Fanfics Brasil - 28 Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA

Fanfic: Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA | Tema: DyC Romance e hot


Capítulo: 28

755 visualizações Denunciar


– Já que se sente assim confiante, que tal começar por você? Vamos lá, onde está o seu Lucas?


Levanto-me e ergo uma das minhas mãos em direção ao Jonathan que se ergue com um sorriso sem graça enquanto eu me sinto a bruxa do João e Maria pelas coisas que eu disse para ele.


Por que tudo tem que ser complicado para mim?


– Oh, é um lindo casal! – Exclama o diretor.


Deambulamos pelas poltronas, passamos pelos nossos concorrentes e subimos no palco. Diferente do que eu imaginava, o mundo não fica em silêncio quando me posiciono no palco. Ouço o farfalhar de alguma coisa, os passos de alguém chegando na minha pequena plateia, murmúrios e...


– Quando quiserem.


Quando quiserem!


Procuro em mim uma Julieta adormecida. Grito para ser a Mama Mia e invoco a minha Dulce. Onde estão vocês? Onde, lindas meninas?


Afasto-me do Jonathan e respiro fundo. Esse é o meu momento. Onde está a música? Onde estão as
palavras? E a minha voz? Fico desesperada e as lágrimas me ardem os olhos... Mas tudo isso faz parte do grande show!


– Eu preciso ir, Lucas. Cheguei à conclusão de que não podemos ficar juntos.


Eu não pertenço ao seu mundo, assim como você não pertence ao meu! Fui uma boba em acreditar em tudo o que me disse!


– Por favor, Júlia, você tem que acreditar em mim! Tudo isso...– As palavras desaparecem da boca dele enquanto o Jonathan se aproxima de mim, toca o meu ombro e mostra toda a sua dor. – Tudo isso não foi men- tira! Construímos um amor lindo, não foi?


– Não! Não! Claro que não! Foi tudo uma mentira! Eu acreditei... Acreditei até descobrir que sempre mentiu para mim e quando eu te vi com aquela garota!


Deus, eu quis morrer! Tem noção do quanto isso dói?


As lágrimas se rompem em meu rosto e o Jonathan também está chorando. Não sei como ele fez para conseguir chorar simplesmente... Eu, bem, eu só consigo pensar no cara que dormiu na porta da minha casa. É por ele que choro, não pela dor da Júlia, muito menos pelo Lucas.


– Eu te amo, Júlia!


As mãos do Jonathan apertam as minhas costas, arqueia o meu corpo e sinto a sua respiração retumbar em meu rosto. Quero me embebedar do seu hálito por um segundo que não me é certo.


– Não insista em algo que não dá para ser. Você me feriu da pior maneira!


– Pare de fazer com que só você pareça estar sofrendo mais do que eu! – Ele berra e sacode o meu corpo. – Eu estou sofrendo por que a ideia de te ver partir é o mesmo que viver mil anos em um deserto sem esperan- ça, sem nada...


Sem você. Só te peço mais uma chance, Júlia. Uma chance de te provar o quanto te amo, Dulce !


Franzo o cenho na tentativa de lhe dizer que ele errou o nome. Não é Dulce, é Júlia, poxa!


– Eu já te dei todas as chances do mundo! Como... Como no dia em que você quebrou o meu coração pela primeira vez.


Ele me abraça, mas meus braços continuam imóveis. Duas coisas imóveis. Estou atordoada por que, hum, não sei se esse é o Jonathan ou o Lucas, nem se eu sou a Dulce ou a Júlia!


– Por favor! – Ele suplica.


Seu rosto molhado desliza pelo meu e sinto rapidamente a pele áspera do rosto dele fustigar o meu antes dos nossos lábios se tocarem. E beijo o Jonathan... Não, a Júlia beija o Lucas. Aqui não tem nada de beijo técnico, pois sinto a minha língua brigar com a do Jonathan como duas cobras najas.


Desconecto-me do beijo por que isso não é nenhum pouco teatral. Ele me olha nos olhos e ficamos assim por um bom tempo até ele dizer as palavras que nos tira do transe.


– Por favor, não vá – ele repete a ladainha.


– Acredite quando digo que estou fazendo isso mais por você do que por mim. Eu te amo, Lucas, mas algumas pessoas, embora todo o amor do mundo inteiro, não foram destinadas a viver esse amor.


