Fanfics Brasil - 3 Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA

Fanfic: Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA | Tema: DyC Romance e hot


Capítulo: 3

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Quando aquele dia que você julga ser o dia que vai mudar a sua vida para sempre é ironicamente sabotado por um malfeitor com rosto de galã, qual a probabilidade do resto do seu dia descer para a fossa de vez? Não.


Realmente, não sei.


Resolvo que não vou mais me apegar à manhã fatídica porque acabei de desligar o celular com uma ótima notícia: fui lembrada da festa hoje à noite. Quer dizer, é uma fogueira fora de época na casa do Adrick onde irá rolar de tudo como, por exemplo, cerveja, vinho e vodca, ou seja, muita cachaça.


Não, não me entenda mal. Nem gosto de beber. Porém, gosto de assistir os bebunsse afogarem no concreto e, bem, não sou uma pessoa tão ruim assim.


Mas a noite cai e eu ainda não sei o que vestir. Talvez eu deva ir de calcinha e sutiã. Quiçá assim todos os holofotes que perdi essa manhã estarão voltados em minha direção. E, qual é? Quem nunca se imaginou sendo o centro das atenções ao menos uma vez? Se bem que em minhas imaginações sempre tem um fundo musical bem, bem...


Deixa pra lá. Essas coisas me lembram a minha carreira de atriz e a minha carreira de atriz me deixa
depressiva por mais que eu diga, implore a mim mesma que não ficarei deprimida.


Apanho meu vestido azul com uma machinha preta, jogo na pequena banheira, depois jogo na água de tintol azul em que eu havia preparado. Logo, logo meu vestido lindo estará são e salvo e ninguém irá perceber que eu o pintei de corante!


Vou até a despensa e apanho o frasco de Dipirona e enquanto engulo dois comprimidos, de repente, passo minha mão pelo meu cabelo que faz com que o meu brinco de ouro – que ganhei da minha mãe – caia no ralo da pia!


Oh, não. Oh, não. Oh, não!


Deixo o pote de Dipirona cair das minhas mãos e cápsulas brancas pulam no banheiro. Abaixo-me nervosa e olho para debaixo da pia, para os canos e, sem nem ao menos perceber, faço cara de nojo!


Levo minhas mãos até o cano e começo a desatarraxar aquela joça. Uma água suja escorre lá de dentro, molha o chão, as minhas meias e o meu joelho. Quero vomitar! Quero muito vomitar!


Sei que a minha mãe não merece o meu sacrifício de procurar o brinco nos canos onde a água suja da pia escorre, mas não consigo conter essa minha parte boa de preservar a memória dessa mulher que me abandonou! Mesmo assim varro com meus olhos a água enegrecida e não encontro o maldito brinco. Que diabos! Com certeza ele deve ter ficado preso no cano. Dou dois tapas naquela coisa que deixa meus dedos sujos de poeira e nada cai. Agacho-me mais um pouco a modo de olhar dentro do cano. Está escuro demais para enxergar alguma coisa lá dentro. Afasto meu rosto e acabo sentandome no chão, na água suja e, oquei, o brinco é mais importante para mim. Dou mais dois tabefes no cano e, do nada, mais água suja, bolo de cabelo e, ah, o brinco cai diretamente no meu rosto!


Dou um grunhido porque a água fria e nojenta escorre por todo o meu corpo. Quero vomitar. Sinto o vômito preso em minha garganta. Tudo morrinha! Pego o brinco e me levanto o mais depressa possível. Porém, a minha cabeça bate com força na pia e eu grito, cambaleando e cambaleando para trás até que... Caio dentro da banheira com água azul. Por sorte estou com o braço estirado segurando o brinco impossibilitando-o de cair dentro da banheira. O melhor: faço o máximo para que o meu curativo não molhe!


Bem, agora estou dentro da banheira com água limpa e quente, e o Derek está de joelhos com uma bucha esfregando as minhas costas, pois milhões de patacas azuis mancharam a minha pele pálida.


– Não acredito que tudo isso aconteceu em apenas um dia! – Ele ri, zombando da minha desgraça.


Tudo bem, talvez tenha sido castigo de Deus por eu ter desejado rir das desgraças alheias que nem ao menos aconteceram ainda. – Ah, Dulce, você com certeza nasceu para ser estabanada!


