


– E onde está a sua irmã?


– Foi com a minha mãe. É isso. Fui abandonada aos sete anos pela minha própria mãe e ela levou a minha irmã gêmea. Depois disso eu nunca mais ouvi falar delas e às vezes choro porque não consigo entender por que não fui eu a escolhida.


Limpo a garganta por conta da minha voz embargada e sinto a película d’água se formar em meus olhos.


– A minha madrinha, a mulher quem me criou, disse que a minha mãe escolheu a Belle porque era a mais frágil. Ela precisava escolher uma das duas para ser a sua companheira, mas... Mas não passou pela cabeça dela como eu ficaria? Que eu também tenho sentimentos? Que eu era só uma criança?


Deus!


Estou chorando. Voluptuosas lágrimas despencam dos meus olhos e necessito bater em alguma coisa.


– Ela não me amava, é isso? - Sussurro.


O polegar do Christopher dança em minha bochecha que pega fogo. Ele me abraça, aperta meus braços contra o seu peito nu.


– Não fica assim, Dulce, por favor. Simplesmente não sei o que fazer quando uma mulher chora,
principalmente você.


– Você acha que algum dia a minha mãe cogitou voltar? Que a Belle sente a minha falta tanto quanto sinto a sua ausência todo este tempo? Elas ainda se lembram de mim? Amam-me?


O que eu queria de verdade era arrancar essa dor do peito, essa lembrança de que um dia eu tive uma família.


Não uma família totalmente feliz, mas as lembranças que possuo são... Fortes demais, verdadeiras demais.


Reais.


– Eu, hum... – Ele não sabe o que dizer. – Hum... Eu te amo por todas as pessoas do mundo.


Apesar de não sentir autoconfiança no que ele acaba de dizer, eu permito-me sorrir e beijá-lo. É um beijo salgado e cheio de sons por conta do silêncio ensurdecedor.


– Olha que acredito.


Ele sorri, mas logo desfaz seu belo sorriso.


– Você nunca procurou por elas?


– Não. A minha madrinha disse que não seria legal e que eu não as acharia e, antes que me pergunte, a minha madrinha morreu tem um tempo. Desde então, tem sido apenas eu. Quer dizer, o Derek é o meu irmão postiço.


Ele é muito mais do que isso. Ele é o meu anjo da guarda que nunca me deixa fraquejar, entende? Se estou onde estou hoje, é tudo por ele e pela madrinha.


– Queria ter cuidado de você antes, quando tudo aconteceu. Se bem que agora a vaca foi para o brejo de uma vez por todas porque me sinto ainda mais ligado a você. De uma forma ou de outra, a nossa história se interliga.


– Hum. – Como assim? – Você foi abandonado por sua mãe ou coisa do tipo?


– Mais ou menos. Tem um pouco a ver, sim. Não quero falar sobre isso agora. Não me sinto psicologicamente preparado para reviver o meu passado de uma vez, por isso estou protelando.


– Às vezes você me deixa meio que amedrontada e cheia das caraminholas. – Suspiro entediada. – Diga que não vai me deixar pensando besteira por muito tempo. Melhor, prometa para mim!


– Eu prometo, Dulce, por tudo o que é mais sagrado. Eu prometo. – Ele tira alguns fios de cabelo dos olhos. – Por acaso você não tem uma foto da sua mãe e da sua irmã por aí, tem?


– Sim, por quê?


– Curiosidade. Posso ver?


Levanto da cama e caminho descalça no chão frio até o guarda-roupa onde retiro uma caixa com fotos dentro.


Pego uma foto minha, da Belle e da minha mãe antes da partida das duas. Volto para a cama e entrego a foto ao Christopher.


– Sua mãe é muito bonita. Quanto à sua irmã e você, bem, não dá para diferenciar quem é quem.


Distraio-me explicando quem é quem e os detalhes que nos diferenciávamos. Conto histórias malucas da época em que eu era feliz – não que eu não seja hoje.


– E o seu pai, onde ele está?


– Meu pai morreu antes que eu me entendesse por gente, o que é um bônus e um ônus. Talvez, se ele
estivesse vivo, a nossa família não seria dividida assim... Ou ele podia ter ido com a minha mãe e a Belle, enfim.


– Você acredita em Deus, Dulce?