E assim, como num filme romântico, lentamente me desvencilho de suas mãos e caminho de costas enquanto navego em lágrimas num choro falso que faz o meu abdômen tremer... Até que sorrio e a nossa cena acaba.


Limpo as lágrimas. Ouço assovios. Palmas. Eu consegui!


De verdade, não preciso dizer quem levou os papeis de protagonista na peça. É claro que foi o Jonathan e eu.


Se bem que eu ainda não engoli aquela história dele ter trocado os nomes. Preferi não mencionar o erro quando saímos do teatro, agora com o objetivo de ensaiar a peça na íntegra. Em um mês eu estarei no palco sendo uma atriz de verdade como sempre sonhei.


Não deixei que o Jonathan me trouxesse em casa. Em vez disso, peguei um ônibus e, de quebra, briguei com o motorista que não quis levar um passageiro cadeirante só por que estava com preguiça de abaixar o elevador do ônibus, como se não fosse sua obrigação e como se também o cadeirante não tivesse os mesmos direitos que o restante.


Quando estou na esquina de casa, sob a noite escura, olho instintivamente para a casa do Christopher.


Está escura. Eu ainda estou com a chave da casa dele, mas esqueço a ideia de invadir seu recinto e ficar lá por um segundo com medo de ser pega.


Ao passo de que vou me aproximando, vejo um corpo caído e gemendo no portão da casa do Christopher.


Diminuo os meus passos assustada e com medo de que seja um daqueles assaltos em que o meliante finge passar mal e, quando o idiota resolve ajudar, ele mete uma arma em sua cabeça...


Só que, a maneira como ele geme e meche o corpo faz com que meu coração fique pequeno do tamanho de uma uva-passa. A minha mente grita. Eu o conheço. É ele. É o Christopher.


Corro até o corpo caído e me jogo no chão sem me importar com as dores que tomam o meu joelho.


Meu cabelo desliza pelo rosto e eu o ponho atrás da orelha com agressividade. Viro o corpo do Christopher e faço com que seu rosto se repouse em meu colo, o que acaba por manchar as minhas pernas com sangue.


– Deus, o que fizeram com você, Christopher?


Seus olhos se abrem, quer dizer, a não ser pelo olho direito que está pequeno de tão inchado. A criatura bela que eu sempre tive dele agora é o desenho monstruoso do tamanho do monstro que fez isso com ele.


Começo a chorar.


Ele sorri para mim com seus dentes manchados de sangue, o lábio inferior partido. Estou zonza.


– Christopher, fala comigo!


– Eu... Eu estou bem.


Tive que me conter para não começar a rir. Afinal, ele não está nada bem! Que mania estranha é essa das pessoas dizerem que está bem quando na verdade é puro caco e dor?


Tento erguer o seu corpo, mas é uma tentativa inútil. Não sou a incrível Hulk nem aqui nem na china.


– Você consegue se levantar?


Ele não responde. Coloco sua cabeça com cuidado novamente no chão e ando de um lado para o outro, desesperada. Ninguém passa na rua. Não tem ninguém para ajudar. Talvez fosse melhor Jonathan o ter vindo comigo, só que agora é tarde demais para voltar atrás. Reprimo a vontade que tenho de começar a gritar por ajuda.


Procuro em minha bolsa a chave de sua casa e abro o cadeado, depois as portas da frente. Onde está o carro dele? Oh, meu Deus! Será que preciso ligar para uma ambulância? Ele está totalmente mutilado.


Volto para o Christopher.


– Christopher, você consegue se levantar?


Ele geme. Pergunta idiota, tolerância zero! Quem foi que disse isso mesmo? Vai saber. Agacho-me no chão outra vez e coloco um musculoso braço entre o meu ombro e sinto o peso de uma tonelada em minhas costas.


As minhas pernas parecem querer fraquejar ao mesmo tempo em que me ergo aos poucos. Ele faz um esforço para que eu não fique sobrecarregada. Posso sentir o alívio quando damos um passo de cada vez. Os passos mais lentos de toda a minha vida!


Desabo no sofá junto ao Christopher e respiro um pouco antes de atirar a minha bolsa no chão e voltar a se
erguer.