– Eu não tenho culpa se o cara me atropelou! Não pedi para ser atropelada!


– Mas pediu para cair na banheira e se transformar num Avatar– mais zombaria. – Onde já se viu olhar para dentro do cano da pia? É como pedir para beber água suja!


– Tá legal. Chamei você aqui para me ajudar com essa coisa na minha pele e não para zombar de mim.


Continue esfregando e de boca piu.


E é isso que ele faz. Esfrega as minhas costas com tanta força que chego a achar que ela pode está em carne viva. Como pode uma tragédia acontecer comigo assim? O pior: duas vezes no mesmo dia. E olha que eu nem beijei ninguém para roubarem a minha sorte como naquele filme Sorte no Amor. Não beijei, mas trombei! Oh, se eu encontrar esse Alec de novo, eu juro por Deus que arrancarei todos os seus bofes e deixarei o rosto dele tão marcado quanto essas manchas azuis em minha pele.


Mudo de assunto.


– Então, convidou a Lena?


– Sim – ele responde sem está mais rindo.


– Ela vai então?


– Vai, como nos outros trezentos e vinte convites que já fiz a ela.


Sério, estou começando a querer abrir mão da Lena. Nós nos vimos apenas uma vez. Não é possível que eu esteja tão assim louco por essa garota.


– Você ao menos ligou para ela, Derek?


– Não, deixei recado do Facebook. Mandei dois recados: um na semana passada e um ontem, lembrando-a da festa. Ela disse que iria. Ela sempre diz que vai e nunca vai.


Concordo com a cabeça, afinal não sou uma profissional em matéria de relacionamento, mas acho que o Derek está fazendo tudo errado. Ele devia ligar para a Lena, ainda mais por que ela faz a linha romântica. Ele precisava ligar...


– Você precisa ligar para ela, e não ficar mandando recados em redes sociais.


– Eu sei, mas a questão é que eu nunca estou sozinho e não quero ligar para ela enquanto as pessoas ficam ouvindo a minha conversa e a única hora que eu tenho é lá pela madrugada e, é obvio, ela já deve estar dormindo nessas horas.


Faço uma careta.


– Literalmente, você é muito gay.


– Eu sei.


Eu é que sei que a coisa tá seria. Geralmente, quando eu o insulto e ele concorda comigo, é porque ele está bastante chateado. Então é a hora em que tenho de bancar a profissional.


– Hum, talvez você deva esquecer essa idiota. Ela não te merece, Derek. Você está tentando oferecer uma coisa em que 90% das mulheres se matam para conseguir: amor. Amor de verdade. A Lena literalmente não te merece.


– Ou eu não a mereça. Confesse, ela é muito linda para mim, não é verdade?


Pensando bem... não. A Lena não é tããão linda assim. Tem a sua beleza, parece uma fadinha – como eu disse -, mas não acho que seja digna de ficar escolhendo muito porque, no fim, quando aquela beleza exterior não existir mais, o que vale é a beleza interior, o amor e, se não existe beleza interior, então não existe nada, não é verdade?


– Não é verdade. Você é lindo, por dentro e por fora, e não é a sua melhor amiga quem diz isso, é uma mulher que, na prática, não entende muito dessas coisas mas, na teoria, compensa. Você é tão lindo que às vezes penso que, de verdade, nenhuma garota merece todo esse amor que você está disposto a oferecer.


Ele para de esfregar as minhas costas e senta-se no chão em minha direção. Não me importo se estou nua dentro de uma banheira a mercê dos olhos dele, se bem que tem espuma suficiente para tampar as minhas partes que não devem ser mostradas assim.


– Está falando isso só para aumentar a minha autoestima. Não tem problema, vamos esquecer a Lena.


– Isso, vamos esquecer a Lena. Temos uma festa maravilhosa para ir e estou sentindo que você vai encontrar uma garota bem legal. Você precisa sair mais, Derek. Ficar enfurnado dentro de casa esperando essa garota acessar a internet para vocês conversarem – isso quando ela quer conversar com ele – não vai adiantar nada.


Ele sorri para mim e eu franzo a testa porque a Lena é uma idiota e a coisa funciona exatamente assim: quando ele some da internet, ela diz que está com saudades e, quando ele está ativo nas redes sociais e manda recados para ela, ela dificilmente responde. Das duas, uma: ou a Lena está querendo curtir com a cara dele, ou ela não sabe o que quer da vida!