– Sim, claro que acredito.


– Acredita que as coisas vão se ajeitar um dia e que este vazio que você sente aí dentro logo será preenchido por alguma coisa boa? Acredita que as coisas não acontecem aleatoriamente?


Levo uns segundos para pensar ou para raciocinar a ideia de ter um Christopher assim, um tanto religioso.


– Acho que sim.


– Então, Dulce, as coisas vão se ajeitar, acredite. Tudo o que passou, tudo o que você viveu, não foi em vão.


É tudo questão de tempo para perceber isso.


Ele pula da cama e vai até a sala. Volta com o seu violão.


– Se eu cantar pra você, promete que vai arrancar essa carinha triste daí e nem vai criticar se eu desafinar?


Fico animada com a ideia.


– Prometo.


As cordas do violão vibram e logo a voz do Christopher ganha vida dentro do quarto monótono. Não preciso descrever o quanto ele é lindo cantando ou no quanto a sua voz é magnífica.


– “Agimos certo sem querer. Foi só o tempo que errou. Vai ser difícil sem você. Porque você está comigo o tempo todo e quando eu vejo o mar, existe algo que diz, que a vida continua e se entregar é uma bobagem...”


Perco-me na melodia...


Perco-me no Christopher...


Como sempre.


Sabe aquela sensação de que as coisas finalmente estão tomando seu caminho e que de uma maneira ilógica nada mais pode destruir esse sentimento dentro do seu coração moldado com o mais puro cimento?


Inquebrável. Pois é. É isso que sinto todos os dias quando acordo e encontro o Christopher deitado em minha cama.


Todos os dias eu o espero em minha cama. Às vezes ele tende a chegar um tanto tarde e mesmo assim eu o espero como uma boa esposa. Não me entreguei a ele ainda, apesar de suas insistências como se o meu corpo fosse algo que ele desejasse mais do que qualquer coisa no mundo. Sei o quanto é torturador querer e não poder, mas não quero tomar uma atitude que eu vá me arrepender. Sempre disse a mim mesma que seria deflorada pelo homem da minha. É um tanto banal. No entanto, qual garota nunca pesou nisso? A linha tênue que me separa delas é o fato de eu ser forte. O sexo é uma coisa que quero experimentar, claro, porém não é algo que está em primeiro lugar em minha vida ou em minha relação estranha com o Christopher.


Sim, deveras estranha. Não sei o que de verdade está acontecendo entre nós dois. Dormimos juntos,
passamos mais tempo juntos do que um casal de verdade, conversamos sobre tudo - até a quebra da bolsa de valores entre nós vira um assunto excitante para mim. O Christopher também não entrou no assunto
“passado”, tampouco entro no assunto, e confesso que ando perturbada com a sua história. Duas ou três vezes nesses sete dias que se passaram ele acordou suando, gritando e pedindo para que eu o abraçasse.


Cheguei a pensar que ele tremia. Eu não sei o que o Christopher esconde de mim, só sei que ele deseja muito esquecer.


A foto da minha mãe e de Belle também sumiu depois daquela noite. Já revirei todo o antro, assim como perguntei ao Christopher se ele não a colocou em algum lugar. A resposta foi negativa. Fiquei chateada e com um peso no coração porque aquela fotografia é a única que me fazia acreditar de verdade que a minha mãe me amava.


Quando não estou na faculdade ou com o Christopher, sempre estou com o Jonathan para ensaiar a nossa
cena, seja na praça ou na casa dele. Desses dias para cá, o Alec meio que anda chateado pelo fato de alguns caras me ligarem, embora eu diga que sejam apenas amigos da faculdade - esse assunto nos traz de volta ao que nós somos de verdade. Apesar do Christopher declarar seu amor por mim em tempo integral, não consigo pronunciar as três palavrinhas mágicas. É como se isso fosse uma altoblindagem porque, apesar de conhecê-lo cada dia mais, o meu interior diz que o Christopher não é o cara ideal por quem eu deva me apaixonar, mesmo que eu já tenha feito isso. Enfim, declarar de verdade é uma coisa, sentir é outra.


Todos devem me achar uma idiota por ter o cara mais lindo do mundo em suas mãos e não querê-lo – literalmente. Pois bem, então vou contar por quê.