– Onde ficam os remédios? – Pergunto. – Acaixa de primeiros socor- ros, qualquer coisa...


Reviro os olhos que, graças a Deus, pararam de vazar água, embora eu ainda sinta um caroço crescer em minha garganta toda vez que avisto a criatura destruída. Procuro na cozinha, na sala e nada. Vou até o quarto dele e encontro a caixa na primeira prateleira do banheiro de seu quarto.


Encontro dentro da caixa o Tylenol em comprimido e tiro dois da cartela. Apanho um copo d’água e faço com que ele ingira aquela coisa amarga que lhe fará muito bem.


Depois, vou até o banheiro e ligo a banheira. Sinceramente, não dá para fazer curativo no Christopher todo
melecado de suor e sangue, dá? Volto para a sala. Ele me olha e eu o olho. Como o amo!


Tiro o seu tênis devagar, e depois a meia. Puxo a barra de sua camisa ensanguentada e a tiro pela cabeça fazendo-o arfar. Desabotoo a sua calça jeans e escorro pelas suas pernas bem devagar. Se bem que parece a atividade mais difícil de todos os tempos, pois o jeans de repente dava a leve alusão de ter aderido às pernas saradas dele. Oquei! É claro que tiro a sua cueca box e, para ser honesta, nem me importei se ele estava ou não nu em minha frente.


– Tudo bem Dulce, eu... Eu sou durão.


Deixo para lá aquele pequeno comentário e o ajudo a ir até o banheiro guiando-o, cambaleando, arfando.


Coloco-o na banheira e o Christopher faz uma careta ao sentir a dor que a água proporciona aos seus ferimentos. Lavo o seu rosto, molho o seu cabelo e faço com que ele gargareje a água quente.


Esfrego devagar o seu corpo.


Quando terminamos, apanho o roupão pendurado em uma alça e ajudo-o vestir deixando molhar metade com a água da banheira. Vamos para o quarto e cuido dos curativos. A coisa está mesmo feia.


Tem uma marca rocha em seu abdômen e um corte em seu braço parecendo ter sido provocado por uma faca.


Seu olho esquerdo está roxo e inchado. Também há um corte em sua testa e outro no peito.


Ajudo-o a vestir a cueca.


Christopher cobre o rosto com o antebraço e começa a chorar. Paraliso. Só consigo observar o ruído que
escapa dele. Estou sem saber o que fazer. Totalmente desarmada.


– O que foi, Christopher?


Essa é a pergunta mais óbvia.


– Eu não estou sendo honesto com você, Dulce.


– Também não estou sendo honesta com você, se quer saber – digo referindo-me ao fato de não querê-lo como homem, como meu.


– Por que está fazendo isso por mim?


– Por que tenho certeza de que você faria isso por mim, não é? Como no dia em que sofri aquele terrível acidente de moto, lembra? Você cuidou de mim. Agora é a minha vez de cuidar de você.


– Ninguém nunca cuidou de mim.


– Não sei se acredito – sorrio. – Agora você precisa descansar.


Junto os algodões, gases e afins melados de sangue e enfio dentro de um saco plástico. Estou destruída de dentro para fora. Antes de sair do quarto, cubro o Christopher.


– Você vai embora? – Ele pergunta.


Sei que ele quer que eu fique. Sei que quero ficar independente das nossas brigas mesquinhas.


– Vou só tomar um banho. Se não se importar, pegarei uma de suas camisas e uma cueca – sorrio.


Ele não responde, porém exibe um daqueles sorrisos que me derrota. Migro para o banheiro e me observo no espelho. Imagino que, seja lá qual for o segredo do Christopher, não é algo fácil para ele, assim como ele não demonstra ter tido uma vida maravilhosa no passado.


Quando termino o banho, vou para o quarto e me aconchego em sua cama. Enfio as minhas pernas no cobertor fazendo o máximo para não to- car no Christopher, pois não quero acabar machucando algum lugar dolorido ou já machucado.


Christopher ainda está acordado.


– Vai me contar o que aconteceu?


– Eu briguei com quatro caras.


– E você diz assim? Na maior naturalidade como se fosse comum um cara brigar contra quatro?


– Por Deus, Dulce, não quero falar sobre isso. Que tal amanhã?


– Para variar. Algum dia acha que vai querer responder às minhas perguntas? Estou começando a achar que não.


