Fanfic: Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA | Tema: DyC Romance e hot
É como se eu estivesse sendo comprada por todos esses anos apenas por estar naquela casa, dormindo naquela casa.
Tenho vontade de vomitar agora.
– Acabei de decidir que vou voltar.
– Mas já? Por quê? – Belle não se conforma.
Tenho vontade de revirar os olhos.
– Está na hora. Não quero ficar nem mais um segundo aqui. Não quero nada que venha do Cristiano.
E eu aqui... Bem...
Faço uma careta para que ela saque a coisa mais óbvia. Ficar na casa do Cristiano é a mesma coisa de aceitar os fatos.
– Por favor, Dulce, eu preciso de você.
– Aceitar ficar é a mesma coisa que estar traindo a mim mesma. Para você pode parecer fácil porque não foi você a abandona em questão. Isso tudo pra mim é meio podre, nojento.
– Acho que está exagerando.
Limito-me a responder porque começo a achar que foi uma burrada ter vindo para cá. Foi intrometido demais da parte do Christopher colocar uma foto da minha família na internet como se eu estivesse procurando por elas de verdade quando nenhuma procurou por mim. Se o problema todo era o Cristiano, por que então Cloe não me procurou? Ela sabia em que cidade eu estava, sabia onde o Derek mora, essas coisas.
Estou começando a achar que a minha mãe não queria que eu fosse encontrada, e eu estou começando a achar que, do fundo da minha alma, eu não a perdoei.
Jamais a perdoarei de verdade, apenas da boca para fora. Agora, lívida, com os pensamentos em ordem, tudo me é claro.
Talvez fosse a Belle a procurar por mim, e nunca a Cloe. Alguém que abandona parte de si, que abandona a sua filha por dinheiro nunca volta atrás ou se arrepende literalmente. Arrepende-se? Não, ela mesma tentou me dizer isso. Eu só não soube ler nas entrelinhas porque estava cega.
Cloe não merece perdão.
A minha mãe era uma pessoa vil e ambiciosa.
Uma pecadora.
– Ela nunca procurou por mim, certo?
Minha garganta é amarrada por um nó repentino.
– Diz, Belle, não irá amenizar as coisas. De repente tudo faz sentido e o que ela disse não é verdade.
É algo mais sério. Eu não poderia ser encontrada. Ela não queria que eu fosse encontrada porque as coisas são mais complicadas do que aparentam.
– Eu sei tanto quanto você.
– Só preciso saber de quem foi a iniciativa de procurar por mim.
Ela olha para mim e estou perto de romper em lágrimas. Eu sou, ofi- cialmente, o patinho feio da história. Ela não me queria. Ela não me queria. Ela não me queria.
– Fui eu. Eu quis procurar por você. Ela estava morrendo e não me pareceu certo com ela, nem com você. Eu já sabia o fim dessa história. Os médicos me disseram.
Meneio a cabeça e aperto a ponta do nariz que arde. Minha voz trava. Quero bater em alguma coisa.
Em alguém. Na Cloe, por favor.
– Então você só procurou por mim...
– Deus do céu! – Ela grita. – Não diga o que estou pensando! Quero você do meu lado de novo, Dulce, quero a minha irmã de volta. Sempre quis.
– Só procurou por mim porque sabia que ela iria morrer.
– Mentira! Sempre perguntei por você, sempre quis você de volta... Só que a nossa mãe nunca permitiu que eu procurasse por um detetive até...
E as coisas enfim ficam mais claras do que água.
Eu fui abandonada.
Eu nunca deveria ser encontrada.
Por quê?
Só voltei naquela casa para apanhar a minha mala e a única mochila do Christopher. Não é nada sobre a Belle, é sobre mim. Para ser sincera, quero a minha irmã presente em minha vida de novo também, mas é difícil saber como será isso daqui para frente.
Mais uma vez eu fiquei sem a minha irmã, mas dessa vez sei onde encontrá-la.
Chegamos ao aeroporto de Salvador quase sete da noite. O carro do Christopher estava lá, o que facilitou a
nossa fuga de volta a Feira de Santana bem mais rápido do que o previsto. Durante o nosso trajeto de volta ao antro vejo de relance o Adrick, o que me faz pedir para o Christopher encostar o carro.