Nesses últimos dias comecei a conhecer uma parte do Christopher que, se não conhecia, fechava os olhos
para não ver. Quer dizer, lá no fundo eu sempre soube que ele era um mulherengo e coisa tal. Posso tomar como exemplo aquele dia no Secret Five. A questão é que, ultimamente, seja no shopping ou na praça, não só as garotas, como mulheres (vulgo as coroas) têm dado uma olhadela a ele. É estranha a maneira como elas o olham, e também é estranha a maneira como ele age, sempre desconfortável, sempre me deixando por um segundo para conversar com elas em particular. Outro dia um jovem casal o abordou e mais uma vez eu não pude ouvir a conversa, o que obviamente me encheu de caraminholas como se eu sempre soubesse que o que estamos vivendo fosse só coisas da aposta e que ele não sente tudo o que diz sentir por mim de verdade. Se sentisse, não me colocaria para escanteio e não esconderia as coisas de mim como anda fazendo.


Então eu fico chateada por um tempo e logo em seguida esqueço tudo. Não porque quero. Eu simplesmente esqueço. Afinal, não pode ser tudo mentira. A nossa aposta já chegou ao fim.


Sim! Esqueci de contar: fiz uma tatuagem. A experiência foi um tanto desconfortável, mas está lá.


Quer dizer, agora tenho uma borboleta tatuada em minha nuca. No início o Christopher disse para deixar para lá essa coisa de aposta e que não queria que eu fizesse a tatuagem, até por que não deixaria ninguém me ver nua, exceto ele. Verdade seja dita, adorei tanto o resultado que acabei fazendo mais duas tatuagens: duas cruzinhas em meu antebraço. Confesso que, no início, quando senti a picada da agulha em minha pele, pensei em minha mãe e em suas crenças. Ouvi a sua nítida voz gritando em minha cabeça como no dia em que colei uma tatuagem de chiclete em minha pele: “Tatuagem é o passaporte para o inferno, Dulce!”.


– As glândulas vestibulares, glândulas de Bartolini, produzem líquido viscoso que tem a função de lubrificar a genitália feminina para facilitar e favorecer o ato sexual... – diz o professor.


Bato o lápis sem parar contra o meu caderno. O ar-condicionado zune e risos ecoam na sala de aula.


Estou longe e não consigo me concentrar na aula.


– Mas, os lábios tem alguma função, professor? – Pergunta Luiza se referindo aos grandes e pequenos lábios da vagina.


– Claro que têm! Arranque os seus e jogue fora então! – Protesta Pedro.


Risos frenéticos, como sempre. Até eu rio.


– Os grandes e pequenos lábios são pregas longitudinais que tem a função de proteger o clitóris, o óstio externo da uretra e o óstio da vagina.


Finalmente a aula acaba. Escorro de minha cadeira, arrumo meus pertences o mais rápido que consigo e encontro o Derek ao celular descendo as escadas. Apresso-me e consigo caminhar ao seu lado como uma sombra. Quando ele me vê, dá um sorriso amarelo e desliga o celular minutos depois.


Bem, a verdade é que eu e o Derek não estamos mais tão próximos quanto nos últimos anos, a começar pelo momento que me entendo como gente. Eu sinto a sua falta várias vezes ao dia, e até os selinhos que trocamos se tornou uma lembrança distante. Não quero perder a sua amizade, embora saiba que estejamos migrando para isso. É sempre assim que acontece. Foi assim que aconteceu com o nosso amigo de infância/ pré-adolescência, o Gabriel. Com o tempo, nossos contatos foram ficando cada vez menores. Nossos interesses já não eram os mesmos, nossos novos amigos pertenciam a outro grupo e assim vai. Todo mundo sabe como é.


– Você não me ligou hoje – começo – e nem apareceu no antro.


Descemos as escadas a trote e mergulhamos na praça de alimentação abarrotada de pessoas.


– Aham. – Sinto um nó na garganta.


– Por que você está distante?


Derek para e me lança uma olhar condenatório. Descama a minha pele e revela a verdadeira víbora que sou.


– Por que você se importa?


Estreito os olhos na esperança de que não estejamos migrando para mais uma discussão boba.


– Somos amigos, Derek. É óbvio que sinto a sua falta. Queria que desse sinal de vida de vez em quando.


