Fanfics Brasil - 39 Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA

Fanfic: Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA | Tema: DyC Romance e hot


Capítulo: 39

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Abraço ao corpo que me segura e mais tarde descubro, através do perfume, que é o Derek. Assisto colocarem o Christopher dentro de uma ambulância e perguntarem a mim se eu queria ir dentro da ambulância ou se ele tinha algum familiar que eles pudessem ligar. O Derek responde por mim. Eu não fui dentro da ambulância porque, segundo meu amigo, eu estava muito nervosa e só iria complicar as coisas. E o Christopher também não tinha ninguém. Se tinha, quem saberia?


Eu acho que tudo é minha culpa, sabe? Se eu não tivesse brigado com ele, se não tivesse dito todos os disparates que disse... Se tivesse aceitado a mentira que ele me contou, talvez nada tivesse acontecido. Mas esses “se” são muito complexos agora. O que adianta voltar atrás? Nada.


Ainda sim sou a culpada.


Sem me lembrar como, fui parar dentro do carro. Ouço o som das sirenes e de repente a ambulância abre caminho. Vejo o Derek segui-la, certa de que é o Christopher quem está lá dentro. Enquanto isso eu estou aqui sem saber se ele está vivo ou morto por minha causa.


Sou um grão de feijão. Sou uma pérola pequenina e assustada louca para se esconder e adormecer em sua concha. Sou uma árvore sem vida. Porém, desapareceram com o meu refúgio. Não ouço mais nada. Os carros que passam são velhos fantasmas.


Queria poder ter feito tudo diferente. Eu disse para ele para parar com isso, para deixar de frequentar esses malditos rachas. Ele disse que nunca mais faria isso... Ou será que me enganei com a sua resposta que agora me falha na memória?


Do que adianta dizer se ele foi/é tão cabeça dura?


Chegamos ao hospital. Pulo do carro o mais depressa que consigo e corro até a área de emergência onde eles ainda estão tirando a maca de dentro da ambulância. Fico parada ali, na ponta dos pés, tentando ver alguma coisa. Nada. Apenas duas pessoas se moveram no cubículo até sair.


Finalmente, estão completamente fora da ambulância. Paro ao lado da maca e vejo o rosto do Christopher
arranhado e todo manchado de sangue. Sua roupa é só um farrapo. Através de um buraco na camisa consigo ver o lugar onde deixei as minhas garras de leoa maluca.


Procuro por movimentos em seu corpo, mas os meus olhos estão embaçados. É difícil saber se ele está vivo.


A maca começa a se movimentar. Grudo na barra lateral da maca e meus passos são rápidos para poder acompanhar com agilidade a coisa que carrega o seu corpo e desliza pelo chão de linóleo.


– Fala comigo, Christopher, fala comigo! – Choramingo.


Nada acontece. Absolutamente nada.


– Com licença, senhorita, está dificultando o nosso atendimento – ouço alguém dizer.


Continuo a correr junto à maca com um medo preso em mim e um coração que bate freneticamente.


– A partir daqui a senhorita não pode mais passar.


Do outro lado as portas se abrem e os paramédicos, juntos com o corpo do Christopher que desliza sobre a
maca, desaparecem. Fico olhando por um tempo, através do vidro redondo, o corredor vazio na esperança de que alguém saia dali e me diga que está tudo bem...


Os minutos passam e passam. Só passam. Sento-me no chão do corredor onde as pessoas andam de um lado para o outro com as suas próprias dores, seus próprios problemas. No entanto, elas não resistem em olhar a garota derrotada.


Estou sufocada. Preciso saber o que aconteceu.


– Ei, Dulce, estava te procurando. – Diz Derek se ajoelhando.


Olho para ele, toda chorosa.


– Eu nunca quis que isso acontecesse com ele, Derek. Você acredita em mim? Acredita que, apesar de tudo, sempre desejei o bem do Christopher?


Ele me abraça. Eu nunca tinha percebido antes o quanto um abraço às vezes cai bem. Principalmente de alguém que realmente se importa com você.


– Acredito.


– Por que as coisas tem que ser desse jeito? Queria poder trocar de lugar com ele, queria...


– Cale a boca, Dulce, nunca mais repita isso. Sei que está sofrendo, mas...


– Mas a culpa é toda a minha.


– A culpa não é sua por ter dito o que estava sentindo e por ter acabado com a farsa do Christopher. A culpa
é toda dele por ter ido até este maldito lugar. Ele sabia, ele sempre soube lidar com as consequências de seus atos e tenho certeza que ele não ia gostar nada de ver você se culpando. Pode até ser, mas tudo que sinto é isso: culpa. Se eu pudesse voltar atrás, com certeza teria feito as coisas diferente, menos dramáticas. Diria coisas menos duras. Só que naquele momento – até mesmo agora – eu só senti raiva do Christopher por ter me enganado todo este tempo quando eu tinha confiado tudo de mim a ele.