– Acho melhor passar álcool no seu rosto. Se a gente continuar esfregando é capaz da sua pele começar a sair na bucha.


E ele tem razão. Quer dizer, o Derek tem quase sempre razão porque, quando passei álcool em minha pele, esta ardeu tanto que não parei de gritar e pular. Mas, o que uma garota não faz para ficar totalmente glamorosa? Ou, no meu caso, pelo menos apresentável?


Depois de ter a minha pele pinicada e limpa – pelo menos eu acho que estou limpa, livre das manchas azuis -, visto o meu vestido curto prateado de alça, frio ao toque, e calço um salto alto preto. Meu cabelo cor de merda (sei que prometi não chamá-lo mais assim, mas algumas promessas são destinadas a serem quebradas) está lindo e seco pendurando na minha cabeça em contrastes com meu rosto fino e angelical.


– A gente vai a uma festa normal, e não a uma danceteria!


– O que não deixa de ser uma festa privada. Você não entende as mulheres. Aposto que estão todas mais elegantes do que eu – dou um sorriso. - Pelo menos até ficarem chapadas, não é?


O som da festa está alto e as pessoas que estão aqui parecem ter regredido aos 15 anos. Tem uma fogueira acesa e um lago como plano de fundo. Não entrei na casa, mas de certo modo me parece exuberante ser tudo no quintal dela e, antes que me perguntem, também não sei quem é o dono da festa. Só sei que fui convidada.


Aliás, todos foram convidados pelo Adrick, então de suma esta deve ser a casa dele. Tanto faz.


Avisto Elvira atracada com um cara que nunca vi na vida e também vejo o João tentando flertar com a Lis, que nem está dando tanta importân- cia a ele, e isso me faz ri. Ela sempre me pareceu muito seletiva. Caminho ao lado do Derek e exibo o meu sorriso de atriz porque tudo o que quero é chorar por causa da minha pele que não para de arder. Tem um grupo de amigos bebendo cerveja ali perto e logo todos aqueles pares de olhos masculinos migram para mim tornando-me a maior gostosa de todos os tempos. Também me sinto exposta, pois uma coisa é olhar para admirar e outra, completamente diferente, é olharem para mim como se eu fosse um bife sendo vendido pelo açougueiro careiro.


Seguro as mãos do Derek para os idiotas pensarem quem ele é o meu namorado, o que, na maioria das vezes, funciona e, na outra grande maioria, não. Afinal, a gente nunca se beija e que tipo de casal nunca se beija em público?


Enfim avisto uma multidão de garotas bem vestidas como supus e agora exponho meu sorriso de miss porque é assim que me sinto quando visto este vestido. A esta altura eu já esqueci os garotos. Adrick vem em nossa direção com uma bandeja de cerveja e refrigerante.


– Que bom que vocês vieram – ele sorri para a gente -, a casa está liberada, só não usem o quarto dos meus pais, por favor. – Adrick diz com a sua voz de troça que oscila com a voz de um cafajestegigolô.


Sorrio e sorrio. Nossa, tem muita gente aqui, pessoas que eu também nunca vi na vida e nem na faculdade. O som não para de retumbar alto demais e a festa não me parece que tem hora para acabar, pelo menos não até que dê o horário e os vizinhos loucos comecem a surtar e a ameaçar chamar a polícia.


Apanho um copo com refrigerante, e Derek um copo de cerveja. Nós dois sorrimos como forma de
agradecimento.


– A festa está ótima! – Grito investindo contra a música. Isso é uma meia verdade porque acabei de chegar e não tenho uma opinião verdadeiramente formada sobre o que acabei de dizer.


– Pois é, está mesmo ótima. As meninas estão por ai e, se precisar que eu apresente alguém para você, é só falar comigo, beleza?


E ele dá de ombros com a bandeja enquanto mais pessoas chegam para a festa. A fogueira crepita e eu beberico meu refrigerante. Derek procura pela Lena, eu sei, assim como sei que ela não veio.


Olho mais uma vez ao meu redor e encontro o Diogo, um cara legal em que as meninas insistem dizer que ele está afim de mim, apesar de eu discordar. Não quero alimentar falsas esperanças. Às vezes, a gente está sendo legal com uma pessoa e ela já pensa outra coisa. Bem, talvez esse seja o problema do Derek – é obvio que não revelo meus pensamentos.