– A gente se vê todo dia na faculdade, Dulce.


– Nos víamos na faculdade antes, mas também nos víamos fora dela constantemente, se quer saber.


– Que engraçado... Você sabe o número do meu celular, sabe onde moro e onde trabalho. Mas a questão é que você sempre espera que as pessoas sintam a sua falta, que liguem, que faça você ser o centro das atenções.


Ah, Deus, você não consegue tentar sair dos holofotes uma única vez?


Apesar dele não gritar ou coisa do tipo, sinto toda a aspereza em sua voz. Sinto-me a pessoa mais esdrúxula do mundo. Tudo o que ele disse é verdade. Eu sempre espero que as pessoas venham a meu encontro, nunca ao contrário – eu acho.


Ele leva o polegar até o espaço entre as sobrancelhas e coça o local parecendo chateado ou arrependido.


– Desculpa, eu não quis dizer isso.


– Tudo bem – engulo o bolo que se formou em minha garganta. – Prometo te procurar mais vezes. Foi isso que aconteceu há cinco minutos.


– Eu sei, eu sei. Também sinto a sua falta. Só estou chateado com problemas e mais problemas.


– O que aconteceu?


– O que estava prestes a acontecer. Meus pais pediram a separação. Faz um tempo que eles dormem
separados, só não quis dizer antes... Não que eu não quisesse, mas é complicado por mais que você seja a minha melhor amiga, a melhor pessoa em minha vida.


A impressão que tenho é a de que não nasci para este tipo de notícia cara-a-cara. Nada me vem à mente a não ser aquelas velhas frases clichês das quais estamos acostumados a ouvir quando, na verdade, buscamos por confortos inéditos.


– Hum... Não sei o que dizer... Nunca tive uma família de verdade... Para entender isso... Você sabe...


Ele concorda com a cabeça e segura a alça da mochila quando eu o abraço. Essa é a única coisa que aprendi a fazer de verdade.


Então ele me faz um breve resumo de sua vida. De como seu pai nunca deixou de arranjar mulheres na rua por mais que a sua mãe descobrisse os seus casos; de como a sua mãe aguentou a barra da família feliz por todos esses anos; do quanto a sua pequena irmã está sofrendo com este fim e do quanto ele tem que aparentar a pessoa mais madura da casa quando, na verdade, está a ponto de enlouquecer.


– Não vamos mais falar sobre isso, oquei?


– Do que vamos falar então?


– Do seu namoro com aquele Christopher. Se me lembro bem, ele está bem apaixonado por você. Essas
tatuagens, ele te forçou a fazer ou o quê?


– Eu quis fazer as tatuagens. Quanto ao Christopher, estava me perguntando o que está rolando entre nós
agora a pouco.


– Vocês não estão namorando?


– Não, quer dizer, ele já mencionou algo do tipo. Mas eu achei melhor deixar como está, pelo menos por enquanto. Você sabe, como meu coração é de vidro e, se espatifar, não tem conserto.


– É, eu sei o quanto é sensível – ele ironiza.


Neste momento Adrick passa por nós apressado e entra na chuva, quando volto meu olhar para o Derek.


– Sabe da última que anda rolando por aqui?


– Não, o quê? – Pergunto.


– De que o Adrick virou garoto de programa. Todas as noites, quando sai da faculdade, ele é visto em um carro diferente.


Ah, o Adrick sempre foi um fogueteiro, principalmente quando se junta com a Celina e cria pérolas
pornográficas num passe de mágica. Mas dizer que o cara anda fazendo programa já é um tanto demais, até por que ele nem me parece uma pessoa que faria essas coisas. No entanto, quem vê cara não vê coração, tampouco lê mentes.


– Com certeza é mais um boato.


– Dulce, não seja ingênua. A gente sabe que ele sempre foi um tanto ambicioso. Tudo o que o Adrick sempre quer é dinheiro, por mais que a sua família tenha condição... Essas roupas, esses sapatos, esse dinheiro que ele esbanja com certeza vem de algum lugar. Eu mesmo já vi o Adrick numa esquina.


Cala a boca! Será? O pior é que consigo formar uma imagem perfeita de um carro parando enquanto o Adrick enfia a sua cara na janela com um sorriso ordinário em que tantas vezes eu vi.