– O que foi?
Nem respondo a sua pergunta. Em vez disso, abaixo o vidro do carro e observo. O Adrick está parado e com um sorriso enorme no rosto. Ele estrala os dedos e um carro lança jogo de luz em sua direção. Passa direto.
Então outro carro para e ele enfia a cabeça na janela para conversar seja lá com que for. Ele volta a se erguer, rodeia o carro e senta no banco do carona.
Mal posso acreditar que tudo é verdade. O Adrick é um garoto de programa.
– Nossa. – Digo. – Que nojo! Quer dizer, sei lá. Você viu? Aquele cara que entrou no carro é o Adrick, lembra? Já tinham me dito o que ele estava fazendo para ganhar dinheiro, só que... Ele parecia tão certinho.
– Claro que lembro, sou amigo dele também... Qual é, Dulce, vai me dizer que também é uma dessas pessoas mentes fechadas, ignorantes e etc?
– Claro que não. É porque estamos acostumados a ver isso de longe. Eu nunca conheci alguém que fazia isso antes. E, outra coisa, sei que não tenho nada a ver com isso e que as pessoas devem fazer o que quiser com as suas vidas, no entanto é impossível deixar de pensar como isso também chega a ser podre, nojento. Já parou para pensar? Você se deitar cada dia com uma pessoa diferente só por conta de dinheiro?
Christopher liga o carro e o motor ronca. Ele evita me responder. Sei disso porque tem uma veia de irritação presa em seu rosto e uma de suas sobrancelhas está arqueada. Nossa, ele ficou realmente chateado.
– Oquei. O que eu disse de errado agora, Christopher?
– Nada – ele murmura e tamborila dos dedos no volante. – Só não gosto quando você fala assim das pessoas.
– Jesus Cristo, vai me condenar agora?
– Olha, o assunto está encerrado, tá?
Suspiro de irritação e apoio a cabeça no vidro da janela, agora fechada. A jornada de volta ao antro dura mais tempo do que desejei.
Quando chegamos ao antro. Christopher apanha a minha mala e a leva até a sala. A casa, por estar apenas
dois dias fechada, tem um cheiro inapropriado, abafado demais. Pergunto-me se o Derek deu uma passada aqui, e de quebra fritou batatas-fritas para comer.
Paro com as mãos na cintura e assisto-o migrar para a rua. Sigo-o porque, sinceramente, nem sei o que disse de tão grave. Se bem que eu tenho uma língua do tamanho do mundo e tudo quero optar.
– Vai voltar? – Pergunto.
Ele para e vira-se para mim.
– Você quer que eu volte?
Tenho vontade de responder que não, que é indispensável a sua companhia só por conta de sua pergunta, porém eu estaria sendo a grande vaca idiota comigo mesma.
Meneio com a cabeça feito uma garotinha de rua faminta no meio da rua que acaba de ser abordada por um cara muito rico e que lhe promete uma imensa casa de doces como de João e Maria.
– Pensei que quisesse ficar sozinha por um tempo.
Christopher apanha a sua mochila no carro e ativa o alarme. Ele vem até a mim com aquele sorriso que tantas vezes já falei. Seus fortes e hábeis braços me tiram do chão e me carrega para longe.
– Vamos lá, sua garota chata. Podemos fazer brigadeiro, assistir qualquer filme que queira e dormir de conchinha. Hoje eu serei o fantoche.
Sorrio para ele com uma ideia que me perturba. Uma vontade alucinante que tenho de beijá-lo.
Contenho-me. Contenho-me mil vezes até ser colocada na cama.
– É melhor eu tomar um banho antes. – Christopher murmura e arranca a camisa pela cabeça. – Você poderia ir escolhendo o filme.
Agora ele abre o botão de sua calça jeans, tira o tênis e desce o jeans pelas pernas (nem queira imaginar a cara de sexo que fiz por apenas um segundo atrás). Deito-me na cama de costas ao meu sedutor porque, sinceramente, seria o fim da picada vê-lo pelado. Certamente ele está sem cueca agora e indo em direção ao banheiro.
Dito e feito. A porta se fecha com um pequeno ruído e ouço a água bater contra o chão. Tudo bem, eu já pequei mesmo. Levanto-me da cama e tiro a sapatilha, o vestido preto e fico só de calcinha e sutiã.