Todas as vezes em que penso que ele estava comigo e dormindo com estranhos é horrível. Pode não parecer, mas dói, e talvez seja mais fácil para eu estar no lugar dele. Assim não ficaria remo- endo essa história. O chato é que uma hora a gente sempre acorda – ou não -, e esse acordar é doloroso. É muito ruim ser humano.


– Eu queria ficar com ele. – Choramingo.


– Vocês ainda vão ficar juntos. Vai ficar tudo bem.


É. Vai ficar tudo bem uma hora. No entanto, tudo o que desejo ex- atamente agora é apagar. Estou sendo torturada pelos meus próprios demônios. Queria que a Cloe nunca tivesse existido; que o Christopher nunca tivesse existido; que suas palavras e seus beijos fossem apenas pedaços de um sonho; que aquele sorriso cálido eu pudesse encontrar em qualquer pessoa que não fosse especial; que aquele sorriso que me arrebenta não fosse tão dele, tão único.


Queria uma vida normal, sem dramas. Uma vida onde a garota tem uma família feliz, uma irmã chata, mas que ela ama, e um namorado normal que não abre a porta do carro e nem diz que te ama vinte quatro horas por dia.


Um namorado que arrota na mesa e vocês brigam por futilidades e logo fazem as pazes...


Fico intrigada com os meus botões. Se eu tivesse dado uma chance ao Jonathan, ou ao Diogo, com certeza as coisas teriam acabado de outro jeito. Sem tragédias. E, Jonathan, como fui tão burra? Se você ao menos tivesse visto o Christopher comigo teria me dito... Ou não.


Ah, droga, agora é não adianta mais.


Que amor era esse que ele julgava sentir por mim e que não conseguiu impedi-lo de ganhar dinheiro dessa forma e que o impediu de dizer a verdade?


– Senhorita. – Ouço alguém me chamar. – Você é parente do Christopher Von?


É o policial. Descobri que é o tio do Derek, por isso ficamos livres de enrascadas.


– Sim, quer dizer, não.


Para ser sincera, nem sei o que dizer. Levanto-me às pressas do chão, limpo o rosto com as costas das mãos feito uma criança que finalmente conseguiu comprar sua boneca de porcelana depois de tanto espernear.


– Ela é a namorada dele, quer dizer... – Disse Derek.


– Que seja. – Ele estende a carteira de identidade para mim. – Temo que tenha acontecido alguma coisa com os documentos dele. Nenhum número bate com o registro.


Não faço a mínima ideia do que ele esteja falando.


– A senhorita não tem nenhum contanto da família do rapaz?


– Não. Christopher nunca gostou de falar sobre essas coisas.


– Entendo... E a senhorita poderia me responder se sabe se ele é daqui, digo, do Brasil?


Meneio a cabeça em um sinal de negação.


– Não... Por quê? – Minto.


– Temo que o rapaz esteja ilegal aqui. É a única explicação. Preciso abrir uma investigação. – Como não digo nada, ele balança a cabeça para mim. – Com licença.


Franzo o cenho porque mais nada faz sentido para mim. O Christopher ilegal? Não pode ser. Não pode ser!


Olho assustada para o Derek me perguntando o que fazer.


E mais uma vez o mundo desmorona. Ele não é daqui. Ele me disse. Bolívia.


Oquei. Já sei que todo mundo sabe que a minha vida virou um furdunço só! Decidi esquecer a minha mãe Cloe, ela e a suas mentiras, porque não posso ficar dentro desse passado para o resto da vida.


Não a perdoei, como tinha chegado a pensar que havia quando ela estava em seu leito de morte, o que é uma justificativa para mim, uma vez que ficamos bem solidários e esquecemos um pouco o que sofremos quando vemos o nosso algoz definhando. Sei que alguém vai dizer “mas ela era a sua mãe, tem que perdoá-la...” e coisa tal, porém é isso e ponto. Se as pessoas estivessem em meu lugar, entenderiam. A Cloe foi só a mulher que me colocou no mundo e nada mais.


Duas semanas se passaram desde que eu e o Christopher brigamos e, de quebra, ele sofreu aquele trágico
acidente. Sei que deve estar se perguntando: o que aconteceu com ele, afinal? Pois então, respondendo as perguntas: ele está bem. O Christopher sobreviveu! Foi só um corte na cabeça que foi preciso alguns pontos.


Ele deu sorte, pois na hora não estava usando capacete. Ah, ele também quebrou o braço e sofreu alguns cortes pelo corpo, mas nada grave assim. Nem vão ficar cicatrizes, me prometeu o médico.