Finjo não ver o Diego e resolvo procurar pela Laura e Ana. Elas moram juntas desde que começou o semestre e, se não são as minhas melhores amigas, então eu prefiro fingir, me enganar... Não que eu me sinta enganada.


Encontro-as afastadas da fogueira conversando com dois rapazes lindos e vou em suas direções, ainda acompanhada pelo Derek. Somos apresentados aos rapazes Marcelo - o de cabelo cacheado e baixo - e Duan
– o loiro e alto – que me fez suspirar rapidamente. Então Ana me puxa e assim deixo Derek com seus novos amigos. Bem, ele é ótimo para fazer novas amizades e eu não deveria me preocupar.


– O que achou deles? – Laura vem logo atrás.


Dou uma nova olhada para trás. Eles são lindos, óbvio. O que ela queria saber?


– Legais.


– Só? – Ela me faz olhar ao redor com seus longos dedos preso ao meu queixo. – Tá vendo só isso?


Todas essas garotas estão loucas para fi- carem com eles e você pode ficar com qualquer um. É só escolher!


Trouxeos especialmente para você. Não pode me fazer uma desfeita.


E Laura ri, pois é isso que ela faz na maioria das vezes quando me sinto totalmente assustada e exposta.


Marcelo olha para mim e sorri ao mesmo tempo em que Duan levanta o copo de refrigerante na minha direção – uma forma de cumprimento – e enfim olho para Derek que revira os olhos, sacando tudo.


– Não acho isso uma boa ideia. Você deveria ter trazido apenas um!


Mentira, estou bastante grata por ela ter trazido dois. Assim tenho uma desculpa razoável porque a ideia de beijá-los ainda me deixa sem saber o que fazer –não que eu não queira beijá-los... Preciso experimentar com uma pessoa de confiança. Este sim vai me dizer se beijo mal ou ruim.


– Bem, se você não quiser nenhum, ao pior deixe escolher um para mim – disse Laura com aquele riso de deboche quando fala a verdade.


– Pode ficar com os dois, se quiser.


– Dulce, você não vai fazer isso comigo! – Protesta Ana, arrasada, como se eu tivesse me recusando a ficar com ela e não com aqueles caras.


– Eu já fiz! – Dou de ombros. Não quero brigar com elas por conta dessa coisa fútil.


Atiro meu copo de refrigerante vazio na lixeira e migro em direção ao píer para ficar afastada delas porque odeio levar sermões, ainda mais por uma coisa que não quero fazer. Paro de braços cruzados e observo a água sem me importar com a algazarra ao meu redor.


Lis chama o meu nome e eu me viro, ainda sentada na cadeira. Ela acena para mim e, se não estou enganada, pede para que eu vá até ela porque, parece está bêbada. Ela não para de rir e tem em suas mãos uma garrafa de champanha.


Animo-me com a ideia de ouvir suas baboseiras por conta do álcool. Respiro fundo e fecho os olhos ao mesmo tempo em que dou o primeiro passo, e quando volto a enxergar meu corpo vai de encontro a outro. Sinto o líquido gelado escorrer dos meus seios até a barriga. Reprimo o grito. Olho para a mancha de vinho no meu vestido prateado. Desvio meu olhar para o desgraçado que derramou vinho em mim e... Acho que vou surtar!


– Só pode estar de brincadeira! Cristo, na outra vida, com certeza, eu ajudei chicotear o seu corpo! – Esbravejo.


E Christopher está com os olhos cerrados, coça a nuca e percebe que acabou de entrar numa encrenca sem
tamanho.


– Ih, foi mal. Sério.


Ainda estou olhando-o com o meu olhar assassino quando ele deixa o copo vazio escapar de sua mão, tira sua camisa e, de repente, me perco pelas curvas de seu corpo. Ah, que corpo! E, no segundo depois, Christopher aperta com delicadeza a camisa contra o meu vestido molhado, limpa o meu colo e, por fim, decido retomar o controle.


– Tira essa mão de mim, seu merda! – Digo, arrependendo-me por sair alto demais.