Ando de um lado para o outro, tento resolver mentalmente o que nós temos. Seria um relacionamento aberto?
Algo casual? Estávamos tentando uma reaproximação? Reconciliação? Bateu saudade?
Ah, droga, o melhor que faço é não pensar nisso. Separo os feixes do meu sutiã e liberto os meus seios.
Aperto os olhos ao mesmo tempo em que arranco a minha calcinha rezando para que mais tarde eu evite os arrependimentos. Abro a porta do banheiro e ando em pés de bailarina. Espremo meus seios com os braços.
Assim, acredito eu, a vergonha me é menos evidente. A névoa quente envolve o banheiro. Encontro o box do banheiro, abro e o Christopher está de costas debaixo da água com a cabeça encostada no azulejo. Ele não me viu chegar. Respiro fundo e entro na água. Abraço seu corpo por trás enquanto meu coração bate na velocidade da luz.
Com a surpresa, Christopher se vira para mim e de repente acho que ele está se perguntando se é isso
mesmo que está acontecendo. Quando decide deslizar seus lábios pelo meu pescoço, a sua língua desce pelo meu colo e para na clavícula até que nos beijamos.
Aperto meus dedos em sua pele e ele é a minha rocha. Logo seu membro viril se enrijece entre as minhas coxas. Um gemido estridente escapa de mim quando o Christopher me espreme contra parede. Nesse
momento esquecemos que a água do planeta está acabando. Esquecemos a sustentabilidade.
Esquecemos tudo. É ali, debaixo do chuveiro, que fazemos sexo...
Autor(a): jessica_ponny_steerey
Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Sabe aquela sensação de que o mundo pode se acabar e você não se importa porque está com o cara da sua vida? Que, de uma forma ou de outra, você está com o seu mundo, segurando o seu mundo e a única coisa que lhe chega à mente é que você é um gigante? É isso. Essa sou eu. Isso & ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 64
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
stellabarcelos Postado em 14/01/2016 - 06:55:27
A história foi tão linda! Linda e surpreendente! Nada mais lindo do que ler sobre o amor de verdade. Amei
-
maianamr Postado em 13/12/2014 - 10:50:12
Ameeeei a fic, muito linda *---* parabens
-
vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 00:03:58
Parabéeeens mana, mais uma fic maravilhosa sua que eu acompanhei! *-----* Tu é bandida menina, foi tudo tão perfeeeeito, o casamento, eles dando entrevistas, os babys vondy .. Aaaaawn, sou sua fã amiga, tu sabe né? Mas não vou ficar falando muito não porque seu ego cresce demais ai ja era pra mim KKKKKKK Parabéns amiga, te adoro muito doidinha <3 Até a proxima fic! u.u
-
juhcunha Postado em 18/09/2014 - 23:38:31
poxa acabou to triste por te acabado mais feliz porque no deu tudo certo sua web foi maravilhosa Ei qual vai ser sua outras web ????
-
vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 17:40:21
Sério, é muita tragédia pra dois capitulos e o pior, que ao invés de me emocionar com o discurso dela no teatro, eu quis rir da situação KKKKKKKKKK! E ela e o Derick? PQP, os doidos não conseguiam manobrar um carro, meu Deus! Nãaaao, Chris não pode ir embora :/ Diz que ele fugiu do avião e viu a Dulce sendo levada pelos seguranças! :/ Pleaaaase!
-
gabivondy Postado em 18/09/2014 - 08:39:54
tadinho do christopher tudo que ele sofreu chorei serio que ele foi embora eles tem que ficar juntos :(
-
vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 22:40:46
Gzuis, tadinho do Christopher, pqp , que história mais triste :/ Sofri horrores com ele contando a história dele, te falei ne? Nossa, espero que ele e a Dul se resolvam, porque ela é a unica felicidade dele tadinho :/
-
juhcunha Postado em 16/09/2014 - 20:22:25
coitado do christopher sofreu muito posta mais quero saber o que vai acontece com eles
-
vondyh Postado em 16/09/2014 - 19:38:15
continua
-
nandafofinha Postado em 15/09/2014 - 15:15:39
Nossa nem sei o que disser to branca igual papel kkkkkkk POSTA MAIS