Durante toda a sua estadia no hospital, eu estava lá esperando ansiosamente que ele acordasse, o que levou dois dias, já que foi induzido a um coma. Eu entrava em seu quarto e saia sorrateiramente com medo que ele acordasse. Ninguém foi visitá-lo. Sei disso porque, enquanto eu estava lá, ninguém apareceu e, quando eu não estava, as enfermeiras me diziam. Depois que o Christopher acordou, não entrei mais em seu quarto porque não queria que ele soubesse que eu me importava ainda apesar de todas as transgressões de nosso relacionamento.


Às vezes me batia uma vontade louca de entrar no quarto, mas eu era forte. Eu sempre fui forte. Uma hora sei que irei me acostumar a viver sem ele. Eu ficava me perguntando se ele ficava se perguntando se, algum momento, eu iria entrar lá para lhe fazer uma visita. É claro que o Christopher se perguntava. Não mandei flores nem bilhetes, muito menos recados pelas enfermeiras, mas sempre queria saber se estava tudo bem.


Por Deus, nunca quis atormentá-lo. Aposto que o Christopher estava sofrendo muito.


O mais estranho nessa história toda é que sempre tinha um policial parado na porta do quarto do Christopher, e foi isso que sempre me preocupou. Por isso eu estava lá sempre. O policial tio do Derek, o capitão Nicholas, me disse que, assim que o Christopher ficasse bom, teria de ir para a cadeia. Isso mesmo.


Primeiro, porque ele estava fazendo racha de motos, e segundo porque o Christopher é ilegal no país.


É claro que isso me chocou tanto quanto saber que ele era um garoto de programa. Porém, apesar de tudo, fiquei com medo. Medo de que o Christopher fosse preso, apesar de isso ser inevitável. O capitão já me havia dito e também havia um policial fazendo a segurança na porta de seu quarto.


Essa nova informação mexeu comigo e com os meus botões. Quantos segredos ele ainda guarda apenas para si sem nunca compartilhar com ninguém?



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Conversei com Jonathan. Ele e o Christopher são mesmo amigos. Fui eu a idiota dessa história por não saber ligar os pontos por ser tão burra. Ele disse que conhece o Christopher desde os dezessete anos, umadolescente que sempre estava na rua e que o instigava. Jonathan contou que ele sempre foi autêntico e por isso se tornaram amig ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 64



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  • stellabarcelos Postado em 14/01/2016 - 06:55:27

    A história foi tão linda! Linda e surpreendente! Nada mais lindo do que ler sobre o amor de verdade. Amei

  • maianamr Postado em 13/12/2014 - 10:50:12

    Ameeeei a fic, muito linda *---* parabens

  • vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 00:03:58

    Parabéeeens mana, mais uma fic maravilhosa sua que eu acompanhei! *-----* Tu é bandida menina, foi tudo tão perfeeeeito, o casamento, eles dando entrevistas, os babys vondy .. Aaaaawn, sou sua fã amiga, tu sabe né? Mas não vou ficar falando muito não porque seu ego cresce demais ai ja era pra mim KKKKKKK Parabéns amiga, te adoro muito doidinha <3 Até a proxima fic! u.u

  • juhcunha Postado em 18/09/2014 - 23:38:31

    poxa acabou to triste por te acabado mais feliz porque no deu tudo certo sua web foi maravilhosa Ei qual vai ser sua outras web ????

  • vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 17:40:21

    Sério, é muita tragédia pra dois capitulos e o pior, que ao invés de me emocionar com o discurso dela no teatro, eu quis rir da situação KKKKKKKKKK! E ela e o Derick? PQP, os doidos não conseguiam manobrar um carro, meu Deus! Nãaaao, Chris não pode ir embora :/ Diz que ele fugiu do avião e viu a Dulce sendo levada pelos seguranças! :/ Pleaaaase!

  • gabivondy Postado em 18/09/2014 - 08:39:54

    tadinho do christopher tudo que ele sofreu chorei serio que ele foi embora eles tem que ficar juntos :(

  • vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 22:40:46

    Gzuis, tadinho do Christopher, pqp , que história mais triste :/ Sofri horrores com ele contando a história dele, te falei ne? Nossa, espero que ele e a Dul se resolvam, porque ela é a unica felicidade dele tadinho :/

  • juhcunha Postado em 16/09/2014 - 20:22:25

    coitado do christopher sofreu muito posta mais quero saber o que vai acontece com eles

  • vondyh Postado em 16/09/2014 - 19:38:15

    continua

  • nandafofinha Postado em 15/09/2014 - 15:15:39

    Nossa nem sei o que disser to branca igual papel kkkkkkk POSTA MAIS


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