Ele lambe os lábios – nervoso? – e eu me encolho por dentro quando sinto o toque das suas mãos contra as minhas. Mãos finas e quentes como se ele nunca tivesse pegado no pesado antes. Oh, Deus, se não fosse essa mania dele de querer sabotar a minha vida, com toda a certeza o Christopher seria perfeito!


– Qual é a sua, hein? Anda me seguindo agora?


Atiro sua camisa em seu rosto e dou um passo para trás. O estrago em meu vestido é quase surreal.


– Eu não sabia que você estaria aqui... Dulce.


Oh, meu Jesus, cale a boca! Ele lembra o meu nome! Enrubesço por que ainda não me acostumei com meu nome na boca dele, na voz aveludada-máscula dele. Christopher.


– Aham. – Reviro os olhos. – Acho que isso deveria ser um caso de policia! Talvez eu tenha que ir pedir na justiça que você não se aproxime de mim ou coisa do tipo. Todas as vezes que nos encontramos sempre acontece uma tragédia.


– Todas as vezes? – Ele ri. – Só nos vimos duas vezes e, tecnicamente, não foi um encontro.


Ele está me irritando, sei que sim! Odeio o sorriso sarcástico lindo dele. Odeio aquele rosto, aquele corpo, aquele nome. Tudo no Christopher, agora, me é repulsivo.


– Você entendeu o que eu quis dizer, seu idiota!


Christopher muda o peso do corpo de uma perna para outra e veste a sua camisa, agora com manchas de
vinho. Ele cerra os olhos de novo e finge pensar em algo para me dizer.


– Já passou pela sua cabeça de vento que talvez seja você quem está me seguindo, se jogando o tempo todo em mim? – Irritado.


Agora ele foi longe demais. Sinto a raiva dominar o meu corpo com uma calúnia dessas. Respiro fundo...


– Talvez você esteja apaixonada por mim, oras, e resolveu me seguir! – Christopher sorri de novo. Ele nunca para de sorrir?


– Eu nunca me apaixonaria por um ordinário e ridículo como você, Christopher! Você é um idiota repulsivo
e acha que o mundo gira ao seu redor!


– Então estamos quites, sereia.


Oquei. Chupo as minhas bochechas. Melhor: mordo a minha língua para não me rebaixar. Christopher não
merece nem um fio do meu cabelo. Cruzo os braços e sinto o meu corpo pegajoso.


Ele aproxima a sua cabeça perto da minha. Quando a sua respiração toca o meu rosto, estremeço.


Imagino novamente que talvez ele vá me beijar. Christopher se afasta e faz uma careta.


Enquanto isso, Adrick se aproxima de nós carregando uma bandeja...


– Por acaso você andou transando com a Mística? Tem uma mancha azul no seu rosto, bem aqui. – Ele aponta para o meu rosto.


Fico possessa da vida e, aproveitando a presença de Adrick, apanho um copo de refrigerante e atiro no rosto do Christophe, o qual dá um passo para trás. Exibo um sorriso convincente e ele limpa o seu rosto molhado.


Do nada, ele pega um copo de refrigerante e atira em mim. Ótimo. Reprimo o grito.


– Seu babaca, cretino, ordinário, vagabundo e miserável! – Disparo.


– Você vai me pagar por isso! Olha o que fez! Nunca vou conseguir limpar todo esse grude em meu vestido!


Você estraga tudo, cara! – Berro. Ele sorri daquele jeito malicioso.


– É pouco pedaço de pano para tamanho escândalo. - Abro a boca e arregalo os olhos. – Mas, já que está tão preocupada com isso, por que não o lava?


Franzo o cenho.


Então todo o meu sistema nervoso entra em ação. Meus neurônios sensoriais, motores e de associação devem emitir desesperados impulsos nervosos quando sinto o toque dele em mim. Como um alerta, agarro-me ao seu braço no mesmo instante em que perco o equilibro por causa do empurrão que o Christopher me deu e, num piscar de mágica, nós dois mergulhamos na escuridão gelada.


Sinto bolhas escaparem da minha boca e o meu vestido pesar assim como sinto braços se movendo ao meu redor como tentáculos. É tudo tão lento e frio!


Fixo meu pé e consigo emergir enquanto ele já está colocando seu cabelo para trás.


– Por que você fez isso?


– Porque você precisava limpar a terrível mancha em seu vestido. Não era com isso que você estava tão preocupada? Pronto, limpe o grude, sua... - E então ele exibe aquele sorriso ordinário. – Aproveita e limpa essa mancha azul que ta no seu rosto, Mística.


Dou um grunhido e avanço em sua direção a fim de afogá-lo até a morte, porém ele segura os meus pulsos, me imobilizando. E o mundo para. Sinto seu hálito de vinho em meu rosto que está tão perto do meu. Os seus olhos estão mirando-me como quem deseja invadir descobrir todos os meus segredos. Eu quero muito me perder naquela beleza, quero muito que ele me beije. Não. Fecho os olhos e escapo de suas mãos, atirando água em seu rosto.


– O que pensa que está fazendo?


– Achei que você quisesse que eu te beijasse. Se isso fosse realmente acontecer, essa seria a hora, não é?


Claro que sim não.


– Prefiro beijar um sem teto a ter seus lábios nos meus... E eu não quero que você me beije. – Olho para o meu curativo. – Veja o que você fez! Posso pegar uma infecção ou... sei lá.


– Desculpe – ele não está rindo, o que é um milagre divino. – Esqueci-me completamente disso.


Você tem razão. Eu sou um idiota, Dulce!


Lambo meus lábios. Será que peguei pesado demais? Ele está me aparentando tão sem dono!


– Ei! Está tudo bem aí, Dulce? – Grita uma voz e eu me viro para ver quem é.


Diogo. Ele tirou o sapato e está com a boca da calça jeans levantada. Volto meu olhar para Christopher e ele está de novo com seu riso diabólico.


– Não! – Grito. – Este idiota me jogou aqui! Que raiva!



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Em seguida decido me afastar do Christopher. Começo a andar e o salto fica atolado na terra. Amaldiçoo aminha vida enquanto arranco meu sapato alto e enfio os pés na terra cheia de limo. Puxo o curativo e, quando me dou por mim, Christopher já está na beira do rio apertando a sua calça jeans para tirar o excesso de á ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 64



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  • stellabarcelos Postado em 14/01/2016 - 06:55:27

    A história foi tão linda! Linda e surpreendente! Nada mais lindo do que ler sobre o amor de verdade. Amei

  • maianamr Postado em 13/12/2014 - 10:50:12

    Ameeeei a fic, muito linda *---* parabens

  • vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 00:03:58

    Parabéeeens mana, mais uma fic maravilhosa sua que eu acompanhei! *-----* Tu é bandida menina, foi tudo tão perfeeeeito, o casamento, eles dando entrevistas, os babys vondy .. Aaaaawn, sou sua fã amiga, tu sabe né? Mas não vou ficar falando muito não porque seu ego cresce demais ai ja era pra mim KKKKKKK Parabéns amiga, te adoro muito doidinha <3 Até a proxima fic! u.u

  • juhcunha Postado em 18/09/2014 - 23:38:31

    poxa acabou to triste por te acabado mais feliz porque no deu tudo certo sua web foi maravilhosa Ei qual vai ser sua outras web ????

  • vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 17:40:21

    Sério, é muita tragédia pra dois capitulos e o pior, que ao invés de me emocionar com o discurso dela no teatro, eu quis rir da situação KKKKKKKKKK! E ela e o Derick? PQP, os doidos não conseguiam manobrar um carro, meu Deus! Nãaaao, Chris não pode ir embora :/ Diz que ele fugiu do avião e viu a Dulce sendo levada pelos seguranças! :/ Pleaaaase!

  • gabivondy Postado em 18/09/2014 - 08:39:54

    tadinho do christopher tudo que ele sofreu chorei serio que ele foi embora eles tem que ficar juntos :(

  • vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 22:40:46

    Gzuis, tadinho do Christopher, pqp , que história mais triste :/ Sofri horrores com ele contando a história dele, te falei ne? Nossa, espero que ele e a Dul se resolvam, porque ela é a unica felicidade dele tadinho :/

  • juhcunha Postado em 16/09/2014 - 20:22:25

    coitado do christopher sofreu muito posta mais quero saber o que vai acontece com eles

  • vondyh Postado em 16/09/2014 - 19:38:15

    continua

  • nandafofinha Postado em 15/09/2014 - 15:15:39

    Nossa nem sei o que disser to branca igual papel kkkkkkk POSTA MAIS


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