– As pessoas hoje em dia fazem qualquer coisa pelo dinheiro.


– Deus, acho que nem se eu passasse fome conseguiria vender o meu corpo. Sentiria a mim mesma uma completa suja.


– Você que está dizendo. Quando seu corpo já não aguentasse mais de fome, tem certeza de que não faria qualquer coisa só por um prato de comida? Por dinheiro?


Penso a respeito. Talvez. Tiro a camada de preconceito que reveste os meus pensamentos e chego à
conclusão de que não sou ninguém para julgar o outro, só por um momento.


– Ele não está passando fome.


– É, mas ele não está conseguindo algo que está muito difícil de comprar ou está fazendo por esporte.


Você sabe, juntar o útil ao agradável.


– Muito obrigado por me ajudar a pintar uma caricatura do Adrick um tanto ousada. – Rio. – Acha que ele já fez sexo grupal?


– Dulce, Dulce...


– É sério. Por mais que a ideia seja maluca, lá no fundo nasce uma curiosidade na gente, certo? Por que ele faz isso? Qual o objetivo? Com quantas ele dormiu? Já fez sexo com homem? Com casais?


Nossa...


– Podemos perguntar a ele.


– Melhor não arriscar. Alguém me disse que algumas coisas nunca devem ser perguntadas, principalmente a garotos de programas. Quer queira quer não, somos um pouco preconceituosos.


Ainda estamos um pouco chocados.


– Eu não estou chocado.


Derek suspira. Encolho os olhos quando avisto uma figura se aproxi- mar de nós. Christopher. Estamos na
praça de alimentação e grande parte dos olhares femininos está no Christopher o qual se aproxima de mim.


Aproxima-se, aproxima-se, aproxima-se e tasca um beijo na minha boca.


Ele balança a cabeça para o Derek e se volta para mim.


– Como você conseguiu entrar aqui?


– O Nêmias me emprestou sua digital e o número de matrícula. Simples. Gostou da surpresa?


É claro que gostei, grita a minha mente. Contenho-me. O Derek ainda está ao meu lado.


– Não dava para esperar na sua casa ou no antro?


– Negativo e, de qualquer forma, a aula acabou, certo? Posso te sequestrar agora ou tem algo a dizer antes?


Lambo os lábios e olho para o meu melhor amigo que assiste a cena com curiosidade, e não com aquele olhar condenatório.


– Eu estava pensando em ir para casa hoje com o Derek, se não se importar.


Vejo a decepção estampada no rosto do “sei lá o que” meu. Christopher consegue demonstrar tudo o que
sente tão claro quanto a mais fina película consegue mostrar o que está atrás dela.


– Para dizer a verdade, não precisa se preocupar comigo, Dulce – murmura Derek. – Pode ir com o seu... Namorado. Depois conversamos.


– Tem certeza?


Christopher estende a sua mão em minha direção feito uma criança ansiosa para lamber a panela de
brigadeiro. Entrego a minha mão a ele e mal contenho meus hormônios que fervem por baixo da minha fina pele. Dou um abraço no Derek com um braço só e pisco para ele no mesmo instante em que o Christopher apanha os meus livros.


Fico surpresa e extasiada com a sensação que é andar de mãos dadas. Sei que já fiz isso várias e várias vezes. Talvez eu seja ingênua demais.


Passamos pela catraca e entramos no carro.


Estamos correndo e ele me conduz por toda a escada. Está escuro e o Christopher segura uma lanterna para
que não caiamos nos degraus. O medo nasce em mim, porém é a adrenalina que me fascina. Tudo o que faço com o Christopher, de repente, me parece ilícito. Continuamos a subir e me encontro sem fôlego quando a última porta é empurrada revelando o térreo escuro de um prédio.


– E se formos pegos aqui? – Sussurro.


– Pode ficar despreocupada. O prédio é abandonado e não precisa falar necessariamente surrando.


Se bem que sussurrar em meu ouvido é outro caso.


Dou um soco em seu braço sem provocar dor.


– O que estamos fazendo aqui?


– Se eu te contar, deixa de ser surpresa.


Ele se senta no chão e dá um tapa no espaço ao seu lado. Não quero sujar o meu vestido e também não quero bancar a mimada, por isso me sento ao seu lado e investigo o lugar com a ajuda da lanterna. Sem muita coisa pra olhar, as únicas coisas que encontro são dois bancos de madeira, um canteiro com flores mortas e uma caixa de madeira velha esquecida.


Christopher se deita no chão e olha para o céu. Reviro os olhos e faço o mesmo, só que deitando a cabeça em seu peito.


– Esse é o meu lugar predileto, sabia? É sempre para cá que eu venho quando fico chateado com algumas coisas. Porém não é o único lugar. É bastante alto aqui de cima. Fico imaginando pular daqui... Queda livre, essas coisas.


Ergo meus olhos para ele e me ocorre que com certeza seu lindo corpo não combina em nada se estiver espatifado no chão com os miolos saindo pela cabeça. Essa revelação dele me chateia.


– Por favor, Christopher, não diz isso nem de brincadeira.


– É verdade, Dulce. Deve ser legal pular dessa altura. Já pensei várias vezes em fazer isso...


Simplesmente pular. Hum... Não venho aqui só pra pensar nessas coisas. Gosto desse lugar porque ninguém mais o conhece. Ele é, não literalmente falando, meu.


– Fico lisonjeada de conhecer o seu lugar – digo.


– É, acho que sim.


Ele fica em silêncio por um tempo que mais parece uma eternidade. Mergulho em meus pensamentos.


Pergunto-me que tipo de problemas o Christopher deve ter para pensar em suicídio. Ele não disse isso com
todas as palavras, no entanto está nas entrelinhas, certo? Eu sei que dentro dele, dentro desse cara
aparentemente feliz, existe um menino chorão.


O céu está enfeitado com suas pérolas brilhantes chamadas estrelas e com o vento soprando forte onde estamos. Faz frio e logo sou aquecida pelo corpo ao meu lado. Fico esperando uma estrela cadente cair. Ela nunca cai. Bem-vinda à realidade!


– Se a sua mãe e irmã... De repente voltassem, o que você faria?


A pergunta me pega de surpresa e sou socada por um punho invisível na boca do estômago. O que eu faria, de verdade? Quem sabe? Essa pergunta é a mesma coisa que terminar um livro sem dizer qual o fim levou o seu personagem predileto.


– Essa é a pergunta que me faço desde que fui abandonada. Sinceramente, não sei. É muita coisa para se pensar, sabe? Muito tempo para processar e entender.


– Sei...


– Por um lado, quero muito que elas voltem. Por outro... Penso que estou melhor sem elas. É um paradoxo, eu sei. – Mordo meu lábio inferior.


– O que você faria em meu lugar?


– Eu também não sei. Não queria estar em seu lugar.


– Quem, afinal, quer estar em meu lugar?


– Já passou pela sua cabeça que a sua mãe pode ter tido um bom motivo para deixar você aqui com a sua madrinha?


– Não existe motivo bom ou ruim para isso. Não sei de verdade. Só vou entender tudo isso que sinto em relação a esse abandono quando eu as revir, se é que este dia está escrito. Por enquanto, é tudo abstrato.


Quando o silêncio volta a nos amolar, ele me beija. Doces, cálidos, eternos lábios. A impressão que tenho é que o fim do mundo poderia acon- tecer exatamente agora e eu não me arrependeria de estar em seus braços.


É exatamente aqui que eu quero estar e permanecer para o resto da minha miserável vida. De uma forma bem maluca, é ao lado do Christopher que quero passar o resto dos meus dias, e queira Deus que eu não esteja enganada.


– Eu queria transferir meus pensamentos para você, acredita? – Ele diz.


Franzo o cenho.


– Por quê?


– Por que queria que você soubesse das coisas que não consigo te dizer deliberadamente. Se você lesse os meus pensamentos, com certeza saberia que ocupa cada pedacinho do meu cérebro. Você pode não acreditar, Dulce, mas eu te amo. Sou uma árvore florescendo desde a sua chegada.


Ridiculamente, eu te amo.


Quero dizer o mesmo. Dizer que eu o amo. Que cada glóbulo vermelho do meu corpo clama por ele e que o meu sangue pulsa e corre em minhas veias pulmonares conduzindo o meu amor por ele. Quero muito que tudo isso seja verdade. Quero que ele esteja dentro das minhas valvas, dos meus ventrículos... Quero dizer que o amor que sinto por ele já desembocou em meu coração e tomou todo o meu pericárdio...