Sem respostas, acabo que aceito as condições. Tamborilo os dedos no edredom e lembro-me do CD com as músicas do Christopher. Será que algum momento passou pela sua cabeça que eu as escutei?


– Aquelas coisas que você disse não são totalmente verdades, são? – Ele me olha com uma criança chorona.


Rendo-me.


– Foram parcialmente verdades. Está bom para você?


– Parece legal, por enquanto. É bom saber que não me odeia. Tive uma noite de insônia ao cogitar não dormir mais ao seu lado.


Como cheguei a pensar a mesma coisa, forço-me a ficar calada. Acho que é legal manter a indiferença. Não é por que ele está todo arrebentado que vou bancar a garota boazinha.


– Acha que podemos recomeçar do zero?


– Acho que você está indo rápido demais, Christopher. O fato de eu dormir aqui é, digamos assim, um
paliativo em nossa estranha relação.


Ele meneia a cabeça e desliza pelo colchão. Aproxima-se de mim. Ou é alucinação, ou não sei o que é aquele calor que sinto irradiar do seu corpo para o meu, e vice-versa. Uma troca.


Então Christopher deita a sua cabeça em minha barriga e nem sei o que fazer. Por um momento só me sinto
perdida em um mundo onde só existe ele e eu. Depois, automaticamente, levo a minha mão até o seu cabelo e lhe faço cafuné.


– Eu gosto de você, Dulce.


Lambo os lábios, assustada. O amor me assunta.


– Que bom, porque acho que isso é um recomeço. – Digo por fim.


 


 


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): jessica_ponny_steerey

Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Acabo de sair da Clínica onde trabalho. Ainda não tenho previsão para voltar a exercer minha funçãoadministrativa. Passo pelo estacionamento abarrotado de carros e coloco os meus óculos de Sol. Arrependo-me por estar usando um vestido longo, porém leve. Estou derretendo de calor. Recebo uma mensagem do Derek, a qual diz: Pr ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 64



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 14/01/2016 - 06:55:27

    A história foi tão linda! Linda e surpreendente! Nada mais lindo do que ler sobre o amor de verdade. Amei

  • maianamr Postado em 13/12/2014 - 10:50:12

    Ameeeei a fic, muito linda *---* parabens

  • vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 00:03:58

    Parabéeeens mana, mais uma fic maravilhosa sua que eu acompanhei! *-----* Tu é bandida menina, foi tudo tão perfeeeeito, o casamento, eles dando entrevistas, os babys vondy .. Aaaaawn, sou sua fã amiga, tu sabe né? Mas não vou ficar falando muito não porque seu ego cresce demais ai ja era pra mim KKKKKKK Parabéns amiga, te adoro muito doidinha <3 Até a proxima fic! u.u

  • juhcunha Postado em 18/09/2014 - 23:38:31

    poxa acabou to triste por te acabado mais feliz porque no deu tudo certo sua web foi maravilhosa Ei qual vai ser sua outras web ????

  • vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 17:40:21

    Sério, é muita tragédia pra dois capitulos e o pior, que ao invés de me emocionar com o discurso dela no teatro, eu quis rir da situação KKKKKKKKKK! E ela e o Derick? PQP, os doidos não conseguiam manobrar um carro, meu Deus! Nãaaao, Chris não pode ir embora :/ Diz que ele fugiu do avião e viu a Dulce sendo levada pelos seguranças! :/ Pleaaaase!

  • gabivondy Postado em 18/09/2014 - 08:39:54

    tadinho do christopher tudo que ele sofreu chorei serio que ele foi embora eles tem que ficar juntos :(

  • vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 22:40:46

    Gzuis, tadinho do Christopher, pqp , que história mais triste :/ Sofri horrores com ele contando a história dele, te falei ne? Nossa, espero que ele e a Dul se resolvam, porque ela é a unica felicidade dele tadinho :/

  • juhcunha Postado em 16/09/2014 - 20:22:25

    coitado do christopher sofreu muito posta mais quero saber o que vai acontece com eles

  • vondyh Postado em 16/09/2014 - 19:38:15

    continua

  • nandafofinha Postado em 15/09/2014 - 15:15:39

    Nossa nem sei o que disser to branca igual papel kkkkkkk POSTA MAIS


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais