Fanfics Brasil - 43 Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA

Fanfic: Verdade ou consequência(Adaptada) Dulce & Christopher TERMINADA | Tema: DyC Romance e hot


Capítulo: 43

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Entro no carro. É difícil com todo o volume branco que me rodeia, mas consigo. O carro ganha vida e o Derek fica perguntando aonde, ex- atamente, vamos. Digo que temos que ir para Salvador o mais depressa possível.


Ele diz que não sabe andar lá e eu berro com ele que, se ele não souber, eu mesmo irei dirigindo. Procuro no porta-luvas o GPS e digito o destino, torcendo para que ele esteja configurado. Rapidamente a andróide começa a dizer a rota e eu fico mais nervosa do que já estou.


Fico o tempo inteiro pedindo para que ele adiante. Derek fica o tem- po todo dizendo que é impossível passar com o carro em cima dos outros e que era para eu calar a porra da boca ou eu iria ter de ir dirigindo, o que me pareceu, de longe, uma boa ideia.


O tempo só passa. Apanho meu celular e ligo para o Eduardo, o qual não atende porque certamente está no avião. Oro a Deus e peço que Ele consiga fazer com que esse advogado chegue primeiro do que eu porque, do jeito que a tartaruga aqui anda, chegarei lá só amanhã.


Derek começa a ri sozinho.


– Qual foi, seu babaca? – Digo irritada.


– Você correndo pelo teatro... – Ele ri. – Isso vai ficar para história! Quando penso que você já fez de tudo, que já passou por todas as ciladas, ai me surpreende de novo... A imprensa estava lá, você viu?


– É, eu vi. – Reviro os olhos.


– Era a sua chance de fazer sua carreira decolar! Agora será só uma atriz à margem dos palcos!


– Ah, vai se ferrar! Eu sei bem pelo que abdiquei. Agora, por favor, para de atormentar a minha vida e mete o pé no acelerador!


É o que ele faz. Ao chegarmos a Salvador, qual a nossa surpresa? O trânsito está um caos por conta do feriado de Natal! Aperto a buzina para o carro que impede a nossa passagem e o Derek pede para que eu pare de bancar a infantil porque não é culpa desse desavisado. Daí, o carro desliza devagarzinho, quase que nem saindo do lugar.


Expilo bufas.


– Oh, Jesus Cristo! Alivia aí, vai! – Viro para o Derek após berrar para o nada. – Vamos tentar um atalho.


Já está escuro e nem permito-me olhar as horas. Tenho medo de que ela tenha me traído. Enfio a cara pela janela. Parece que houve um acidente nessa área. Começo a dizer para o Derek que não nos resta outra opção senão pegar um atalho. Ele me obedece, mas o GPS fica dizendo: “Faça o retorno quando puder. Faça o retorno quando puder. Faça o retorno quando puder.”


Deixo que ela fale por si só, pois uma hora outra ela vai nos indicar uma nova rota. E rapidamente ela faz isso.


Descasco todo o meu esmalte. O carro sobe e desce essas terríveis ladeiras típicas de Salvador. Entramos e saímos de caminhos apertados até que avisto algumas baianas vendendo acarajé.


“A duzentos metros, dobre à direita.”


Derek dobra à direita conforme o GPS manda. Paramos numa ladeira. Nós olhamos um para a cara do outro porque, calem a boca! Eu nunca tinha visto uma ladeira em pé desse jeito! Parece até de mentira!


– E agora?


– Se o GPS tá dizendo que é pra virar ai, então a gente vai virar.


Aos poucos, com medo, Derek desce a ladeira, sempre brecando. Mas, em um determinado lugar, ele não consegue mais segurar o carro e desliza até bater em um carro parado na porta de uma pequena casa.


– Puxa o freio de mão, Derek! – Berro.


Ele tenta dar a ré. O carro anda para trás e bate no carro estacionado.


– Estou puxando, porra! Estou puxando!


Minhas pernas tremem que nem varas verdes, pois o carro estacionando inclina um pouco e sei que a
qualquer momento ele vai virar. Meu coração bate descompensado, principalmente porque a rua é sem saída e com um enorme penhasco onde, se aquele carro não estivesse ali parado, com certeza já teríamos descido para o além.


Derek tenta dar a ré outra vez e os pneus cantam no asfalto negro. Voltamos a bater no carro que, na minha mente, ainda vai capotar para o penhasco. Será o fim!


A rua ganha movimentos com o som dos pneus junto com as batidas. Saio do carro e analiso a cena.


Levo as mãos até a cabeça. Nunca vamos conseguir sair daqui. Precisamos da ajuda de um guincho.


Um homem começa a dizer que várias vezes isso já aconteceu e que o GPS sempre manda virar nessa rua sem saída. Depois de várias tentativas do Derek, o homem pede para tentar tirar o carro dali. Ele até consegue, porém o carro desce e bate no outro de novo.


Derek coloca a mão na cabeça nervoso. Seus pais vão lhe matar e é tudo a minha culpa!


É difícil andar nessa ladeira de salto. Por isso os tiro e ando de um lado para o outro enquanto assisto as falhas tentativas de tirar o carro do Derek dali antes que despenque ladeira abaixo.


Vejo o Derek conversar com uma mulher e depois ele se aproxima.


– Ei, Dulce, ela me disse que estamos bem pertinho do aeroporto. Se você correr, dá para chegar lá.


– Mas e você? Vai ficar aqui sozinho depois dessa confusão em que te meti?


– Tudo bem, vamos conseguir tirar isso aqui uma hora. Não foi culpa de ninguém. Agora, vai Dulce, corre!


Plano um beijo em seu rosto, depois sorrio. Jogo os sapatos no chão e apanho minha bolsa pela janela do carro. A subida da ladeira é uma eternidade. Estou cansada. Ando e ando e nunca chego ao topo. Um garoto segura a minha mão e me ajuda subir. Sei que ele está curioso imaginando o que devo estar fazendo vestida de noiva ali e o que eu daria para estar nua agora.


Finalmente chego ao topo da ladeira e olho para a confusão instalada lá embaixo que parece miniatura. Que se dane! Levanto a barra do vestido e corro pelo meio da rua feito uma louca desvairada. Esqueço de me importar com o que as pessoas estão pensando sobre essa hilária situação.


Corro e tombo nas pessoas que me dizem desaforos ou riem. Passo por bicicletas e até um cachorro corre atrás de mim ecoando seus latidos para os quatro cantos. Esbarro em uma menininha e solto a barra do vestido que se lambuza numa poça de lama. Pergunto a um casal para que lado seguir e corto pelos carros em seus movimentos sinuosos devido ao congestionamento. Tenho uma breve noção de quão estranho isso deve ser: uma garota vestida de noiva correndo entre os carros.


A esta altura estou suando em bicas e o meu penteado é mais um ninho de galinha do que qualquer coisa mais bonitinha que eu possa imaginar. Avisto a grande fachada do aeroporto. Sinto dores de facão, mas mesmo assim continuo a correr. Cada segundo é preciso.


Subo uma pequena ladeira e passo pelas pessoas sorridentes carregando suas malas em diferentes cores e tamanhos. Passo pelas grandes pilastras e consigo entrar. É tudo muito imenso quando se está desesperada.


Furo filas e meus olhos varrem cada centímetro do lugar, cada homem alto ou policial.


Chega um momento em que paro no centro do aeroporto e fico só gi- rando para lá e para cá em busca o Christopher no mar de corpos. Tem um monte de olhos em mim procurando entender.


Vejo o mural que informa o próximo vôo: São Paulo. Corro em busca de informação e, aflita, furo a fila, mas ninguém se importa quando chego ao balcão.


– O vôo para São Paulo...


A moça atrás do balcão me olha com curiosidade e acho que devo estar a cara da Noiva Cadáver – Ele já está se preparando para decolar. Os portões...


Deixo para lá suas informações e saio correndo, pois sei que caminho tenho que seguir. Corro como nunca corri na minha vida e caio ao tropeçar em uma mala, chamando mais atenção ainda. Sem precisar de ajuda, levanto-me automaticamente e continuo a correr porque é só isso que sei fazer.


Passo por um corredor relativamente vazio, por debaixo de fitas de segurança e chego ao portão de embarque.


Tento recuperar o fôlego. Dentro do vestido sujo todo o meu corpo pega fogo e libera um suor frio.


– O vôo para o São Paulo – digo.


– A senhorita não pode mais entrar. Os portões já foram fechados.


Reviro os olhos e rio como se tentasse dizer “qual é!” para o segurança. Corro. Passo por ele e por mais dois seguranças. Aprendi a correr com o vestido, mas cansa mais do que o normal. Continuo correndo. Sei que irei conseguir chegar até o avião e depois baterei com força em sua lataria até que me deixem entrar...


Sinto braços envolverem meu corpo e me puxarem para trás. Sou erguida do chão e luto contra os braços.


Luto para escapar, para livrar o Christopher de uma vida cheia de terríveis lembranças. Luto pelo amor da minha vida!


Grito de raiva e choro porque outras mãos me seguram.


– Vocês têm que me deixar ir! – Berro. – Vocês não entendem! Soltem-me! Por favor! – Fico repetindo isso.


Uma mão bate no vidro.


– Tá vendo aquele avião ali, moça? É aquele que está indo para São Paulo. Não adianta mais, a senhora pode pegar o próximo – diz alguém.


E vejo o enorme monumento deslizar pelo asfalto e ganhar vida, asas e virar apenas luzes que ficam piscando no enorme tapete negro.


No chão, entro em uma espécie de choro convulsivo. Choro e choro porque sou tão falha! Não consegui!


Arruinei tudo! Deixei o Christopher ir sem saber que o amo. Eu nunca mais ouvirei falar sobre ele.


É tudo muito injusto!


Um segurança me conduz de volta para a multidão de pessoas que me olham com pena. Ando por eles sem destino. Driblo seus corpos sem levantar os olhos porque dessa vez o perdi para sempre.


Apanho a minha bolsa e procuro pelo celular e descubro que o deixei no carro.


 


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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Ouço o ruído agudo do microfone e uma voz conhecida. – Ei, Dulce, vi você correndo pelas câmeras de seguranças parecendo um bolo de casamento solado. – Ele ri e ergo a cabeça para voz, para as caixas de som. – É, perdão, a piada foi de muito mau gosto. O que quero dizer é que você me prov ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 64



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  • stellabarcelos Postado em 14/01/2016 - 06:55:27

    A história foi tão linda! Linda e surpreendente! Nada mais lindo do que ler sobre o amor de verdade. Amei

  • maianamr Postado em 13/12/2014 - 10:50:12

    Ameeeei a fic, muito linda *---* parabens

  • vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 00:03:58

    Parabéeeens mana, mais uma fic maravilhosa sua que eu acompanhei! *-----* Tu é bandida menina, foi tudo tão perfeeeeito, o casamento, eles dando entrevistas, os babys vondy .. Aaaaawn, sou sua fã amiga, tu sabe né? Mas não vou ficar falando muito não porque seu ego cresce demais ai ja era pra mim KKKKKKK Parabéns amiga, te adoro muito doidinha <3 Até a proxima fic! u.u

  • juhcunha Postado em 18/09/2014 - 23:38:31

    poxa acabou to triste por te acabado mais feliz porque no deu tudo certo sua web foi maravilhosa Ei qual vai ser sua outras web ????

  • vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 17:40:21

    Sério, é muita tragédia pra dois capitulos e o pior, que ao invés de me emocionar com o discurso dela no teatro, eu quis rir da situação KKKKKKKKKK! E ela e o Derick? PQP, os doidos não conseguiam manobrar um carro, meu Deus! Nãaaao, Chris não pode ir embora :/ Diz que ele fugiu do avião e viu a Dulce sendo levada pelos seguranças! :/ Pleaaaase!

  • gabivondy Postado em 18/09/2014 - 08:39:54

    tadinho do christopher tudo que ele sofreu chorei serio que ele foi embora eles tem que ficar juntos :(

  • vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 22:40:46

    Gzuis, tadinho do Christopher, pqp , que história mais triste :/ Sofri horrores com ele contando a história dele, te falei ne? Nossa, espero que ele e a Dul se resolvam, porque ela é a unica felicidade dele tadinho :/

  • juhcunha Postado em 16/09/2014 - 20:22:25

    coitado do christopher sofreu muito posta mais quero saber o que vai acontece com eles

  • vondyh Postado em 16/09/2014 - 19:38:15

    continua

  • nandafofinha Postado em 15/09/2014 - 15:15:39

    Nossa nem sei o que disser to branca igual papel kkkkkkk POSTA MAIS


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