Mas sou falha.


– Eu acredito.


– Não, você não acredita o bastante.


– CHristopher... – Protesto.


– Tudo bem, longe de mim te cobrar alguma coisa. Eu sei que estamos juntos há uma semana, que é arriscado sair dizendo essas coisas e tal. Conheço-te há três semanas. No dia em que nos esbarramos eu sabia que seria assim. A gente sente, eu acho.


Limpo os dentes com a língua porque, como sempre, ele me deixa sem saber o que dizer, nem o que pensar.


– Tenho um presente para você.


Ergo o meu tronco, agitada até, enquanto o Christopher procura em seu bolso alguma coisa que tem o som de uma...


– Uma chave?


– É. Da minha casa. Quero que fique com ela. Mandei fazer uma cópia. Volto a dizer que as coisas estão apressadas, mas eu não posso simplesmente inibir tudo isso que ando sentindo, o que é um tanto gay, sejamos honestos.


Seguro o chaveiro com três chaves e processo a ideia. De uma forma ou de outra, essa chave nos leva a um novo patamar. Se bem que o Christopher já tinha acesso livre à chave do antro que fica na parte superior da porta...


– Deve saber, antes de mais nada, que isso não é um pedido de casamento. Portanto, nada de ficar paranoica.


Foi só a maneira que encontrei de dizer que confio em você, Dulce.


– E você vai se importar se, por acaso, em algum dia desses, eu resolver entrar lá e sair procurando por alguma coisa ou pegue alguma coisa que você não queria que, em hipótese alguma, eu veja?


– De forma alguma.


– Promete?


– Prometo.


– Então eu vou aceitar. Antes que eu me esqueça: por favor, não me enxote de lá quando enjoar da minha pessoa.


– Eu nunca vou enjoar de você. Agora vamos parar. Essa coisa toda está um tanto melosa, hein?


– Acha que já podemos comprar um cachorro amanhã? – Brinco.


– Impossível. Você já tem um cachorro, se é que me entende, e, acredite em mim, ainda não desisti de te levar para a cama. Imagino, todo santo dia, como deve ser você debaixo de toda essa roupa.


Enrubesço e não contenho de imediato a mão que passeia dos meus seios, em meu tórax, migra para a minha barriga e pousa em cima do que me torna mulher. Dou um beliscão em sua mão e o Christopher ri.


– Até quando vamos protelar o inevitável?


– Até quando eu achar que o inevitável está na hora de acontecer.


– Eu te entendo, mulher, te entendo de verdade. Você tem medo de que, depois que se render a mim, eu vá desaparecer. Tem medo de que tudo isso seja uma brincadeira. Uma vez alguém me disse que um homem como eu nunca seria fiel porque as mulheres se oferecem para mim, e esse é o grande dilema.


E isso é a mais pura verdade. É impossível não imaginar uma garota que se mantenha à margem dos encantos do Christopher. Às vezes, enquanto o observo a primeira luz do amanhecer, penso que deve haver alguma força sobrenatural nele porque, Deus, em toda a minha vida jamais vi tal beleza em outro homem. É como se cada parte do seu corpo, com seu largo peitoral ou seus excêntricos olhos escuros fossem criado único e exclusivamente para ele. Sem falar no sorriso que é de quebrar uma garota e levá-la ao pó. Ele também é inteligente e, quando quer, carinhoso. Até a sua ira, se formos olhar por outro ângulo, é um jogo de sedução.


Nós, ao lado dele, nos transformamos em macacas numa dança maluca para o acasalamento. Eu sei, já presenciei isso. Cada uma quer mostrar o seu melhor para ele.


A questão aqui é: o Alec tem realmente culpa por ter tamanha beleza? Tem culpa se as mulheres querem tirar uma casquinha sua? Sinceramente, não.


– Eu confio em você, confio cada vez mais. Já disse...


Paro no meio da frase porque quase iria dizer a verdade, aquela a qual revela que ainda sou virgem.


Esse é um dos maiores dilemas para que eu não me entregue de corpo e alma de uma vez por todas.


– Bem, no fim das contas, é melhor ser assim. Às vezes tenho medo de te machucar – lanço um olhar
assustado para ele. – Não é desse machucar que estou falando, sua pervertida! – Brinca. – É sério.


Tenho uma tendência absurda de estragar as coisas, principalmente com você.


– Você fala como se soubesse que a qualquer momento vai me decepcionar. É isso ou é fruto da minha cabeça?


– Acho que é isso. Acho que não sou bom o bastante para te merecer.


Engraçado porque é nisso que penso todos os dias. Penso que não sou boa o bastante para ele e que outra mulher merece este homem. Qualquer uma, exceto eu.


– Para de ser bobo, seu bobão. – Tento amenizar esse clima negro que se formou em nossas cabeças e que só agora desejo mesmo ler os pensamentos dele.


Ele me beija. Depois passeia os seus lábios na minha nuca e fura a minha pele com a ponta da barba que está por nascer, até que olha para o relógio e se levanta.


– É agora!


– O quê?


Sem resposta, o Christopher me puxa e eu vou feito um imã sendo atraído para os seus braços. Paramos na
extremidade do prédio e consigo ver os carros lá em baixo, pequenos como formigas elétricas que se movem de um lado para o outro.


– Quero que olhe exatamente para ali – ele aponta para o breu.


– Aham... Mas lá não tem nada.


– Apenas olha!


E fico olhando para o breu por um tempo e, de repente, quando fico cansada e entediada, lá está, escrito em neon azulado, fixa em um viaduto escuro, agora bastante iluminado.


NAMORA COMIGO, DULCE



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Aperto meus dedos na barra gélida à minha frente e emolduro um sorriso idiota em meu rosto. A impressão que tenho é a de que nunca, jamais, em hipótese alguma, irei arrancar esse sorriso do meu rosto. Estou paralisada no lugar e ninguém me acorda desse sonho. Por fim escuto uma voz que me traz de volta a mim. Meus ol ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 64



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  • stellabarcelos Postado em 14/01/2016 - 06:55:27

    A história foi tão linda! Linda e surpreendente! Nada mais lindo do que ler sobre o amor de verdade. Amei

  • maianamr Postado em 13/12/2014 - 10:50:12

    Ameeeei a fic, muito linda *---* parabens

  • vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 00:03:58

    Parabéeeens mana, mais uma fic maravilhosa sua que eu acompanhei! *-----* Tu é bandida menina, foi tudo tão perfeeeeito, o casamento, eles dando entrevistas, os babys vondy .. Aaaaawn, sou sua fã amiga, tu sabe né? Mas não vou ficar falando muito não porque seu ego cresce demais ai ja era pra mim KKKKKKK Parabéns amiga, te adoro muito doidinha <3 Até a proxima fic! u.u

  • juhcunha Postado em 18/09/2014 - 23:38:31

    poxa acabou to triste por te acabado mais feliz porque no deu tudo certo sua web foi maravilhosa Ei qual vai ser sua outras web ????

  • vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 17:40:21

    Sério, é muita tragédia pra dois capitulos e o pior, que ao invés de me emocionar com o discurso dela no teatro, eu quis rir da situação KKKKKKKKKK! E ela e o Derick? PQP, os doidos não conseguiam manobrar um carro, meu Deus! Nãaaao, Chris não pode ir embora :/ Diz que ele fugiu do avião e viu a Dulce sendo levada pelos seguranças! :/ Pleaaaase!

  • gabivondy Postado em 18/09/2014 - 08:39:54

    tadinho do christopher tudo que ele sofreu chorei serio que ele foi embora eles tem que ficar juntos :(

  • vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 22:40:46

    Gzuis, tadinho do Christopher, pqp , que história mais triste :/ Sofri horrores com ele contando a história dele, te falei ne? Nossa, espero que ele e a Dul se resolvam, porque ela é a unica felicidade dele tadinho :/

  • juhcunha Postado em 16/09/2014 - 20:22:25

    coitado do christopher sofreu muito posta mais quero saber o que vai acontece com eles

  • vondyh Postado em 16/09/2014 - 19:38:15

    continua

  • nandafofinha Postado em 15/09/2014 - 15:15:39

    Nossa nem sei o que disser to branca igual papel kkkkkkk POSTA MAIS


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